30 janeiro, 2017

LAGOSTA OU BITOQUE?


Sejamos completamente honestos: após um início de janeiro catastrófico em que ficamos fora da taça da Liga e em que um empate frente ao Paços de Ferreira alargou imenso a desvantagem em relação à liderança (6 pontos, é muito ponto num campeonato destes), o cenário ameaçava tornar-se terrível e podíamos voltar a um ponto tão habitual nos últimos anos, ou seja, casa demolida, toca a mudar tudo outra vez a meio da época, treinador para a rua, toca a preparar a próxima época imediatamente.

Por muito que nos custe, seria exatamente isso que aconteceria caso não conseguíssemos 9 pontos nos últimos 3 jogos. O campeonato passaria a mera hipótese estatística – aliás, tenho a perfeita convicção que a partir de agora, mais de 4 pontos de diferença para o 1º classificado significa dizer automaticamente adeus ao título de campeão – caso empatássemos um desses últimos jogos, provavelmente entrar-se-ia numa espiral negativa com consequências possivelmente terríveis para o resto da época.

Sejamos novamente sérios, o FC Porto nos últimos 3 jogos arrecadou 9 pontos, marcou 9 golos, alguns deles de bola parada, mas não realizou exibições de encher o olho, muito longe disso. Utilizando uma metáfora gastronómica, nos últimos jogos comemos um bitoque acompanhado de uma dose de batatas fritas e uma coca-cola... foi apenas um bitoque, deu para encher o estômago, mas não foi lagosta acompanhada de caviar e champanhe caro!

É verdade que NES teima em não querer perceber algo muito simples. Independentemente de jogar em 4x1x3x2 ou em 4x3x3, não faz o menor sentido jogar sem jogadores com características de extremos. André André, Oliver e Herrera nunca poderão render encostados às alas, seja num esquema com 2 alas e um ponta-de-lança, seja num esquema com 2 alas no apoio a dois avançados. Corona é um jogador inconstante, Brahimi tem um enorme problema de mentalidade, Otávio tem apenas 21 anos e Kelvin regressou à poucas semanas mas não há volta a dar, temos de jogar sempre com 2 desses 4 jogadores seja em que esquema for. Entregar aos laterais a profundidade da equipa, utilizando um meio-campo com 3 jogadores idênticos em termos de características não funciona, nunca funcionou e provavelmente nunca funcionará. Porque, ao contrário doutras alturas, em que havia Deco, Maniche ou Alenichev (os tais tempos em que comíamos lagosta regada com champanhe semanalmente!), hoje em dia a matéria-prima é o que é. É o que temos!

Por muito que nos custe, e a mim custa-me IMENSO, o FC Porto vem de 3 épocas más. Aliás, 3 épocas muito más, em duas delas (13/14 e 15/16) praticamente nem contamos para o totobola, em meados de fevereiro já estávamos arredados de praticamente tudo, na outra (14/15) com um bom plantel lutamos até ao fim pelo campeonato, mas uma série de fatores, entre eles erros de arbitragem e erros de comunicação próprios (como deixar o treinador só a defender o clube perante o pântano lamacento que é a comunicação social portuguesa) ditou o destino de mais uma época a zeros.

A pergunta que me coloco a mim próprio é: será razoável pedir lagosta com champanhe até ao final do campeonato em vez de um bom bitoque com batata frita e coca-cola? A focalização até ao final da época deve centrar-se sobretudo em ter um nível de eficácia e competência que nos permita arrecadar o máximo de pontos possível, com maior ou menor fulgor exibicional. Sou Portista, mas tenho olhos na cara, o FC Porto não tem um plantel vasto em termos de qualidade, não tem sequer um onze comparável ao que tinha há apenas 4 ou 5 anos, sinceramente, acho que temos até o pior plantel (em termos teóricos) dos últimos 10 ou 15 anos. Se queremos ganhar alguma coisa, o nível de eficácia tem de ser maximizado, ou seja, há que marcar golos no menor número de oportunidades possível e a verdade é que nos últimos 3 jogos, criaram-se poucas oportunidades mas a % de eficácia aumentou muito face ao que se tinha visto até então. Depois, a juntar a isto, há outro fator que inegavelmente o FC Porto de NES tem, capacidade de sacrifício e união do grupo!

