14 março, 2019

SORRIR EM MAIO.


A época tem sido muito boa: meia-final da Taça está a correr muito bem, a Champions tem sido fantástica e estamos na luta taco-a-taco pelo campeonato. Para o que falta, partilho convosco três notas que julgo serem as mais importantes para o que nos resta: As nossas prioridades, Os nossos adversários, A nossa equipa. É tudo quanto mais interessa neste momento, na minha humilde opinião, de quem quer apenas nada mais nada menos que o mesmo que todo o universo azul e branco: chegar a Maio a sorrir.

As nossas prioridades
O mais importante é o Campeonato. É aí que devemos concentrar as energias, o foco, a maior atenção. É esse o único/principal (escolham) objetivo da época que ainda não está garantido. Tudo o resto está feito (Champions) ou bem encaminhado (Taça). Na Champions cumprimos e superámos as expectativas. O que vier agora é um extra, um add-on, um sonho. Na Taça, estamos a ganhar 3-0 no intervalo da eliminatória e o Jamor está ao virar da esquina, ou da Pedreira.

Os nossos adversários
Na Champions, ainda não sabemos quem nos calha na rifa. Mas sejamos realistas: o que mais interessa a partir de agora é jogarmos sem pressão. Libertarmos a equipa da tensão e acreditarmos que aquilo é 11 contra 11 e depois logo se vê. Se pintar, espetacular. Se não pintar, missão cumprida à mesma. Se nos calhar um Ajax, Tottenham ou Man United, todos ficaremos a sonhar que será possível chegarmos às meias. Se sair um dos outros tubarões, não será impossível claro, até porque este mágico clube já nos provou várias vezes que nada é, e será bonito vermos a nossa equipa sonhar connosco nas quatro linhas, mas será igualmente importante não nos esquecermos daquilo que é o nosso campeonato.
Na Taça, acredito que seriedade e competência, mesmo que com alguma gestão (ponderada) de recursos,  serão suficientes para nos permitir a passagem. Até porque jogaremos com eles duas vezes seguidas em Braga, e é essencial percebermos que um jogo é uma batalha, e o outro é a guerra.  
No Campeonato, a noite de segunda-feira provou que eles também falham, embora de facto estejam muito mais competentes do que estavam no início de Janeiro, por exemplo. Estou convencido de que se fizermos o nosso trabalho, será suficiente. Recomendaria, pois, foco total em nós próprios, porque eles vão acabar por perder pontos num dos nove jogos.  

A nossa equipa
A atitude e a vontade são absolutamente intocáveis nesta equipa. Se há coisa que podemos todos ter a certeza, é que esta equipa nunca cairá por falta de querer. E isso já diz muita coisa. Mas vamos ao futebol em si. Sobre aspetos defensivos, será óbvio reconhecer que do ponto de vista de posicionamento estamos algo distantes do ideal, dá a sensação de existir alguma falta de rigor. Na maioria dos casos, esse desalinhamento tem vindo a ser compensado pela mais valia individual (velocidade, capacidade no 1:1, reatividade, etc.), e isso explica o facto de sofrermos poucos golos e pode, mesmo que pareça controverso, explicar alguma displicência também. Olhemos para Pepe a título de exemplo: uma falha de posicionamento claro no auto golo de Felipe na Feira, mas recuperações incríveis a evitar o 2º golo do Feirense já depois dos 90´e na receção à Roma a tirar o golo (praticamente) certo a Dzeko no prolongamento. Quanto a aspetos ofensivos, dá a clara sensação que critério e elaboração ausentam-se muitas vezes, sobretudo quando fora das quatro linhas estão os melhores na decisão, como Oliver Torres. Isso parece ser essencial, pois a ansiedade e a pressa podem dificultar-nos a vida nos jogos que faltam. Boas notícias nas bolas paradas, onde parece que voltámos à boa forma (jogo na Feira é prova disso), não só pelas notáveis capacidades de Militão, Felipe, Pepe e Danilo, mas também pelo trabalho espetacular que tem sido feito no Olival (vejamos a diversidade de soluções e jogadas “inovadoras” de bola parada que vão surgindo de jogo para jogo). Para terminar, seria importante que a malta da frente aumentasse os índices de aproveitamento das muitas oportunidades de golo que temos vindo a criar. A margem de erro é muito diminuta, para não dizer zero. Exige-se, pois, concentração máxima nos 9 jogos de campeonato que faltam.

Em suma, foco no essencial! Porque o nosso objetivo é só um… sorrir em Maio.

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