29 fevereiro, 2008

Alguém me empresta uns binóculos?

Quinta-feira, dia 28 de Fevereiro, dia seguinte a 4 jogos da Taça da Liga, segue-se o seguinte panorama:

Jornais Diários:

Diário de Noticias – não faz referência na capa sobre futebol.
Jornal de Noticias“Futebol Clube do Porto, Sporting, Benfica e Setúbal nas meias finais”. E a fotografia a ilustrar este título? Uma imagem das galinhas! (não sabia que estava tudo englobado!)
Público – não faz referência na capa sobre futebol.
Primeiro de Janeiro – ou não fosse um jornal do Norte, refere “Exibição q.b. apura FC Porto para a meia final da taça”.
24 Horas - não faz referência na capa sobre futebol.
Correio da Manhã “Rui Costa e Purovic salvam grandes”. (não sabia que apenas tinham jogado esses dois… quando será que joga o FC Porto e o Setúbal?)

Jornais Desportivos: (os que eu gosto mais)

A Bola – Fazem referência a dois jogos de ontem, galinhas e lagartos, e um pequeno reparo para Leandro Lima que está de volta. (e continuo a perguntar quando será que joga o FC Porto e o Setúbal para a Taça?)
O Jogo – Grande destaque para os lagartos e uma pequena menção honrosa para o FC Porto “Olé Mariano”.
Record – Com alguma dificuldade, ainda consegui ver “Pé direito de Tarik e mãos de Nuno” e mais incrível ainda, foi o único jornal que fez referência, embora muito pequena, quase que só vista de binóculos, ao Setúbal!

Mais uma vez estamos perante um panorama de uma comunicação social completamente controlada por dois clubezecos. Como é possível? A informação não deveria de ser imparcial e objectiva? Pelos vistos não é isso que acontece.

Já falamos várias vezes sobre este assunto mas nunca é demais falar nele... pode ser que alguém leia os nossos comentários e se faça luz! (bom será que eu ainda acredito no Coelhinho da Páscoa?)

Ver qualquer informação ou ler qualquer coisa relativamente ao FC Porto nos jornais desportivos, só mesmo de binóculos, quando são coisas positivas, é claro! Porque quando são “coisas” negativas, as ”coisas” são escritas em letras de tamanho 150 (mais coisa menos coisa).

No entanto e relativamente ao dia seguinte, ainda continuo na dúvida se o FC Porto jogou na 4ª feira, assim como o Vitória de Setúbal. Alguém me pode informar? Será que ouvi o relato na rádio a partir das 18:30 de 4ª feira ou sonhei mesmo? Ou aquele relato era gravado de algum ano anterior?

Mais um dia, mais provas da manipulação da comunicação social! Mais elucidada fico em relação à grandeza do FC Porto! Sim, porque depois começo a pensar para com os meus botões… se se colocasse alguma informação relativa ao FC Porto nas capas dos jornais, ninguém lia as desgraças (que é disso que o povo gosta).

Até para a semana e que o fim de semana seja mais azul-e-branco que nunca!

Saudações azuis,
Sodani

Juventude pouco (ou nada) irrequieta!

CD Aves 3-0 FC Porto

Liga Intercalar 2007/08
28 de Fevereiro de 2008
4ª jornada do Campeonato de Primavera

Estádio do CD Aves, na Vila das Aves

CD Aves: Rui Faria; Élio, Sérgio Nunes «cap.», Marcelo Henrique, Rúben e Romeu Ribeiro; Castro, Gouveia e Robert; Zambujo e Pascal.
jogaram ainda: Octávio, Mércio, Pedro Geraldo, Miguel Vítor e Grosso.

treinador: Henrique Nunes.

FC Porto: Ventura; Castro «cap.», André Pinto, Tengarrinha e Stephane; André André, Graça, Miguel Galeão e Marco Aurélio; Josué e Rabiola.
jogaram ainda: Amorim, Chula, Caetano e Paulinho.
treinador: Rui Barros.

marcadores: Pascal (6 min), Robert (36 min) e Zambujo (53 min).

A jovem formação que esta tarde representou o F.C. Porto na quarta ronda do Campeonato de Primavera da Liga Intercalar, frente à experiente equipa do CD Aves, mostrou-se sempre em bom plano, apesar do resultado favorável ao conjunto da casa, 3-0.

Foi a experiência dos da casa que acabou por prevalecer, alargando a margem do triunfo, ainda que a formação portista tenha procurado sempre inverter o rumo dos acontecimentos. Fica, no entanto, a imagem de um conjunto de jovens atletas dos Dragões capazes de se bater ao mesmo nível com jogadores de experiência regular nos principais escalões do futebol nacional, denotando sinais evidentemente promissores.

fonte: FCPorto.pt

A Liga Intercalar, nova competição que surgiu no panorama do futebol português, teve o seu início marcado para 28 de Novembro com a participação de 10 formações: FC Porto, Braga, V. Guimarães, Boavista, Leixões, Varzim, Gondomar, Desp. Aves, Penafiel e Trofense. Com um formato dividido em dois campeonatos, um de Inverno (1ª volta) e um outro de Primavera (2ª volta), são apurados os dois primeiros classificados de cada uma das voltas que jogarão entre si as meias-finais a duas mãos, marcadas para 9 e 30 de Abril. A final será em campo neutro e será disputada a 30 de Abril de 2008.

O objectivo da competição, que terá os seus jogos agendados para quarta à tarde, é permitir um maior ritmo de jogo a atletas menos utilizados, a afirmação de jovens valores e a actuação de jogadores a recuperarem de lesões.

Confira aqui o calendário desta nova competição.

28 fevereiro, 2008

Serviço mínimo garantido!

Taça de Portugal, quartos de final
27 de Fevereiro de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 12.117 espectadores


FC Porto: Nuno «cap.»; Bosingwa, João Paulo, Stepanov e Lino; Paulo Assunção, Kazmierczak e Mariano; Hélder Barbosa (Lisandro, 57m), Farías (Adriano, 73m) e Sektioui (Lucho, 46m).
Não utilizados: Ventura, Pedro Emanuel, Cech e Castro.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Gil Vicente FC: Paulo Jorge; Paulo Arantes, Pedro Ribeiro, Diego Gaúcho e João Pedro «cap.»; Filipe Fernandes, Luís Miguel (Luís Coentrão, 46m), Zongo (Tiago André, 59m) e João Vilela (Bruno Filipe, 71m); Hermes e Maciel.
Não utilizados: Hugo Marques, Valnei, Luís Manuel e Zezinho.
Treinador: Paulo Alves.

Disciplina: Cartão amarelo para Pedro Ribeiro (80m).

Golos: Tarik Sektioui (23m).

Se o objectivo passava unicamente pelo carimbo da passagem às meias finais da Taça de Portugal, podemos dizer que esse foi integralmente atingido… contudo, o FC Porto tem uma dimensão muito maior que não se coaduna em nada com este tipo de objectivos que são mais próprios da pequenez e da pequenada.

Admito que não estava à espera de presenciar uma ópera, aliás, até me surpreenderia se o assim fosse, porque não adianta escamotear a história da nossa Taça de Portugal que aqui, está ainda muito pouco enraizada e é encarada como uma pequena competição… a não ser que aconteçam os tais chamados jogos grandes ou o tal dia em que temos que nos deslocar ao Estádio Municipal de Oeiras para ir dar uns toques naquele estádio sem o mínimo de condições para uma presença maciça de adeptos.

Acabei a presenciar o que já esperava, ou seja, uma amena cavaqueira, futebolisticamente falando, entre solteiros e casados em que não fosse o golo de Tarik aos 23 minutos de golo que sentenciou a partida até ao minuto 90, uma meia dúzia de jogadas de bom recorte técnico e um ou outro lance de maior perigo junto da baliza de Paulo Jorge, daria o meu tempo por desaproveitado… perdido nunca, porque ter a oportunidade de quinzenalmente entrar para o interior da Meca planetária do futebol, vulgo Estádio do Dragão, até me leva a adoptar uma expressão usada em tempos pelo saudoso Fernando Gomes: “estar lá dentro, poder apreciar e deliciar-me com toda aquela magia e paixão azul-e-branca, é como ter um orgasmo!!”… mai’nada!

Para além destes destaques do jogo, o momento hilariante da noite ficou reservado para o “Tecla” (desafinada) do Farias que com a baliza completamente deserta, a um mísero 1 metro da linha de golo, e servido em bandeja d’oiro cravejada com diamantes de 24 kilates por Lisandro, consegue o impossível… chutar a bola por cima da trave. Aposto que ele poderia estar ali toda a noite a tentar fazer idêntico lance e não o iria conseguir, porque este momento, é único e só visto mesmo nos apanhados desportivos lá pró final do ano, num final d'um qualquer Telejornal perto de si.

No meio de tanta sonolência e tão pouco motivador jogo ali no relvado, as atenções estiveram em muitos momento do jogo concentradas no tal assistente do lado do banco de suplentes que das duas, uma… ou é burro, ou é incompetente!! A bandeirinha era levantada com uma tal frequência, e em algumas delas de forma tão estapafúrdia, que mais parecia um sinaleiro mecanizado em horário de ponta. Ele há aqueles que mesmo com o servicinho encomendado e recomendado, já não conseguem ter vergonha na cara… é mesmo à descarada!! Enfim…

Salvou-se o resultado, a vitória e a passagem às meias… agora, venha qualquer um, que também serve... e no Dragão, o que se agradece :D

azul + : Mariano Gonzalez (VIPortista), Tarik, Nuno e Bosingwa.

azul - : Hélder Barbosa, Kazmierczak e Stepanov.

arbitragem: Paulo Pereira (AF Viana do Castelo), Henrique Parente e Tiago Leandro. Uma arbitragem que foi um disparate total... e então se pensarmos que do lado da bancada junto ao banco de suplentes estava ali um assistente (não sei se o Parente, se o Leandro) que era a «maior gozação», então, com esse, era digamos que a cereja em cima do bolo no que toca a incompetência total.



Pagar a factura!!

Tornou-se um lugar-comum dizê-lo, pelo menos após a intempestiva passagem de Mourinho pelo Porto, que após uma derrota dos azuis e brancos, o adversário seguinte “pagaria a factura”. O Paços de Ferreira comprovou, para infelicidade própria, a veracidade da tese. O Porto de fim-de-semana “lambeu” as feridas abertas na derrota dolorosa em Gelsenkirchen, exibindo-se em bom plano, perante uns “castores” desinibidos, com carácter e empenho, dificultando ao máximo a vitória portista.

Esta, sem a mínima contestação, foi alicerçada ao ritmo do tango, algo que se torna habitual, esta temporada, no Dragão. Os ritmos argentinos teimam em contagiar toda a equipa, tornando o futebol dos azuis e brancos frenético e jogado em alta rotação.

Numa boa partida de futebol, já devidamente escalpelizada pelo Blue no seu artigo, o Porto deu mais um passo de gigante rumo ao título. O segundo TRI da história avizinha-se, lá no fim desta maratona futebolística, começando a criar alguma ansiedade nos adeptos.

Pela segunda vez consecutiva, o Porto vence inapelavelmente por margem robusta mas, mesmo assim, não se livra dos remoques dos técnicos adversários. Na Madeira, foi um ressabiado Lazaroni que deixou cair a máscara de “gentleman”, mostrando a verdadeira face no final do jogo. Apopléctico, bradou contra o bode expiatório ideal para camuflar insuficiências e erros próprios: a arbitragem. Fazendo tábua rasa do que de verdade se tinha passado, o treinador brasileiro procurou justificar… o injustificável, num estilo próprio de personagens azedas e mesquinhas, incapazes de valorizarem o poderio do opositor.

No Dragão, apesar do “atropelamento” que o Paços sofreu, na 2ª metade, incapaz de resistir ao rolo compressor em que se transformou o jogo portista, a conferência de imprensa pós jogo serviu para apimentar a discussão. Um pacóvio de chapéu ridículo na cabeça, armado em grilo falante, aproveitou os parcos minutos de visibilidade mediática para gritar a sua indignação contra… a arbitragem. Foram eles, esses maléficos juízes de apito na boca que, na opinião douta da personagem, sonegaram a hipótese de o Paços, esse colosso nacional, de conquistar pontos no Dragão.

Ressalvando o ridículo do conteúdo do discurso, enjoativo e feito de lugares-comuns, começa a fartar. A fartar mesmo a sério. Já era tempo de o Porto ter alguém para, de forma clara e directa, responder aos remoques que visam apenas enlamear o nome do clube. Com contundência.

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Pese o segredo de Justiça vigente, mas que este cantinho à beira-mar plantado não sabe o que significa, Pinto da Costa deu uma entrevista, abordando o tema “Apito Dourado”, focando algumas questões interessantes. Para começar, colocou o dedo na ferida, não se importando de ferir susceptibilidades. Luís Filipe Vieira é um inimigo. Assim mesmo, com o tom bélico que a circunstância exige. Não é um adversário. Não é um rival. Mas um inimigo figadal. Quem procura, de qualquer forma e não olhando a meios, a nossa destruição, merece um epíteto destes. Para que não se esqueça. Inimigo!

O desmascarar despudorado de quem se encontra por detrás do polémico dossier foi uma variação interessante, após meses de silêncios comprometidos ou de estratégias concertadas, onde nada era afiançado. Sejamos honestos. Nada do que foi dito, na referida entrevista, constituiu novidade. Mas a forma como, desta feita, o nosso presidente apontou o dedo aos que, na sombra, têm conjurado para a sua destruição, foi um tónico revigorante para a sua imensa legião de admiradores. Onde eu me incluo. Houve quem, após o final da entrevista, tenha ficado com as orelhas a arder. O fiscalista que o diga…

Sem rede, em directo, perante perguntas incómodas, Pinto da Costa foi igual a ele próprio. Polémico, irreverente e contundente. “"A Carolina diz que o fez. Assume que contratou mas o processo é arquivado porque o depoimento de Carolina é insuficiente para sustentar a acusação. Mas ou é verdade, e não pode passar impune, ou é mentira, e que credibilidade é que ela tem?".

Basta isto para se afirmar, com toda a propriedade, que o estereotipo da Justiça, que se diz cega, vai neste caso em não conformidade. A Justiça tuga é, quando muito, zarolha. Quando os processos que visam o nosso presidente, atempadamente arquivados por manifesta falta de provas, são reabertos apenas e só pelo testemunho de uma viperina alternadeira, valorizando-se a forma em detrimento do conteúdo, está tudo dito. Por momentos, parece que fomos transladados para um País bolchevique. Só faltam mesmo os gulags...

27 fevereiro, 2008

Sem Galo e com Mariano

Após mais um pequeno passo para o Dragão mas um enorme passo na conquista do tri campeonato o objectivo é outro: a reconquista da Taça de Portugal. As etapas anteriores consistiram na eliminação do Chaves, Aves e Sertanense sendo a desta quarta-feira o confronto com o Gil Vicente.

O Gil, equipa da cidade do Galo, ocupa a 5ª. posição da Liga Vitalis e ainda não desistiu da subida ao primeiro escalão. Bateu, fora, o Feirense na jornada passada por 1-0 e derrotou na sua caminhada pela Taça de Portugal a Juventude de Évora (3-0), o Messinense (2-0), o Estoril (2-1) e já nos oitavos de final, o Leixões por 1-0, com direito a prolongamento.

Tem como figura pública o seu Presidente, Sr. António Fiúza e como treinador o Sr. Paulo Alves, antigo jogador do Dragão. De realce ter tb. um plantel com uma maioria de jogadores Portugueses.

Está agendado para esta quarta-feira pelas 18.30 (que raio de hora para um jogo de futebol) e adivinhem... não tem transmissão televisiva.

Prevendo já a partida com o Boavista e a recepção ao Schalke 04, não será de estranhar que o Prof. efectue algumas alterações na equipa. Quanto a mim, como treinador de bancada, e como esta é para eliminar não haveria que facilitar, guardando possíveis substituições dependendo do resultado.

Daria, no entanto, uma nota de destaque a um jogador. Chegou em meados de Julho do ano passado, logo após uma vitória sobre o Den Bosch por 4-0. De seu nome Mariano Nicolás González, nascido em 1981 (como estou a ficar velho) na mesma cidade do Mauro Camoranesi. Veio do Palermo, depois de ter passado pelo Inter, e por empréstimo de uma época mais uma de opção pelo preço de 2 milhões de Euros. As palavras, na altura, do Prof. foram: 'Não há nenhum futebolista que venha para o FC Porto que eu não conheça bem. É muito experiente e internacional pela Argentina. Joga bem por dentro e também sabe explorar as alas. É um excelente jogador para o FC Porto'. Durante uns tempos andou por aqui. Não desistia de lance algum e não virava a cara à bola mas sentia-se que faltava alguma coisa. Não joga nada, exclamavam alguns. Tem jogado fora da sua posição, comentavam outros. Falta de adaptação, discutiam uns terceiros.

Ora agora com 6 meses volvidos, ajuda de psicólogos e carinho demonstrado pela restante turma chegou a altura de finalmente demonstrar o seu valor. Já sabemos que andou por aqui e a sua presença não foi muito notada. Até hoje, ou melhor, até Sábado passado.

Pede-se, não, exige-se assim que, seja por magia ou por combinação química, deixe a vergonha, a inadaptação ou o que quer que seja, que abra as asas na sua total envergadura e cuspa fogo, um sopro de fogo que queime uns e ilumine outros. Que demonstre finalmente o seu coração de Dragão.

Eu acredito e vou lá estar!

Entretanto e para meditar fiquem com duas frases meia cheias ou meia vazias (depende do ponto de vista) de conteúdo:

«O Porto é o Porto e nós somos nós» (José António Camacho)
«Grandeza do Benfica esmaga a equipa» (Manuel José)

E mesmo a fechar o post uma notícia de última hora. Repugno total pelo acontecido a Sul, terreno das estaladas no aeroporto, terra da transparência e honestidade. Imagine-se se tinha acontecido a Norte. Aguarda-se a criação de equipa especial, talvez com elementos a Norte, para o devido esclarecimento do caso, pois até parece que se esqueceram de inutilizar as câmaras. Ou será mais uma busca de emprego na pública?

Bora lá dar uso aos bLuErónios...

Com a simpática e preciosa ajuda de alguns amigos deste blog, estamos já nos detalhes finais para a conclusão do dossier "nova imagem do merchandising", de forma a poderem estar reunidas todas as condições para a natural eleição da nova imagem, entre as várias propostas que estão já em cima da mesa.

Depois, então sim... avançaremos para a necessária orçamentação e produção dos diversos artigos alusivos ao BiBó PoRtO, carago!!, que contamos poder apresentar-vos muito em breve, nomeadamente: 2 modelos de tshirt, chapéu estilo baseball, cachecol em poliester... e maybe, maybe, casaco de fecho.

É tudo muito bonito e tal e coisa, mas estamos com uma séria dificuldade ainda por solucionar, e por isso, o tal apelo que aqui vos lançamos para que nos ajudem a encontrar um slogan forte e 100% original, mas acima de tudo, que seja digno dos pergaminhos do nosso FC Porto, de forma a que possa ser inserido no local da imagem aqui logo acima referenciada. Única regra obrigatória: não ultrapassar um limite de 5 a 6 palavras!!

Serão vocês capazes de nos ajudar? Como estão de ideias? E de criatividade?

Se até hoje, sempre puderam contar connosco, e podem continuar a contar... esta é a hora de vocês retribuirem. Contamos convosco para que depositem nesta caixa de comentários, toda e qualquer ideia que vos surja e que possa contribuir para uma melhor decisão final do tal slogan.

A importância da liberdade de expressão!

Recebi hoje por email um pedido do amigo Johnny River, e porque eu próprio também o achei pertinente para uma troca de opiniões, aceitei de bom tom publicá-lo, pelo que vou cumprir com o prometido... agora, «a bola» passa a estar do vosso lado e digam de vossa justiça.


No rescaldo destas últimas notícias acerca da agressão ao Sr. Rui Santos, gostava de partilhar convosco a minha opinião e, quiça, dar o ponto de partida para uma troca de opiniões no blog.

Gostaria de focar de 3 pontos:

1. A violência, em quaisquer situações é SEMPRE de condenar, e NUNCA se justifica, principalmente quando o assunto é, apenas, futebol. O objectivo do jogo é aproximar e não afastar ou antagonizar as pessoas. Quero deixar este ponto bem claro, por forma a que as minhas próximas palavras não sejam mal compreendidas;

2. É importante referir que o Sr. Rui Santos prima por uma "liberdade de expressão" que pode, eventualmente, ferir algumas susceptibilidades clubísticas. Confesso que, pontualmente, assisto aos seus comentários na SIC, principalmente porque me divertem todas as críticas e enxovalhos que semanalmente tece acerca dos dois principais clubes de Lisboa. No entanto, acredito que os adeptos desses clubes se sintam "agredidos" pelo modo violento com que comenta o desempenho dos mesmos e dos seus dirigentes. Logo, é importante, também, compreender que a nossa liberdade (onde se inclui a liberdade de expressão) termina onde começa a liberdade dos outros.

Resumindo, e sem aligeirar o acto ESTÚPIDO E INJUSTIFICÁVEL de 4 atrasados mentais, acho que o Sr. Rui Santos devia continuar a dar as suas opiniões, mas exprimindo-se de outra forma, sem "agredir" os adeptos que o ouvem;

3. Por último, gostaria que se esclarecessem os pormenores da agressão de que foi vítima (confesso que não li o Rascord, por isso se lá estiver descrita alguma coisa, mea culpa), nomeadamente, de que clube eram os adeptos que o agrediram. Por certo, durante a agressão, alguma coisa terão dito, quanto mais não fosse, devem ter dado a entender ao que iam... Este pormenor é, em minha opinião, de enorme importância para caso. Todos nós, Portistas, estamos lembrados das palavras do Dr. Pacheco Pereira no programa "Quadratura do Círculo" (curiosamente, também na SIC...) quando disse, objectivamente, que todas as pessoas envolvidas na onda de crimes violentos que ocorreram na zona do Grande Porto no passado recente, estavam ligadas às claques do FC Porto, fazendo parecer que todos os adeptos do FC Porto eram criminosos (na altura foi colocado um post com estas declarações).

Pois se somarmos 2+2 e juntarmos às agressões ao Sr. Rui Santos, toda a violência que está a ocorrer neste momento em Lisboa entre as elementos das duas claques antes do derby do 2ª circular, ficamos a saber que, afinal, os adeptos dos outros clubes não são assim tão anjinhos...

Um abraço,
johnnyriver

Chamava o Baía para o que restar da Champions

‘Nortada' do Miguel Sousa Tavares

Se eu pudesse escolher, chamava o Baía de volta para o que resta da Liga dos Campeões.

1 - O Benfica que empatou na Luz com o decepcionante Sporting de Braga é, apesar disso, a versão menos má deste Benfica de Camacho. É a versão que lhe permite dizer, com toda a naturalidade e conformismo, que «se a bola entra, ganhamos; se não entra, não ganhamos». Para depois rematar, com aquele encolher de ombros que caracteriza toda a sua atitude ao longo da época: «És lo que hay!».

O que tem permitido ao Benfica aguentar-se no 2º lugar da Liga e estar nos quartos-de-final da Taça e dezaseis-avos-de-final da Taça UEFA é apenas sorte. Uma sorte tão impressionante, que não é de esperar que se possa repetir em anos próximos. Sorte na forma quase escandalosa como consegue resolver um sem número de jogos nos minutos finais, sem que antes tenha feito alguma coisa por isso. Em Nuremberga, houve quem escrevesse que «dois minutos à Benfica resolveram a eliminatória». Pois, resta saber se os dois minutos à Benfica foram o minuto 89 e o 91, que lhe permitiram transformar uma derrota mais do que justificada num inacreditável empate, ou antes os 88 minutos restantes, e mais os 95 da primeira mão, em que a águia mais parecia uma alma penada e depenada, arrastando-se em campo sem futebol, sem ideias, sem atitude, contra a pior equipa da Bundesliga. Sorte e imensa tem tido ainda o Benfica em tudo o que meta sorteios: seja na Taça, onde joga sempre em casa e contra equipas menores, seja na Europa, onde começa por apanhar equipas acessíveis na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, depois um grupo «brando», e, quando transita para a Taça UEFA, é o que se vê: um incipiente Nuremberga e a seguir o Getafe, uma espécie de Estrela da Amadora de Espanha, estreante nas competições europeias (e, mesmo assim, já classificado por Camacho como adversário «muito forte»).

Em tantos anos a ver futebol, não me lembro de ver um Benfica tão mau. A saída, tantas vezes adiada, de Simão Sabrosa destapou definitivamente a falta de qualidade da equipa, e hoje só os dias luminosos de Rui Costa conseguem dar àquele futebol, de vez em quando, a ilusão de uma equipa que sabe o que faz e o que quer. Os meus amigos benfiquistas, com esse optimismo que é, de facto, um traço de carácter da nação vermelha, ainda alegam que a equipa não é má, Camacho é que não sabe o que fazer com ela. Permito-me discordar: em todo aqule plantel que Luíss Filipe Vieira classificou como o melhor dos últimos dez anos, só vejo, Rui Costa à parte, três jogadores que se podem considerar regularmente bons: Quim, Léo e Cardozo. O sintoma mais gritante desta falta de qualidade e de ideias de jogo é, para mim, o frémito de entusiasmo que passa pelas hoje semi-despovoadas bancadas da Luz quando o Binya se prepara para executar um lançamento lateral para dentro da área. Que o público, tradicionalmente conhecedor e exigente da Luz, já tenha também chegado ao ponto de descrença e conformismo de pôr as suas esperanças e emoções num lançamento lateral, diz quase tudo sobre os tempos que se vivem por ali.

Claro que com o mal dos outros, e para mais adversários, vivemos nós muitíssimo bem. Mas nem nós, portistas, vivemos bem com um campeonato tão desinteressante como este. E o que mais me impressiona é verificar que à 20.ª jornada do campeonato, este frustrante Benfica consegue, mesmo assim, ter mais um ponto do que tinha há quatro épocas, quando jogava um futebol igualmente feio… e conseguiu conquistar o seu último título de campeão! Ou seja, de há quatro anos para cá, a única coisa que mudou é que o FC Porto voltou à normalidade interrompida durante uma época.

2 - Por mais que não seja politicamente correcto dizê-lo, há um «caso Helton» no FC Porto. Eu estou à vontade no assunto, porque nunca escondi que o Helton não me convencia, e ainda na semana passada, antecipando o jogo de Gelsenkirchen, escrevi que a única coisa que temia era a intranquilidade do Helton na baliza.

Infelizmente, o jogo com o Schalke veio dar razão ao que aqui tinha dito várias vezes: que o Helton tem uma tendência fatal para falhar nos jogos mais importantes — Chelsea, Sporting, Liverpool, Schalke. Quando se teria o direito de esperar que fosse o guarda-redes, como é da praxe, o primeiro a parar o ímpeto incial dos donos da casa e dar tranquilidade à equipa para o resto do jogo, ele demorou apenas três minutos a facilitar o golo alemão: primeiro, sacudindo para a entrada da área — local proibido! — uma bola chutada à figura, e depois demorando uma eternidade a recolocar-se para a recarga. É certo que ele não foi o único responsável pela derrota: o Fucile fez o pior jogo que já lhe vi, o Quaresma perdeu-se numa querela particular com Rafinha, o Farías também voltou a mostrar-se inútil nos grandes jogos e o Lisandro falhou um daqueles golos que nunca falha. Mas, por tudo isso, o que ficou a ditar o resultado foi, mais uma vez, o golo mal consentido por Helton.

Talvez, para ser justo, deva dizer que não tenho a certeza de que o facto de o Helton não ter evoluído nada desde que chegou ao FC Porto seja culpa dele e não de quem tem por missão prepará-lo. Há uma diferença abissal entre ser guarda-redes de um clube pequeno ou médio e ser guarda-redes do FC Porto. O Helton que chegou ao FC Porto era um excelentíssimo guarda-redes no União de Leiria. Dois anos e meio depois, o que constato é que essa qualidades em nada têm aproveitado ao FC Porto e, pelo contrário, os defeitos não corrigidos, como o do jogo aéreo, têm sido determinantes. No campeonato, na baliza de uma equipa como o Leiria, em todos ou quase todos os jogos, sobram ocasiões para brilhar e para salvar golos com defesas fantásticas, ao ponto de um ou outro erro se diluirem na maré de grandes defesas feitas. Mas, no FC Porto, se existirem dois jogos desses por época, já é muito. Na baliza do FC Porto o que se lhe exige não é defesas do outro mundo, que raras vezes será chamado a executar: o que se lhe exige é que não deixe entrar nenhum golo defensável, o que passa por ser rei e senhor no jogo aéreo pelo menos na pequena área, saber jogar com os pés tranquilamente, saber sair da área como um defesa para obstar ao jogo de contra-ataque e, em qualquer circunstância, transmitir segurança e confiança para dentro e fora do campo. Se, além disso, também fizer defesas excepcionais, melhor ainda; mas, se for necessário escolher entre o espectáculo e a eficácia, entre duas defesas impossíveis ou todas as defesas possíveis, a última escolha é a que interessa. Depois, como se isto não fosse já suficientemente difícil, a um guarda-redes do FC Porto é também exigível que, nos jogos europeus, consiga estar ao nível de um desempenho constante e muito mais exigente e a que não está habituado pelos jogos do campeonato.

É por isso que eu acho que, mais do que qualquer outro jogador, a escolha de um guarda-redes vindo de um clube pequeno para um clube grande do campeonato português, como o FC Porto, é muito mais arriscada e aleatória. Não é por acaso que o FC Porto viveu anos a fio nas paz que lhe dava um guarda-redes chamado Vitor Baía: porque ele foi formado nas escolas do clube, subiu todos os escalões a aprender as funções de um guarda-redes de um clube que vive todos os jogos quase sempre ao ataque e, quando chegou ao topo, tinha a cultura de jogo e o instinto formatados para essa função específica.

E o problema concreto agora, é que, contra o Shalke não sabemos se vão ser precisos dois ou três golos para eliminar os alemães. Se eu pudesse escolher, chamava o Baía de volta para o que restar da Liga dos Campeões.

3 - Martin Taylor, do Birmingham, partiu a tíbia e o peróneo a Euardo Silva, do Arsenal, com uma entrada de lado, descrita como «arrepiante» — a tal ponto que as imagens não foram repetidas. Katsouranis também partiu a tíbia e o peróneo a Anderson, mas entrou por trás e ainda lhe causou rotura de ligamentos. Descubra mais diferenças...

# jornal “A BOLA” de 2008.02.26
# origem: "Futebolar"

26 fevereiro, 2008

Exclusivo com Vice-Presidente do FC Porto

O Sr. Alípio Jorge (na foto), além de vice-presidente do FC Porto, re-eleito no último mandato de Pinto da Costa (Maio de 2007 até Maio de 2010), exerce ou exerceu cargos directivos na Associação de Bilhar do Porto, na Federação Portuguesa de Bilhar, Confederação Europeia de Bilhar e na União Mundial de Bilhar, além de ser o actual responsável pela secção de Bilhar no Clube azul e branco, sendo ainda jogador do clube nessa modalidade, aliás, foi nessa função (responsável da Secção) que o Sr. Alípio Jorge se disponibilizou para esta breve entrevista ao nosso blog.

Como sabem, o FC Porto é o actual campeão Nacional (bilhar) e está empenhado, uma vez mais em revalidar o título Nacional. Foi com enorme satisfação que conseguimos este exclusivo agradecendo a extrema simpatia e disponibilidade do Sr. Alípio Jorge a quem desejamos todo o sucesso pessoal e profissional, além de desportivo, claro.

Sobre a entrevista, devo dizer que foi concedida antes do jovem João Ferreira (a quem o Sr. Alípio Jorge se refere) se ter classificado em 11º no Campeonato da Europa de juniores de bilhar carambola, ele que era o mais jovem (14 anos) jogador em prova, a competir com adversários até seis anos mais velhos. Os parabéns ao João, atleta promissor do FC Porto, actualmente a rodar na casa do FC Porto de Espinho. Nesta mesma competição, João Ferreira foi eleito o melhor jogador sub-17 da Europa.

Por último, quero destacar que o FC Porto vai defrontar o BC Volos (Grécia), o BC Elversberg (Alemanha) e o Palestra Haretes (Itália), no grupo A da primeira fase da Taça da Europa de bilhar, a disputar na sala dos portistas (início a 25 de Abril). O campeão nacional é amplamente favorito à vitória no grupo e um dos grandes candidatos ao título europeu, pois vai pela primeira vez jogar com Torbjorn Blomdahl e Daniel Sanchez, primeiro e terceiro do ranking mundial. A fase final disputa-se de 28 de Maio a 1 de Junho.

ENTREVISTA EXCLUSIVA
Sr. Alípio Jorge, Vice-Presidente do FC Porto

Lucho: Qual o segredo do FC Porto para tão avassalador domínio do bilhar masculino e feminino?

Alípio Jorge: Trabalho, seriedade e competência. O bilhar do FC Porto é um produto de grau de qualidade e isso é reconhecido pelos nossos adeptos, pelos sócios e simpatizantes e até pelos nossos adversários, para além das entidades oficiais e patrocinadores que sempre apoiam as nossas iniciativas. Daí até aos resultados e às vitórias, é um passo mais pequeno...

Lucho: O FC Porto já foi vice-campeão da Europa. É possivel a curto prazo um título Europeu?

Alípio Jorge: É o título que nos falta e havemos de consegui-lo. Para isso lutamos todos os dias e nunca desfaleceremos.

Lucho: Quais as grandes promessas (um nome da equipa masculina e outro da feminina) do bilhar do FC Porto?

Alípio Jorge: João Ferreira (14 anos) e muitíssimos mais, Vânia Franco e toda a imensa escola do FC Porto.

Lucho: O FC Porto continuará a «investir» nesta modalidade? Quais os objectivos para a época em curso?

Alípio Jorge: Claro, sempre. Na escola, no feminino e no masculino. O objectivo é sempre o mesmo vencer tudo!

Lucho: Já conhecia o nosso blog? Que dizer do acompanhamento que fazemos às modalidades amadoras?

Alípio Jorge: Sim, acho excelente. Parabéns!

Cumprimentos,
Alípio Jorge.

Relativamente ao fim de semana desportivo, devo dizer que tudo voltou a correr dentro da normalidade. No futebol mais uma goleada e de novo um bis de «Licha» em conjunção com mais uma exibição de classe de Lucho. Quaresma ficou de fora a observar os benefícios do jogo simples, colectivo e linear dos seus colegas. O Harry Potter está a carregar baterias físicas e emocionais para os desafios do Bessa e da 2º mão da Champions League.

Benfica e Sporting voltaram a derrapar e uma vez mais se demonstrou, clara e inequivocamente, a diferença de classe entre o FC Porto e esses dois «aspirantes» ao trono (a luta entre eles está animada; os encarnados já estão a 12 e os verdes a 17 do imponente FC Porto).

Nas outras modalidades, mais um pleno de vitórias. No andebol, os Dragões terminaram a fase regular com uma vitória em Águas Santas, situação que também ocorreu no basquetebol (frente ao Vagos) e no hóquei (diante do Gulpilhares). Como diz Camacho, «o PORTO é o PORTO e nós somos nós». O Porto é assim, indomável, em tudo o que compete. Quanto aos nossos rivais (serão mesmo?) no futebol, jogarão o derby decisivo para o 2º lugar no próximo domingo e esse é sem dúvida o jogo do ano no Portugal... dos pequeninos.

Na noite de ontem no casino da Póvoa de Varzim, aqui bem perto da minha Cidade, foram entregues os Dragões de Ouro 2007, devendo-se destacar o Dragão ganho por Emanuel Garcia (hóquei) como Atleta de Alta Competição do Ano, o de Paulo Cunha (basket) como Dedicação do Ano, o de Vítor Santos (andebol) como dirigente do Ano, o de António Oliveira (hóquei) como Seccionista do Ano, o de António Matos (basket) como Funcionário do Ano, o de Atleta Amador do Ano ganho por Sara Oliveira (Natação), o de Atleta Jovem do Ano ganho por André Pinto (Futebol Formação) e finalmente o de Atleta Revelação do Ano ganho por Vânia Franco (Bilhar)... curiosamente, tanto a Sara Oliveira, como a Vânia Franco, já nos deram uma entrevista exclusiva ainda antes da nomeação para estes prémios.

Andebol: FC Porto procura ganhar a sua 3ª Taça da Liga
1º ABC (54 pts, 20 jgs), 2º Benfica (49 pts, 20 jgs), 3º FC Porto (49 pts, 20 jgs).

crónica do Águas Santas/FC Porto (23-25): Vitória justa do FC Porto num pavilhão sempre complicado. Os Dragões que estavam há 4 jogos sem ganhar, desta vez não vacilaram. Ao intervalo, o FC Porto já vencia por 13-9, diferença que foi gerindo com alguma dificuldade na 2ª metade. Bosko e Ricardo Moreira com 5 golos cada foram os melhores marcadores num jogo em que Eduardo Filipe não jogou por problemas físicos. Com esta vitória (na última ronda da fase regular), o FC Porto ficou com os mesmos pontos do 2º classificado e defrontará nos quartos de final do play off, o São Bernardo (29 de Março). O ABC jogará com o ISAVE, o Belenenses com o Sporting e o Benfica com o Madeira. Na taça da Liga que se inicia em Portimão nesta quinta-feira, o FC Porto procura garantir o seu 3º troféu depois das vitórias azuis e brancas nas edições das épocas 2003/04 e 2004/05. O primeiro destes triunfos ocorreu em Grijó e o Porto ganhou na final ao Sporting por 31-28, sendo que na edição seguinte disputada em Espinho, os Dragões ganharam ao ABC na final por 31-23. Em 2006 ganhou o Belenenses e em 2007 o Benfica, que nesta edição de 2008 não se apurou sequer para a fase final. O FC Porto joga quinta-feira às 18h com o SC Horta procurando um lugar nas meias finais de sábado. Na última quarta-feira, Porto e Benfica empataram 33-33 em jogo a que já me referi neste post publicado na quinta-feira.

Basquetebol: Com um Marçal assim até podemos ganhar em Ovar
1º Ovarense (1 derrota, 16 jgs), 2º FC Porto (3 derrotas, 16 jgs), 3º Vagos (8 derrotas, 16 jgs).

crónica do FC Porto/Vagos (78-65): Vitória difícil do FC Porto diante de um aguerrido opositor que se encontra num surpreendente 3º posto. A vantagem do FC Porto quase nunca ultrapassou os 8/9 pontos e por isso houve jogo até ao fim. Muita gente em Cantanhede e muitos cachecóis azuis e brancos... Nuno Marçal com 32 pontos foi o MVP da partida, sendo muito bem acompanhado por Gentry e Figueiredo no ataque e por Morris e Cunha na defesa. Brandon Payton não saiu do banco o que indicia estar de saída, situação que há muito venho adiantando aqui neste espaço. No próximo domingo (17h na RTP2), teremos um aliciante Ovarense-FC Porto no «Arena Dolce Vita» de Ovar onde só um FC Porto ao melhor nível poderá discutir o resultado. Que Nuno Marçal (na foto) continue «on-fire» é o que se pede... a luta pelo 1º posto ficará muito quente se o jogo pender para os azuis e brancos.

Hóquei: FC Porto está há 51 jogos sem perder na fase regular
1º FC Porto (64 pts, 24 jgs), 2º Benfica (52 pts, 24 jgs), 3º Viana (46 pts, 24 jgs).


crónica do FC Porto/Gulpilhares (4-0): Depois da vitória de quarta-feira em Alenquer por 4-1 (golos de Filipe, Figueira, Ventura e Caio), mais uma goleada caseira (4-0) diante do Gulpilhares (uma vez mais com o amigo Estilhaço na bancada - ver fotos e vídeos desse jogo) com Reinaldo Ventura a cumprir castigo e com os golos a serem repartidos por Filipe, Jorge Silva, Garcia e Caio. Os Dragões continuam invencíveis e estão há 51 jogos sem perder na fase regular do campeonato. Se não perderem nas 2 últimas jornadas, conseguirão o impressionante registo de 2 épocas sem qualquer derrota na fase regular. No próximo sábado (17h) vamos a Braga e na última ronda recebemos o Ouriense. O 2º classificado (Benfica) continua a 12 pontos, por sinal a mesma diferença que existe no futebol...













Treinador da Semana: Franklim Pais
Jogador da Semana: Nuno Marçal

Para técnico da semana, escolho Franklim Pais, por mais uma semana com duas vitórias e um registo fenomenal de duas épocas de invencibilidade na fase regular, até agora ... e para jogador da semana, a escolha recai em Nuno Marçal, por mais uma bela exibição diante do Vagos com 32 pontos marcados e muita garra em campo. Basta dizer que marcou 41% dos pontos do FC Porto nesta partida.

ps - Uma palavra final para o meu «mano». Tenho muito orgulho na carreira desportiva que iniciaste aos 12 anos. Tenho-te seguido, na medida do possível, por todos os clubes por onde tens passado. Esta época, foi a 1ª vez que vi um jogo teu ao vivo, e sofri como um desalmado nas bancadas do Estádio do Nogueirense da Maia (III divisão Nacional de futebol) na tarde deste domingo. Mesmo contra uma arbitragem escandalosa, lá conseguiste ganhar com um golo perto do final. Os teus triunfos são também os meus. E ao ver-te feliz dedicando o triunfo aos adeptos, houve um que deixou escapar aquela lágrima... aquela que costuma cair noutro Estádio!!

E pronto, até para a semana.

Saudações azuis e brancas,
Lucho.

25 fevereiro, 2008

O nosso campeonato!!

Acabo de ver os dois jogos dos supostos grandes “adversários” do FC Porto na bwin Liga… meus amigos, o estado a que este campeonato chegou é, no mínimo, hilariante!!

A partir de agora, o Sr. Jesualdo Ferreira deve apontar todas as suas baterias para a Liga dos Campeões… os jogadores guardar todos os seus esforços para o jogo da 2ª mão dos oitavos de final da mais importante competição europeia entre clubes… e os adeptos devem tornar o Estádio no Dragão num autêntico suplício para aqueles alemães que, continuo a dizer, não são, nem pouco mais ou menos, uma grande equipa!!

Assim, o nosso campeonato, o do FC Porto, resume-se praticamente à Liga dos Campeões, sendo que para isso a concentração de todos deve ser máxima. Não havendo necessidade daquele resultado obtido na Alemanha, acho que agora o FC Porto no Dragão tem todas as condições para seguir em frente e continuar a ter aspirações na Liga dos Campeões, caso contrário, será muito mau que o FC Porto pela 2ª vez consecutiva se fique apenas pelos oitavos-de-final da Liga dos Campeões… é que os adeptos do FC Porto estão (muito) mal habituados… de tanto ganhar!!

23 fevereiro, 2008

Noite das «pampas»!!

Liga Bwin 2007/08, 20ª jornada
23 de Fevereiro de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 31.209 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Cech; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles (Mariano, 76m); Tarik (Kazmierczak, 87m), Farías e Lisandro (Hélder Barbosa, 79m).
Não utilizados: Nuno, Fucile, João Paulo e Adriano.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Paços de Ferreira: Peçanha, Ferreira, Rovérsio, Kiko e Mangualde; Filipe Anunciação, Paulo Sousa e Pedrinha (Dedé, 54m); Wesley (Renato Queirós, 76m); Edson (Furtado, 67m)e Cristiano.
Não utilizados: Coelho, Tiago Valente, Fábio Paim e William.
Treinador: José Mota.

Disciplina: cartão amarelo a Kiko (51m), Filipe Anunciação (67m), Paulo Sousa (85m) e Mangualde (86m).

Golos: Lisandro (45m e 53m) e Mariano (90m).

Uma noite cheia de magia argentina… 3 golos (Lisandro a bisar pela 6ª vez esta época e Mariano a fechar, marcando o seu primeiro golo de azul-e-branco); 2 assistências para golo (Lucho e Farias) e 2 bolas nos postes (Farias e Lisandro). E assim, lá vamos caminhando com os «paços» bem afinados a caminho do TRI.

Para este jogo, e depois do jogo a meio da semana em Gelsenkirchen, o Prof. Jesualdo Ferreira procedeu a três alterações no onze titular, com as saídas de Fucile, João Paulo e Quaresma (não convocado devido a problema físico) para as entradas de Cech, Bosingwa e Tarik… um onze de alguma forma, muito suspeito e já esperado pela grande maioria do adeptos.

Com uma entrada forte e pressionante em jogo por parte do FC Porto, sentia-se que o adversário pacense, apesar de algum bom toque de bola a meio-campo, muito dificilmente iria conseguir criar perigo na nossa defensiva, ocorrendo o oposto do lado dos da casa. Com relativa velocidade de circulação de bola e consequente posse de bola, o FC Porto ia conseguindo a cada minuto que passava, encostar os pacences à sua defensiva, começando bem cedo a surgirem lances de perigo na defensiva adversária.

Evitando afunilar o jogo, em muitas das vezes, a bola era endossada normalmente para Tarik, estando na direita ou na esquerda, procurando dessa forma os cruzamentos para o interior da área onde estava Farias (cada vez mais solto da pressão em vestir esta camisola) e por lá também vagueava sem poiso certo, o suspeito do costume, um tal de Lisandro que a cada jogo que passa, cada vez mais confirma a sua extrema importância e utilidade em prol da equipa, em suma, um jogador incansável e fabuloso, que dá gosto acarinhar.

Quando já se sentia alguma resignação nas bancadas pelo nulo em cima do intervalo, Raul Meireles recupera uma bola a meio campo, endossa-a a Lucho que magistralmente desmarca Lisandro no interior da área, onde à saída do guarda-redes Pessanha, apenas se limitou a colocar a bola por baixo do corpo e inaugurando marcador em 1-0 para o FC Porto, estavam decorridos 45 minutos de jogo.

Com a chegada do intervalo, a 2ª parte iniciou-se do mesmo modo com o FC Porto na mó de cima, mas desta vez, ainda mais, muito mais pressionante na procura da bola e na simplificação de processos para colocar a bola junto da baliza adversária, sempre na busca de ampliação do resultado.

Fruto deste forcing, Lisandro bisa na partida aos 53 minutos de jogo, fazendo o 2-0 à boca da baliza, após um passe açucarado de Farias para o interior da área, depois de romper pela lateral direita.

Mesmo depois do 2-0, o FC Porto nunca deixou de procurar a baliza adversaria, continuando a assistir-se a um jogo de sentido único, onde os lances de perigo junto da baliza de Pessanha surgiam a um ritmo frenético… era bolas nos postes, era perdidas escandalosas depois de estarem isolados, era uma perna, era um desvio… tudo isto ia acontecendo para sorte dos pacenses e pura falta de sorte do FC Porto, que hoje, esteve perto, muito perto de inflingir uma derrota bem pesada ao adversário.

Já em tempo de compensações, decorria o 1º minuto dos 3 de compensação dados pelo árbitro, aos 91 minutos, o FC Porto chega aos 3-0 por Mariano González depois de lançado por Lucho, rematando cruzado e sem hipóteses de defesa para Pessanha. Era o 1º golo com a camisola do FC Porto vestida, e quem sabe, o tónico que faltava a mais este argentino do plantel para que doravante, com maior tranquilidade, possa mostrar-nos todas as suas qualidades, que acredito as possa ter, mas que até hoje, não são mais do que uma miragem para cada um de nós.

E assim chegou o jogo ao final, com uma vitória justa e concludente de 3-0 perante uma equipa pacense que a determinada altura a parecer querer jogar o jogo pelo jogo, esteve muito perto de ser goleada, muito perto mesmo.

Para finalizar, e sem querer ser justificação, desculpa ou recado para quem quer que seja, era mesmo só para lembrar que afinal, mesmo sem o mágico Quaresma, o FC Porto também sabe vencer e concerteza o continuará a fazer, sejam eles «fazedores de opinião» ou os habituais «profetas da desgraça» que por cá vegetam.

azul + : Lisandro (VIPortista), Farias, Lucho, Paulo Assunção e Bosingwa.

azul - : Tarik apenas e só pela falta de eficácia em frente da baliza.

arbitragem: Paulo Costa (Porto), João Santos e Nuno Manso. Arbitragem tranquila sem grandes incompetências de relevo, senão para duas situações distintas. Ainda na 1ª parte, não mandou parar o jogo para assistir Paulo Sousa… na 2ª parte, manteve o critério para a assistência a Raul Meireles. Por fim, não sei se era o “João”, se era o “Manso”, mas o assistente do lado dos bancos de suplentes, durante a 2ª metade, ou era cego, ou via mal … ou não sabia mesmo o que estava ali a fazer, já que permanentemente ajuizava lances ao contrário e sempre em desfavor do mesmo: os da casa!















Prá frente é que é o caminho!!

Vimos de uma derrota, que pelo menos eu não estava à espera. Embora o passado não passe disso mesmo, não nos podemos esquecer dos erros antes cometidos de maneira a melhorar no futuro. E é mesmo isso que espero que a nossa equipa faça.

Espero uma equipa que lute, que sue, que corra, que chore, que rasgue, que rebente, uma equipa que jogue como se não houvesse amanhã. Porque artistas melhores que os nossos, há poucos no mundo. E é por isso que com esforço e dedicação conquistaremos mais 3 pontos rumo ao Tri.

Se fosse o Jesualdo Ferreira faria umas alteraçõezitas. Helton continuava na baliza, e a dupla de centrais continuava a ser Bruno Alves, Pedro Emanuel, mas para a direita já entrava Bosingwa (que é uma máquina de atacar e defender) e na esquerda mantinha-se o Fucile (mas o que conheço, não aquele de Gelsenkirchen).

No meio continuava o trio maravilha, Raul Meireles, Lucho Gonzalez e Paulo Assunção. Se estes três funcionarem bem, temos espectáculo garantido.

E na frente optava por Tarik de um lado, Lisandro do outro e Farías a ponta de lança, e que estejam como é costume, que se assim for não teremos grandes problemas.

Força, motivação e vamos a eles!!!

Um abraço,
Tiago Teixeira

22 fevereiro, 2008

Em horário nobre... mais uma lição de «borla»!!

Pinto da Costa esteve esta noite no Jornal da Noite da SIC, onde passou em revista a actualidade, falando não só do actual momento da equipa portista como também da problemática relativa ao processo Apito Dourado, não hesitando em considerar Luís Filipe Vieira como um "inimigo".

"Não tenho relações com Vieira, nem admito vir a ter. É óbvio que é um inimigo. Já foi dito em tribunal que houve contactos, que houve alterações no livro. A própria escritora assumiu que o que escreveu não foi o que saiu", lembrou o líder portista, referindo-se à publicação de Carolina Salgado e ressalvando que não podia dizer tudo aquilo que pensa.

O presidente do FC Porto recordou, no entanto, que os seus processos foram todos arquivados, "porque eram coisas que se não fosse um assunto sério davam para rir", e que "só foram abertos com base do tal livro". "O original está em sitio seguro. Uma senhora jornalista alterou-o e provaremos tudo isso", garantiu, deixando acusações a Saldanha Sanches, marido da procuradora Maria José Morgado, e admitindo que está a ser perseguido.

Apesar de não considerar que o Ministério Público funcione como a PIDE, o responsável máximo dos dragões não deixa de achar "estranho que o Procurador Geral da República diga que não sabe se tem o telefone sob escuta" e defende que Maria José Morgado fez, neste caso, uma "acusação com pressupostos que não são verdadeiros".

Relativamente ao caso da agressão a Ricardo Bexiga, Pinto da Costa referiu que não ficou aliviado com o arquivamento do processo, que considera uma anormalidade. "Eu nem sequer o conheço. Ele nunca teve nada a ver com desporto nem eu com a sua actividade profissional. Sou apresentado como mentor de uma agressão e isso a a mim repugna-me. Mas mesmo que fosse capaz de fazer isso, não o faria a um individuo com o qual não tenho nada a ver", lembrou.

"A Carolina diz que o fez. Assume que contratou mas o processo é arquivado porque o depoimento de Carolina é insuficiente para sustentar a acusação. Mas ou é verdade, e não pode passar impune, ou é mentira, e que credibilidade é que ela tem?", acrescentou, referindo-se à ex-companheira como uma pessoa com quem eu viveu, mas com quem deixou de viver e que "só até certo ponto" ficou surpreendido que as acusações que lhe foram feitas por ela.

Quanto aos três casos ainda em investigação, Pinto da Costa espera não cheguem a tribunal. "Já tinham sido arquivados. Têm milhares de horas e não têm gravação nenhuma comigo e com árbitros. Confio na justiça mas não pode é haver dois pesos e duas medidas. Não pode haver uma testemunha que é credivel quando acusa mas não quando confessa", concluiu.

Incompreensível…

É com algum desalento que esta semana escrevo este artigo. Estou realmente muito triste pelo facto do FC Porto ter perdido na passada terça-feira. Sei que há grandes hipóteses de ainda se resolver esta falha, mas estaríamos muito melhor se tivéssemos conseguido uma vitória!

No entanto pergunto-me: perdeu porquê? Falta de sorte? Nervosismo? Ou as más tácticas de Jesualdo Ferreira?... haverá um pouco de todas elas, mas creio que o Prof. Jesualdo Ferreira teve algumas culpas no cartório.

Entristece-me que ele invente esquemas em jogos como estes?! Será que ele não teve tempo suficiente para ver qual a melhor táctica a aplicar em jogos complicados? Não o percebo?!

E uma coisa que me deixou ainda mais irritada com o nosso Mister foi o facto de fazer uma substituição aos 84m de jogo! Como é que uma equipa que está a perder, queima tempo com uma substituição a 6 minutos do fim? Não entendo! Quer dizer… deve ter sido para não correrem o risco de sofrer mais um golo, só pode!

Quantas e quantas vezes me pergunto se Jesualdo Ferreira é treinador para o FC Porto? Será que com a equipa que temos, com os fantásticos jogadores que temos, não merecíamos um treinador à altura? Um treinador que lutasse pelos bons resultados?

Confesso que nunca gostei do Mourinho, pela sua arrogância e pela sua postura, mas é um excelente treinador! Com ele, conseguimos tudo e mais alguma coisa. Com esta equipa, e um treinador como o Mourinho, não tínhamos de ter receio de nada, nem de ninguém!

Parece que estamos a jogar única e simplesmente para o campeonato nacional e o resto vem por acréscimo.

Somos a única equipa portuguesa a estar presentes na Liga dos Campeões. Será que não devíamos mostrar ainda mais o nosso valor? Será que não devíamos mostrar toda a nossa garra?

Temos EXCELENTES jogadores! Temos uma equipa ESPECTACULAR! O que nos falta? Um treinador! Um treinador com vontade de vencer! Um treinador com sede de ganhar! Ao nosso mister, parece faltar vontade de vencer! Espero que tenha aprendido a lição com o jogo de terça-feira.

Aguardo que no Estádio do Dragão, no dia 5 de Março, as coisas sejam bem diferentes, que haja uma atitude fora de série e que mostremos a tudo e a todos, AS GARRAS DO DRAGÃO!!

Saudações azuis e brancas e até para a semana!
Sodani

[notas dos administrador]

ps1 - Invariavelmente, os êxitos do FC Porto continuam a ser
reconhecidos lá fora... cá dentro, onde impera apenas a inveja e a medíocridade, é (quase) impossivel que tal venha algum dia a acontecer... azar o deles, perante a nossa indiferença!

ps2 - Guilherme Aguiar em grande estilo na
entrevista concedidada aos enc(o)rnados do Correio da Manhã... muito melhor do que em «voz» no tal formato dos «3 estarolas» à 2ª feira na SIC Noticias (noticia raptada sem autorização do blog BiCampeões do Mundo).

ps3 - a não perder esta noite, no Jornal da Noite na SIC, pelas 20 horas, a
entrevista ao nosso Mítico Presidente, Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa!! (noticia raptada sem autorização do blog Sou Portista com Orgulho).

21 fevereiro, 2008

Não se deve voltar a um local onde já fomos felizes...

Não sei onde ouvi a frase. Provavelmente numa daquelas canções pop, cantadas de forma lânguida, debitadas incessantemente por rádios um pouco por todo o Mundo. “Não se deve voltar a um sítio onde já fomos felizes…”

Curiosos mecanismos cerebrais que nos fazem recordar, no meio de um jogo importante, frases soltas ouvidas algures. E o cérebro incapaz de deixar de trautear a letra, numa cadência premonitória. “Não se deve voltar a um sítio onde já fomos felizes…”

Pois não, apeteceu-me gritar no final do jogo correspondente aos oitavos-de-final da Champions. Mas as imposições do sorteio assim o ditaram. Gelsenkirchen, cidade fabril alemã, terra de mineiros, ficará para sempre associada a uma das maiores conquistas do Porto. Por ironia do Destino, poderá também ficar nefastamente ligada ao descalabro azul e branco na conquista da Europa, sonho esse acalentado meses a fio por fiéis adeptos [há que bater três vezes na madeira, para espantar o agoiro] …

Depois de desbaratarem as hordas turcas, de terem esgrimido argumentos com os bárbaros ingleses e travado as invasões francesas, os guerreiros azuis e brancos, assim apelidados pelo “general” Jesualdo, marcharam para longe, para a longínqua terra de teutões, onde os bávaros do Schalke constituíam um desafio titânico.

Regressando a um local de culto, terra santificada na cruzada anterior, onde o General Special One tinha levado os Invictos a uma vitória histórica, foi com a serenidade espelhada no rosto que os experientes gladiadores portistas se prepararam para o desafio.

O balde de água gelada, correspondente ao golo alemão, refreou ânimos, estilhaçou sonhos e aumentou exponencialmente a ansiedade. Nada está perdido. A eliminatória, previsivelmente equilibrada, será decidida no Estádio do Dragão. Lá, amparados por milhares de vozes que não se calarão, pisando o solo sagrado, já calcorreado por outros heróis de azul, em noites de glória frescas na memória, os atletas portistas terão que ser apenas eles próprios. Bastará isso e uma ligeira aragem da Fortuna para que a passagem aos quartos seja selada com uma exibição de gala.

Convenhamos: o que se assistiu na Auf Schalke Arena foi suficiente, apesar da derrota, para ficarmos optimistas. Somos melhores. Teremos que prová-lo dentro das quatro linhas, o que será feito, desde que a ansiedade não tolha a magia dos nossos artistas. Basta seguir o exemplo de raça e empenho dado por Pedro Emanuel, enorme coração na defesa, uma raça indomável em todas as situações.

Para reflexão futura ficam as patentes fragilidades demonstradas sempre que algum dos "peso-pesados" da equipa não joga [neste caso Bosingwa], a morosidade das mexidas introduzidas por Jesualdo e a incapacidade [mais uma vez] de conseguir anular uma desvantagem. Tem sido esta a sina do Dragão, ao longo da temporada.

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Viajar pela Europa abre horizontes, mostra novos mundos e acorda-nos para uma realidade diametralmente oposta à do País de origem. Mas tem um senão. O regresso a solo pátrio. E ao ar bafiento que se sente, mal o Atlântico se deixa vislumbrar pelas janelas do avião. É como se existissem duas realidades, com Portugal a representar um regresso ao passado, a um Mundo ainda por evoluir. Por aqui, tudo parece imutável, semana após semana. Tal como na Superliga. Jornadas idênticas, numa monotonia que vai imperando, transtornando uns, agraciando outros, numa espécie de dicotomia entre o bem e o mal.

De um dos lados da barricada, habitam uns seres mirrados, transportando aos ombros o pesado fardo da inveja, com a mesquinhez a transformá-los em personagens azedas e odiosas. O fim-de-semana, altura propícia para a descontracção, trouxe-os de novo à ribalta. Vozes inflamadas, clamando por sumaríssimos a jogadores do Porto, numa mostra de que os triunfos dos azuis e brancos provocam sempre uma digestão difícil aos seus inimigos.

As capas dos jornais, essas, continuam na onda do revivalismo, com o vermelho monocromático a merecer as honras de ser cor predominante nas primeiras páginas. Cânticos e hossanas às novas “vedetas” da Luz, mesmo que joguem míseros 5 minutos. Pelo caminho, a ética e deontologia, aliadas à imparcialidade que sempre deveria nortear o caminho profissional de qualquer jornalista que se preze, são “esquecidas”.

E esses “esquecimentos” evitam que, para memória futura, se fale dos lançamentos de linha lateral irregularmente cobrados pelo camaronês com o penteado mais ridículo de todos os tempos, ou de mais uma penalidade sonegada, caprichosamente, aos adversários dos encarnados. Desta feita, nenhum pressuroso repórter intrépido colocou um microfone a jeito, junto de Aprígio Santos, presidente da Naval, para que a indignação deste com a “badalhoquice” do costume tivesse eco nacional. E assim, paulatinamente, se branqueia mais uma jornada onde os pretensos grandes de Lisboa foram carinhosamente aconchegados no colinho do costume.

O cheiro a bafio continua…e a “badalhoquice” também!!

nota: Alguém disse uma vez que os elogios, como todas as coisas verdadeiramente preciosas, devem o respectivo valor à sua escassez. Portugal prova isso mesmo. A ausência de elogios ao FC Porto é, sem dúvida, a nossa medalha mais valiosa.

[nova actualização] [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com upload de 2 novas imagens (total: 202 slides)… passem por lá para confirmar, não custa nada! Só tens que clicar no banner respectivo logo ali acima.

Último segundo fatal!



FC Porto, 33 - SL Benfica, 33
- Liga Portuguesa de Andebol, 21ª Jornada -
1º ABC (54 pts, 20 jgs), 2º Benfica (46 pts, 19 jgs), 3º FC Porto (46 pts, 19 jgs).

Desalento, frustração e revolta foi tudo o que senti no segundo final da partida de ontem à noite no Pavilhão de Santo Tirso a que assisti ao vivo. O FC Porto não se pode queixar de falta de apoio... nós, os adeptos, fizemos tudo o que nos era possível.

O jogo começou bem para os Dragões (7-3), mas, como habitualmente nos últimos jogos, a equipa desconcentrou-se e foi para o intervalo a perder por 19-18, numa partida onde se defendeu muito mal. Na 2ª metade, estivemos a ganhar por 3 golos com Bosko e Filipe Mota em bom plano, mas na ponta final, o equilíbrio voltou e o Benfica chegou mesmo a liderar por 1 golo.

Nos últimos minutos com Ricardo Moreira (melhor marcador com 7 golos) e Tiago Rocha em grande, o FC Porto chega aos 33-31 e o pavilhão em êxtase já canta vitória. No ataque seguinte, os árbitros permitem jogo passivo ao Benfica que a muito custo reduz para 33-32. Logo de imediato, e sem qualquer justificação, levantam o braço para assinalar jogo passivo ao FC Porto, obrigando a um remate em desespero sem sucesso. Depois o Benfica perde a bola, mas é-lhes assinalada uma falta a favor, e com os jogadores do FC Porto completamente desconcentrados, permitem a 1 segundo do fim que Rui Silva empate o jogo de 9 metros e sem qualquer oposição.

Uma equipa que quer ser campeã, não pode sofrer golos destes... as desconcentrações pagam-se caro. Da arbitragem devo dizer que na parte final demonstraram ao que vinham, para azar do FC Porto.

Não me lembro de sair de Santo Tirso tão desanimado, como ontem. Com este empate e a 1 ronda do fim da fase regular, FC Porto e Benfica têm os mesmos pontos, mas o 2º lugar é dos Lisboetas. Na última ronda (domingo 18h), o FC Porto vai a Águas Santas e tem que ganhar e esperar uma escorregadela do Benfica em casa diante do Madeira SAD. Se tudo correr normalmente, o Porto ficará em 3º e nas meias finais a vantagem do factor casa será do Benfica.

O ABC é que parece jogar noutro campeonato, tal como o FC Porto em hóquei que ontem somou mais uma vitória: 4-1 em Alenquer.

20 fevereiro, 2008

45 minutos fatais...

Liga dos Campeões, 1/8 final – 1ª mão
19 de Fevereiro de 2008
Arena Auf Schalke, em Gelsenkirchen, Alemanha
Assistência: --- espectadores

Shalke 04: Neuer; Rafinha, Bordon «cap.», Krstajic e Westermann; Jones, Ernst, Rakitic (Grossmuller, 76m) e Kobiashvili; Asamoah (Altintop, 80m) e Kuranyi (Vicente Sanchez, 89m).
Não utilizados: Schober, Varela, Lovenkrands e Howedes.
Treinador: Mirko Slomka.

FC Porto: Helton; João Paulo, Pedro Emanuel «cap.», Bruno Alves e Fucile (Mariano Gonzalez, 85m); Paulo Assunção, Lucho González e Raul Meireles; Lisandro Lopez, Farías (Tarik, 56m) e Quaresma.
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Cech, Hélder Barbosa e Kazmierczak.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Disciplina: Cartão amarelo a Jones (45m), Ernst (68m) e Grossmuller (84m).

Golos: Kuranyi (4m).

Tremenda desilusão no regresso ao Arena AufSchalke, onde há 4 anos atrás, era tudo sorriso largo e sonhos realizados… desta vez, ainda o ponteiro do relógio apontava para os 4 minutos de jogo, caímos na realidade por obra e graça de Kuranyi, com o desfecho final a manter-se numa derrota por 1-0, que tem tanto de expectativas para a 2ª mão no próximo dia 5 de Março em pleno Estádio do Dragão… como de extremamente perigosa, dada a falta de golos em relvado alheio.

Ainda que (mais uma vez!!) se tenham dado de avanço os primeiros 45 minutos, os segundos foram bem diferentes e de sentido único, com o FC Porto sempre em busca do prejuízo, conseguindo a espaços largos o claro e total domínio do jogo, onde até seria talvez justo uma igualdade, mas como sempre no futebol: quem não marca, arrisca-se a perder… e foi isso que nos aconteceu esta noite.

Com entrada directa no onze inicial por parte de João Paulo (lateral direito), o Prof. Jesualdo Ferreira preparou uma meia-surpresa, que verdade seja dita, não foi por ali, nem tão pouco ao longo do jogo, que atingimos este resultado negativo. Foi algo mais que mais para a frente explicarei.

O jogo iniciou-se com uma natural pressão e velocidade por parte dos da casa, em boa parte, e ao longo de todos os primeiros 45 minutos, muito ajudados pela entrada nervosa em jogo do FC Porto que tardava em encontrar-se… e foi no meio deste descalabro posicional que logo aos 4 minutos, Kuranyi inaugura o marcador e faz o 1-0, depois de, e que me desculpem os «defensores da causa», mais uma infantilidade de Hélton que qual principiante ou juvenil, desvia um remate lateral para o interior da área, facilitando em demasia o trabalho do avançado contrário, mesmo com a oposição de Paulo Assunção.

Nesta altura, e porque se continuava a ver o FC Porto completamente desposicionado em campo, com os sectores completamente distantes uns dos outros, onde não existia nenhuma pressão ao portador da bola, temi o pior para o que iria acontecer nos próximos minutos e lá fomos assistindo a jogada atrás de jogada por parte dos da casa, que mesmo não criando grande perigo, eram donos e senhores do jogo.

Por volta dos 20/25 minutos, o meio campo do FC Porto começou a afinar as marcações e ficou ligeiramente por cima no jogo, ainda que sem criar qualquer jogada de perigo para a baliza contrária. Até ao apito para intervalo, apenas um lance de perigo protagonizado por Raul Meireles que depois de assistido em esforço por Faria (hoje completamente secado pela defensiva contrária), quase conseguiu introduzir a bola na baliza adversária, jogada cortada na hora H por um dos defesas.

Para os segundos 45 minutos, esperava-se um FC Porto diferente, posso até dizê-lo, completamente diferente, porque o até ali visto, era uma sombra do que todos nós lhe reconhecemos. Se isso era esperado, rapidamente se percebeu que tudo estava diferente, conseguindo desta vez, gerir muito bem a posse de bola, mas convém não esquecê-lo, em parte também facilitado pelo adversário que nitidamente sabia ao que estava ali a fazer, ou seja, para jogar em contra-ataque.

Sempre com o FC Porto por cima no jogo, mas continuando a não conseguir furar a muralha defensiva adversária, lá fomos conseguindo empurrar os sectores adversários para a zona defensiva, onde por esta altura, a falta de ambição era já quase nula e havia que guardar esse resultado positivo, desse por onde desse.

Na entrada para os últimos 10 minutos, Lisandro em esforço, desperdiça a melhor oportunidade de jogo por parte do FC Porto, depois de assistido por Quaresma, não consegue encostar o pé na bola da melhor forma, vendo-a passar ao lado do poste esquerdo do guardião alemão. Estávamos a assistir por esta altura, ao melhor período por parte do FC Porto.

Até ao apito final, tentou-se de toda e qualquer maneira a obtenção de um golo, que para além de empatar a partida e trazer alguma justiça ao resultado final, seria de uma importância extrema já que era apontada em relvado alheio e sabemos bem o quão valioso são estes golos nos jogos a eliminar.

Infelizmente, o apito final chegou sem que se tenha conseguido o tão ambicionado golo do empate, com a certeza que apesar do perigo do próprio resultado (caso venhamos a sofrer um golo em casa), está tudo em aberto para o jogo da 2ª mão, a realizar no Estádio do Dragão, dentro de 15 dias (05 de Março, 19:45), e se preciso for, é ir para cima deles sem dó nem piedade... esta é a hora de «encher» o nosso Palco dos Sonhos e levar ao colinho os «nossos meninos» de azul-e-branco «à Porto» vestidos para os 1/4 de final da Liga dos Campeões... mai'nada!!

azul + : Raul Meireles (VIPortista), Lisandro, Paulo Assunção e Pedro Emanuel.

azul - : Hélton, Fucile, Quaresma e Farias.

arbitragem: Laurent Duhamel (França), Stéphane Duhamel e Christoph Capelli. Uma arbitragem tranquila, com um pequeno senão: Asamoah distribuiu «fruta» por tudo quanto era lado, eram faltas ofensivas, defensivas, cotoveladas, mão na bola… no final? folha limpa!!

O espírito de Gelsenlkirchen

‘Nortada' do Miguel Sousa Tavares

Tenho muitas esperanças para logo à noite. Vejo que Jesualdo Ferreira soube planear as coisas como deve de ser e trouxe a equipa até aqui, até este momento decisivo, no apogeu da sua força física e anímica.

1 - Custa a crer que já passaram quase quatros anos desde que tomei o meu lugar na bancada do Arena auf Schalke, onde logo à noite o FC Porto regressa para tentar manter vivo o sonho da reedição dessa inesquecível jornada europeia que pela segunda vez tornou o clube da Invicta o campeão da Europa. Lembro-me como se fosse hoje. Dias antes tínhamos perdido no Jamor a final da Taça para o Benfica de Camacho (o único título que o espanhol conquistou em toda a sua carreira de treinador), evitando que o FC Porto pudesse fazer nessa época o pleno absoluto: Campeonato, Taça, Supertaça, Liga dos Campeões. Mas foi um jogo muito mal perdido, com uma arbitragem à maneira de Lucílio Baptista, que levaria Mourinho a exclamar, no final, que não sabia se aquele árbitro o perseguia a ele ou ao FC Porto. Era ao FC Porto, conforme o seu historial há muito documentara: a sua dualidade de critérios disciplinares nessa final conseguiu pôr o Porto a jogar durante mais de uma hora com um a menos. Mas nem isso travou os dragões: com um Deco inspiradissimo, o FC Porto encostou os onze do Benfica lá atrás e massacrou-os o jogo inteiro, acabando por perder num erro do suplente de Baía. Foi um desfecho injustíssimo e uma derrota que custou muito aceitar e digerir.

Como todos os adeptos, temi que essa derrota tão injusta pudesse afectar a equipa para a final com o Mónaco. Mas, felizmente, os temores não se confirmaram: esse génio indisciplinado que era o Carlos Alberto tratou de pôr o Porto em vantagem antes ainda do intervalo e, na segunda parte, o Alenitchev e o Deco deram cabo do Mónaco, só não chegando nós aos 4-0 porque o árbitro fez vista grossísima a uma grande penalidade flagrante sobre o Deco. Que grande equipa, de que já não resta ninguém!

Lembro-me também de pensar, durante o jogo, que o dono daquele magnífico estádio, o Schalke 04, bem que gostaria de estar ali em campo, a disputar a final da mais prestigiada competição de clubes em todo o planeta, em lugar de figurar apenas como anfitreão da final. E, com a vitória consumada, na euforia da saída do estádio, lembro-me de pensar que talvez nunca mais, em tempo da minha vida, eu pudesse ver um clube português campeão da Europa. Porque a Champions não é a antiga Taça dos Campeões Europeus, que FC Porto e Benfica também conquistaram. Aqui não há sorteios totalmente aliatórios nem apenas uma equipa campeã por país, permitindo chegar longe na competição afastando, por exemplo, os campeões de Chipre ou da Dinamarca, como sucedia na Taça dos Campeões. Pois, logo à noite, o Schalke tem hipótese de mostrar à Europa que não tem apenas um belo estádio, mas também a pretensão de integrar o restrito clube dos melhores do continente; e o FC Porto tem hipótese de mostrar que a reedição do sonho pode, afinal, não ser assim tão impossível, um dia ou um ano destes.

E, se querem que vos diga, com toda a franqueza, tenho muitas esperanças para logo à noite. Vejo que Jesualdo Ferreira soube planear as coisas como deve de ser e trouxe a equipa até aqui, até este momento decisivo, no apogeu da sua força física e anímica. O FC Porto está mais do que preparado para a importância deste jogo e desta fase determinante da temporada, com o título nacional já brilhantemente enrolado no bolso e as meias-finais da Taça apenas a um pequeno passo (e aqui, sem grande esforço, diga-se de passagem). Sente-se que, mesmo que a noite possa correr muito mal, que a sorte vire as costas, a equipa não sucumbirá à fraqueza ou ao medo. Aqui entre nós, e lamento dizê-lo mas a crítica é isto mesmo, só temo uma coisa: a tremideira do Helton na baliza. Se isso não acontecer, e oxalá que não, não é o Schalke que vai reduzir o FC Porto a uma equipa banal, em termos europeus. Mas, atenção: também é preciso que Jesualdo não resolva inventar, movido pelo medo. Que deixe a equipa jogar no seu 4x3x3 habitual e que não os impeça de atacar como deve de ser a baliza do Schalke.

2 - Não deve ser fácil, em termos pessoais e profissionais, ter sido treinador da Selecção do Brasil e, anos depois, ser treinador de uma equipa do meio da tabela do campeonato português, como o Marítimo. É preciso, pois, entender a frustração de Sebastião Lazaroni, após a demolidora derrota por 0-3, em casa, contra o FC Porto. Compreende-se a frustração, mas ela não justifica tamanha «falsificação» factual relativamente à arbitragem do jogo e, pior ainda, a tão gasta tentativa de justificar com a arbitragem uma derrota que traduziu apenas a imensa superioridade, colectiva e individual, de que o FC Porto deu mostras em todo o jogo, com excepção de 15 minutos na primeira parte. De facto, Pedro Henriques confirmou, uma vez mais, que é um sério candidato à sucessão de Lucílio Baptista (como este foi à de Carlos Valente) na ilustre linhagem de árbitros que acham que o caminho da isenção e do prestígio consiste em arbitrar sempre contra o FC Porto. Já no ano passado, Pedro Henriques foi decisivo na vitória do Sporting no Dragão; este ano voltou a ser decisivo na derrota do FC Porto contra o Nacional; e, desta vez, contra o Marítimo, só não foi decisivo porque o FC Porto não lhe deu hipóteses de o ser. Na primeira parte, perdoou um penalty ao Marítimo e perdoou por duas vezes um cartão amarelo a Djalma, que teria feito com que ele fosse para o balneário mais depressa do que acabou por ir. Perdoou também várias faltas evidentes ao Marítimo, ao invés do que fazia de cada vez que um jogador madeirense caía ao chão. A estatística de «A BOLA» diz tudo: o FC Porto teve 7 remates perigosos contra 1 do Marítimo, mas, curiosamente, tendo tido mais de uma hora de ataque constante, foram os jogadores do FC Porto quem, no entender do árbitro, cometeram o grosso das faltas: 23 contra 10, mais do dobro!

De facto, Sebastão Lazaroni e Pedro Henriques deveriam ser condenados pela Liga a verem várias gravações vídeo do jogo até perceberem que eles não são os únicos a assistir aos jogos e todos os outros não são parvos.

3 - Com o regresso do Binya da CAN, o Benfica recuperou aquela que parece ser a mais perigosa, estudada e esperançosa «jogada de ataque» congeminada por Camacho: os lançamentos laterais de Binya para dentro da área adversária. Quem não tem carabina, caça com fisga, quem não consegue atacar com os pés ataca com as mãos…

E agora, que está à vista de todos a forma como Camacho conseguiu desbaratar — e com muito mais meios! — tudo o que de bom Fernando Santos trouxera ao futebol do Benfica, nem admira que um jogador cujo grande talento é lançar a bola à mão ao melhor estilo do futebol americano se torne imprescindível para disfarçar a ausência de tudo o resto. No futebol actual do Benfica salva-se apenas o Rui Costa e nada mais.

Por dever deste ofício, sou obrigado a seguir os jogos do Benfica pela televisão. Com raras excepções, o resultado é invariavelmente o mesmo: adormeço ao fim de dez, quinze minutos. E, quando acordo, no dia seguinte, estão eles à espera de ganhar o campeonato… no tribunal de Gondomar!

4 - O Sporting fez um grande jogo contra o Basileia, que em momentos chegou mesmo a empolgar-me e a dar por mim a torcer pelo Sporting como se fosse o FC Porto (acreditem que não é fácil…). Depois, teve um jogo mesmo à medida dos seus desejos e necessidades contra o Estrela da Amadora, provando que a equipa não tem estaleca para dois jogos bons de seguida. Uma nota: porquê que Paulo Bento insiste em pôr o Polga a cobrar penalties, sem ao menos lhe explicar que um penalty deve ser batido pelo chão e não pelo ar e preferentemente em jeito, enganando o guarda-redes, e não em força?

5 - Sou um tradicionalista: gosto de ver na primeira Liga os clubes que povoam as minhas memórias de infância. Depois de anos a desesperar por ver o Leixões subir cá acima, agora torço para que ele, e a Académica, não desçam. E, na segunda Liga, torci este fim-de-semana para que o Olhanense conseguisse vencer nos Açores. Conseguiu: agora é preciso vencer para a semana em Aveiro e o milagre do regresso do Olhanense à primeira Liga pode começar a desenhar-se no horizonte.

# jornal “A BOLA” de 2008.02.19
# origem: "Futebolar"