Muitas loas se entoaram em relação ao campeão do ano passado. Mas o campeão do ano passado teve no seu principal fator de sucesso algo muito simples: eficácia atacante, marcar 1 golo em meia oportunidade. Quantos e quantos jogos, o campeão do ano passado fez exibições miseráveis e ao minuto 90 lá apareceu jonas ou mitroglu para selar uma vitoria arrancada a ferros? Em alvalade, no jogo que praticamente decidiu o título, que atitude teve o campeão? Marcou um golo cedo, depois baixou o bloco, entregou o meio-campo ao adversário, defendeu, defendeu, defendeu e esperou pelo apito final acantonado à sua área.

É importante que NES corrija alguns erros que tem cometido, como jogar sem extremos, mas sinceramente já estou preparado para assistir a concertos de bombo (e não ópera) e a comer bitoque com batata frita até ao final do campeonato. Não se trata de falta de ambição ou exigência, trata-se de realismo. Tenho a perfeita convicção que se o FC Porto for uma equipa minimamente organizada e sobretudo eficaz ofensivamente poderá pelo menos lutar pelo titulo até ao fim. Não quero ver jogos com 20 ou 30 oportunidades e zero golos, mas se vir eficácia ofensiva e consistência a defender já não é mau. Infelizmente, já não sou o Portista que exige lagosta e ópera, apenas espero que a banda não desafine muito e que o estômago não fique vazio.

PS - Mais um jogo em que a generalidade da critica (até quem nos odeia!) admite que ficou mais um penaltie por marcar a favor do FC Porto... e o que foi marcado apenas se deveu à evidencia do lance, tão evidente, que seria descarado demais não ser assinalado. Continuam os erros, quase sempre no mesmo sentido.

28 janeiro, 2017

VITÓRIA DIFÍCIL, MAS SABOROSA.


ESTORIL-FC PORTO, 1-2

Foi um jogo complicado e difícil para os Dragões que só conseguiram vencer nos últimos 10 minutos de jogo. As opções de Nuno Espírito Santo também não terão sido as melhores ao abdicar de dois extremos e jogando com um meio-campo muito povoado.

NES preferiu André André a titular, deixando no banco Corona e Brahimi, regressado da CAN, ficou também no banco. O onze do FC Porto teve pela frente um Estoril arrojado, determinado a contrariar o jogo do Dragão e a complicar as contas.


Por norma, uma deslocação à Amoreira é sinal de que os azuis e brancos vão ter problemas. Era eu um miúdo e lembro-me que sempre que jogávamos neste campo, perdíamos ou empatávamos. E depois nas Antas, dávamos goleadas de 7 e 8 golos sem resposta.

Não sei porquê e custa-me a perceber, mas há campos em que uma equipa joga, procura a vitória, mas sente imensas dificuldades e noutros em que por norma vence com relativa facilidade. Não muito longe da Amoreira, por exemplo, o FC Porto vence com alguma facilidade: estádio do Bonfim (este ano por acaso empatou com o contributo de um pinheiro qualquer) onde não perde desde 82-83.

O jogo na primeira parte foi muito fraquinho. Jogo muito mastigado, com a bola a andar de pé para pé e sem ideias. Oportunidades de golo não houve nenhuma, apenas uma ou outra ameaça nomeadamente de Danilo e outra de André André.

O Estoril não saía da sua rectaguarda, preocupado em tapar os caminhos para a sua baliza. Só amiúde tentava chegar à baliza de Casillas. Mas sem qualquer registo. Aliás, Kléber quase que nem esteve em campo.


Mas nesta primeira parte, “o apitozinho” fez das suas. Numa clara jogada legal, Diogo Jota foi interrompido pelo árbitro quando seguia isolado para a baliza. Um fora-de-jogo inexistente numa jogada iminente de golo.

Ainda antes do intervalo, NES mexeu na equipa. Fez entrar Brahimi para o lugar de Diogo Jota. Mas o intervalo chegaria sem qualquer efeito prático.

Na segunda parte, os Dragões mostraram raça, vontade, crer e partiram para cima dos estorilistas. Intensificaram-se os assaltos à baliza canarinha. Felipe e André Silva tiveram as suas oportunidades mas o jogo não atava, nem desatava.

Um penalti ficou por marcar logo no início da etapa complementar com um agarrão a André Silva dentro da grande área, mesmo nas barbas do árbitro.

O treinador portista fez dupla substituição. Corona e Rui Pedro entraram para os lugares de Herrera e Óliver e, finalmente, percebeu que não podia superpovoar o meio-campo, abdicando das alas. O jogo teve mais intensidade, mesmo sem ser bem jogado. O Estoril, pelo seu lado, começou a abusar do jogo faltoso.


Mas os cartões começaram a sair. Finalmente!!! A partir daí, o FC Porto pôde acercar-se mais da baliza contrária. Velocidade, intensidade e profundidade é o que se pede a esta equipa mas com as opções certas e jogando com alas. Foram precisos 60 minutos para alguém perceber isto.

Aos 71 minutos, Brahimi isola Rui Pedro mas este fez o golo em fora-de-jogo e alguns minutos mais tarde, o jovem ponta-de-lança rematou com grande perigo por cima da barra.

Dois minutos depois, o árbitro lá marcou grande penalidade, num derrube de Moreira sobre André Silva. O mesmo árbitro que nos apitou em Belém, desta vez fez o que tinha que ser feito. Deve ter tido vergonha.

André Silva não hesitou e abriu o marcador. A 8 minutos do fim, o Dragão respirava de alívio. Logo de seguida, nova grande penalidade sobre Rui Pedro mas o árbitro assinala simulação do jovem dianteiro portista. Incrível!


Não assinalou o árbitro a grande penalidade, decidiu Corona acabar com as dúvidas. Lançado em profundidade, Corona entrou na grande área, sentou um defesa contrário e colocou a bola no fundo das malhas de Moreira. Vitória garantida aos 91 minutos.

Mas ainda antes de terminar e com os canarinhos reduzidos a 10 por expulsão justa de Diakité por ser useiro e vezeiro no jogo faltoso, o Estoril reduziu para 1-2 por Dankler. Estavam decorridos 93 minutos.

O jogo terminaria pouco depois, com os Dragões a colarem-se ao líder, esperando por uma escorregadela na segunda-feira e encontram-se em condições de receber o Sporting no próximo sábado, onde os três pontos poderão definir muito do que resta da competição.

Primeiro porque, vencendo afastam quase irremediavelmente um concorrente e segundo porque ganham um ímpeto para encarar o título, sabendo que, brevemente, o Sporting recebe o Benfica, podendo, posteriormente, decidir muita coisa na Luz, dependendo apenas de si.




DECLARAÇÕES

Nuno: “Satisfeito pelo resultado e orgulhoso pelos três pontos”

Determinação para vencer
“Estou satisfeito pelo resultado e orgulhoso pelos três pontos que conquistámos num campo historicamente difícil para o FC Porto. O Estoril defendeu-se bem, congestionou a zona central do terreno e contrariou o nosso jogo, mas acabámos por ter várias ocasiões e só consentimos três remates. Estou muito satisfeito com o trabalho dos jogadores. Eles quiseram vencer e essa determinação é fundamental para conquistar vitórias.”

Os triunfos que “saltaram” do banco
“São decisões que se tomam, até porque um jogo tem 90 minutos. Temos todos à disposição e isso permite-nos tomar decisões de forma a potenciar os jogadores e a equipa. Todos fizeram um bom trabalho, houve consistência e exigência no trabalho de todos os jogadores, bem como uma forte reação à perda da bola. Isso requer muito trabalho e disponibilidade física e mental. Não permitimos nada ao Estoril. Na segunda parte procurámos mais o golo, porque precisávamos dos três pontos. Estamos mais perto de onde queremos estar, agora é descansar para depois preparar o próximo jogo.”

Missão cumprida
“Fizemos o que nos competia. Queremos continuar a aproximar-nos e colocar pressão em quem vai à frente. Jogar apenas com um ponto de vantagem é sempre diferente, não é a mesma coisa. Vamos ver o que acontece, mas ainda não estamos onde queremos estar.”


Últimos dias do mercado
“Este não é um momento de falar no mercado, mas sim da equipa. De salientar são os três pontos que conquistámos e que são fundamentais para nós.”

Apoio dos adeptos retribuído
“Sentimos o apoio dos nossos adeptos, que fizeram 300 quilómetros para estar aqui, e conseguimos retribuir-lhes com uma vitória, essencial na nossa luta pelo título.”

Arbtiragem
“O golo foi bem anulado e a grande penalidade não deixa dúvidas. Ainda assim, não faz sentido estarmos a insistir nisto. Os árbitros seguramente quererão melhorar o seu desempenho e isso será fundamental para que a competição seja justa.”

O reforço Soares
“O Soares é mais uma opção. Integrou os trabalhos esta semana e não estava disponível para este jogo por razões disciplinares. Temos boas opções.



RESUMO DO JOGO

FUTEBOL É À TARDE.


Quando fazem por isso, também merecem os elogios. À semelhança do que aconteceu no início da época, a liga marcou o dia e a hora dos jogos do campeonato dos próximos dois meses. Assim sim, com a devida antecedência dá para planear as coisas, nomeadamente as deslocações. E mesmo os jogos em casa terão mais gente, pois mesmo quem não vive na cidade do seu Clube, pode com outra tranquilidade organizar-se de forma a estar presente.

Além destas marcações com a devida antecedência, é de salutar o facto de jogarmos várias vezes durante a tarde. É o meu horário preferencial, almoço e uma bela tarde de futebol a apoiar o clube do coração com os amigos. Exemplo disso foi a recepção ao Rio Ave no último Sábado. Uma casa que ultrapassou os 40 mil espectadores. Um jogo difícil mas que todos ajudamos na reviravolta e na conquista dos três pontos. Relvado ainda iluminado pelo sol, na bancada as nossas claques e restantes adeptos incentivaram os nossos jogadores. No sector visitante do Dragão, estive uma animada falange de apoio à equipa de Vila do Conde.

Termina o futebol e começa a maratona das modalidades. Hóquei com o Valongo e basquetebol com o CAB Madeira tiveram os fiéis adeptos nas bancadas do Dragão Caixa a apoiar. Pelo meio jogámos em andebol em Fafe e os portistas daquela zona também compareceram e foram brindados com uma vitória fantástica sobre o apito final.

Chegou mais um fim-de-semana de apoio ao mágico. O futebol joga na mouraria, em terra de infiéis e o povo mais forte lá estará em mais uma demonstração de força, pujança e com o intuito de apoiar mais que 90 minutos. A única coisa que queremos em troca são os três pontos, num terreno tradicionalmente bem complicado para o FC Porto.

São esperados cerca de cinco mil Dragões na Amoreira!!!

Um abraço ultra.

27 janeiro, 2017

26 janeiro, 2017

FOTO MÍSTICA #2 - Pavão [1973]

O FOTO-MÍSTICA é um espaço de registo e divulgação da história do FUTEBOL CLUBE DO PORTO. O objectivo é recordar os seus momentos, os seus valores, os seus princípios, a sua cultura, a sua marca, a sua dimensão, as suas gentes. Numa palavra: a sua MÍSTICA. Todos são convidados a participar nesta viagem. Se pretenderem ver divulgada uma fotografia em especial, podem enviar e-mail para rodalma@hotmail.com.



Época: 1973/1974.
Local: Estádio das Antas, Porto.
Data: 16.12.1973.
Resultado: FC Porto 2 x 0 Vitória de Setúbal.
Aparecem na fotografia: Pavão e Dr. José Santana.
Nenhum dia será tão marcante para o Estádio das Antas e para muitos dos portistas já adolescentes e adultos na década de 70 como aquele 16 de Dezembro de 1973, dia de chuva miúda, a chamada “morrinha” portuense.

Ao minuto 13 da jornada 13 do Campeonato Nacional, defrontavam-se FC Porto e Vitória de Setúbal, Fernando Pascoal Neves – por todos conhecido como Pavão por jogar e driblar com os braços bem abertos – recebe a bola no meio-campo, manda a equipa avançar e, como tantas vezes fizera ao longo da sua (ainda) curta carreira, descobre o melhor seguimento a dar à jogada de ataque. Encontra Oliveira solto no lado direito e endereça-lhe a bola, incentivando “Vai, miúdo!”. Dá um passo em frente e cai inanimado, de bruços, sobre o verde tapete das Antas. Nunca mais se levantaria.

Logo ele que, como depois diria o Dr. José Santana, médico do clube à época, “era homem que não fazia fitas”. Antes da trágica queda, um homem está mais perto de Pavão do que todos os outros. É Octávio Machado, atleta do Vitória de Setúbal de José Maria Pedroto. O natural de Palmela e Rodolfo Reis são os primeiros a acercar-se de Pavão. Vêm o jovem flaviense a revirar os olhos, branco, todo encolhido. Bené deita as mãos à cabeça. Pouco depois chegará também o Dr. José Santana que, apercebendo-se do coma e à falta do desfibrilhador (só chegará ao clube em 1977 por intermédio do Dr. Domingos Gomes), ordena que de imediato se transporte o jogador para o Hospital de São João. A ambulância sai pela Porta da Maratona. A fotografia, podemos ver, revela a urgência e apreensão de todos, desde o médico até aos maqueiros de serviço. De nada servirá. Dentro de 1h30 Pavão já não pertencerá ao mundo dos vivos.

Mas isto é algo que naquele momento ninguém sabe, inclusivé a mulher de Pavão, que assiste a tudo da bancada. Por isso, o jogo continua. Sai Pavão e entra Vieira Nunes para o seu lugar. Chega o intervalo e o mal-estar é evidente, sendo preciso dar ânimo aos jogadores, visivelmente transtornados. Tibi, o guarda-redes portista naquela tarde, relata que lhes disseram nos balneários que “ele estava a melhorar”. A instalação sonora, apercebendo-se também do nervosismo nas bancadas, anuncia aos adeptos que Pavão se encontrava a recuperar. Os jogadores e adeptos são assim poupados das más notícias e, talvez por isso, fazem das tripas coração e conseguem dois golos na 2ª parte, por intermédio de Abel e Marco Aurélio.

Os golos são festejados com o pudor próprio de quem pressente uma desgraça. Não há sorrisos nem cânticos nas Antas que, a pouco e pouco, começam a antecipar uma espécie de cerimónia fúnebre colectiva. A cerca de 10 minutos do fim da partida, um apanha-bolas susurra a Tibi o que todos temiam: “O Pavão morreu”. O mesmo murmúrio começa também a ecoar pelas bancadas. Primeiro baixinho, de forma imperceptível, a medo, como se não fosse verdade. Mas era. Cai sobre as Antas, então, um silêncio ensurdecedor. O FC Porto e o Vitória de Setúbal enfrentam os minutos finais mais penosos de sempre, vagueando pelo relvado sem alma nem objectivo.

À falta de internet, os adeptos socorriam-se então dos rádios portáteis e é desses pequenos aparelhos que lhes chega a confirmação oficial da morte de Pavão. O jogo acaba e os jogadores abraçam-se. A comoção é geral, uma tragédia. Ninguém é capaz de resumir a insignificância do resultado desse dia como o defesa Guedes, afogado em lágrimas: “Meu Deus, como é triste esta grande vitória”. Pedroto, inconsolável, diz que aquele dia 16 de Dezembro é o mais triste da sua vida.

No dia seguinte, o JN titula “Pavão fez um passe e depois morreu”. O DN refere “Octávio em pranto. Pedroto sem voz”. Espreitando pela cortina deste jogo, podemos ver a morte de Pavão como uma dramática machadada no portismo. Estávamos em 1973, no tempo da Outra Senhora, em plena época de jejum de títulos após o já longínquo campeonato de 58/59, quando finalmente Bella Guttman e jogadores da qualidade de Pavão, Rodolfo e Oliveira faziam de novo acreditar na possibilidade de trazer um título para o Norte do País. A eles estava prestes a juntar-se Teófilo Cubillas, um dos melhores do mundo da altura, com apresentação agendada para o dia seguinte a este encontro. O clube recuperava a confiança depois da saída tumultuosa de Pedroto, que em Setúbal mostrava de novo toda a sua mestria e construía um poderosíssimo Vitória.

Mas aquele último passe de Pavão aos 13 minutos, cujo "Vai, miúdo" simboliza a transferência das esperanças do portismo dos anos 70 para os pés de Oliveira, acabou por ceifar pela raiz grande parte das confiança que o clube depositava naquele ano de 1973. E, ironias e coincidências do destino, no banco adversário estava José Maria Pedroto, o homem por quem muitos suspiravam e desejavam ver regressar ao leme dos azuis-e-brancos (Pedroto havia de regressar ao clube 3 anos depois, pela mão de um Pinto da Costa Director do Departamento de Futebol, para construir definitivamente o Porto que dominaria o resto do século XX português).

O resultado final indicava uma vitória para o FC Porto. Mas nunca como aí a derrota do clube fora tão grande, tão avassaladora, tão definitiva. Logo depois do jogo, havia Dale Dover para ver no Pavilhão Américo de Sá num FC Porto x Barreirense. O pavilhão estava cheio, mas só se ouvia o eco da bola laranja a saltar tristemente no taco, como se fossem socos e pancadas secas no coração dos portistas.

A morte de Pavão foi objecto de diversa controvérsia, desde a inexistênca de um desfibrilhador até aos supostos cházinhos mágicos de Bella Guttman, passando pela causa médica (estenose aórtica) e pelo seguro de vida feito pelo próprio algumas semanas antes. Várias hipóteses, muitas conjecturas, poucas confirmações. É nas palavras de Alexandra Neves, filha única de Pavão, que encontramos talvez a solução simples para esta tragédia:

“Um jogador fabuloso que suava a camisola.
Tanto a suou que acabou por morrer com ela vestida”.
Pequeno apontamento biográfico:
Pavão nasceu em Chaves a 12 de Agosto de 1947. Iniciou a carreira no Desportivo de Chaves e foi trazido para o FC Porto por Artur Baeta, a troco de 300 contos. Foi promovido à equipa principal e lançado às feras pelo treinador brasileiro Flávio Costa com apenas 18 anos, num jogo caseiro contra o Benfica, com vitória por 2x0. Rezam as crónicas que terá metido no bolso mais pequeno Mário Coluna, um dos melhores jogadores do adversário. Com Pedroto, um ano depois, Pavão recebeu a braçadeira e foi eleito o dono do meio-campo portista, tornando-se no jogador mais jovem a envergar a braçadeira azul-e-branca. No ano seguinte, conquista a Taça de Portugal no Jamor, diante do Vitória de Setúbal, naquele que foi o único título clube no longo jejum de 19 anos. Fez 12 jogos pela Selecção, estreando-se em Lourenço Marques, frente ao Brasil. Foi o primeiro a ser substituído, pese embora Artur Jorge (então jogador do Benfica), cheio de humildade, ter assumido no fim “substituí o melhor jogador”. Dizia-se naquela altura que o Manchester United de Tommy Docherty namorava o médio portista, a ponto de avançar para uma proposta concreta, o que permitiria a Pavão e à sua mulher custearem as despesas do projecto de um bar na Invicta. Quando morreu tinha 26 anos. Deixou mulher e uma filha.
O FC Porto mandou erguer um busto em homenagem a Pavão, nas Antas, à entrada do antigo Departamento de Futebol. Hoje a estátua encontra-se dentro do Estádio do Dragão, perto da zona de acesso aos balneários.
Passados 10 anos da morte de Pavão, com Pinto da Costa já na presidência, o clube atribuiu uma pensão à família do jogador, de forma a pagar os estudos da sua filha. Pavão repousa no Cemitério de Agramonte, no Mausoléu do FC Porto.

FONTES UTILIZADAS, A QUEM AGRADECEMOS:
  • MaisFutebol
  • Diário de Notícias
  • Jornal de Notícias
  • Futebol Magazine
  • Jornal i
  • O Sol
  • www.paulobizarro.blogspot.com
  • BiBó PoRtO carago!!
  • Reflexão Portista
  • Memória Porto
  • www.foradejogo.net
Rodrigo de Almada Martins













BASQUETEBOL: JOGADOR PORTUGUÊS Vs. JOGADOR ESTRANGEIRO.



Será Xenofobia? Será a defesa do jogador português? Não, é a defesa do centralismo, a defesa do clube do regime!

O clube do regime, de todos os regimes, foi e ainda é o mesmo, no Basquetebol, como no passado e no presente o foi noutras modalidades.

O clube do regime domina, a opinião pública, os “media”, e debaixo da defesa do jogador português “as federações”.

O domínio do clube do regime sempre se baseou, entre outras coisas, pelo domínio oculto dos mercados nacionais e dos mercados próximos, dinheiro nunca faltou, e quanto menor o mercado, maior o domínio do clube do regime, nos tempos da outra senhora, o mercado colonial estava controlado pelo “regime”, só com uma maior liberalização, só com uma maior abertura a diferentes mercados, o nosso clube consegui retirar o domínio do regime sobre os mercados próximos.

O estrangeiro nunca incomodou o DRAGÃO, o estrangeiro permitiu democratizar o desporto nacional, o estrangeiro foi sempre respeitado e admirado no DRAGÃO, Mly, Madjer, Juary, Aloísio, Drulovic, Lucho, Hulk, Falcão, James, Jackson, sempre foram admirados e respeitados, pela qualidade nunca foram descriminados pelo passaporte, mas o Dragão nunca se esqueceu da formação e do desenvolvimento do jogador português.

À comunicação social a quem o poder Dragão sempre incomodou, interessou criar um mito, a defesa do jogador português! Seria assim, não, não era, era mais uma vez a defesa do “regime”.

No Basquetebol, a luta foi e é similar!

À comunicação social, interessa o poder do “regime”, a opinião pública é manipulada, há que defender o jogador nacional…

Não, há que defender o clube que, não sei como, tem sempre rios de dinheiro, há que fechar mercados, mesmo que isso signifique ter o basquetebol português orgulhosamente só, coisa que o “regime” sempre gostou, o regime dominou, durante muitos anos, com poucos americanos, o “regime”, naturalizava e utilizava os estrangeiros com estatuto de portugueses.

O FC Porto, com a visão sábia de alguns, e com o apoio de outros clubes, revoltou-se contra o estado das coisas, e impulsionou a Liga de Clubes de Basquetebol, esta competição aberta, sem grandes constrangimentos de mercado, teve de 1995 a 2008, cinco vencedores diferentes, FC Porto, Ovarense, PT, Estrelas da Avenida e Queluz (sim, não é engano, o “regime” não aparece).

O regime encheu-se de perder, destrói a LCB, e volta a colocar-se como o dominador, da nova LPB e das outras competições federativas! O que há em comum, entre o passado, antes de 1995 e o depois de 2008, pouco, muito pouco, só duas pequenas coisinhas, redução drástica de estrangeiros e o vencedor habitual das provas, desde 2008, só por duas vezes o “regime” não ganhou, o campeonato perdeu qualidade, mas esta(va) tudo bem, defende-se o “clube do regime” (desculpem, defende-se o jogador português).

O FC Porto, defende e nós portistas temos de defender a abertura.

O FC Porto, tem um trabalho meritório na formação, que já dá os seus frutos, veja-se os miúdos que por ai andam na equipa sénior ou à porta, e que nos pode levar a combater o domínio do “regime”, mas e bem, também defende a abertura de mais vagas de estrangeiros, pois só dessa forma se pode combater o “regime”, pois só dessa forma, trabalhando mais tempo com os mais competentes os nossos vão ser melhores, pois só dessa forma o Basquetebol pode ser mais forte.

25 janeiro, 2017

EMBALADOS PELO POLVO... ACORDA!!!


A história recente com Pinto da Costa na presidência, é marcada pelo afrontamento aos poderes centrais, ao benfiquismo primário e ao anti-portismo militante. Desde que passamos de Andrades a Dragões, desde que passamos de Bons Rapazes a Vencedores, passamos a ser o alvo a abater de uma comunicação social subserviente aos senhores da capital que insistem em ignorar e esquecer o resto do país.

Os exemplos ao longo dos tempos são mais do que muitos. Mas, se relativamente a isso não existem grandes novidades, já no que diz respeito à reação do Mundo Portista, existem muitas diferenças. Até há uns anos atrás, os ataques de que éramos alvo, mereciam da nossa parte uma postura de contra-ataque e guerra, sem cedermos ao mal dizer dessa gente, assumindo a união e luta contra eles. Já no presente momento, muitos de nós, dão-lhes ouvidos, reproduzem até alguns dos seus ataques e dão os mesmos como exemplo do estado atual do nosso clube. Em resumo, fazem claramente aquilo que os nossos adversários pretendem.

Se é absolutamente verdade que a mudança de postura atrás enunciada tem um elevado grau de responsabilidade do clube pelo comportamento manso, de comer e calar, de dar um estalo e dar a outra face, de ser roubado e não reagir, se assumir a derrota com naturalidade, de usar fisgas perante canhões, também não é menos verdade que o portista em geral, tem-se deixado embalar por essa campanha descarada e já antiga de nos embalar e adormecer.

Para não recuar muito no tempo, vamo-nos focar no último jogo realizado com o Rio Ave.
A exibição esteve longe do desejado, o resultado e conquista dos 3 pontos foi o mais importante.
No rescaldo do mesmo, os lacaios da capital fizeram os relatos e sublinhados que muito bem entenderam, e mais uma vez, lá fomos nós embaladinhos pelo colinho dos tentáculos do Polvo.
O ênfase esteve numa exibição menos conseguida, golos quase todos de bola parada numa demonstração de dificuldades em construir jogo ofensivo e erros de arbitragem.

Começando pelo fim, falar no pseudo fora-de-jogo de Felipe no 1.º golo - quando à passagem da 6.ª jornada, no jogo em casa frente ao Boavista, fomos brindados com o golo axadrezado em claro fora de jogo, mas, na altura, considerado um lance difícil em que se deve favorecer o ataque - é tão ridículo quanto falar da suposta dualidade de cartões amarelos de Jorge Sousa, árbitro que na época passada o Polvo já tentou acabar com a carreira, à imagem do sucedido com Marco Ferreira. Como exemplos, ao 37m Roderick faz uma falta por trás sobre Corona e não vê amarelo. Não satisfeito, reclama com impropérios e braços no ar, não merecendo ainda assim a amostragem da cartolina, ao contrário de Alex Telles que viu o amarelo também por protestos.

Quanto aos golos de bola parada, vai uma aposta que se acontecesse tudo rigorosamente igual na luz, os títulos seriam: “Laboratório do Seixal conquista 3 pontos” ou “Vitória não dá descanso ás bolas paradas” ou “Bolas paradas são a obsessão de Vitória”?? