FC PORTO-MARITIMO, 3-0
O FC Porto cumpriu mais uma etapa de uma série de finais até ao fim da época. Em igualdade pontual com o rival directo, o FC Porto não pode perder pontos sob pena de comprometer de vez as contas do título. A recta final da prova está aí ao virar da esquina e qualquer erro, por mínimo que seja, poderá ser fatal. Por isso, o objectivo do campeão nacional passa por ganhar jogo a jogo e esperar pelos resultados do seu adversário.
A vitória desta noite dos dragões é justa, mas escassa. Os campeões nacionais apresentaram o mesmo onze dos dois jogos anteriores. Sérgio Conceição não mexeu mais no onze desde a vitória frente à Roma e o certo é que os Dragões venceram sempre.
Apesar de tudo, o FC Porto não fez uma primeira parte muito conseguida. Os azuis-e-brancos tentaram, como sempre, entrar com grande intensidade e agressividade, mas esta noite os homens de Sérgio Conceição revelaram alguma incapacidade para explanar, da melhor forma, o seu futebol.
O Marítimo reforçou o seu meio-campo com cinco homens no apoio à sua defesa, deixando um único avançado perdido entre os centrais portistas. Aos oito minutos, o jogo parecia ficar facilitado para a equipa portista. Lucas Áfrico foi expulso, após derrubar Marega que seguia isolado para a baliza maritimista. Mas o facto é que esta expulsão fez com que a equipa insular se unisse mais, tornando-se mais solidária e recuasse o seu bloco defensivo.
Esta estratégia funcionou contra o FC Porto porque não foi capaz de jogar com a intensidade desejada. Apesar disso, assistiu-se, na primeira parte, a quatro oportunidades soberanas para os Dragões inaugurarem o marcador, mas Marega, em três situações, não foi eficaz e o guarda-redes contrário esteve em noite inspirada. A terminar o primeiro tempo, Herrera rematou com estrondo à trave e na sequência do lance Danilo introduziu a bola na baliza após um cabeceamento, mas o trinco portista estava em fora-de-jogo.
Ao intervalo exigia-se mudanças na equipa portista. Éder Militão não emprestava profundidade ao corredor e Otávio deambulava entre o miolo e a ala. Talvez por isso, Sérgio Conceição meteu Manafá na direita, deslocou Militão para o centro da defesa e Pepe ficou nas cabines.
O jogo mudou de figura. Os ataques à baliza maritimista passaram a ser mais intensos e adivinhava-se o golo portista. Depois das primeiras ameaças, chegou o lance que iria abrir o marcador na noite agradável no Dragão.
Aos 56 minutos, Manafá investiu pelo corredor direito, cruzou para o coração da área e Soares rematou, mas Gamboa abriu os braços e a bola, que se encaminhava para a baliza, bateu no braço esquerdo do jogador insular. O árbitro, recorrendo à tecnologia do VAR, assinalou a respectiva grande penalidade. Alex Telles, sem hesitar, colocou o FC Porto a vencer e desbloqueou o problema.
A partir daí, a fortaleza maritimista começou a abrir brechas com alguma facilidade. O FC Porto dominava e controlava o jogo com total segurança. Casillas foi, praticamente, um espectador em campo, tal a ausência de trabalho ao longo dos 90 minutos.
Aos 72 minutos, na cobrança de um pontapé de canto, Militão saltou e cabeceou para a baliza de Charles. Ainda deu a sensação de que Marega terá tocado no esférico, mas depois de visualizadas as repetições, o golo foi atribuído ao central brasileiro. Por outro lado, o VAR analisou o lance por suposto fora-de-jogo de Marega, mas o maliano estava atrás do último defensor verde-rubro.
Entretanto, Sérgio Conceição fazia mais substituições. Brahimi e Óliver entravam para os lugares de Otávio e Herrera. O argelino, em gestão de esforço, desenhou algumas jogadas de perigo e causou calafrios à equipa de Petit, mas tanto Soares como Marega não aproveitaram as boas solicitações do extremo portista.
Danilo viu novo golo invalidado a sete minutos do fim, novamente por fora-de-jogo, Soares cabeceou ao poste, dois minutos volvidos, e a um minuto dos 90, Brahimi pegou na bola pela esquerda e fez o resultado final de 3-0, batendo Charles sem apelo nem agravo.
Resultado certo, objectivo cumprido e mais três pontos na luta pelo título que promete ser intensa até à última gota. As competições vão parar agora por um período de 15 dias para compromissos das selecções nacionais. Será um momento importante para reflexão e para a equipa técnica portista preparar a recta final da época da melhor forma que promete ser intensa e muito quente.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Todas as vitórias são importantes"
Dificuldade de ter mais um em campo
“Normalmente, as equipas que ficam com inferioridade numérica, juntam-se mais, ficam mais solidárias. O Marítimo ficou praticamente com 10 jogadores atrás da linha da bola. Fomos previsíveis na primeira parte, a cruzar muitas vezes para a área, mas de uma forma algo previsível para o adversário. Faltava um bocadinho de velocidade no ataque. Mesmo com pouco espaço, podíamos ter mais mobilidade. Mesmo assim conseguimos três ou quatro oportunidades de golo que nos podia ter deixado em vantagem antes do intervalo.”
Melhorias na segunda parte
“Na segunda parte, optei por fazer algumas modificações, naquilo que era a nossa dinâmica ofensiva, ou seja, na nossa construção. Dei mais largura com a entrada do Manafá, do outro lado com o Alex e muita gente por dentro e criámos situações mais rápidas. O jogo foi mais agradável e conseguimos chegar naturalmente aos golos e ficariam outras tantas ocasiões em que podíamos ter feito mais. Fizemos a nossa obrigação que era vencer o jogo.”
Continuar o caminho vitorioso
“Todas a vitórias são importantes. Obviamente que me importo com o resultado dos rivais, mas isso não tem de servir de vitamina. O resultado do adversário não pode interferir minimamente com o nosso trabalho nem pode ter peso sobre se estamos mais felizes ou não. Temos de fazer o nosso caminho. Disse, na antevisão do jogo que se conseguíssemos ganhar estas nove finais, a contar com este jogo, podemos estar mais perto de conseguir aquilo que queremos, que é vencer o campeonato.”
Oito finais pela frente
“Não somos campeões se ficarmos em igualdade pontual. Estou convencido que os jogos até ao final vão ser jogos muito difíceis. À medida que caminhámos para o final do campeonato, independentemente se estamos a jogar contra as equipas que ainda estão a lutar pelo título, como o Braga ou o Sporting, que ainda vamos defrontar, ou contra as equipas que estão a lutar para se manter na primeira liga, todos os jogos serão difíceis. Ao conseguirmos ganhar, jogo a jogo, e chegarmos ao fim com essas vitórias conquistadas, poderemos estar felizes no final.”
RESUMO DO JOGO
para este tipo de equipas a potencia E as bolas paradas chegam, mas para outras e preciso mais tecnica, mais futebol, mais magia, e SC nao consegue misturar as duas coisas, nao podemos enterrar a cabeça na areia, esta epoca como na anterior falta qualquer coisa, nao sei se dara para sermos campeoes ou sequer ganharmos a taça de portugal, tivemos 7 pontoa de avanço e nao conseguimos gfanhar nem empatar com os toupeiras e nao sonseguimos ganhar ao guimaraes fora e dentro, ao moreirense e ao esporting fora, felizmente ganhamos ao braga e a roma, nao e mau, MAS NAO SE PODE TER 7 PONTOS DE ACVANÇO E O CAMPEONATO NA MAO E DAR CABO DISSO TUDO POPRQUE NAO SE ABDICA DOS NOSSOS PRINCIPIOS E DOS NOSSOS JOGADORES FETICHE, SO POPRQUE SIM.
ResponderEliminarSera que diogo queiros e leite nao anulariam de caras o coitadito do felix?
FALTA ALGO AO FUTEBOL DE SC PARA GANHARMOS COM CALMA E TRANQUILIDADE.
Mais um comentário de portista só de vitórias.
ResponderEliminarTenho pena que assim seja porque para falar assim já temos 6,muitos milhões,
Respeito noutros tempos agora custa mais aceitar mas são opiniões siga A RUSGA.