03 abril, 2015

MALDIÇÃO DA MADEIRA CONTINUA...

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maritimo-FC PORTO, 2-1

Taça da Liga, meia-final
Quinta-feira, 2 Abril 2015 - 19:45
Estádio: Estádio do Marítimo, Madeira
Assistência: -


Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).
Assistentes: Paulo Soares e Jorge Cruz.
4º Árbitro: Rui Rodrigues.

MARITIMO: Salin, João Diogo, Bauer, Raúl Silva, Rúben Ferreira, Danilo Pereira, Alex Soares, Bruno Gallo, Edgar Costa, Marega, António Xavier.
Suplentes: Wellington, Dyego Sousa, Gêgê (87' Alex Soares), Briguel, Fransérgio (76' Bruno Gallo), Ebinho, Éber (79' Edgar Costa).
Treinador: Ivo Vieira.

FC PORTO: Helton, Ricardo, Maicon, Marcano, José Ángel, Casemiro, Evandro, Óliver Torres, Quaresma, Aboubakar, Hernâni.
Suplentes: Andrés Fernández, Brahimi (66' Ricardo), Tello (57' Hernâni), Herrera, Campaña, Alex Sandro, Gonçalo Paciência (76' Quaresma).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 2-1.
Marcadores: Evandro (32'), Bruno Gallo (37' pen), Marega (45').
Disciplina: cartão amarelo a Óliver Torres (28'), Ricardo (36'), Raúl Silva (73'), Gêgê (89'), Evandro (90').

O FC Porto continua com a maldição dos maus resultados na ilha da Madeira. Longe vão os tempos em que o FC Porto saía da Madeira com os 3 pontos no bornal. Com maior ou menor dificuldade vencia, por norma, o Marítimo, o Nacional e o União.

Os tempos hoje são diferentes. Este FC Porto e o dos últimos dois anos estão com uma difícil tarefa de ultrapassar quer na Madeira, quer no sul do país. Esperemos não voltar aos tempos em que passar a ponte era sinal de derrota.

Esta noite, o FC Porto apresentou-se nos Barreiros com uma equipa sem 7 habituais titulares e do outro lado encontrou uma equipa tão aguerrida como nunca se tinha visto esta época.

O FC Porto até começou bem e aos 3 minutos, para não variar, foi prejudicado por mais uma decisão “xistremática”. O árbitro fez vista grossa a uma grande penalidade cometida sobre Hernâni. Já é hábito. Siga a música. No Sábado, veremos que “xistrema” vai entrar na luz.

Os insulares tiveram uma entrada de rompante e quase inauguraram o marcador. O lance ocorreu aos 11 minutos e foi construído por Xavier que cruzou para a cabeça de Marega na área, mas a bola foi bem defendida por Helton. O FC Porto respondeu com uma grande oportunidade mas o remate forte de Hernâni dentro de área saiu ao lado do poste direito de Salin.

Casemiro, aos 30 minutos, quase marcava num chapéu de meio-campo que deixou Salin sem respiração. Foi um sério aviso para o que iria suceder 3 minutos depois. O FC Porto chegava ao golo na sequência de um canto. À entrada de área, e sem marcação, Evandro rematou forte e colocado de pé esquerdo, fazendo um golo de bandeira.

Depois veio nova palhaçada. Uma verdadeira decisão “Xistremática”. Ricardo Pereira, na área, é surpreendido por Xavier que se atira autenticamente contra o defesa portista. O árbitro-artista assinala grande penalidade e na conversão da mesma Bruno Gallo restabelece o empate. Estou para ver se, neste Sábado, a acontecerem lances semelhantes aos de Hernâni e de Xavier na luz, o árbitro adoptará o mesmo critério.

Perto do descanso, o FC Porto, algo desorientado e desconcentrado no relvado, sofre novo golo. Num lance, após um pontapé de canto, a bola passeia e saltita na área portista. Sobra para Marega que só tem que encostar para a baliza.

Na segunda parte, o FC Porto, apesar das substituições operadas com as entradas de Tello, Brahimi e Gonçalo Paciência e, de nos últimos 15 minutos, ter jogado num 3x3X4, só logrou criar uma situação de perigo iminente. Muito pouco para 45 minutos. Esta equipa parece não conseguir reagir bem às adversidades e isso está a tornar-se num problema crónico.

Perto do fim, Aboubakar tem, então, a única verdadeira oportunidade de jogo. O camaronês obrigou Salin a uma enorme defesa. O jogo terminou com a 4ª derrota do FC Porto da época em jogos oficiais. 6 jogos esperam os Dragões até ao final deste mês. Um mês de todas as decisões e que vai colocar à prova a capacidade e competência da equipa.




DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Resultado não é justo”

Julen Lopetegui alertou para as dificuldades que o Marítimo costuma causar quando joga em casa e o FC Porto passou por elas no Estádio dos Barreiros, o que custou uma presença na final da Taça da Liga. No rescaldo, o treinador espanhol apontou as razões para mais uma noite infeliz na ilha da Madeira: a precipitação e a ineficácia na hora do remate, na segunda parte, mas também um penálti inexistente que devolveu o empate ao marcador, ainda na primeira.​

“A equipa fez uma boa primeira parte, teve bom início, marcou, mas depois sofreu dois golos: o primeiro num penálti que o árbitro viu e o segundo resultou de um erro defensivo nosso, num canto. Na segunda parte, o Marítimo fechou-se – não me lembro de uma única defesa do Helton -, mas nós, sem fazer um grande jogo, não tivemos o mérito para chegar ao segundo golo, apesar de termos tido ocasiões para tal”, defendeu o treinador espanhol, em declarações no final da partida.

Julen Lopetegui admitiu, que após o intervalo, houve por parte da equipa “alguma precipitação e falta de tranquilidade”, mas lembra que os portistas foram os únicos que dispuseram de oportunidades para chegar ao golo. “Não tivemos nem o mérito nem o acerto que deveríamos ter tido para empatar e isso impede-nos de jogar uma final e de ganhar uma competição que nunca ganhámos. Estes jogos decidem-se nos pormenores e nós não estivemos atentos a todos eles, frente a um adversário agressivo, que em casa joga bem com as suas armas, num campo difícil, com a relva alta e seca, que causa dificuldades”, explicou o técnico, acrescentando que essas circunstâncias foram agravadas pelo facto de Maicon ter jogado a segunda parte em inferioridade física.

Lopetegui negou ainda que a paragem no calendário para os jogos internacionais tenha prejudicado a preparação deste encontro, mas reconheceu que a escolha da equipa foi influenciada pelo facto de muitos jogadores não terem treinado durante a semana. “Não podemos mudar isso, sabíamos de antemão que iria ser assim, os jogadores vieram quando tiveram que vir e escolhemos a equipa em função disso. Devíamos ter feito mais, é verdade, mas agora restam-nos as duas principais competições da época, a Liga e a Champions, em que depositamos toda a ambição”.



ARBITRAGEM




RESUMO DO JOGO


3 comentários:

  1. É inadmissível!!!
    Como é que ao 3º jogo na mesma ilha num espaço de 3 meses percamos os 3?
    Não sei o que é que os jogadores andam a pensar numa altura importantíssima destas.
    Eu quero acreditar que este mesmo plantel ainda me venha a dar alegrias no final da época.
    Comecem a meter nas cabeças deles um único pensamento.
    Levar o Porto ás vitórias.
    Acordem!!!

    É o final da época.

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  2. Ontem os jogadores teriam de mostrar mais mas dava mais importância termos ganho a Taça da Liga na última época do que a esta época. Por esta altura o campeonato já estava perdido.
    Agora não!! Difíceis as circunstâncias por factores externos ao jogo em conseguirmos o título mas dependemos só de nós!! E é isso que terá de ser primordial fazer passar aos jogadores. Desatenções que aconteceram no jogo com o Nacional é que não poderão voltar a acontecer!!
    Dd G10

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  3. Viva,

    Não vi o porto Nacional por razões laborais e nunca pensei que Porto pontuasse. Em contrapartida, vi o jogo contra o Mari'timo: acho que foi um dos raros jogos que vi desta competição até hoje.

    Tirando as observações ja' apresentadas quanto ao - péssimo - relvado, penso que o desafio deu, sobretudo, para avaliar - quanto a mim, mas posso me enganar - a importância dos laterais e que, talvez por isso, a bola nem sempre chegava em condições condicentes ao eixo do ataque.

    Penso que o Porto recuperou o prestigio que tinha perdido no mundo desportivo - e não so' - marcado pela eliminação, na fase de grupos, pelo, entre outros 2 clubes, Apoel.

    Desde ha' muito que não se via o Porto nos quartos de final da Liga dos Campeões. Como é possi'vel falar em maus resultados? E se o campeonato Português fosse para - sem qualquer ofensa - Português ver?

    Não creio que o Porto tenha tido um percurso fa'cil. Esta' por mérito so' e pro'prio nos quartos. Vai jogar contra um clube que tem um excelente plantel e, sobretudo, o melhor avançado e o melhor guarda redes do mundo (segundo dizem eles). Mas não foi Stephen Mayer que dois dias prognosticava, antes da final, em 1987, no dia'rio "L'Equipe": Bayern 5 - Porto O ?

    E', quanto a mim, imensamente, importante que o Porto tenha visibilidade internacional no momento em que se desenham re-estruturações no painel do futebol europeu: investimentos Chineses num histo'rico do futebol Francês, Sochaux, poderia ser um exemplo dessa re-estruturação.

    E Viva o Porto!

    Nuno PortoMaravilha

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