Instinto Pitbull, mostramos nós!!

Taça de Portugal, meia-final
15 de Abril de 2008
Estádio do Bonfim, em Setúbal
Assistência: --- espectadores

Vitória de Setúbal: Eduardo; Janício, Auri, Robson e Jorginho; Elias, Sandro, Ricardo Chaves (Filipe Gonçalves, 58m) e Bruno Gama (Paulinho, 72m); Leandro (Bruno Severino, 58m) e Cláudio Pitbull.
Não utilizados: Milojevic, Hugo, Bruno Ribeiro e Adalto.
Treinador: Carlos Carvalhal.

FC Porto: Nuno; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção (João Paulo, 82m) e Raul Meireles; Tarik (Farias, 75m), Lisandro e Quaresma (Mariano, 79m).
Não utilizados: Ventura, Lino, Kazmierczak e Adriano.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (8m), Sandro (21m), Jorginho (36m), Quaresma (49m), Elias (67m), Pedro Emanuel (90m).

Golos: Jorginho (autogolo, 37m), Lucho (51m e 60m).

E porque andamos nos últimos tempos em maré de «TRI’s», desta vez, calhou em sorte aos do Sado sentir na pele o «bafo do Dragão», com a vitória no final dos 90 minutos a pender para os azuis-e-brancos, por um concludente 0-3, na primeira meia-final da Taça de Portugal. Com este resultado, o FC Porto qualificou-se para a 25ª final da sua história, que vai ter o seu epílogo no próximo dia 18 de Maio no Estádio Municipal de Oeiras.

Foi uma vitória tranquila, demasiado até, para o que se julgava antes do início da partida. Poder-se-á dizer que «Pitbull por Pitbull», quem o teve neste jogo, fomos nós, com um instinto letal que deixou o adversário do Sado aos papéis sem forma de reacção.

Tal como já era esperado, o FC Porto iniciou o encontro com o seu onze mais forte, com a excepção da alteração forçada (ou talvez não, até porque tem sido Nuno o titular da baliza nesta competição) de Hélton por Nuno, que desta vez, e ao contrário do jogo do passado sábado, passou neste jogo quase como um mero espectador, tamanha foi a fragilidade ofensiva dos da casa.

Ainda que num ritmo pausado, foi um FC Porto desde o inicio do jogo a tentar impor o seu futebol com muita circulação de bola, encontrando um adversário que à excepção de Pitbull, se limitou a encostar nas cordas e a tentar segurar o caudal ofensivo azul-e-branco. Com isto, mais não era que um convite ao ataque da muralha defensiva adversária.

Portanto, foi com alguma naturalidade que as jogadas de perigo junto da baliza de Eduardo começaram a surgir, até que aos 37 minutos, na sequência de um canto marcado por Raul Meireles, a bola vai cair no segundo poste, onde Jorginho na ânsia de tentar estorvar Lisandro, acaba a introduzir a bola na sua própria baliza, inaugurando o marcador para o FC Porto, passando o resultado para 0-1. Para o futebol até ali jogado, e perante as jogadas de perigo já criadas, foi colocada alguma justiça no marcador.

Dali e até ao intervalo, com o FC Porto a abrandar um nada o ritmo de jogo, mas nunca perdendo o controle do mesmo, continuou a mostrar uma boa circulação de bola, e nunca permitindo que o adversário se aventurasse em demasia na sua ofensiva, porque invariavelmente, as jogadas eram destruídas a meio campo com a sabedoria de Paulo Assunção e a mestria de Raul Meireles, que davam e chegavam para as encomendas.

Tempo ainda para duas perdidas quase que escandalosas, diria eu, que poderiam ter matado logo ali o jogo… na primeira, Lucho no remate para uma baliza deserta, consegue acertar no corpo de Lisandro e com isso, perder-se o dilatar da vantagem… na seguinte, foi a vez de Tarik, que de tanto dançar defronte de Eduardo que estava caído, acabou a perder a bola infantilmente, quando já a deveria ter rematado. No meio disto, é chegado então o intervalo.

Para os segundos 45 minutos, e com os da casa sem o seu treinador principal a comandar as operações, já que Carlos Carvalhal foi expulso por Pedro Proença na ida para os balneários ao intervalo (ainda estou por perceber tamanho nervosismo, má educação e excessivos protestos do próprio ao longo dos primeiros 45 minutos! querem ver que o estilo «gabardines» já lhe está a tolher a inteligência?), voltou a ser o FC Porto a entrar mais forte e personalizado.

Fruto disso, aproveitou a oportunidade para dilatar a vantagem para 0-2, estavam decorridos 51 minutos, por intermédio de Lucho, que aproveitou da melhor forma uma assistência com conta, peso e medida de Tarik para o interior da pequena área, contando com a preciosa colaboração de Eduardo que deixou a bola passar por baixo do corpo.

Logo de seguida, e mantendo o ritmo exibicional em passo de caracol, mas muito personalizado, novo golo para o FC Porto, novamente por intermédio de Lucho, que aproveita um passe de morte de Quaresma na entrada da área para rematar colocado para um desamparado Eduardo que nada mais podia fazer. Estava feito o 0-3 para o FC Porto, com 60 minutos de jogo.

Dali e até final, pouco mais de relevo há a registar, a não ser repetir que a qualidade exibicional do FC Porto foi sempre feita de uma tranquilidade aterradora, jogando a partir dali um futebol defensivo, permitindo aos jogadores, um descanso mesmo que em contínua circulação de bola.

Acabado o jogo, e com um vencedor mais que merecido, aguardamos agora as noticias de qual o próximo adversário a abater na final a realizar no dia 18 de Maio… qualquer um serve, venha ele!

azul + : Lucho (VIPortista), Bosingwa, Bruno Alves, Raul Meireles e Lisandro.

azul - : Quaresma e Tarik.

arbitragem: Pedro Proença (Lisboa), Tiago Trigo e André Campos... arbitragem tranquila, sem reparos de maior a apontar, a não ser ter permitido que Robson chegasse ao final do jogo sem sequer, no mínimo, um amarelo. No resto, arbitragem normalíssima.

[ em jeito de rodapé, uma pequenina palavra de apoio moral para os comentadores Luís Marçal e Jorge Baptista, que passaram os 90 minutos de jogo num tal estado de ansiedade emocional, com frequentes chamadas de atenção “não era escândalo nenhum se o Paulo Assunção viesse para a rua”, “tal como no outro, aqui se apitasse também não era escândalo nenhum”, e outras vezes com “eii, isto é mostrar os pitons, não é jogar à bola nem nada”… a determinada altura do jogo, só me apetecia dizer que também “não seria escândalo nenhum se esses 2 vermes anões, fossem pró c...... que os f..., pois não?”, ou então que “tal como no anterior, se esses 2 vermes anões fossem pá p... q.. os p...., também não nos importávamos nada, pois não?”. Realmente, este tipo de comentadores ressabiados, invejosos e ridículos, conseguem tirar qualquer um do sério… ]

[nota do administrador: dia 18 de Maio, todos a Oeiras... eu vou lá estar!... porque não nos organizarmos por aqui e fazermos uma viagem em conjunto de modo a passar-mos um excelente dia de convivio entre já por demais conhecidos?... as inscrições já estão abertas!! Bora lá a despachar esses OK's para que eu possa infiltrar-me já na «reserva» dos bilhetes necessários aqui para a nossa malta. Fico a aguardar noticias vossas.]