10 março, 2019

A VITÓRIA DO SACRIFÍCIO.


FEIRENSE-FC PORTO, 1-2

Depois de 120 minutos exigentíssimos frente à Roma, no jogo da Champions League, os campeões nacionais cumpriram mais uma jornada na Liga NOS. Sérgio Conceição repetiu o onze da noite europeia e isso traduziu-se em menos qualidade de jogo, menos lucidez e menos frescura física da parte dos seus jogadores.

Para tornar a situação mais difícil, o Feirense entrou muito bem no jogo e logrou adiantar-se no marcador logo aos 4 minutos, num auto-golo de Felipe. Ao cortar um lance de perigo, o central brasileiro introduziu a bola na própria baliza perante a pressão de um avançado contrário.



Os Dragões tiveram alguma dificuldade em entrar no jogo, dada a boa réplica emprestada pelos fogaceiros, mas com o decorrer do tempo, a equipa portista assentou o seu jogo e começou a acercar-se da baliza contrária. Primeiro, em ensaios de bolas paradas e depois, na concretização efectiva do mesmo tipo de lances.

Foi assim que à passagem dos 19 minutos, Danilo correspondeu com um cabeceamento fortíssimo, após canto cobrado por Corona. Com o empate reposto, o FC Porto passou a dominar e a controlar o jogo, apesar da luta intensa empregada pelos jogadores da equipa da casa na zona do miolo.

Aos 35 minutos, Pepe colocou os azuis-e-brancos na dianteira do marcador. Num livre descaído na meia direita do meio-campo feirense, Telles colocou a bola na área e depois de alguma confusão, a bola sobrou para o internacional luso-brasileiro que fez um golo muito semelhante ao que obtivera há duas jornadas em Tondela.


Ao intervalo, o jogo estava perfeitamente controlado pelos Dragões. Esperava-se uma segunda parte de reacção da parte da equipa da casa e algumas alterações na equipa de Sérgio Conceição, depois do jogo desgastante frente à Roma.

Nem uma coisa, nem outra. O Feirense não conseguiu reagir ao longo de quase toda a segunda parte. E o técnico portista demorou muito a fazer substituições. O jogo arrastou-se, não foi bonito de se ver e traduziu-se numa etapa complementar pobre e sem interesse.

Marega, aos 70 minutos, e Corona e Otávio, aos 85 minutos, cederam os seus lugares a Brahimi, Manafá e Óliver Torres, respectivamente. O jogo já pedia há muito frescura na equipa campeã nacional.


O Feirense ainda ameaçou, de facto, a baliza de Casillas nos últimos minutos. Primeiro, numa desatenção total de Telles e Pepe, aos 89 minutos, que deixou Crivellaro em posição de atirar à baliza, mas Pepe, num último suspiro, cortou a bola “in extremis” para a linha de fundo. Depois, aos 91 minutos, Briseño apareceu à entrada da área a rematar à meia volta, dando a sensação de golo. Casillas viu passar o esférico junto ao poste.

Assim terminou o jogo, com três pontos conquistados que mantêm o Dragão na luta pelo título. Não há margem para mais erros. O FC Porto tem que vencer os seus jogos e esperar por uma escorregadela do seu adversário para assumir a liderança.

Os campeões nacionais regressam ao trabalho na Terça-feira, pelas 18 horas, para dar início à preparação do jogo com o Marítimo, que se realiza no próximo Sábado.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Foi uma vitória justa contra um adversário duro"

Resposta à desvantagem
“Viemos defrontar um adversário que está cada vez mais pressionado à medida que o fim do campeonato se aproxima, estavam muito motivados por jogar contra o campeão nacional. Depois de um jogo de Champions, muito cansativo, não era fácil vir aqui à Feira, daí que tenhamos conseguido uma grande resposta à desvantagem. Podíamos até ter acabado a primeira parte com mais golos. Houve aqueles problemas com a luz que também dificultaram as coisas. Na segunda parte houve alguma falta de frescura e optei por tirar o Marega, que estava cansado. Quando entrou o Edinho, pus o Oliver para jogarmos com dois no meio campo, depois pus também o Manafá porque o lateral esquerdo deles tinha cartão amarelo. Quisemos sempre marcar mais um. Foi uma vitória justa contra um adversário duro, que está a tentar tudo para reverter uma situação nada fácil.”


Os perigos da vantagem tangencial
“Sabemos dos perigos de uma vantagem pela margem mínima. Quisemos sempre ir à procura de mais um golo. Houve ali uma escorregadela e isso é sempre perigoso nestas circunstâncias. Estivemos sempre em alerta em relação ao que o adversário podia fazer. Tivemos oportunidades para o 3-1 e mais um golo para nós seria mais justo.”

Jogo traiçoeiro
“Foi um jogo num contexto muito difícil. Quis responsabilizar os jogadores, por isso coloquei o mesmo onze que defrontou a Roma para o plantel perceber que este jogo era tão importante quanto o da Roma. Quis responsabilizá-los no sentido de ganharem maturidade. É importante saber estar com a Roma e saber estar com o Feirense.”



RESUMO DO JOGO

1 comentário: