31 julho, 2006

A nossa festa de apresentação dos Campeões...

Foi linda a festa, pá… este ano rompeu-se com a tradição de 2 apresentações distintas: a apresentação do plantel ao som de um espectáculo pirotécnico e uma outra posterior que já encerrava com um jogo de futebol contra um anfitrião especial escolhido para o momento.

Mais uma vez foi bonito todo aquele momento de apresentação e interligação entre todos os jogadores e equipe técnica em conjunto com todos os adeptos portistas que se encontravam no nosso magnifico Palco das Emoções… eu incluído, lá no meu sítio do costume.

O ambiente estava óptimo com muita festa nas bancadas e com toda aquela massa humana de cerca de 40.000 pessoas a vibrar a cada acorde musical.

O espectáculo iniciou-se com a já celebre “Dança do Dragão” em serpentina magistral que foi executada por dezenas de jovens, acompanhada do usual ritmo musical para lhe dar um ar mais «dragoniano”, ao melhor estilo do FC Porto… engraçado, ainda que repetitivo em relação a anos anteriores.

De seguida, passou-se à apresentação dos jogadores um a um, através de uma coreografia composta por enormes quadrados que formavam, ora o número do jogador, ora o seu nome de «guerra»… tendo ocorrido algumas situações digamos caricatas pela má disposição das letras, o que originou obviamente erros nos nomes dos jogadores… tudo bem, estão desculpados… eheheheh

Realço os jogadores que tiveram direito a um carinho «extra», bem audível nas manifestações dos presentes, nomeadamente: Hélton, Quaresma, Lucho, Ibson e Anderson… mas o melhor momento, a maior e mais audível manifestação ficou para o último jogador a ser chamado ao centro do tapete verde… Vítor Baia de seu nome. Minha nossa, o estádio quase vinha abaixo… foi arrepiante. Merece sem qualquer dúvida esse carinho de todos os Posrtistas pelo seu profissionalismo e dedicação ás cores «azuis e brancas»... um exemplo de carácter a seguir, sem dúvida!!

Entretanto, iniciou-se o jogo e o que se posso dizer é que foi uma bela surpresa pela positiva no seu todo, se olharmos para o grau de emotividade e adrenalina que estava inerente ao mesmo.

Pela positiva, destaco as exibições na 1ª parte do puto Andersson, do Ibson, do Super-Pepe, Raul Meireles e do Zé… estiveram, na minha opinião uns furos acima da regularidade e espectacularidade de todos os restantes.

Na 2ª parte, bem, estava à espera de um decréscimo de nível de qualidade a todos os níveis, mas acreditem ou não, «que bela surpresa» se me assaltou no que estava a visionar on-live. Vieirinha muito participativo, Bruno Moraes muito expontaneo e simples de procedimentos, Diogo Valente uma surpresa total pela facilidade de movimentos, no geral, todos muito bem e soltos de movimentos, não acusando o nervosismo de serem potencialmente 2ªs opções ou até mesmo, prováveis jogadores em lista de dispensa… gostei mesmo!!

Não posso deixar de destacar na minha opinião, alguns aspectos negativos, nuns casos já precedentes do ano transacto, outros, nem tanto, ou seja:

1) Alguém se dará ao trabalho de treinar a execução de cantos e bolas paradas nos treinos?... é que já num há pachorra para tanto disparate consecutivo jogo após jogo... arrreeeee :-(

2) Contínua e sistemática falta de pontaria em acertar com aquela coisa a que chamam de “baliza”… às vezes, até parece que a bola deve ser quadrada, só pode... rsssss :-(... procura-se ponta de lança mortífero e eficaz!!

3) Manifesta e porque não repetitiva demonstração de deficiente qualidade para integrar um plantel rico como aquele… Alan mais parece um ciclista que não acerta uma (ontem, esteve 1 poquinho melhor do que o seu normal), Jorginho é outro que tal e apesar de gostar muito dele, já começo a ficar irritado com tanta “complicação” na hora de jogar simples e prático, Ezequias parece(u)-me demasiado «lento e macio» para o ritmo exigivel a um campeão nacional, Bruno Alves continua apenas e tão só a demonstrar a sua aura de Bru(t)o Alves… e apenas um aparte para um jogador de que gosto bastante mas que achei demasiado “nervoso” para a estreia com a camisola do Campeão… João Paulo, é bom que te acalmes e libertes o stress, porque não queremos ver-te a ocupar o lugar que é por direito do emigrante com pronúncia de Ermesinde, Petit-Patapón, ok? entendidos?... e termino com um recado para o Hélton, esperando que aquelas 2 brincadeiras com os pés, tenham sido as primeiras e últimas desta época.

4) Depois, os rídiculos da APAF não nos largam… nem nos jogos a «feijões», conseguem disfarçar ou despir a camisola que trazem por dentro?... vai ser um longo campeonato, algo me diz que sim… o “monstro” continua a respirar, mesmo que baixinho e ofegante.

5) O «ambiente» de perfeito velório que saiu da Curva Sul durante todo o jogo. Parece que as feridas das relações entre a SAD e os grupos de apoio, estão por sarar… por vezes, admito, quase que me dá vontade de dormir um belo d’um sono com essa monotonia… reparem que cheguei a ouvir os jogadores aos berros do outro lado do campo, impressionante, não?... faço votos para que essa espécie de «guerra-fria» termine em breve, muito em breve!

6) Para fechar, era mesmo só para dizer que aquele espectáculo pirotécnico no final do jogo… valeu pela intenção, se me faço entender :-(

Concluindo, se alguém esperava nova goleada, enganou-se redondamente… pela minha parte, fiquei já satisfeito com este resultado e com a identidade demonstrada pelos 2 onzes em campo... e depois prefiro também que a distribuição desses golos que ontem ficaram a faltar seja dividida pela 7ª e 8ª jornada, que terão concerteza para todos nós um sabor mais requintado e mordaz.

Esperemos agora pelos próximos 2 jogos de preparação do FC Porto no Torneio de Amesterdão, que poderão concerteza ser mais conclusivos quanto às reais capacidades do poder de fogo do FC Porto neste início de época.

28 julho, 2006

Franguetto dá show de novo...

Querem ver que a TV Cabo mudou as frequências… e agora a SIC Comédia é no canal 3?
Ao ver em resumo o lance de mais uma ENCABADELA lá prós lados do Guadiana
ocorreu-me logo esta cena dos perfeitos jagunços ridiculos...



seguida desta...

e mais esta... é que o Franguetto, já vale bem mais umas quantas chapadas!!

Novidades no reino dos ridículos…

Constou-se que na madrugada passada, a carroça dos ridículos foi vandalizada junto ao hotel onde se encontravam hospedados. Pior que uns riscos profundos na chaparia, foi ter sido feita uma inscrição a negro com as letras “SCP”… porque será? será do Guaraná?

Quer-me parecer que depois do jogo desta noite, corre sérios riscos de voltar a ser vandalizada e ao raiar do dia, aparecerá com uma nova inscrição… “3 batatinhas”!!

Está mal, muito mal… isto não se faz ao clube dos ridículos… já não bastava terem vandalizado a carroça, e não contentes com isso, lembraram-se também de vandalizar aquela equipa patética “à imagem do Reformado Costa”??... está mal!!

Afinal, não é só o mágico FC Porto que anda a jogar uns joguitos de pré-época com equipas amadoras… o clube dos “condes e viscondes” também anda a fazer o mesmo!!

Como diz alguém: “Dói, não dói? Não te preocupes; mais logo temos mais circo.”

Entretanto, parece-me que os ridículos já encontraram um substituto à imagem do emigrante com pronúncia de Ermesinde, Petit Patapôn.

Paulo Jorge é o seu nome (este gajo num é digno de ter este nome; eu sei do que falo… rsss). Mas que belo ataque ao joelho do João Alves. Sábado num te chegou molhar a sopa? Querias hoje mais?... logo vi que sim, é que nota-se logo que tens mesmo características de caceteiro e sarrafeiro, ao melhor estilo do teu primo de Ermesinde.

Treininhos… Heracles vs FC Porto

Mais um jogo… mais uma vitória… e mais, ao que parece, porque por razões profissionais não pude televisionar, mais um jogo de “solteiros vs casados”… vá lá que pelo menos está no fim este campeonato da pré-época, é que já não há pachorra.

Pelo que pude escutar em diálogos, de novo terá sido um “mimo” ver os miúdos Anderson e Vieirinha a jogar com toda aquela alegria contagiante, o Ibson com aqueles pezinhos de lã que fazem maravilhas e “again”, o recuperado Bruno Moraes a “molhar a sopa” e a mostrar que o azar já faz parte do passado.

O Anderson é um jogador do plantel e como já pedi há uns dias atrás, façam o favor de lhe arranjar um lugar no 11, porque aquele puto vai ser a revelação do campeonato, vai uma aposta?... Está um mimo!

Bem, quando ao Vieirinha, basta ser um jogador da casa, mas este é muito mais que isso, tem bom toque de bola, técnica e rapidez de execução… merece um “lugar ao sol” sem dúvida!!... não me venham cá com Alans, Diogos Valentes, Ezequias e outros que tais… nem quero pensar que possam sequer equacionar colocar o “puto” a rodar noutro clube… nem se atrevam!!

Pois, o Ibson, na minha modesta opinião, é um regalo vê-lo a jogar… apenas lamento que o tenham tentado queimar em lume brando, devido à sua muito proximidade com o Diego… espero bem que este ano tenha as oportunidades que merece!!

Quanto ao Bruno Moraes, depois de uma época brilhante em Setúbal, lesionou-se gravemente e passou um ano a fazer companhia ao Sok(a)ta… faço votos para que o pior já tenha passado e agora venha a bonança… acredito bastante neste jovem, porque lhe reconheço grande capacidade física, excelente técnica, grande rapidez e um engodo especial pela baliza… tenhas sorte miúdo!!

PS – Old bLuE fRiEnDs, a nossa “miguinha infiltrada” já está a trabalhar cá para os miguelitos… solicitei reserva de 7 bilhetes prós mesmos de sempre estarem em Leiria no dia 19.08.2006. Portanto, façam favor de iniciar o estágio, porque o circo em breve vai começar… eheheheh

27 julho, 2006

X Edição da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria

"Santa Maria da Feira irá reviver, durante dez dias (28-Julho a 06-Agosto), uma época que foi de outras conquistas, de outras mentalidades, de outras culturas, embrenhadas no encanto próprio da época medieval. É um tempo de magia, preenchido pelo burburinho dos mercadores, dos artesãos e das regateiras da feira, pela arrogância dos cavaleiros que mostram a sua audácia em intensos combates, pela alegoria de personagens que vagueiam, pelo espírito da alegria que invade todo o burgo com sons de coreografias e fantasias musicais."

Falo por experiência própria... aconselho-vos vivamente a fazerem uma visita a esta Época Medieval que vai já na sua X Edição, e que de ano para ano, se torna mais atraente, encantadora e cada vez mais próxima da realidade… quanto a mim, um perfeito hino ao tempo das grandes batalhas e conquistas.

Toda aquela magia que paira no ar, aquele ambiente contagiante… podem desde já dar uma vista d’olhos ao ambiente e magia que vos espera, aqui através do site oficial da X Edição da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria.

PS - bLuE fRiEnDs… Sábado, 21h30, Fórum Café… não se atrasem prá Viagem Medieval.

26 julho, 2006

A noite dos Campeões…

Durante muitos anos foi tradição no FC Porto a apresentação do plantel aos sócios ser um espectáculo multimédia, com muita luz e som, e que terminava com uma peladinha entre todos os jogadores do plantel. Desta vez, será bem diferente.

A festa de apresentação aos sócios e simpatizantes está marcada para o próximo domingo, dia 30.07, onde defrontaremos a equipa do AS ROMA (Itália), que tem nas suas fileiras alguns dos nomes mais sonantes da actualidade, sendo que Francesco Totti é o expoente máximo. Apesar de o jogo apenas ir ocorrer ao princípio da noite (20h15), o espectáculo de abertura da festa começará mais cedo, ao que tudo indica, a partir das 19h15 ou talvez até mais cedo.

Um dos momentos mais altos da noite, a par do próprio jogo de futebol, será a apresentação dos jogadores, um a um, já com o habitual espectáculo de som e música para “embelezar” mais uma noite “very special” para todos os Dragões.

Os bilhetes já estão desde hoje à venda e os preços variam entre os 5 e os 10 euros para os sócios e os 10 e os 20 euros para o público geral. Os detentores de lugar anual têm entrada livre garantida.

Por isso, no próximo domingo lá estarei no meu lugar anual do costume, bem juntinho aos "miguelitos", e a vibrar com toda a minha fé, paixão e amor às cores “aZuL e bRaNcAs”...

Últimas dos Campeões…

- Treininhos… VV Rigtersbeek vs FC Porto

Mais um jogo… mais uma vitima… mais um massacre (13-0). Desta vez, a rifa calhou aos amadores do Rigtersbeek. Que comecem depressa os jogos a doer, que esta coisa do “amadorismo” já começa a fartar… procura-se adrenalina!!

Ao que consta na imprensa, o “mvp” foi mesmo o regressado Bruno Moraes que conseguiu um hat-trick depois um longo calvário de 12 meses sem tocar na redondinha… parabéns puto, tu mereces!!... eu confio em ti e só espero que tenhas as oportunidades que mereces, porque sei que nos encantarás a todos com o teu futebol que não engana. Tenhas um pouco mais de sorte…

Os marcadores de serviço: Bruno Moraes (3), Adriano (2), Vieirinha, (2), Quaresma, (2), Jorginho, Raul Meireles, João Paulo e Sektioui.

- Mc Benny… Obrigado e boa sorte!!

Não foi efectivamente um bom negocio, já o tinha referido num post anterior, mas pronto, foi o negócio possível dadas as cartas que estavam em cima da mesa… antes 2,5 agora do que ZERO (!) no fim da época.

Pela minha parte, o meu muito obrigado pelos bons e inesquecíveis momentos que nos proporcionaste a todos nós Dragões por esses campos fora… foste e serás sempre um dos nossos.

Porque sabes retribuir a quem te ajudou e apoiou sempre, deixo aqui algumas das tuas frases na hora da despedida… mais uma vez, obrigado e boa sorte:

"Nunca vou esquecer o F.C. Porto, porque foi sem dúvida a melhor fase da minha carreira. Posso garantir que vou ser um dragão para sempre."

"Já me sinto um portuense, um portista."

- A tal mística que tantos falam… mas só nós a temos!!

Não podia deixar passar em claro as palavras lançadas pelo nosso Mister um destes dias aos jornalistas d’A BOLA aquando da suspeição levantada pelo próprio pasquim de um outro caso de indisciplina ocorrido no estágio e praticado pelos jogadores Adriano e Pepe, em seguimento de um outro ocorrido com o Bosingwa e que foi inclusivamente confirmado e sanado por todos. Para que se deliciem, aqui ficam essas palavras… aqui, está a tal mística de que tantos falam, mas que só nós a possuímos!! Assim, se faz a história do Dragão!!

"Não sabia que era de A Bola mas vi a sua camisola, que é vermelha, e o vermelho é símbolo de anti-Porto, de Lisboa, do Benfica... Estamos muito zangados, porque o que escreveu não é verdade. Temos um grupo fantástico, com jogadores muito bons. E Adriano e Pepe estão com problemas porque algumas pessoas que leram o seu jornal telefonaram-lhes: "Castigo, porquê? O treinador é maluco." A culpa disto é sua, porque nada aconteceu, temos uma boa atmosfera. Você tentou destruir o trabalho do FC Porto. Por isso é que nunca mais, enquanto estiver no FC Porto, admitirei que me coloque questões. Você é bem-vindo, mas não vai ter respostas da minha parte."
(Mister Co Adriaanse, in A Bola, 21.07.2006)


# comentários do Mister "emprestadados" pelo Pobo do Norte...

Jorge Maia n'OJOGO

Cabeça, tronco e membros…
Para uma perna, pelo menos, já dava. Não é muito, mas os pontas-de-lança estão pela hora da morte e até Frankenstein teve que começar a costurar por algum lado. A venda de McCarthy ao Blackburn- passa a definitiva dentro de algumas horas - dá para comprar uma perna de Hesselink e consta que a direita é a melhor das duas. A questão é que quase toda a gente garante que é a cabeça a fazer a grande diferença, até porque fica a quase dois metros do chão, apoiada num tronco que deve estar avaliado nuns bons dois milhões de euros. De resto, tratando-se de um ponta-de-lança, até se podiam dispensar os braços que só servem para atrapalhar e conseguia-se um preço mais em conta. Infelizmente para o FC Porto, os avançados não são como os Legos e não se podem comprar às peças, para montar mais tarde. Para se chegar à cabeça, que é mesmo o que interessa neste caso, é preciso comprar tudo. As duas pernas, o tronco e até os braços. É preciso comprar tudo e o problema é que nem sempre se aproveita grande coisa. A questão com os pontas-de-lança é que são como as caixas de chocolates do Forest Gump: nunca se sabe exactamente o que se vai encontrar. Ora, o FC Porto não se pode dar ao luxo comprar uma caixa de chocolates de oito milhões de euros sem saber exactamente o que está lá dentro. E se Hesselink não se adapta ao futebol português? E se não atina com os cruzamentos de trivela de Quaresma? E se, mais prosaicamente, se lesiona? Não, o FC Porto não pode gastar oito milhões de euros com Hesselink. Pelas minhas contas, o máximo que pode pagar são praí uns seis milhões de euros, mais coisa menos coisa. O problema é que se o PSV não fizer um desconto, os tais seis milhões até compram as duas pernas, os dois braços e o tronco, mas não chegam para a cabeça. Ora, como é evidente, sem cabeça, lá se vai o jogo aéreo de Hesselink.

Isto e aquilo…
"Estou a jogar no FC Porto e aqui todos querem voltar a ser campeões. É esse o nosso principal objectivo, mas também fazer muito melhor do que no ano passado na Liga dos Campeões"
Marek Cech, jogador do FC Porto

Saudades…
"Sinto alguma tristeza porque deixo alguns amigos e muitas memórias aqui"
Benni McCarthy, jogador do FC Porto

in “O JOGO”, 2006.07.25

25 julho, 2006

New Modelitos... cachecol e boné tipo baseball

Caros bLuEs,

O prometido é devido… e aqui o bLuE bOy e o MiAu não param de ”trabalhar”, enquanto vocês já sonham com as “babes”… eheheheheh

Portanto, vamos avançar muito em breve com a produção dos nossos cachecóis e os bonés… para terem uma percepção do produto final, está visível na parte superior as imagens de como irão ficar… espero que gostem todos, sem excepção, caso contrário… deixem de sonhar com as “babes” e toca mas é trabalhar em prol da nossa religião.

Neste momento, podemos já adiantar que o custo do conjunto "cachecol e boné", será de 15 €, pelo que as encomendas já estão a ser aceites… e desta vez, atinem lá com o mural aqui ao vosso lado direito, onde devem identificar o vosso pedido… e se desta vez, não atinarem, vamos tratar de vos mandar para a "Celestinha", ok?

Aceitam-se encomendas, em limite, até à próxima 6ª feira, dia 28.07.2006, até às 23:59… portanto, deixem-se lá agora de conversa fiada e toca mas é a tratar dos assuntos sério… a hora do recreio, já acabou!!

Apressem-se… que Leiria está a aproximar-se e é já amanhã… Saturday Night Fever, Boys alones on the night, Babes in home making Arraiolos… tão a ber o filme, não tão?.... vá lá, não se façam de desentendidos, ok?... eheheheh... como diz o Miau, andamos todos com umas piadas muito giras, estamos estamos ;-p

Miauuuuuuuu, adoro biscoitos de cão!!!

23 julho, 2006

Treininhos... Groningen vs FC Porto

Olha, empatamos 2-2... que desilusão para os nossos amigos.
Primeiro jogo de preparação em que foi possível dar uma vista d’olhos para aferir do momento e do grau de preparação do plantel para a época desportiva que se avizinha... admito, cheguei a ter sono, principalmente na 1ª parte, mas pronto, nesta altura do campeonato, já serviu para “matar saudades” do vicio.

Como dizia o título do JN de hoje, “Um Porto de 2 caras”… é verdade, aquela 1ª parte foi de uma lástima a todos os níveis… claramente, existem alguns jogadores que já sabia não terem qualidade para o nosso clube, e continuo cada vez mais a reforçar essa ideia: Alan (quem é este?!) e Bru(t)o Alves (a irresponsabilidade e falta de qualidade do costume). Quanto ao Jorginho, já começo a ficar farto de passar demasiados jogos a ser uma “nulidade total”. Por favor, paguem para alguém os levar!!

Das novas contratações, Ezequias é dos jogadores mais fraquinhos que tenho visto (uma falta de qualidade impressionante de passe, aliada a uma total incapacidade defensiva).
Do Sektioui, as avaliações jornalísticas dos últimos jogos foram extremamente generosas para ele, mas do que vi ontem, não me tendo surpreendido assim tanto quanto eu estaria à espera… mas olhando para o resto do plantel, assim à primeira vista, temos os alas eleitos da equipe base: Ricardo Quaresma e Sektioui.
Do João Paulo, tenho pena de não o ter visto actuar… mas quanto a mim, é presença garantida no plantel pela sua qualidade.
Diogo Valenteesteve lá? (ou muito me engano, ou vai ter guia de marcha pela certa)

Pela positiva, encontrei 3 jogadores que me encheram as medidas, uns já conhecidos, outros nem tanto:

Ibson – Sou um apaixonado pela sua forma de jogar e mais não digo. Lamento apenas a “casmurrice” do Co Laranja.
Anderson – Minha nossa… aquele “puto” transpira confiança e técnicaé imperativo arranjar para ele um lugar no “onze”, não sei como, mas nem tenho que saber, porque não é a mim que me pagam para treinar. A continuar assim, aposto em como vai ser a revelação da próxima temporada. Tem tudo para ser um jogador extraordinário.
Vieirinha – Que lufada de ar frescofinalmente, um “puto” das camadas jovens a despontar no plantel principal e principalmente, a ter oportunidades para mostrar que sabe fazer o mesmo e até melhor neste caso, que contratações de gosto duvidoso… muito bom toque de bola, boa finta, grande capacidade de aceleração e muito bom tecnicamente. Outro que tem tudo para ser um jogador extraordinário.

Esperemos pelo próximo jogo para confirmar as certezas e as dúvidas.

PS1 - O Benfas apresentou ontem à noite um novo projecto que dizem ser inovador em Portugal; a sua equipa de "cheerleaders" que vai ser patrocinada pela marca “Trifene 200”, analgésico não sujeito a receita médica destinado a suavizar as dores menstruais femininas… lembrei-me que podiam aproveitar e fazer também um contrato com a RENNIE e o COMPENSAN para a azia que os Benfas vão ter durante a próxima época… eheheheheh tinóni tinóni tinóni

PS2 - Jagunço Orelhudo: «Benfas é para liquidar. Pelo que vamos vendo no futebol, não sei; pelo que se vai passar na Liga, não vale a pena reforçarmo-nos, porque o Benfas é um adversário para liquidar rapidamente”… este homem, é um suinicultor multifacetado: ora vende kits; ora vende sonhos como se torna também o profeta da desgraça!... Quer-se dizer, explica lá o que vai mudar este ano? Vais deixar de ter elementos LEAIS à suinicultura na Liga?... Vais deixar de ter CUNHAS?... pela minha parte, «Deus te ouça!!».

22 julho, 2006

Estes tipos são uns brincalhões…

Vem hoje no jornal “O JOGO” uma noticia que dá como certo o acordo de transferência entre o FC Porto e o Blackburn (Inglaterra) para a transferência de Benny McCarthy, faltando apenas o sim do jogador. Até aqui tudo normal, penso eu, até porque esta é a lei da vida de um clube de futebol. Como eu sempre disse e mantenho, os homens passam e o clube fica!

Depois de ler a noticia mais em pormenor, pensei estar no dia 1 d’Abril, só pode… cerca de 2.5 m€???... cerca???... 2.5 m€ (500 mil contos)???

Sei muito bem que o sul-africano está no último ano de contrato, sei que ele nunca rendeu o que eu pelo menos esperava dele, pelo menos a partir da sua segunda chegada ao clube, mas 2.5 m€????... Por amor de deus, não brinquemos com coisas sérias… esta noticia, a confirmar-se é, quanto a mim, um péssimo negócio a todos os níveis.

Quer-se dizer… há um ano atrás, podiam tê-lo vendido por 6.0 m€ ao mesmo clube inglês, e prefeririam ficar com ele… e agora, vamos despachá-lo por nem metade do valor do ano passado e a seguir, vamos a correr para os braços de um (quase) trintão holandês, Jan Vennegoor of Hesselink, e pagar 6.0 m€??

Nem me merece mais comentários esta noticia… só quero acreditar que o dia 1 d’Abril este ano chegou tarde, muito tarde…

PS - Que pena… o orelhudo-jagunço queira fazer um “belo d’um encaixe” com o Manelinho, mas foi a ele que o “encaixaram”… Queriam burlar os ingleses, hein? É que com tanto gelo que o Manelinho tem colocado na zona pélvica, só podia mesmo ficar congelado. Coitadinhos dos Bifes, depois das grandes penalidades só faltava agora comprar "peixe congelado" em vez de "peixe fresco". Acho muito bem que apresentem queixa em Tribunal contra o Portsmouth, porque isso não se faz à instituição…. hum hum hum… com o Benfas ninguém brinca… hum hum hum… ;-p

21 julho, 2006

Treininhos… FC Porto vs Stevo

Chapa 9… Score: 32 golos marcados e ZERO sofridos!!!
Por este andar, lá pró Natal, pode começar outro que este já era ;-)

A facturar: McCarthy, Alan (quem é este ?!), Adriano, Ezequias, Ibson, Sektioui e Anderson (2).

Só deixo aqui um conselho aos infiéis: tenham medo, muito medo !!

Próximos acontecimentos:
22.07.2006 - FC Porto vs Groningen (18h00, TVI)
30.07.2006 - Apresentação oficial do FC Porto (Estádio do Dragão)

Rédea curta... muito curta

Pelos vistos, o Co Laranja não gostou dos chinelos do Bosingwa e vai que tal, “chicotada”.

Antes de comentar o sucedido, que fique bem claro que continuo a não gostar do homem como treinador em termos tácticos e de visão de jogo, mas tão só, apenas isso lhe aponto, porque no resto, estou a 100% com ele.

O tempo das baldas e das prima-donas espero bem ter-se acabado no final da temporada de 2004/05. Por isso, este tipo de “rédea curta” sobre os jogadores, acho bem, muito bem, aliás, em tudo na vida tem de haver disciplina e regras. Com esta atitude, terá reforçado ainda mais a sua autoridade perante o grupo de trabalho.

Constou-se na imprensa escrita que os próximos convidados de honra seriam o Super Pepe e o Adriano… não sei se é verdade ou não, mas se pisaram o risco, há que rasgar a direito para dar o exemplo que ninguém no grupo está acima da lei. Uma das virtudes que sempre distinguiu o FC Porto dos outros, foi a disciplina e as regras rígidas em favor de uma mística.

Gosto muito do Zé, mas o grupo está sempre acima de um só… portanto, das duas, uma: ou alinhas ou desalinhas… a escolha é tua!

PS – Mais uma vez, e já não é a primeira que ele o faz, as palavras que debitou sobre o nosso nr. 1, foram de um mau gosto e de uma falta de sensibilidade, que eu nem quero sequer qualificar, para não ser mal educado… se numas vezes, toma atitudes em prol do grupo (que eu o defendo com unhas e dentes), outras há que parece querer criar forças de bloqueio… não percebo, a sério que muitas vezes não o entendo.

Procura-se novo símbolo…

O Manelinho resolveu emigrar para o 17º classificado dos Bifes… por troca com o Benfikiakos… na verdade, é sintomático e revelador da grandeza dos clubes em questão, por isso, acho que fez muito bem.

Vai uma aposta que um dia destes, o grande símbolo do Benfikiakos ainda vai ser o Beto?... é que este, nem por 100 milhões o deixam ir…eheheheheh

Ouvi dizer que está a ser feito um enorme forcing para a tempo do jogo de apresentação com o Bordéus, ser apresentado um novo ponto de lança ao povo, tipo circo romano. Onde é que eu já ouvi esta telenovela mexicana? Cá para mim, vai ser o Malaquias do Grandolense, vai uma aposta?

Já agora, para quando um clubezito pró Sr. 20 milhones, Mariazinha Sabrosa?
E pró Sr. 18 milhones, Esmantorras?
E pró Sr. 20 milhones, Luisão Perna Longa?
E pró Sr. 20 milhones, Emigrante com pronúncia de Ermesinde, Pétit Patapon?

PS – O orelhudo jagunço disse que não quer "alguém do futebol" a liderar a Liga de Futebol, tendo aproveitado para elogiar Valentim Loureiro pela sua decisão de não se recandidatar à Presidência. Entre os elogios de hoje e as fortes criticas de há uns dias atrás, acho que estamos conversados sobre a personalidade dessa personagem… agora, o que me intriga é saber quem irão apoiar para a Liga. É que pelos atributos desejados por eles, só estou a ver uma personalidade: o Papa Bento XVI ;-)

19 julho, 2006

Treininhos… FC Porto vs Rhoda

Depois dos 17, mais 6 aos amadores do Rhoda...
Score da época: 23 golos marcados e 0 sofridos. Um Porto à Porto!!
Por momentos lembrei-me de VIGO, já não sei bem porquê… mas aposto que eles também… eheheheheh

Por este andar, este ano só vamos ter mesmo que nos preocupar quando tivermos que defrontar equipazitas mais fracotas, até porque não convém esquecer o que nos sucedeu no ano passado… perdemos com o Estrela da Amadora e com o Benfikiakos!!

Mas a maior piada deste jogo-treino foi que o mesmo já tinha terminado há muito, e a TVI insistia, teimava e voltava a repetir em rodapé que o “FCP venceu os amadores do Rhoda por 4-0”… acreditem, aquilo deu-me um gozo supremo, sabem porquê?

Porque eles gozam ao tentar desvalorizar os nossos resultados e as nossas conquistas… mas a mim, dá-me muito mais gozo ouvi-los e lê-los, porque aquilo soa-me a “pura inveja dos medíocres”.

PS - “Marroquino Setkioui em bom plano”… ups, querem ver que vou ter de engolir o que andei a dizer do moço, ou melhor dizendo, desta contratação? Vamos esperar que não seja fogo de vista ao nível da temporada “Sonkaya”… oxalá me tenha enganado!!

Fomos oficializados… pela casa-mãe

A partir de hoje, o “BiBó PoRtO, carago!!” é um blog oficializado pelo FC Porto, o que é um grande motivo de orgulho, alegria e satisfação para mim… e para todos nós.

Para confirmarem a nossa presença nesta enorme família azul e branca, basta clicar aqui.

Somos nós, anónimos, que diariamente e, sem qualquer espécie de compensação (a não ser a de ter a honra de trabalhar por uma causa nobre), defendemos o bom-nome do nosso Mágico FC Porto, muitas, muitas e muitas vezes, contra tudo e contra todos.

Como já reza a história do FC Porto, e essa é feita diariamente de verdadeiros campeões, os que caem mas tornam a levantar-se e a olhar em frente em busca de um horizonte sempre mais ambicioso… nós também queremos que a história do nosso blog “BiBó PoRtO, carago!!” seja escrita a letras d’oiro.

Por isso, a partir de hoje, nada mais será como antes… entramos no Olimpo!!

Termino, parafraseando o nosso Presidente: “LARGOS DIAS TÊM 100 ANOS”.

