30 novembro, 2009

Água mole em pedra dura...

assistência: 22.512 espectadores.

árbitros: Paulo Costa (AF Porto), João Santos e Nuno Manso; Artur Soares Dias.

FC PORTO: Beto; Fucile, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Hulk, Falcao e Rodríguez.
Substituições: Belluschi por Varela (65m), Farías por Rodríguez (68m) e Guarín por Raul Meireles (85m).
Não utilizados: Nuno, Sapunaru, Rolando e Valeri.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

RIO AVE: Carlos; Zé Gomes, Gaspar, Fábio Faria e Sílvio; Vilas Boas, Vítor Gomes e Wires; Bruno Gama, João Tomás e Sidnei.
Substituições: Vítor Gomes por Tarantini (11m), Sidnei por Chidi (62m) e Wires por Wesllem (86m).
Não utilizados: Mora, Bruno Mendes, Ricardo Chaves e Evandro.
Treinador: Carlos Brito.

golos: Hulk (23m), João Tomás (25m) e Varela (81m).

disciplina: cartão amarelo a Sílvio (10m), Gaspar (37m), Álvaro Pereira (69m), Bruno Gama (73m), Carlos (77m), Tarantini (80m), Maicon (84m) e Beto (93m).

No mundo cada vez mais mediático, com as redes sociais a crescerem desmesuradamente, como os tentáculos de um polvo, ou os mails e sms a servirem de meio de comunicação em real time, como seria antigamente, quando o advento da tecnologia e os telemóveis ainda não se encontravam massificados?

Imaginemos, num mero exercício estilístico, um pai e filho fervorosos adeptos portistas, separados por contingências do quotidiano. O progenitor, sedeado na Invicta. O filho, algures no Mundo, procurando o sucesso profissional longe do País. Todos aqueles que, uma vez por acaso, passaram pelo mesmo, sentirão a natural empatia. Falo de estarmos privados de qualquer possibilidade de visionamento de uma partida dos Dragões. Ao vivo ou pela TV. O sofrimento, esse, parece aumentar exponencialmente, pela impossibilidade de acompanhar os acontecimentos. Sofre-se, de forma bem intensa, com o aguilhão da dúvida a torturar-nos minuto a minuto. A ansiedade torna-se a protagonista, enquanto aguardamos por notícias. O coração bate de forma acelerada, perturbando o normal funcionamento.

Imagine-se, então, a cena. O filho, fuso horário diferente, cambaleando de sono, em frente à lareira. O pai, sentado confortavelmente no sofá, agasalhado contra o frio invernal. O novo lcd mostrando o esplendor do Estádio do Dragão. E o Porto-Rio Ave, jogo crucial disputado após o derby da capital. Com saudades do seu rebento, agora homem feito, o pai recorda-se de tardes e noites passadas a debater a actualidade portista. Os golos, as substituições, os falhanços em frente da baliza, os craques que sentenciavam partidas. Uma comunhão de ideais, meticulosamente administrada por ele ao filho, desde a mais tenra idade.

Podiam não calcorrear juntos o caminho para o velhinho Estádio das Antas. Ou apanhar o metro para o novo recinto. Mas continuavam, a milhares de quilómetros de distância, a ter os mesmos rituais. E assim, lá seguiu o primeiro telegrama, despertando o filho do torpor provocado pelo cansaço:

“Vai começar agora. STOP. O gajo apostou outra vez no Beto. STOP. Mas pôs o super-herói a titular. Que coerência é esta? STOP”

Noutro continente, o filho sorriu, abanando com paternalismo a cabeça. Achava irónica aquela contradição. O pai, que a idade deveria ter acalmado, continuava a ser explosivo nas avaliações da equipa. Destemperado. Pouco paciente. Ele, bem mais novo, nunca tinha sentido o fulgor da impaciência. Era conciso na análise. Racional. E acima de tudo, um homem de fé. Acreditava piamente que o Porto venceria. Em qualquer lado. Contra qualquer opositor. Pese essa diferença temperamental entre ambos, unia-os sempre, na vitória e na derrota, uma paixão incondicional pelo azul e branco.

“Vê se te acalmas. STOP. Vamos ganhar. STOP. Jogue quem jogar. STOP. E no Natal, podes escrever, já estamos à frente dos vermelhos. STOP”

Seguiram-se uns minutos de silêncio. As pálpebras pesavam ao filho. A noite cerrada convidava a umas horas de descanso beatífico debaixo dos lençóis. Mas ele mantinha-se ali, lutando contra a sonolência, a madrugada avançando de forma inexorável. Nunca conseguiria descansar sossegadamente sem saber o resultado. Foi despertado pelo som inconfundível do telegrama.

