29 junho, 2015

NOVELAS.

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Sinceramente, ainda não percebi o porquê de ainda não se ter resolvido a novela Jackson e não ter havido anúncio oficial da sua venda por 35 milhões de euros. Com a quantidade de pretendentes, com a imensa vontade do colombiano em sair, aliás, creio que desde o 1º dia em que assinou pelo FC Porto, o colombiano praticamente nunca escondeu o seu enorme desejo de sair para ir ganhar mais dinheiro (nem disfarçando um pouquinho que fosse!) noutro lado qualquer, e com uma cláusula claríssima para toda a gente, não percebo o porquê de tanta demora para se resolver esta situação.

Sendo a última vez que falo deste assunto, uma vez que nada mais há a acrescentar, reitero o que já disse em tempos. Jackson foi um bom profissional enquanto cá esteve, longe de ter sido o melhor ponta-de-lança que por cá passou (dói-me o coração ouvir isto), mas nunca deixarei de fazer uns reparos ao colombiano. A verdade, é que desde o 1º ano de Dragão ao peito, o colombiano não se fartou de abrir a boca, ora pelo empresário, ora pela mãe, ora pelo pai, ora pelo papagaio lá de casa, a dizer alto e bom som que queria sair para outro campeonato, um dia era o sonho de Itália, no outro o sonho de Inglaterra, etc, etc. Essa obsessão em sair para outro lado, fez com que em alguns momentos falhasse em jogos decisivos (principalmente nos jogos grandes) lances que normalmente não falharia se estivesse ao seu melhor nível de concentração. Na época 2013/2014, são vários os jogos em que me lembro do colombiano ter falhado bem mais que o admissível, não me esqueço do jogo da 1ª mão das meias-finais da taça de Portugal com as galinhas no Dragão em que ganhamos 1-0, mas poderíamos facilmente ter ganho 2 ou 3, com imensas ocasiões desperdiçadas pelo colombiano.

Para juntar a esta, outras novelas seguiram os seus desenvolvimentos na semana que passou. Como não podia deixar de ser, à semelhança do que praticamente acontece todos os anos, estamos interessados em mais um guarda-redes. A este propósito, o FC Porto tem de definir bem aquilo que quer de uma vez por todas. Definir se Fabiano é ou não guarda-redes para o clube, em caso negativo, tentar a sua venda e não empréstimos sucessivos sem qualquer retorno financeiro minimamente interessante (o caso de Rolando, por exemplo, é de levar as mãos à cabeça). Definir se Gudiño é ou não realmente uma aposta de futuro, e em caso afirmativo, integrá-lo no plantel principal para, quiçá, aprender com o que de bom tem Helton, e não é tão pouco assim. Não me parece que jogando mais um ano na equipa B, seja uma forma de desenvolver assim tanto o talento do jovem mexicano. Para mim, a questão é muito simples. Quando se tem qualidade, a idade não interessa rigorosamente nada e as apostas por parte dos treinadores tornam-se inevitáveis. São tantos os casos idênticos no nosso clube (Gomes e Baía por exemplo) de jogadores muito jovens que tiveram oportunidades na equipa A e não desiludiram. Com a quantidade de guarda-redes que temos neste momento, ainda há Andrés Fernandez e Ricardo por resolver. Avançar para a contratação de mais alguém, parece-me ser das coisas menos prioritárias que neste momento há a fazer. Dar a titularidade a Helton (daí ter-se renovado com ele) e ir integrando o jovem mexicano, seria, do meu ponto de vista, o mais lógico neste momento.

Finalmente, a novela Lucas Lima. Sobre isto, digo apenas uma coisa: fala-se em 4 milhões de € de salário anual para um lateral-direito de 31 anos, e mais não sei quantos milhões pelo passe do tal Lucas Lima. Se calhar, juntando todo este dinheiro e procurando obviamente uma alternativa mais barata para substituir Danilo (não é para isso que pagamos a um departamento de scouting?!), não sobraria algum para tentar renovar por mais um ano o empréstimo de um valor seguro como Oliver?!?!

6 comentários:

  1. Este defeso está, para falta de melhor adjectivo, absolutamente surrealista.

    Parece uma bad trip de ácido.

    Estou ansioso que acabe.

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

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  2. COMANDANTE29 junho, 2015

    Já falou aqui de hélton. .a entrevista dele e uma vergonha na parte em que o jornalista lhe pergunta sobre o lopetegui. .a resposta dele e preocupante. .não percebo mesmo nada como vamos ficar com o guarda redes que não quer falar do treinador..diz ele que é melhor assim. .

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  3. É sempre um gosto ler o que escreve RCBC. Muitas das novelas deste mercado não passam disso, de novelas, umas inventadas, outras nem tanto. É sempre assim nesta altura da época.
    As oficializações das transferências estão agora muito dependentes das datas. Com o fair-play financeiro é conveniente terminar cada época com resultados positivos, ou seja, o FC Porto só deve oficializar contratações a partir de 1 de julho. Por esta razão eu estava convencido que Jackson ia ser oficialmente vendido antes dessa data, vamos ver mas isto digo eu que estou de fora.
    Aproveitando o que escreveu sobre a juventude de Gudiño, também se pode aplicar a Gonçalo Paciência. Sai Jackson, fica Aboubakar e Gonçalo, ainda com Bueno que pode fazer o lugar. Acho que não é preciso gastar mais uns milhões noutro ponta-de-lança.

    Gonçalo Mendes

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  4. Caro Gonçalo Mendes,

    Antes de mais obrigado pelo elogio ao post.

    Quanto à eventual substituição e Jackson, pelo que sei Bueno nunca jogou como único ponta-de-lança, jogou sempre em sistemas de 2 avançados, sendo sobretudo um avançado de apoio, o que é completamente diferente quer em termos de características, quer em termos de movimentos ofensivos do que um avançado centro num sistema 4/3/3.

    Não está em questão a qualidade de Aboubakar, uma excelente alternativa para jogar muito mais que na época passada, bem como Gonçalo, um jogador com enorme potencial mas que ainda tem de crescer muito. A questão é que se queremos lutar pelo título e por uma boa participação na CL, temos de contratar alguém com características similares a Jackson, claro que em termos de qualidade é impossível termos capacidade financeira para adquirir alguém de igual qualidade.

    Sem me querer armar em diretor desportivo de bancada, há um nome que me agradaria muito, um jogador com experiência de futebol europeu, excelente média de golos nos vários clubes por onde passou, que não foi titular indiscutível na época passada e que por isso talvez lhe agradaria a possibilidade de jogar pelo título em Portugal, numa equipa de Champions como o FC Porto. Chama-se Kevin Gameiro.

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  5. Já agora foi transferido há 2 anos por 7,5M€ pelo Sevilha, pelo que o seu valor atual não andará muito longe desse valor, o que pelo que se ouve falar (25M€ por Imbula?!) estará ao alcance dos cofres do FC Porto...

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  6. Concordo parcialmente com o seu ponto de vista no que às declarações de Jackson respeita. Algumas...
    Porque para sermos justos, também temos de avaliar o comportamento do jogador noutros contextos. Dentro do campo, teve dias menos bons (quem os não terá?), mas teve outros excelentes - e já nem me refiro ao facto de ter sido o melhor marcador -, como a sua postura correcta, esquiva a conflitos, e o detalhe não menos importante de ter dado um grande apoio ao sector defensivo.
    Mas onde eu discordo é na questão das declarações. Não é um problema apenas do Jackson, é de todos os jogadores que chegam vindos do estrangeiro. Mas é essencialmente um problema do FCPorto, que não soube adaptar-se a esta nova realidade, à época das redes sociais. Não teve ainda capacidade para disciplinar aos jogadores recém-chegados da realidade FCPorto. Não é o museu que lhes vai transmitir o chamado "portismo", é a comunicação, o código comportamental que outrora tão bons resultados deu, com Pedrotos e afins. Ora, é nessa área da comunicação que o FCPorto actual está a desmazelar-se, curiosamente agora que podia tirar partido de dispôr de uma ferramenta preciosa mas que não tem sabido usá-la: o Porto Canal. Portismo à parte, os jogadores quando cá chegam já vêm mentalizados que o nosso clube é apenas um trampolim para vôos mais altos (leia-se para clubes mais ricos), por isso, não havendo quem logo à chegada os mentalize que a partir do momento que vestem a nossa camisola e recebem o ordenado, só têm é que jogar e deixar os facebooks para as férias, caso contrío: mão à palmatória...
    O que me preocupa agora no FCPorto é precisamente o lado que outrora mais confiança transmitia:
    o seu líder. Ele mudou, e não foi para melhor.

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