18 julho, 2006

Haja decoro e vergonha... tudo uma filha-da-putice

Eu ainda me lembro que há uns bons anitos atrás, mais precisamente a RTP ou seja, outra empresa pública, ter tentado financiar a compra do Futre para o Benfikiakos por 500 mil contos, só que o alarido foi tal que os amigos da suinicultura na RTP tiveram que anular o negócio.

Mais recentemente, foi um perdão fiscal d'uma Sra. Ministra das Finanças… entregaram uns papéis que nem para limpar o rabinho serviam… valiam e ainda hoje valem ZERO!!

Agora, é a «pensão de alimentos» da CGD para o centro de estágio no Seixal… estas situações e outras semelhantes são factos concretos e palpáveis de que o Benfikiakos é sempre escandalosamente beneficiado nas relações com o Estado e sempre com prejuízo do mesmo ou seja, todos nós contribuintes.

Expliquem-me lá como se eu fosse uma criança de 4 anos: se a CGD é do Estado, esse centro de estágios não será nosso também?... será que quando eu passar por lá perto, posso lá ir dar uma mijinha ou uma cagadinha?

Mas pronto, Caixa Geral de Depósitos nem está assim tão mal… dá assim um ar de depósito de reformados, percebem?

Depois, também vocês esperavam o quê?... as cunhas do «amigo» e ilustre mouro Armando Vara lá na CGD, tinham sempre que dar um jeitinho qualquer ao clube dos jagunços.

Perguntinha inocente – Diz o orelhas-mor que esta parceria com a CGD irá permitir o lançamento de um cartão de crédito, dos quais os sócios da «suinicultura» serão os principais beneficiados… eu pergunto: afinal quem copia quem, ó jagunço orelhudo?

Miguel Sousa Tavares - Nortada

A scolaridade obrigatória

Vivemos há 32 anos em democracia e com liberdade de imprensa e não me lembro de ter jamais assistido a uma tão impressionante campanha de promoção, culto e devoção de alguém como a que no último mês e meio foi dedicada ao seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari.

Não falo da enxurrada de elogios, legítimos, que, começados muito antes do Mundial, ainda se continuam a ler todos os dias na nossa imprensa. E não apenas na imprensa desportiva: não há Fulano nem Beltrano que escreva nos jornais que não tenha já assinado o livro de elogios a Scolari, como se isso fosse quase profissão de fé e de obediência obrigatória para quem escreve nos jornais. Assim como dantes se terminava obrigatoriamente qualquer requerimento ou comunicação oficial com a frase «A bem da Nação, viva Salazar!».

Não falo também da absoluta ausência de espírito crítico neste coro de elogios, que levava a que, por exemplo, se evitasse sugerir apenas que a Selecção tinha jogado mal determinado encontro, pois isso poderia passar por crime de lesa-pátria, ou que levou alguém com o passado de luta pela liberdade, como Manuel Alegre, a escrever que os críticos de Scolari eram portugueses que se davam mal com Portugal e que era contra eles também que a Selecção jogava.

Falo de uma coisa, pior, mais insidiosa, mais profunda e mais perigosa, que fui sentindo durante o último mês e meio, ao ponto de me trazer de regresso uma desagradável sensação de asfixia: o clima de intimidação, de ostracização, que se instalou contra os que chamavam os «críticos» de Scolari — entre os quais me incluí logo, antes que o fizessem. Não bastou aos adoradores de Scolari o elogio constante, repetitivo, por vezes mesmo bajulador: a par dos legítimos elogios vinha sempre, nos seus textos, um ataque cerrado aos «críticos», como se a sua própria existência fosse ilegítima. Ora, a este propósito, gostaria de fazer notar várias coisas, que antes tinha como evidentes:

- Qualquer seleccionador, em qualquer parte do Mundo, é sempre objecto de apreço ou de críticas. E a coisa mais natural de todas e, neste Mundial e apenas no que se refere aos mais mediatizados, faço notar que foi isso que sucedeu com Domenech em França, Eriksson em Inglaterra, Lippi em Itália, Klinsmann na Alemanha, Parreira no Brasil ou Peckerman na Argentina.

- Porque terá o exercício da crítica, aqui como em qualquer outra área, a interpretação maldosa de que quem a faz deseja o pior? Porque não há-de ser antes ao contrário — que quem critica determinadas opções do seleccionador, se calhar, é porque deseja o melhor para a Selecção, mesmo que esteja errado nas suas críticas?

- O facto de se fazer uma crítica pontual (por exemplo, a escolha de Évora para local de estágio) não tem de implicar forçosamente que quem a faz se transforme desde logo num «crítico» permanente e institucional.

- Por melhor que sejam os resultados obtidos, não me parece que isso retire toda a legitimidade e até a razão às críticas que se formularam antes (é sempre mais fácil guardar a opinião para o fim,..). Por exemplo: reconheço, sem esforço, que Scolari é um grande condutor de homens e a sua opção de constituir uma Selecção onde só tem lugar quem ele já conhece leva a que se forme um grupo fechado e unido em torno do seleccionador, que muitas vezes, como foi agora o caso na Alemanha, conduz a resultados positivos. Mas com que legitimidades me podem impedir de continuar a pensar que a opção correcta não é essa mas sim a de formar uma Selecção com os melhores e tentar transformá-la num grupo homogéneo? Quem pode garantir que o Ricardo Quaresma não fez falta nos jogos contra a Inglaterra, a França ou a Alemanha? Ou que o Nuno Gomes ou o João Tomás não teriam feito melhor que o Pauleta?

- Enfim, e mais importante que tudo, que superioridade moral assiste a quem, com toda a ligeireza do mundo, acha normal fazer a associação automática e progressiva de crítico pontual do seleccionador = crítico sistemático = inimigo da Selecção = antipatriota?

O nacionalismo saudável, como aquele que se viveu na Alemanha, representado pelas cores das bandeiras, o hino, a língua, os hábitos e cultura, constitui uma manifestação festiva do sentimento de pertença a uma comunidade, a exibição pacífica e louvável de diferenças que se exprimem pela competição desportiva. Coisa diferente, e que nada tem a ver com isto, é a confusão deliberada entre futebol e patriotismo, sobretudo quando se chega ao ponto de exclusão, de marginalização ou de denúncia a dedo dos suspeitos de heterodoxia, dos que se desviam do unanimismo reinante, do pensamento único e obrigatório.

As páginas da nossa imprensa, neste último mês e meio, encheram-se de manifestações deste tipo de patriotismo álacre e acrítico que, sem exagero, confesso que me fizeram lembrar outros tempos. Dou um exemplo apenas: quando Fonseca foi escolhido como homem do jogo no Portugal-México, em detrimento de um português, escreveu-se que os homens sem rosto da FIFA, esses burocratas do futebol, se moviam por outros interesses que não os desportivos. E a indignação pátria atingiu o rubro quando, depois de ter defendido três penalties no desempate, Ricardo foi preterido a favor de Hargreaves. Ninguém, absolutamente ninguém, se deteve por momentos para explicar duas coisas simples: uma, que os tais burocratas e homens sem rosto da FIFA eram um comité de 14 elementos, todos antigas glórias dos Mundiais, entre os quais um tal Teófilo Cubillas, que foi simplesmente o melhor jogador que alguma vez vestiu a camisola do FC Porto e autor daquele que foi o melhor golo que alguma vez vi num estádio de futebol (na Tapadinha); outra, que o Ricardo não poderia ter sido escolhido homem do jogo pelas suas defesas no desempate por penalties pela simples razão de que esse desempate não faz parte do tempo de jogo. Tão simples como isto — e tão difícil de dizer!

Encerrado o Mundial, e fazendo-se o balanço de tudo o que se passou à sua volta, acho que também é altura de meditar sobre o jornalismo e a opinião pública. É o que vou fazer, agora. A mim, pessoalmente, nunca me intimidou o facto de estar em minoria. E aqui, nas páginas de A BOLA, sempre estive em persistente minoria. Mas houve qualquer coisa de diferente, desta vez. O tal desejo de unanimismo, a tal vontade subliminar de intimidação e silenciamento que me pareceu detectar a cada passo. Isso faz meditar e muda muita coisa: a vontade e o prazer de escrever, as bases do contrato de liberdade implícito entre quem escreve, quem publica e quem lê. Se as pessoas preferem a opinião única, as verdades oficiais, o coro afinado de vozes, talvez seja melhor dar-lhes isso mesmo. Até que, esmagadas por tanta felicidade, recomecem a ter saudades da liberdade.

in "A BOLA", 2006.07.18

Politiquices... da semana

Na actualidade política, o agudizar do conflito no médio oriente veio em péssima altura para o Benfikiakos e seus seguidores, tendo-se inclusive já notado o primeiro indicio dessa crise no sábado passado através de “ataques” perpetrados por um conjunto de “sionsos”.
Quero dizer com isto que me parece que os sinais de retoma da lampionagem… vão terminar por falta de combustível!! ;-)

O nosso calendário...

Por falta de tempo, ainda não tinha tido oportunidade de me pronunciar sobre o sorteio da próxima época futebolística 2006/07 que se realizou na 6ª feira.

Assim num repente, parece ser um bom calendário… mas como diz o «outro», “prognósticos, só no final do jogo”, neste caso, do campeonato.

Para terem uma melhor visão do que vai ser o «nosso campeonato», seguem as datas (ainda sujeitas a alterações por compromissos televisivos ou outros) e respectivos acontecimentos mais relevantes por jornada para as nossas cores:

27.08.06 – 1ª Jornada – FC Porto vs Leiria
01.10.06 – 5ª Jornada – Braga vs FC Porto
22.10.06 – 7ª Jornada – Lagartos vs FC Porto
29.10.06 – 8ª Jornada – FC Porto vs Benfikiakos
03.12.06 – 12ª Jornada – FC Porto vs Boavista
04.03.07 – 20ª Jornada – FC Porto vs Braga
18.03.07 – 22ª Jornada – FC Porto vs Lagartos
01.04.07 – 23ª Jornada – Benfikiakos vs FC Porto
29.04.07 – 27ª Jornada – Boavista vs FC Porto
20.05.07 – 30ª Jornada – FC Porto vs Aves

FCP NonStop... Isto vai ser como quem limpa o cuzinho a meninos!!

17 julho, 2006

A inveja... é pior que uma doença


Atentem bem nas capas dos pasquins salazaristas, no dia em que o nosso FC Porto deu um arraso total, com um score inimaginável de 17-0, no primeiro adversário que se lhe deparou no caminho (Cerveira, 3ª divisão). Contudo… o assunto mais importante para esses badamerdas é falar da amante do «peseteiro»… reparem só:
-- A BOLA (salazarista...)
“DEZ joga, luta corre, remata e marca; «Il maestro» dá show na Suiça – Sion, 3-Benfica, 2”
-- RECORD (dos viscondes...)
“Rui sem costas”
Há coisas que, parece!?, nunca mudarão neste país… a inveja dos medíocres.
Da nossa parte, obrigado… não precisamos de vocês, porque sabemos bem para onde vamos, o que procuramos e quem queremos ao nosso lado !!!

16 julho, 2006

Ganha uma camisola oficial do FC Porto…

Coloca à prova os teus conhecimentos de Grande Portista que és.

É fácil, barato e quiçá, até podes vir a ser o feliz contemplado. Para participares no "QUIZ" do MaisFutebolIOL, clica aqui.

Depois de efectuares a necessária inscrição, podes participar as vezes que entenderes, sem qualquer limite. Por isso, inscreve-te já e começa a responder!

Depois dos últimos post's com a história do nosso mágico FC Porto, não tens razão para falhar as respostas (como já a mim me aconteceu eheheh…, mas prometo tentar as vezes necessárias ;-)

O vencedor do passatempo será o utilizador (inscritos a partir de 13.07.06) que às 23:59 do dia 18 de Julho de 2006 somar mais pontos no ranking FC Porto.

Desejo-vos “BOA SORTE” !!

14 julho, 2006

Anedota da semana...

O ex-benfas Laurent(ina) Robert(a) foi ontem apresentado como jogador do Levante (Espanha) para as próximas duas épocas.

O jogador franciú disse ser «muito ambicioso» e avisou que «vão ser precisos dois homens» para o parar.

Está-se mesmo a ver, pois tá claro… eu no lugar dos adversários do Levante, tratava era de contratar já de imediato os jogadores cá do Cavez FC, o “Devagar” e o “Devagarinho”, porque senão a papoila saltitante da Laurent(ina) vai acabar mesmo por fazer estragos nas defesas adversárias ;-)

13 julho, 2006

Modelito... a escolha está feita

Caros bLuEs fRiEnDs… depois de muita discussão e do lançamento diário de novas ideias, está encontrado o modelo-tipo para as tshirts identificativas do nosso grupo, que terão um custo por unidade a rondar os 15 a 16€.

Apesar de nos estarmos a deparar com um pequeno problema técnico que está a atrasar o início da produção, esperamos rapidamente tê-lo solucionado… entre hoje e amanhã, esperemos!

Está já igualmente também em andamento a orçamentação para “bonés tipo basebol” e “cachecóis”… nos próximos dias, daremos notícias sobre tal.

De forma a facilitar as encomendas por parte de todos os interessados, e um controle mais eficaz e actualizado por parte do responsável desta área (Miau), tive o cuidado de adicionar aqui ao lado direito um MURAL para colocação das encomendas individuais (agradeço que apenas o utilizem para colocação das encomendas!!!).

De forma a facilitar a compilação de toda a informação relativas às encomendas, agradeço que individualmente, sigam o seguinte procedimento de colocação das mensagens no MURAL:

- identificação de quem encomenda;
- qual o nome a estampar na tshirt; e
- quantidade e respectivo tamanho entre ( )

Não se atrasem, porque o tempo urge…. e deixem lá a “galhofa” por um bocadinho!! ;-)

O novo cartão de sócio… os kits… e o IRS

Novo cartão de sócio…
Por cada vitória do FC Porto, será depositado na conta corrente dos sócios um determinado valor que poderá ser utilizado para pagar as cotas. O novo conceito de cartão de associado foi ontem apresentado e, para além de permitir falar de borla ao telemóvel, propicia descontos imediatos em mais de 25 fornecedores de serviços que podem ser consultados no site oficial do FC Porto.

Kits… da caridade
Aproveitando a embalagem do momento, Pinto da Costa lançou algumas «farpas» a Luís Filipe Vieira e José Veiga. A apresentação do novo cartão de sócio do FC Porto serviu de mote para os «recados» enviados pelo líder portista aos dirigentes do rival de Lisboa.
«É muito agradável estar aqui para dizer aos sócios que lhes proporcionamos estas vantagens. Não gosto de estender a mão à caridade e pedir que comprem “kits”», atirou Pinto da Costa, numa alusão clara ao sistema implementado pelo Benfica há dois anos, e que visa aumentar o número de associados.
O presidente azul-e-branco esclareceu que a cerimónia visava falar «sobre os novos sócios», pelo que se escusou a tecer qualquer comentário sobre José Veiga: «Deixou de pagar as quotas e foi excluído dos nossos sócios». Quanto a Luís Filipe Vieira, soltou: «Do presidente ainda poderia falar, pois tem as quotas em dia».

Excursionistas e a isenção
Pinto da Costa considera que seria uma ofensa para os trabalhadores mais desfavorecidos uma eventual isenção fiscal do prémio a atribuir pela FPF aos jogadores presentes no Mundial da Alemanha. Mais, o presidente portista nem acredita que o pedido dê entrada nos serviços governamentais. "Se eu fosse um mineiro, que é de todas as profissões provavelmente a mais dura, que pagasse impostos sentir-me-ia ofendido com essa proposta", referiu não deixando dúvidas quanto à sua posição sobre este assunto. Já sobre a possível continuidade de Scolari no comando técnico da selecção, preferiu não dar o seu parecer. "É-me indiferente e não me diz respeito.", sublinhou.

Palavra… ao nosso capitão

Dá-me enorme tristeza a forma como saí do FC Porto

Esta pode não ser a última entrevista de Jorge Costa como futebolista profissional. Depois de meio ano no Standard Liège e de uma rescisão aqui explicada, passa agora pela fase de decisão. Só mesmo um projecto que esteja de acordo com parâmetros que estabeleceu o levará a prosseguir a carreira, pelo menos por mais um ano. Se isso não acontecer, será o fim. Seguem aqui algumas confissões importantes, focando temas até hoje nunca abordados profundamente. Em particular, a saída do FC Porto e as marcas deixadas.
Ao longo destas quatro páginas, o antigo capitão portista, um símbolo e uma referência para sempre, fala, claro, do clube do coração, das mudanças por que está a passar, num olhar de quem está autorizado para o fazer pelo muito que viveu no FC Porto.
Jorge Costa não tem dúvidas que o dragão está a mudar a face e revela alguma preocupação pelo diluir evidente de uma determinada mentalidade que ganhou títulos. A mística, a tal mística, pode morrer? Sobram Baía e Ricardo Costa dos jogadores formados no clube. Não era assim, não senhor, mas ao mesmo tempo vê toda a legitimidade nesta mudança, pelo menos, enquanto forem sendo conquistados títulos.
Diz claramente que agora só a Direcção pode passar ao balneário o tal espírito portista. Esclarece, claro como a água, que não acredita que Pinto da Costa tenha tido algo a ver com a sua dispensa, ao contrário do que já tanto se comentou, e continua a ver no presidente um dos obreiros da grande força que é o clube do Porto.
Eternamente apaixonado pelo dragão, porque «quem nasce portista vai morrer portista».

Impecáveis no Standard

— Não se percebeu muito bem a rescisão com o Standard Liège...
— Tomei essa decisão essencialmente por razões pessoais. Estava numa fase da minha vida em que surgiram outras prioridades. Não se passou nada de anormal. As coisas correram-me bem, tinha mais um ano de contrato. Foi uma opção minha. As pessoas, nomeadamente Luciano D'Onófrio, foram impecáveis comigo durante os seis meses que lá estive. O Luciano foi de uma correcção enorme quando lhe disse que gostaria de rescindir o contrato.
— Foi um ano muito difícil?
— Essencialmente, foi um ano complicado. Mais uma vez tive de mudar completamente a minha vida. Tinha os miúdos na escola em Portugal e não deu jeito nenhum ter de alterar toda a minha vida. Mas tive a felicidade de ir para um clube onde fui muito bem tratado, contei com o Sérgio Conceição, que foi fundamental na minha adaptação. Se tivesse ido para outro clube que não o Standard Liège iria ter mais dificuldades. A adaptação acabou por ser muito fácil.
— Os objectivos do clube é que falharam... O título, nomeadamente.
— Falhámos o objectivo principal. Houve muita gente no clube que ficou contente com o segundo lugar e pelo facto de, pela primeira vez na história, o Standard ir a uma primeira eliminatória da Liga dos Campeões, mas estivemos mais perto ainda de conquistar o campeonato e a Taça da Bélgica. Desportivamente não foi um ano mau para o Standard, mas com outra mentalidade poderia ter sido muito melhor. Mais ambição, talvez.

Uma grande desilusão

— Quando diz que foi um ano difícil fala, obviamente, da sua saída do FC Porto. Foi uma surpresa para si?
— Mais do que uma surpresa, foi uma desilusão pela forma como as coisas aconteceram, porque poderiam ter corrido de uma forma mais positiva.
— Deve ser estranho ser dispensado e ouvir elogios constantes... Um grande profissional, o «senhor Porto»...
— Um bocadinho... Mesmo na hora em que vim embora, em Dezembro, recebi elogios da parte do treinador. Não posso e nem tenho nada a apontar ao treinador. Desde o estágio do início de época que ele foi frontal comigo e me disse que dificilmente poderia jogar naquela equipa. Durante os seis meses que lá estive tentei contrariar as ideias dele, que não mudaram, e portanto ele também não tem nada a apontar-me, porque, desde o primeiro dia, fui sempre um profissional sério. Ajudei, dentro das minhas possibilidades e funções, todas as pessoas da estrutura. Não há nada que possam apontar ao meu comportamento. Aliás, os fartos elogios provam isso mesmo, porque não acredito em hipocrisias quando as coisas são tão evidentes e tão repetidas.
— Sentiu-se injustiçado?
— Tinha todas as condições para jogar naquela equipa, para continuar ali a minha carreira. Por entender isso, optei por sair, não para provar alguma coisa a alguém, mas porque me queria sentir útil a fazer aquilo que mais gosto que é jogar futebol. No meio de todo este processo, só lamento que, provavelmente antes do início da época, o meu destino já estivesse traçado. No mínimo, podiam ter evitado o que passei.
— Quando diz isso baseia-se em quê?
— Nessas férias antes de se iniciar a época, saíram notícias em que falavam em mim como possivelmente integrando a equipa técnica, o que me faz pensar que já havia quem pensasse que não teria valor para fazer parte do plantel.
— Alguém lhe colocou essa possibilidade de fazer parte da equipa técnica?
— Não, por isso é que digo que depois de tantos anos ligado ao clube, de tanta dedicação, de tantos títulos conquistados, penso que merecia, se essa era a ideia das pessoas, no mínimo ser informado.
— E se essa hipótese lhe tivesse sido colocada?
— Não sei o que faria porque realmente não aconteceu. Provavelmente não aceitaria porque me sentia em condições de jogar. Mas ficava bem se não tivessem deixado a situação prolongar-se.
— Há mágoa, mesmo a esta distância?
— Claro que há mágoa, porque acabei a minha ligação de quase 20 anos ao clube. A forma como aconteceu não foi bonita. Hei-de ficar sempre triste pela maneira como acabei a minha ligação ao clube a quem dei tudo e que me deu muito.
— Foi mais dramático do que quando saiu para o Charlton?
— É evidente que foi mais dramático. Toda a gente sabe porque saí da primeira vez para o estrangeiro. Tinha o Mundial à porta, era mais novo, sabia que provavelmente iria voltar. Desta vez foi o acabar de uma ligação que, pelo menos como jogador, nunca mais voltará a acontecer.

Com um bom projecto...

— Nesse tempo todo, nesses seis meses em que não jogou, como é que as pessoas reagiram consigo?
— Senti muito carinho das pessoas, mesmo quando as coisas corriam bem no FC Porto. Conseguiram... conseguimos um Campeonato e uma Taça, foi um ano positivo. Mesmo na hora dos últimos êxitos, já sem lá estar, senti e ainda hoje sinto da parte dos adeptos e dos simpatizantes do FC Porto um grande carinho e recebo muitas mensagens de conforto.
— Portista até ao fim, apesar dessa mágoa?
— Quem é portista há-de morrer portista.
— Está, então, no princípio do fim da carreira?
— Não acabou mas está próximo de acontecer. Neste momento todos os cenários são possíveis, porque não tomei ainda uma decisão final sobre o que irei fazer. Mas claro que o fim da minha carreira está próximo.
— O que é que o levaria a continuar?
— Depende de um projecto bom. Nesta fase posso dar-me ao luxo de escolher o que quero, de acordo com o meu estatuto no futebol e que não me obrigue a mexer com a família. Só um óptimo projecto em que me sinta bem é que me motivará para continuar a jogar. A nova época está a começar agora e a minha prioridade será sempre o futebol. Se não surgir um projecto que me empolgue, há sempre outras coisas para fazer. O futebol fará sempre parte da minha vida. Até posso estar dois ou três anos sem fazer nada, a preparar-me para regressar um dia. Quem fez uma vida toda ligada ao futebol, dificilmente se desliga. Se acabar a carreira agora, hei-de voltar um dia.
— Como treinador?
— Posso mudar a minha ideia, mas ser treinador de futebol não faz parte das minhas prioridades. Como jogador a minha era acabou, o que tinha a dar já dei. No futuro, o FC Porto há-se ser sempre a prioridade.

Claro que trabalharia com Scolari...

Jorge Costa deixou a Selecção Nacional depois do Mundial de 2002, mas revela aqui que teve hipóteses de regressar. Scolari admira-o, o antigo capitão portista também nutre simpatia pelo seleccionador, embora mantenha discordâncias sobre as ausências de Vítor Baía e Ricardo Quaresma no Mundial da Alemanha...

— Custou-lhe muito abdicar da Selecção?
— Nos primeiros jogos, custou-me muito olhar para a Selecção e não me ver lá.... Houve uma altura antes do Euro em que podia ter voltado, mas já tinha tomado a minha decisão e não achei correcto, depois de ter perdido os jogos particulares, regressar só para o Europeu.
— Disse que podia ter regressado. Houve alguma indicação nesse sentido?
— Sim, da parte dos responsáveis.
— Trabalharia com Scolari?
— Claro que sim. Tive a oportunidade de conversar com ele três ou quatro vezes, e sei, porque falo com algumas pessoas, que tem uma certa admiração por mim, pela minha forma de ser e de jogar, e pela maneira de estar em campo e na vida. Ele devolveu a alegria aos portugueses, devolveu a Selecção aos lugares que merece. Fez um trabalho fantástico e tem uma maneira de ser que me agrada.
— Hoje é um fã incondicional da Selecção...
— Sim, também. Tal como os outros 10 milhões... Há quem tenha inveja do sucesso, mas essa é a lei da vida. Sei que neste último mês vivi como os outros portugueses: vivi feliz.
— Mas houve opções polémicas do seleccionador, algumas que mexeram com companheiros seus, quando ainda estava no FC Porto... O Vítor Baía, o Quaresma... Tomaria as mesmas opções de Scolari em deixá-los de fora?
— Não, como seleccionador, não as tomaria. O Vítor e o Quaresma mereciam fazer sempre parte do grupo de eleitos. A grande maioria dos portugueses pensa o mesmo. Mas não podemos deixar de apoiar o nosso país por causa de opções técnicas do seleccionador. Ele tem de fazer as suas opções e leva aqueles que pensa serem melhores ou que lhe dão mais garantias. Pessoalmente não concordo, mas não deixo de apoiar a Selecção por causa disso.
— Mas gosta do tipo de futebol que ele coloca em campo? Portugal não é tão espectacular como era, por exemplo, quando o Jorge Costa esteve no Europeu de 2000 ou no Mundial da Coreia...
— Sim, mas no último Europeu, em 2004, fizemos jogos muito bons. Quanto a este Mundial, temos de ser realistas. Em primeiro lugar, não foi um torneio muito bem jogado. Em segundo lugar, preferi disputar um lugar no pódio do que ter jogado muito bem e ter vindo para casa mais cedo, como aconteceu, por exemplo, em 2002.
— Acha que um Mundial é mais fácil do que um Europeu?
— Até determinado ponto é mais fácil. A fase de grupos, principalmente.
— No Europeu só faltam, praticamente, a Argentina e o Brasil...
— Respondo com um exemplo: no Euro-2000, o nosso grupo era a Inglaterra, a Alemanha, Portugal e a Roménia. São quatro equipas equilibradas. Em 2002 e 2006, nos Mundiais, tínhamos duas boas equipas e duas equipas mais fracas. Nos oitavos-de-final temos as melhores equipas europeias, mais o Brasil e a Argentina.

Mourinho, o melhor

— Não o choca ouvir dizer que, se Scolari for embora, Portugal anda vinte anos para trás?
— Não concordo.
— Não será um atestado de incompetência aos treinadores portugueses? Parece que não há mais ninguém no planeta...
— Há treinadores portugueses no mínimo tão bons como Scolari. Se ele for embora — e espero bem que não, porque já demonstrou que é capaz de nos dar alegrias —, penso que há outras boas opções para Portugal.
— José Mourinho?
— Esse não é uma boa solução. É a melhor opção que Portugal pode ter.
— Hoje já pode dizer que o Mourinho foi o seu melhor treinador de sempre?
— Sem dúvidas. Tinha trabalhado com ele quando era adjunto do Robson. Foi, juntamente com Carlos Queirós, o treinador que mais me ensinou. Aprendi com todos e de todos retirei alguma coisa — mesmo sobre aquilo que não se deve fazer — que pode ser muito útil.
— Há lobbies na Selecção?
— Se há, também passam ao lado. Nos últimos anos, ninguém pode colocar em causa o ambiente entre os jogadores da Selecção.
— O que é que mudava no futebol?
— Se calhar só dava protagonismo a quem o merece, ou seja, aqueles que dão a cara em campo, os futebolistas.

in “A BOLA”, 2006.07.12

Jorge Maia n'OJOGO

Reforços

O que é que não se faz a uma equipa que ganha? Vá lá, toda a gente sabe, deve ser um dos lugares comuns mais visitados pelos nossos comentadores televisivos. Em equipa que ganha não se mexe. Ou, por outras palavras, se uma coisa não está estragada, não vale a pena tentar arranjá-la. Ora, FC Porto ganhou o campeonato e a Taça de Portugal na última temporada e ganhou-os de forma clara, apoiado naquele que foi unanimemente considerado como o melhor plantel do futebol português.

Em boa verdade, a unanimidade em torno da qualidade do plantel do FC Porto só foi assumida quando se tornou evidente a inevitabilidade da dobradinha portista e apenas como forma de a desvalorizar. Afinal, com um plantel daqueles, só por incompetência seria possível perder e, contra um plantel daqueles, só por milagre seria possível ganhar. Uma maneira simples de desvalorizar o que o FC Porto fez e desculpar o que os outros não fizeram. E o que o FC Porto fez foi ganhar. O que nos leva de volta ao início e àquela regra segundo a qual não se mexe em equipas que ganham. Pois bem, o FC Porto não tem mexido muito no plantel. A boa notícia é que isso significa que as saídas têm sido pontuais e não afectam o núcleo de jogadores mais utilizados durante a última temporada. A menos boa, pelo menos na perspectiva dos adeptos, é que as contratações não têm feito o estrondo do costume. Mas a discrição até pode ser um bom sinal. Afinal, toda a gente sabe que os jogadores são como os melões: só se sabe se são mesmo bons depois de abertos. Para tentar comprar jogadores melhores do que os que tem, o FC Porto teria que gastar uma fortuna, sem quaisquer garantias de sucesso. A opção natural e racional é procurar jogadores com um perfil mais discreto e por isso mesmo, mais baratos, mas adaptados às exigências sistema de jogo que Adriaanse perfilha. Todos sabemos que a única forma de um jogador desconhecido e barato ser realmente surpreendente é se for mesmo muito bom e os reforços do FC Porto prometem algumas surpresas para a próxima temporada.

Sem confusões

"Isto não é uma campanha de angariação de sócios, aliás fechamos hoje mesmo as inscrições com 99292 sócios. É para compensar, com grandes vantagens, a fidelidade de sócios de muitos anos, que são a verdadeira alma deste clube. É mais fácil estar aqui a enumerar as vantagens que têm do que pedir que comprem kits ou cachecóis"
Pinto da Costa, presidente do FC Porto

in “O JOGO”, 2006.07.13

12 julho, 2006

Toda a verdade…

Após difíceis e apuradas investigações pela INTERPOL, a FIFA revelou hoje o que Materazi terá segredado a Zidane.

Afinal, o que parecia ser um acto irracional, bárbaro, irreflectido e indigno, não foi mais do que a defesa do bom-nome e honra da família!

Veredicto final:
ABSOLVIÇÃO para Zidane…
IRRADIAÇÃO para Materazzi !!

O burro... e o amigo azeiteiro

Só porque gosto mesmo do pobre coitado, aqui vai mais uma tirada (in)feliz :

«Vamos homenagear o Figo, Pauleta e os outros jogadores que, nos últimos anos, representaram a Selecção Nacional, casos de Fernando Couto, Sérgio Conceição, João Pinto ou Abel Xavier»
Gilberto Merda(mil)

Leram bem? bem mesmo? repararam em algo estranho? faltava alguém?
Pois, eu logo vi que não estavam a ler com olhos de ver…
Ele (voltou só...) a esquecer-se da testemunha abonatória do ex-Seleccionador.
Terá sido por engano… por cobardia?
Eu vou mais pela 2ª hipótese !!

Gostaria de lembrar ao “Burro” e ao “Amigo Azeiteiro”, qual a diferença entre COMPETÊNCIA e INVEJA/MEDIOCRIDADE… espero que eles aprendam algo!!

COMPETÊNCIA

FC Porto / factos:
Campeões Mundiais de Clubes 1987 2004, Liga dos Campeões 1987 2004,Taça UEFA 2003, Supertaça Europeia 1988

Vítor Baia / factos:
Jogador no Mundo com mais títulos. Inclui todos os titulos Mundiais de clubes: Liga dos Campeões, Taça das Taças, Taça UEFA, Intercontinental e Supertaça Europeia.
Só por curiosidade, em 2006, Campeão Nacional e Vencedor da Taça (ahhh… e venceu o Ricardo “mãos de frango” no desempate nos penalties… lembram?).

Quaresma / factos:
Eleito melhor jogador Português do ano de 2006, Campeão Nacional, Vencedor da Taça e Rei das assistências (como o Pauleta sentiu a tua falta).

INVEJA

Selecção 2004 e 2006 / factos:
ZERO TÍTULOS
; no mínimo, elucidativo !!

Selecção 2006 / factos:
Ganha fama de batoteira, reformados são convocados, os melhores não o são, eliminados sem uma boa exibição, Escarrolari ganha milhões de euros e muitos ficam felizes por voltar a perder nas meias, feito já alcançado por várias equipas do 3º Mundo.
Só para lembrar os mais esquecidos, conseguimos exactamente o mesmo que essas super potências Turquia, Coreia do Sul, Polónia, Bulgária, Suécia, Croácia, etc... em Mundiais anteriores!!!

Ano 2006 / factos:
O ano em que a INVEJA voltou a NÃO vencer a COMPETÊNCIA.

Cuidado... que eles andam ai

Ontem, já tinha aflorado este assunto ao de leve como devem ter percebido… agora, mais «documentado» pela esperteza saloia que por cá prolifera, e não me canso de repetir, com o apoio dos «bajuladores» e «lambe-botas» do costume, deixo aqui um pequeno excerto das noticias que foram saindo cá para fora ao longo do dia de ontem, e depois o meu pequeno comentário:

De manhã bem cedinho:
“FPF quer isenção de IRS para os prémios da Selecção. Gilberto (Merda)mil vai fazer o pedido ao Governo para que isente de IRS os prémios de participação no Mundial que serão pagos aos jogadores, cerca de 50 mil euros por cabeça… A FPF entende que os prémios de presença e em função do resultado que os jogadores da Selecção Nacional receberam pela sua participação no Mundial da Alemanha (no qual ficaram em 4.º lugar entre 32 equipas) devem ficar isentos de imposto porque a Selecção contribuiu para a "divulgação e prestígio" do país.”

A meio da manhã:
“O fiscalista Saldanha Sanches considerou hoje um "insulto" para quem paga impostos e ganha baixos salários uma eventual isenção de IRS para os prémios ganhos pelos jogadores da Selecção Nacional que participaram no Mundial da Alemanha.”

Ao almoço:
“Governo recusa isenção fiscal à Selecção… num momento em que o país tem de fazer sacrifícios, acho que esses sacrifícios são para todos. Quem cumpre com profissionalismo e dedicação aquilo que é suposto cumprir e fazer, deve bastar o reconhecimento público pelo bom resultado e desempenho que teve”

A meio da tarde:
"(Merda)mil mantém intenção de pedir isenção de IRS"

Ora bem… sinceramente, nem sei por onde começar, mas embora lá, façam o favor de embarcar e meditar um pouco.

Para quem apregoava a toda a hora “lutamos com amor à pátria, blá, blá, blá…”, eu já estava a contar que algo se ia passar porque logo deduzi que essa conversa da treta trazia água no bico. Só o facto de imaginar que os jogadores recebem por ter jogado na selecção já me deixa a pensar... então mas não é por amor à pátria e ao povo que a selecção joga? Tal esforço não devia ser compensado, pois deixa de ser de cariz desinteressado e de dedicação única à causa patriótica. E ainda por cima isenção fiscal? Mas porque carga de água? Onde está a igualdade? Que justiça é essa?

Já agora, seguindo a mesma ideologia “saloia” da Praça da Alegria, e que tal a FPF propor pagar a todos os Portugueses pela vergonha de 2002?... esqueceram-se, foi?

Será que os atletas de outras modalidades (Atletismo, Andebol, Hóquei em Patins, etc) que tantos títulos têm trazido para Portugal também têm isenção de IRS? Fica no ar a pergunta! Em vez de se pedir a isenção de IRS para os prémios da Selecção, a Federação deveria era pedir que esses prémios fossem canalizados para quem realmente precisa deles, para os desportistas amadores e para os deficientes que representam as cores de Portugal.

No meio de tanto “excursionista”, ninguém se lembrou, um único só, de doar o seu prémio de jogo para um Lar, para uma instituição de caridade, nada? Nem um?... o contrário, é que me admiraria!!

Esta esperteza saloia, significa apenas uma coisa… isto é gozar com a cara de milhares de Portugueses que trabalham 8h ou mais por dia, com ordenados miseráveis, para poderem sobreviver com dignidade.

Só falta um dia destes, um iluminado qualquer se lembrar de isentar o IA para os coitadinhos dos jogadores da Selecção na compra dos seus Renault Clios, Ford Focus, Seat Ibizas, Citroens C3, Peugeots 207, etc, etc…

Mas é bem feito para quem por causa de um 4º lugar, os elevaram aos pícaros da lua e se disponibilizaram para fazer tristes figuras no passado Domingo e a tratá-los como salvadores da pátria e como heróis… EU NÃO!!

Sabem uma coisa, nem me apetece escrever mais nada, porque é estar a dar importância a mais a essa corja de “parasitas da sociedade”… eu não os apoiei, não os apoio, nem nunca os apoiarei enquanto por lá se mantiverem esses 2 acéfalos que são o (Merda)mil e o Escarrolari.

Nem quero acreditar que isto possa ser alvo de qualquer discussão na Assembleia, mas se o for, e se avançar, quem os bajulou, agora que baixe as calcinhas, pague e não bufe… porque a mim, não têm o direito de me tirarem nada, porque eu não alinhei nessa Misericórdia.

Termino, dizendo: “Larguem o tacho e vão mas é trabalhar para a pedreira, cambada de parasitas da sociedade” !!

11 julho, 2006

Miguel Sousa Tavares - Nortada

Provavelmente, o pior mundial de sempre...

Aconteceu-me o que não era suposto poder acontecer a quem se considera quase viciado em futebol: adormeci durante a final do Mundial! Adormeci aí pelos 80 minutos, quando era claro que as equipas se arrastavam para o prolongamento, se não mesmo e voluntariamente, para os penalties, e acordei com o grito do locutor quando Zidane cabeceou à queima-roupa e Buffon mostrou porque foi considerado o melhor guarda-redes deste Mundial.

Infelizmente, estava pois acordado quando o mesmo Zidane foi incapaz de esperar só mais dez minutos para passar da história à lenda. O que lhe terá dito Materazzi para justificar aquele ataque de loucura se é que lhe chegou a dizer alguma coisa e o gesto demencial de Zidane não foi apenas o tributo que o génio paga à loucura?

Acabou assim, sem beleza, e decidido a penalties como não podia deixar de ser aquele que foi, provavelmente, o pior Mundial de todos os tempos. Pior ainda do que o Coreia-Japão, onde os génes do vírus que parece ter-se instalado na maior competição futebolística do mundo já eram evidentes, para quem os quisesse ver. Não sei a quantos mais mundiais destes poderá o futebol resistir, mas seria bom que as cabeças pensantes percebessem que não resistirá eternamente.

O que faz do futebol o espectáculo mais popular do mundo é a sua simplicidade de meios, de regras e de objectivos. Jogar futebol, gostar de ver jogar futebol, é a coisa mais natural e instintiva que existe num ser humano: basta uma bola e um jogador de cada lado e é possível ter futebol. Mas, seja com dois ou com vinte e dois, num campo de terra ou num relvado perante 70.000 espectadores, nenhum jogador e nenhum espectador se contenta com um tipo de jogo que se limite a fazer circular a bola de uns para os outros, sem nenhum outro objectivo que não fazer passar o tempo, à espera de um deslize do adversário ou do desempate por penalties. Quando treinava o FC Porto, Bobby Robson definiu uma estratégia tão simples quanto extraordinária: era preciso marcar golo nos primeiros dez minutos. Não era nos primeiros quinze: era nos primeiros dez. Com essa atitude, a sua equipa entrava determinada a ganhar o jogo desde o primeiro minuto e os adversários entravam logo intimidados.

Parece que não resultou mal: o FC Porto foi campeão, teve o melhor ataque e, sobretudo, deu espectáculo. Agora, ao mais alto nível, a regra é a inversa e o oposto do que cantava Gerardo Vandrei : «Vem, vamos embora, que esperar não é saber! Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer».

O futebol foi inventado para que as pessoas se divirtam a ver ou a jogar. Não para que adormeçam em frente à televisão, morram de tédio nas bancadas ou de impotência em campo. Sem golos e sem liberdade para os artistas, não existe futebol apenas a caricatura científica dele, que nos vendem como resultado de grande trabalho, grande competência e grande modernidade. O que aconteceu na Alemanha foi o triunfo do resultadismo, a imagem de marca deste Mundial.

Vejamos: a Itália mereceu ganhar o Mundial? Nem sim, nem não. Mereceu tanto ou tão pouco como os outros candidatos.

Todos eles Brasil, Argentina, Alemanha, Inglaterra, França esperaram poder ganhar o Mundial através da mesmíssima fórmula posta em campo pelos italianos: o mínimo de riscos, o mínimo de desgaste, o mínimo de improviso, o mínimo de liberdade concedida aos artistas, próprios ou alheios. Ganhou a Itália, pois, porque nesse tipo de jogo é ainda a melhor.

Quem foi o melhor jogador do Mundial? Resposta adequada: ninguém. Não houve um só jogador que se destacasse de forma clara e regular, ninguém que tenha sido autor de uma só jogada de que nos lembremos daqui a um mês. Não houve um só jogo de encher o olho, um só que fique para sempre associado à memória deste Mundial. O melhor marcador da prova não foi além de cinco golos facturados e aquilo que ocupou as discussões durante o Mundial foram os penalties que houve e não houve, o excesso de cartões, as simulações e os mergulhos, e os efeitos caprichosos da bola teamgeist, eloquentemente inventada para trair os guarda-redes e assim suprir a incapacidade de marcar golos. E a imagem que ficará a marcar este Mundial (para além da excelente organização alemã, que é justo recordar) é a desgraçada cabeçada de Zidane em Materazzi.

Aparentemente preocupada com o que viu e com os comentários que foi ouvindo, a FIFA anunciou agora que vai fazer um seminário de reflexão com os treinadores das 32 selecções presentes para tentarem perceber porquê que se viu tão pouco futebol de qualidade neste Mundial. É assim como se a policia, preocupada com os assaltos a bancos, chamasse os chefes das principais quadrilhas de assaltantes para discutir as medidas a adoptar.

Toda a gente sabe que a fraca qualidade deste futebol é obra directa dos treinadores resultadistas, os teóricos do futebol de «expectativa e contenção», da «coesão defensiva», da «circulação de bola», da «redução de espaços» e da «consistência», que põem todas as equipes a jogar igual, as boas e as más, as que têm grandes jogadores de ataque e as que não têm: todas a jogar em 40 metros de campo, todas a defender atrás da linha da bola, como no andebol, todas reduzidas a um único avançado de raiz.

Por isso, e primeiro que tudo, o que a FIFA deveria fazer era juntar os 32 treinadores com algumas velhas glórias do futebol, ex-treinadores de equipas que fizeram história e representantes do público, para que estes explicassem àqueles que, a continuar assim, nem os mundiais nem o futebol têm grande futuro.

A segunda coisa a fazer era limitar esta diarreia de futebol em que está transformado o Mundial. São equipas a mais, jogos a mais, tempo a mais. De que serve ter uma competição com 64 jogos, se apenas quatro ou cinco valem a pena? De que serve tantos jogos e tanto tempo, se no final o que decide tudo é o estado de cansaço das equipas? Repare-se no exemplo da Concacaf, que reúne as Selecções da América do Norte e Central, e que nunca tem, em regra, mais do que uma selecção que justifique a presença num Mundial. Pois, este ano, a Concacaf meteu quatro Selecções no Mundial (Estados Unidos, México, Costa Rica e Trinidad-Tobago). Tantas como a América do Sul, que tem regularmente umas cinco-seis selecções de qualidade. Porquê? Porque, segundo uma investigação do Panorama, da BBC, há muitos votos e muito dinheiro a circular entre a Concacaf e o seu presidente e a FIFA, de Joseph Blatter. De facto, a única razão para esta enxurrada de selecções e de jogos são os interesses financeiros e eleitorais de quem ocupa o poder na FIFA. Herança dos tempos do tão louvado Sr. Havelange... Imaginemos que se reduzia o número de participantes a 24, como já aconteceu em tempos. Divididos em seis grupos de quatro equipes cada, apurar-se-iam os primeiros de cada grupo e os dois melhores segundos o que teria desde logo a vantagem de tornar mais competitiva a fase de grupos. Depois, haveria uma eliminatória a menos (os dezasseis-avos finais), um jogo a menos para quem chegasse ao fim, um total de 40 jogos em vez dos actuais 64, e 22 dias de competição em vez dos actuais 31. Mais racional, mais competitivo, mais representativo e menos saturante para todos jogadores, público, organização.

Talvez fosse possível estudar também a possibilidade de realizar o Mundial noutra altura que não após o final dos campeonatos europeus, de modo a que as principais vedetas do Mundial, que jogam na Europa, não se apresentem no estado lastimável de um Ronaldinho Gaúcho.

Também seria necessário rever e uniformizar critérios de arbitragem com base na protecção do espectáculo e na repressão do jogo anti-desportivo, e evitar lançar mão de truques como penalties generosos e uma bola que faz curvas imprevistas no ar para obviar ao défice de futebol ofensivo. Mas, acima de tudo, o que é urgente e necessário é lançar uma campanha pública à escala global de defesa e promoção do futebol-espectáculo contra o futebol resultadista. E isso não é só à FIFA que cabe fazer: começa aqui, nas páginas da imprensa desportiva.

in "A BOLA", 2006.07.11

FC PoRtO . A história da nossa paixão...

O nosso hino... book 7/7

Hino do Futebol Clube do Porto

Oh meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal

Oh campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Oh, Oh, Porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós

Oh campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

Muitas voltas já deram os ponteiros do relógio da Torre dos Clérigos desde 1893, torre essa que, muitas vezes, viu passar Portistas felizes em direcção à Avenida dos Aliados, assim como algumas outras viu a cidade amanhecer cinzenta quando as coisas correram mal.

É assim a história dos verdadeiros campeões, que caem mas tornam a levantar-se e a olhar em frente em busca de um horizonte sempre mais ambicioso. É assim a história do Futebol Clube do Porto.

(fim)

Últimas da “Mouraria” e arredores…

Mouraria: Eleições na Liga a 4 de Agosto, mas com muita pena, os Benfas não querem fazer parte dos seus órgãos sociais porque, diz o Orelhas-Mor, «temos vindo a ser criticados por todos ao longo destes quatro anos».

Olha pra ele, coitadinho… até me dá pena!! Contudo, este leve soar de “inocência”, só me leva a concluir que querem passar a dar menos nas vistas. O que vale é que as «botas dos árbitros» são como o algodão, não enganam!! ;-)

Arredores: Hoje de manhã, quando me deslocava para o meu local de trabalho, sintonizado na RR, fiquei perplexo com o inicio do noticiário, porque este iniciou-se com as 2 pérolas que abaixo transcrevo, mais palavra, menos palavra:

“Gilberto (Merda)mil vai solicitar ao Governo que os 50.000 € de prémio que cabe a cada um dos excursionistas, seja pago isento de impostos (IRS) devido aos préstimos e bom nome que deram a Portugal além-fronteiras…blá, blá, blá, blá,…”

“General Motors prepara-se para fechar a fábrica da Opel da Azambuja, com base num relatório interno que aponta a falta de competitividade à unidade portuguesa. Com isso, mais uns milhares de portugueses irão cair no desemprego…”

Triste país este, cada vez mais de extremos sociais… de um lado, a “CHULARIA do costume”, com o Zé-Povinho a bater palmas e a bajular… do outro, os “desempregados”!

E ainda me vêm falar em “jogar por amor à camisola”?... Poupem-me!!!

Dia 1 dos Campeões… e o suposto "cara-nova"

O plantel do campeão nacional FC Porto regressou ontem ao trabalho no Centro de Estágios Porto-Gaia, no Olival, com algumas caras novas, mas na linha de continuidade traçada pelo treinador Co Adriaanse. Com o objectivo de renovar o título nacional e realizar uma campanha europeia mais bem conseguida do que a da última época, o FC Porto reforçou-se comedidamente e recorreu a jogadores do mercado interno. João Paulo (Leiria), Diogo Valente (Boavista) e Ezequias (Académica) são, para já, os reforços anunciados pelos portistas, que gostariam ainda de ver no plantel o holandês Hesselink (PSV Eindhoven).

A continuidade ou não do avançado sul-africano McCarthy é um dos assuntos a resolver por Co Adriaanse, que já decidiu pelo empréstimo de Paulo Machado, Ivanildo e Bruno Vale (Leiria), Maciel (Braga) e Areias (Standard de Liège, Bélgica).

Uma das preocupações dos portistas para a presente temporada prende-se com a colocação de jogadores excedentários - que vão ficar fora do leque de opções de Co Adriaanse -, já que a SAD terminou com a equipa B.

Diego (Werder Bremen, Alemanha), César Peixoto e Hélder Postiga são saídas confirmadas do plantel, que poderá ainda emagrecer mais com a resolução de alguns casos pendentes, como os de Bosingwa, Sonkaya, Hugo Almeida, Ricardo Costa, Sokota, Léo Lima e Leandro.

O FC Porto cumpre entre 17 e 28 de Julho um estágio em De Lutte, na Holanda, depois participa no Torneio de Amesterdão, a 4 e 5 de Agosto, e tem o seu regresso à competição marcado para a Supertaça Cândido de Oliveira, a 19 de Agosto.

PS: Hugo Almeida não se apresentou. Pelo que consta, estará de saída para o Werder Bremem (Alemanha) por empréstimo.

A propósito da suposta nova contratação (?!?)...

Tarik Sektioui, extremo-direito marroquino, está à beira de assinar por 3 épocas com o FC Porto. Já alinhou meia época no Marítimo (1998/99), já foi treinado por Co Adriaanse no Willem e no AZ Alkmaar, clube holandês com o qual tem mais um ano de contrato.
In “A Bola”, 2006.07.10

Estupefacto, só me ocorre a seguinte pergunta: para quando a aposta em valores da formação portista em vez da compra de jogadores inadaptados? será que um jogador de 29 anos que falhou na maior parte dos clubes por onde passou vai significar uma mais valia? mais um sonkaya?

Jogadores como o Hélder Barbosa, João Pedro, Nuno Coelho, Bruno Gama, Márcio Souza nao merecem mais oportunidades? apenas o Vieirinha merece a confiança do técnico para integrar o plantel principal? é certo que esses jogadores precisam de rodar para ganharem ritmo, mas em vez de se apostar constantemente em jogadores como Alan, Léo Lima, Leandro, Sonkaya, Ezequias etc, estes jovens não mereciam estar no plantel principal para poderem provar o seu valor? quase todos estes jovens foram campeões pela selecção de sub-17, talento não lhes falta.

Se alguém seguiu a equipa B portista de certo constatou que em vez de comprar o Sonkaya havia um jovem chamado João Dias com o triplo do talento, adquirido ao Braga e campeão sub-17.

Basta de estrangeiros de valor duvidoso, quando comprarem lá fora comprem bom valores ou apostem em jovens da casa.

Sem qualquer conteúdo xenófobo, este comentário apenas alerta para os bons valores que temos e que desprezamos, no dinheiro dispendido na formação destes elementos e que não é justificado depois...

Em resumo, estou extremamente triste e indignado com o que (se volta) a passar no meu clube! Esta (potencial) contratação é uma autentica vergonha... contratamos um desconhecido em final de carreira que nem sequer jogava no anterior clube e muito provavelmente vamos dispensar um dos jovens mais promissores do futebol português, Vieirinha! REPITO, É UMA AUTENTICA VERGONHA!

Este treinador, independentemente de ser o treinador campeão, cada vez mais me desilude. Supostamente, foi contratado também numa perspectiva de restruturar a formação do clube e apostar em jovens valores e é isto que se vê!!

A culpa também é da SAD que o deixa fazer este tipo de coisas... quer dizer, neste momento temos os três extremos com maior potencial do futebol portugues: Vieirinha, Bruno Gama e Helder Barbosa e vamos contratar um marroquino em pré-reforma ???

Nós, no mínimo, merecemos uma explicação sobre (mais) esta autêntica vergonha!!!