27 março, 2019

UMA VEZ CORRUPTOS, PARA SEMPRE CORRUPTOS.



O primeiro título nacional do Benfica foi extorquido ao Barreirense

Reportamo-nos à que no Barreiro foi a tão tristemente célebre temporada de 1929/30, quando ao Barreirensezinho foi simplesmente “rapado” o título de campeão nacional de futebol. Quase não dá para acreditar como a “coisa” se passou... (O que – como é óbvio – não se encontra devidamente reportado nos livros próprios, por ser - como tão amiúde se passa na política - “bastante incorreto” escrever a verdade).

Os torneios máximos de futebol (em que o Benfica até então não se sagrara campeão!) eram disputados em eliminatórias, ainda não por pontos... Neste 1929/30, o Barreirense venceu o Distrital, levando a melhor no último encontro, em 22 Junho 1930, no Montijo, sobre o valoroso Vitória sadino por 3-0. Na final da relevante Taça Caridade, disputada em 2 Fev. 1930 no Campo Grande, o Barreirense superou à vontade o Sporting lisboeta por 5-1. (A tão bela Taça Caridade encontra-se em bem destacado posto no Salão de Honra do Ginásio-Sede).

Seguiu-se o Campeonato Nacional, tendo o Barreirense afastado sucessivamente os Unidos do Barreiro, o Comércio e Indústria, o Luso F. C., o União de Coimbra, o Boavista, o Sporting de Espinho, e derrotado na meia-final (em duas partidas) o Belenenses, campeão de Lisboa (!). E, sem qualquer derrota ao longo da temporada (!), o F.C.B. vai defrontar as águias lisboetas na finalíssima do nono nacional do desporto-rei. Agora... Segundo o regulamento, essa partida deveria ser disputada em campo neutro. Mas a Associação de Futebol de Lisboa marcou o encontro para o ... Campo Grande, o terreno de jogos do ... Benfica. O benfiquista João de Oliveira (um dos dois irmãos “Bananeiras”) estava suspenso por, semanas antes, ter agredido um árbitro em jogo. À última da hora, este Oliveira foi ... “amnistiado” do seu castigo de oito meses (!) a fim de poder alinhar na final contra o Barreirense. E – o que foi o cúmulo – para árbitro foi designado Silvestre Rosmaninho, um dos sócios mais antigos do Benfica (!). Os protestos do Barreirense caíram em saco roto.

Em 1999 entrevistámos para outro semanário o keeper do F. C. B., o nosso tão saudoso amigo Francisco Câmara. É dele a frase: “O primeiro título nacional do Benfica foi extorquido ao Barreirense”, que aqui repetimos. Chico bem se recordava ... Quanto ao jogo, Zé “Toupeira” inaugurou o marcador para os camarros. O Benfica empatou, num lance ilegal sancionado por Rosmaninho em que adversários empurraram Câmara para dentro da baliza antes da bola entrar! No prolongamento, o ... “amnistiado” João “Bananeira” marcou o segundo tento benfiquista. Com tal arbítrio os barreirenses baixaram os braços. Veio o 1-3 final. E Chico Câmara adiantou: “Passados uns anos leu-se que ... Silvestre Rosmaninho ... fora galardoado pelo seu clube com a Águia de Ouro”. O seu a seu dono. E o Barreirense não foi, nunca seria campeão nacional.

Esta “derrota suja” ficou para sempre cravada na garganta de barreirenses. Sentimos o dever de lembrá-la agora, quando do centenário. Bem, hoje, o poder dos “grandes” da bola, não se processa tão às claras... É mais refinado... (Note-se que estas facetas inconcebíveis referentes à finalíssima do Nacional de 1929/30 não se encontram reportadas no óptimo livro “70 anos de Vida do Futebol Clube Barreirense”, de Rosa Figueiredo).

Como treinador dos alvi-rubros continuava o insigne eng. Augusto Sabo (que em breve deverá ser incluído nos vinculadosaobarreiro.com). Jacinto Nicola Covacich encontrava-se à frente da Direcção do Clube. A Sede do F. C. B. ainda se situava no amplo primeiro andar do lado ocidental do Largo Casal.

Nota: Em 1934, o F.C.B. atingiria, pela segunda vez, a final do Campeonato de Portugal, tendo sido derrotado por 3-4 contra o Sporting. Quase na conclusão do tempo regulamentar, os rubro-brancos remataram à trave. Foi azar... Houve prolongamento, no qual o avançado-centro sportinguista – natural do ... Barreiro! – enfiou a sua quarta e última bola na baliza de Chico Câmara. Ora bolas..., para sempre.

In http://www.jornaldobarreiro.com.pt
Numa altura que um determinado clube carnidense se especializa em dança do ventre, e demais especialidades de cintura e bastidores, para tentar ocultar com uma rede de malha larga aquilo que todos já sabem que são, é pertinente voltar a trazer a público o instinto corrupto que está na génese e alma daquele clube lisboeta.

Desengane-se quem pensar que o mentor do benfica atual é Luís Filipe Vieira. Não é! O atual presidente benfiquista apenas lhes soma os dotes e características próprias do charlatão que é. O benfica, como os próprios se orgulham de dizer, é o clube representativo do povo. Uma arraia miúda e graúda que cresceu a viver às custas de uma mescla de caciquismo, compadrios, mesquinhez e xico-espertismo. Um povo amestrado, feliz por viver numa realidade alternativa em que a sua equipa é dotada dos melhores dos melhores, e a própria é elevada a potência mundial dentro daquela freguesia lisboeta. Um povo, porque infelizmente temos que o reconhecer, são a maioria dos que falam o português de Camões, e talvez por isso mesmo, um povo que nos continua a empurrar para a cauda do sub-desenvolvimento europeu.

Pois se, como a História prova, o Norte não estivesse amordaçado e esvaziado de poder político, talvez nos pudéssemos ombrear orgulhosamente com os nossos parceiros europeus. Da mesma forma que o FC Porto, única instituição verdadeiramente independente fora da área metropolitana de Lisboa, o consegue fazer ano após ano.


Por falar em Centralismo, foi sem surpresa que vimos (quem se deu ao trabalho...) a Equipa das Quinas empatar de forma deprimente os seus dois jogos iniciais para a qualificação do europeu 2020. Um prémio justo para aqueles - Fernando Gomes / Fernando Santos - que conseguiram transformar uma equipa que era de todos nós, na Seleção Nacional do Benfiquistão. Inexplicável como os responsáveis da FPF nem se dão ao trabalho de disfarçar a sua submissão aos interesses avermelhados. Já nem falo no Dragão, mas porquê 2 jogos na Luz? Já que adoram a capital do Império, porque não Alvalade, Restelo, Oeiras? Já tresanda este odor.

Cumprimentos Portistas.

1 comentário:

  1. S.Lampiões e Benfica - Nascidos para corromper. Está no ADN dos seus dirigentes, só não aparece nos estatutos porque passam o testemunho em pergaminho, hoje em dia até já fizeram um Power Point para mostrar a modernidade mais sofisticada e completa.

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