“O Rolando ficou a aquecer o banco. STOP. Joga o Maicon. Vamos lá a ver o que é que ele vale. STOP.”

O filho agradeceu a informação. Mas queria mais. Na impossibilidade de ver os seus ídolos a jogar, ansiava por beber toda e qualquer grama de informação.

“E o resto? STOP. Quem joga no meio? STOP.”

A resposta não se fez esperar.

“Nada de novidades. STOP. Meireles, Fernando e Belluschi. STOP. Lá na frente, Falcao e Rodriguez juntam-se a Hulk. STOP. O Rio Ave entrou bem. STOP. Tem criado dificuldades. STOP. E dado cacetada com fartura. STOP.”

O filho sorriu, ao receber as novas. Adorava o estilo directo e contundente do progenitor. Sem papas na língua.

“E como está a correr o jogo? STOP. Estamos a jogar bem? STOP.”

“Nem por isso. STOP. Estão a tentar explorar os flancos, sem sucesso. STOP. O Alvaro Pereira tem subido, apoiando o Rodriguez. STOP. O Hulk continua sem conseguir desequilibrar. STOP. O Rio Ave parece que vai adoptar a táctica do autocarro. STOP.”

Primeira ruga de desassossego, no rosto do filho. Uma rápida consulta ao relógio, um breve cálculo mental, para ver que já se tinham esgotado mais de 20 minutos. Sem golos. Sentiu aquela pontada característica, no estômago, de desassossego. Ainda teria uma úlcera, não tardava nada…

“Golllloooooooo. STOP. Aleluia. STOP. Jogada típica de Hulk, com arrancada do meio-campo, fugindo para o interior. STOP. Sorte à mistura, com dois ressaltos. STOP. Já estamos na frente. STOP. Agora é só gerir. STOP.”

O filho não resistiu a soltar um suspiro de alívio. Sorriu. Levantou-se e não combateu a tentação de preparar um copo de whisky, apesar do horário tardio. Encontrava-se na cozinha, quando o som sibilino de novo telegrama o fez apressar para a sala.

“Esquece. STOP. Os gajos empataram. STOP. Cruzamento para a área e golpe de cabeça do João Tomas. STOP. Não percebo como é que ele salta com o Fucile. De um lançamento lateral sofremos um golo. STOP. As transições rápidas não saem. STOP. Previsibilidade total. STOP. O Belluschi desapareceu, depois de um inicio prometedor. STOP. Íamos marcando pelo Bruno. STOP. Bola salva em cima da linha de golo. STOP.”

O trejeito de exasperação do filho não escondia a amargura pela notícia. Passou as mãos pelo cabelo, inquieto. Desejava um jogo calmo, sem sobressaltos. Em vez disso, o nervosismo ia-o minando, internamente.

“Continua 1-1. STOP. Estamos a melhorar aos poucos. STOP. O Meireles é dono do meio-campo. STOP. Nova grande oportunidade, com cruzamento do Alvaro para uma cabeçada perfeita do Falcao. STOP. Contra nós, todos defendem bem. STOP.”

O sono, entretanto, já tinha desaparecido. Consumido na fornalha de nervos que queimava o âmago do filho. Perturbado, parecia um miúdo irrequieto, incapaz de ficar sossegado, concentrado numa actividade.

“Intervalo. STOP. 15 remates para um mísero golo. STOP. Fizemos 3 faltas. Que raio de agressividade é esta? Não se pressiona? Vai ser uma 2ª parte de nervos. STOP. O Falcao está muito desacompanhado. STOP. O Rodriguez subiu de produção. STOP. Tem feito uns raides interessantes na esquerda. STOP. Agora, já se sabe. O gajo vai colocar o Farias e depois o Varela. STOP. É sempre a mesma cartilha a comandar. STOP. Temos acções de jogo totalmente ingénuas. Já se assobia.”

O filho leu. E releu. Sabia que o pai não exagerava. Aquilo era verdade. O ataque ao penta sofria percalços, todas as semanas.

“Car***o. Estou farto disto. STOP. O Rodriguez criava dinâmica, na ala esquerda, esticando o jogo, e ele agora muda-o para o lado direito. STOP. Já passaram 10 minutos da 2ª parte e nem nos aproximamos da baliza. STOP. Estamos dóceis, sem qualquer pressão alta. STOP. Espera aí. STOP. Penalty. STOP. Fucile empurrado, com meia teatralização. STOP. Fo**-s*. STOP. O Falcao falhou.”

Um murro na mesa, pleno de raiva e frustração, acompanhou o último telegrama recebido. A impaciência já dera lugar à decepção. Não percebia como, quase no final da primeira volta, não existia um marcador para os lances de grande penalidade. Ora marcava Falcao, depois Hulk e, como numa espécie de carrossel alucinado, novamente o colombiano. Com os resultados conhecidos.

“Que saudades do Lisandro. STOP. Mais uma oportunidade desperdiçada, na cara do guarda-redes. STOP. Estamos na fase do futebol caótico, afunilado. STOP. Tenho gostado do Alvaro. Ao contrário do Fucile, procura apoiar o ataque. STOP.”

Maxilares cerrados. Olhos expectantes, furtivos, temerosos. A garganta seca prenunciava um potencial ataque de pânico. Era uma oportunidade de ouro para recuperar dois pontos. E ficar mais perto da liderança.

“Falham-se golos cantados. STOP. Desperdicio inacreditável do Meireles. STOP. Como te tinha dito, o Varela e o Farias já lá estão dentro. STOP. O Maicon não acrescentou nada em termos de solidez defensiva. STOP. Parece que o Jesualdo anda a reboque do que se comenta na imprensa. STOP. Neste momento, não existe fio de jogo. STOP.”

O filho engoliu em seco. Atreveu-se a perguntar:

“E o Hulk? STOP.”

O pai sopesou a resposta. Sabia – e entendia – a admiração do filho pelo brasileiro com nome de super-herói. Analisou racionalmente a prestação do agora internacional canarinho.

“Dentro da mediocridade, é o melhor. STOP. Procura usar a rapidez para abrir brechas, na habitual mistura de individualismo e trapalhice. STOP. Acabou de dar mais uma bola de bandeja ao Farias, com um cruzamento perfeito. STOP. Precisavamos de um avançado de grande nível. STOP. E o Luca Toni está no mercado, por uma pechincha. STOP. O Carlos hoje defende tudo.”

Nem o elogio encapotado ao seu jogador predilecto animou o filho, preso de inexplicável palpitação cardíaca.

“Goooolllooooo. STOP. Finalmente. Varela à boca da baliza. STOP. Pese a péssima exibição, é justa a vantagem. STOP. Foi assim, com jogadores vindos de clubes medianos, que o Mourinho montou uma equipa guerreira. STOP. Sem vedetas. STOP. Ai cum caraças. Ai cum caraças. Ai cum caraças. STOP. O Rio Ave ía empatando, por duas vezes. STOP. É inacreditável a forma tacanha de pensar deste Jesualdo. Permite que o adversário tenha a posse de bola e pense o jogo. STOP. Meteu o Guarin. A equipa joga sobre brasas. STOP.”

O pequeno prédio de apartamentos tremeu, com o grito de jubilo saído da garganta ressequida por triunfos. A pacatez da madrugada foi interrompida, por breves instantes, substituída pelo amor incondicional por um clube de futebol.

“Ai cum caraças. STOP. Inadmissível. STOP. O Fernando não aprende com os erros. Perdeu uma bola nas imediações da área, tal como com o Chelsea. STOP. Somos incapazes de gerir um jogo, com passes curtos. STOP. Só vejo correrias loucas, precipitadas. STOP.”

Nova olhadela para o relógio. Contas feitas e a constatação de que o jogo deveria estar no seu estertor. Era excruciante não saber noticias.

“Acabou. STOP. Resultado justo, com exibição sofrível. STOP. As mudanças nada trouxeram de novo. STOP. O Beto anda intranquilo. STOP. O Maicon não transmite qualquer segurança. STOP. Mas vencemos. E isso é que importa, para já. STOP. Adeus. Adoro-te. Vai lá dormir. STOP.”

E o filho, feita a recepção do último lance de notícias, foi. Feliz por mais uma semana de sonhos possíveis. O Porto continuava vivo. E ele dormiu, beatificamente.

Análise final: Perdoar-me-ão os mais puristas destas coisas pela análise pouco ortodoxa do jogo. Mas confesso que ando saturado de escrever as mesmas coisas. Procurei conferir uma nova roupagem, menos massiva na quantidade de informação. Todos nós vemos o jogo. E tiramos as nossas ilações. O futebol não é uma ciência. Como arte, é tremendamente subjectiva. E eu nunca fui bom [e dizê-lo desta forma é um eufemismo tremendo] a esmiuçar as tácticas engendradas pelos treinadores, nem as nuances subtis que os mesmos colocam, no desenrolar da partida. Para isso, existe a sapiência e conhecimento teórico do Bruno. Eu sou mais emotivo, pouco racional, a visionar as cores da minha paixão. Tenho um pouco da figura ficcional do pai, hoje com direito a tempo de antena. Pelo contrário, pese a vitória, não sou capaz de dormir beatificamente, como o filho. Recuperando dois pontos ao seu mais directo rival, os Dragões deram nova mostra de incapacidade de jogarem com imprevisibilidade. Amorfos, dóceis, previsíveis. Mas, inquestionavelmente, fico apenas siderado com dois pormenores: ausência de um marcador de livres e anarquia na movimentação de lances de bola parada. Parece não existir qualquer estudo prévio para os lances referidos.

Melhor do Porto: Pela atitude, Alvaro Pereira. Guerreiro, capaz de perceber que era com velocidade que se rompia a teia defensiva contrária. Não permitiu veleidades pelo seu lado, sendo a companhia ideal para Rodriguez, a quem apoiou incondicionalmente na primeira metade. Pelo golo, Varela. Entrou e decidiu, estando no local certo para empurrar a renitente bola. Pela imprevisibilidade, Hulk. O único que cria lances de desequilíbrio.

Arbitragem: Trapalhona. Mal no capítulo disciplinar, contemporizando com a agressividade extrema dos vila-condenses, ajuizou igualmente mal o lance do penalty desperdiçado pelo Porto. Em suma, noite cinzenta para um árbitro veterano.

20 comentários:

  1. Antever ´isso mesmo ...falar antes!!!Em suma SEM FUTEBOL, COM BOLAS NA TRAVE....SOFRER, MAS GANHAR A UM BRIOSO RIO AVE!!!!

    ResponderEliminar
  2. Já tinha dito em comentários anteriores, nota-se a falta de treinos em conjunto e mais pontaria. Aquela grande penalidade se entra, não tínhamos sofrido tanto.
    Foi a exibição possível perante um Rio Ave generoso e muito lutador, mas isso só valoriza mais esta vitória.
    As papoilas já só estão a três pontos.
    Biboporto!

    ResponderEliminar
  3. Ganhamos, foi um jogo fabulástico, estive sempre descansado a assitir ao jogo, aquele ponta de lança que marcou o penalti enche-me as medidas que grande jogo, o trinco sempre a controlar o jogo, nunca perde um passe, e jogamos contra uma grande equipa bem organizada (como disse o mister Jesualdo- palavras sábias) com um orçamento parecido com o nosso.grrrrrrrrrr não aguento mais.

    ResponderEliminar
  4. Meu caro amigo paulop, calculo que se tenha enganado no jogo, se calhar julgava que estava a ver o jogo de algum clube da segunda circular
    Abraço a todos o Portistas

    ResponderEliminar
  5. Fernando Moreira30 novembro, 2009

    Assim já dá para gostar, mas ainda há muita intranquilidade, ansiedade, e alguma insegurança em certos aspectos do jogo. Beto dá garantias mas não pode precipitar-se na reposição da bola em jogo. Com Fucile no lado direito, a "música" é outra; Maicon também dá garantias mas não deve enervar-se e entregar bolas ao adversário – tem tempo para se afirmar como alternativa a Rolando. Hoje gostei do Hulk (o banco, às vezes, faz bem…) que desequilibra quando joga simples; Rodriguez está a atingir a forma que o notabilizou na pretérita época. Falcão esforçado mas pouco mais; Varela tem, indiscutivelmente, lugar na equipa (isso não invalida que não jogue sempre os 90 minutos).
    Dois reparos: 1) nas "bolas paradas" temos uma eficácia confrangedora e, pior que isso, a sua marcação resulta em disparates incompreensíveis. Não será altura de Jesualdo fazer "trabalho de casa" no que concerne a essa importante faceta do jogo?! 2) É frequente (e reparei nisso em jogos anteriores) que após uma perda de bola no ataque, não tenhamos capacidade de a recuperar na primeira linha mais atrás. Há um vazio enorme entre a linha atacante e a da média defensiva. Inclusive a inexistência de oposição proporciona ao adversário o lançamento de perigosos contra-ataques. Mais um "trabalho de casa" para Jesualdo… Abraço a todos os (des)portistas.

    Fernando Moreira
    VilaReal

    ResponderEliminar
  6. Caro Dragão Penafiel, infelizmente não me enganei no jogo, dificilmente me enganaria pois quase há 50 anos vou assistir a jogos do PORTO, faltando-me apenas 7 anos para receber a ROSETA DE OURO, se quiser posso-lhe enviar por mail a cópia de cartão de associado, com isto não quero dizer que sou mais PORTISTA que o Senhor, mas uma coisa é certa não é mais que eu sou.
    O Falcão para mim não jogou nada, e a equipa à parte de ter mostrado mais empenho, ainda não mostra um futebol à CAMPEÃO, duvido que chegue lá, mas acredite que espero piamente estar enganado. VIVA O PORTO

    ResponderEliminar
  7. As bancadas semi desertas deixam avisos A QUEM DE DIREITO. ESte futebol de Jesualdo não convence. Este Porto não chega. O limite de paciência de muita gente atingiu o máximo. Não dá mais. Chega. ESte não é o POrto que eu me identifico. Pode ser o de Jesualdo mas não é o meu. Vulgaridade.

    ResponderEliminar
  8. Não adianta, é mais forte do que eu... sofrido, como tantas vezes têm sido; desesperante, como tantas outras; irritante, como tem tanto acontecido; etc etc etc.

    Mas, e há sempre um mas, este FC Porto, este FC Porto de azul-e-branco listado, será para sempre o meu FC Porto... na mó de cima, na mó de baixo, na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza, será sempre o meu FC Porto. Nunca, jamais o abandonarei... ou sequer o atraiçoarei.

    Esta vitória de hoje, foi a vitória do querer, do coração, do sangue e suor... foi uma vitória arrancada a ferros, mas uma vitória à Dragão, à FC Porto.

    Os (penta)campeões também se fazem desta raça, desta alma imensa... i believe!!!

    Por estes dias, o céu parece cinzento, sombrio, aterrarador até... mas tenho a firme convicção, uma fé inesgotável que, amanhã, voltará a ser o que sempre foi... a imagem mais perfeita dos nossos sonhos!!!

    Vai uma aposta?!

    ResponderEliminar
  9. Eu não aposto. Mas gostava que tivesses razão. Mas a jogar assim...

    ResponderEliminar
  10. FRio e chuva, futebol fraquito e como diz o Lucho, bancadas vazias...
    Um deja vu igual à Académica e Belenenses, só que desta vez, um jogador baratinho e ... português resolveu, dos poucos que soube o que fazer com a bola após o 2-1, que joga directo, não inventa e não faz correrias estéreis e desgastantes.
    Bom regresso de Fucile e muito bem o Álvaro Pereira.
    De resto, os defeitos do costume com perdas de bola na zona intermédia por Fernando que podem sair caras.
    Belluschi mal, Maicon não convenceu nada...
    Esperam-se melhores dias e uma 6ª feira de acerto em Guimarães.

    ResponderEliminar
  11. Não foi um Porto brilhante, nem um Porto constante - às vezes até foi irritante -, mas foi um Porto bem melhor que frente ao Belenenses e frente ao Marítimo. Houve vontade, atitude, carácter e alguns períodos de bom futebol, com o Rio Ave, que é uma boa equipa, a ser claramente encostado às cordas, durante uma grande parte do jogo: depois do golo e em toda a segunda-parte - excepção à tremideira depois do 2-1.
    Claro que há muito a melhorar. Por exemplo: Hulk agarrado às linhas e obrigado a defender, é um crime de lesa F.C.Porto; Falcao muito recuado, não pode depois aparecer onde é mais decisivo: coração da área. Ali com um magnifico golpe de cabeça obrigou o guarda-redes à defesa da noite; Belluschi tem de jogar mais próximo dos avançados; e depois, o problema dos problemas, um trinco que erra passes e mais passes. Não há equipa que resista a um jogador, normalmente o primeiro na fase de construção, que não acerta uma.
    Um trinco não é só para defender e tapar as subidas dos centrais ou dos laterais.

    Vamos ter jogos importantes - Guimarães, o autocarro do Setúbal e Benfica. É a hora da verdade. Se ultrapassarmos este período sem grandes danos, com um ou outro acerto, junto com os sinais de melhoria que já se notam, eu acredito.

    Ah, eu resisto e comigo o F.C.Porto nunca caminhará sózinho.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  12. Eu também resisto nesta longa caminhada! Lá estive, com frio ou com calor, a puxar os 90 min pelos nossos jogaodres!

    Mais um jogo de nervos e mais nervos. Foi bom regressarmos às vitórias. Penso que o principal problema da equipa seja mesmo a finalização. Não pudemos esperar por 30 remates para fazer dois golos!! Tem de haver mais eficácia.

    O banco para o Rolando serve-lhe de aviso. Notou-se nervosismo no Maicon. Regresso de Fucile foi bom. No meio-campo, mau jogo do Fernando. Passos errados, e não pode ser. Belluschi tem de continuar a jogar para ser cada vez mais influente. Meireles e Rodríguez a crescer de forma. Hulk parece que lhe fez bem o banco. O primeiro golo é uma excelente jogada de insistência. Falcao está em crise de confiança.

    Muito boa a entrada do Varela na equipa, desiquilibrou, como ele sabe muito bem fazer.

    Em suma, sofridinho sofridinho, lá conseguimos os 3 pontos, que eram essências rumo ao primeiro lugar, que se tudo correr bem, e eu acredito, no próximo dia 20 pode ser nosso!!

    FORÇA MÁGICO PORTO

    E PARABÉNS aos SUPER DRAGÕES que completam HOJE 23 anos de história!!

    ResponderEliminar
  13. Viva !

    Mais uma Vitória mais uma Alegria.

    Excelente artigo Paulo Pereira. Gostei.

    Quanto ao jogo, não sei se foi por ter visto em ecrã grande, mas por vezes parecia-me que havia mais camisolas roxas no revaldo que azuis e brancas.

    Acho que o Porto melhorou, abriu mais pelas alas. Mas continua a faltar aquele entroncamento o que pode explicar os passes falhados.

    E Viva o Porto !

    ResponderEliminar
  14. Subscrevo inteiramente o que o Blue diz!

    Força Portooooo!

    ResponderEliminar
  15. Não tendo a capacidade de prosa do meu Amigo Blue!!! subscrevo Todas as suas palavras .... Porto adoro-te TANTO!!!
    Parabéns aos Súper Dragões
    Abraço

    ResponderEliminar
  16. percebo o paulop e subscrevo igualmente o que é dito pelo blueboy.
    Não me deixo levar pelas vitórias, só por si.
    Temos de produzir muito mais do que fizemos ontem. Como diz o lucho, as bancadas vazias foram um sinal.

    Bom regresso do Varela.
    Fernando ! o que se passa ??
    grande parte dos lances de perigo nasceram de erros do Fernando.

    Vitória importante porque superamos uma equipa a fazer um bom campeonato e um arbitro que não quis ver alguns lances importantes.

    Guimarães vai ser um duro teste

    ResponderEliminar
  17. Creio que cada cadeira vazia no jogo de ontem simbolizava o descontentamento de alguém. Ganhámos que no final das contas acaba por ser sempre o mais importante, mas um vitória como esta foi, com um futebol longe de empolgar, vitórias assim não vão voltar a trazer os ocupantes dessas cadeiras ao Dragão.
    Já há meses que se verifica na blogosfera algum desencanto com o rendimento da equipa, e a meu ver os adeptos estão no pleno direito de não gostar deste futebol que a equipa produza. Se perguntarem se eu acredito que vamos conquistar o Penta? Claro que sim, mas não com exibições como estas, com perdas de bola como as que temos tido...
    Abraço

    ResponderEliminar
  18. O Paulo Pereira , com esta inovada
    análise , deixou-nos muita matéria para reflectir .

    Quase arriscaria a dizer que estão aqui bem retratadas as nossas dúvidas e convicções e , claro ,
    a nossa sublime PAIXÃO pelo F.C.PORTO .

    Um abraço

    ResponderEliminar
  19. «Mas, e há sempre um mas, este FC Porto, este FC Porto de azul-e-branco listado, será para sempre o meu FC Porto... na mó de cima, na mó de baixo, na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza, será sempre o meu FC Porto. Nunca, jamais o abandonarei... ou sequer o atraiçoarei.»



    Aproveitando a inspiração do Blue, faço dele as minhas palavras!

    BIBÓ PORTO

    ResponderEliminar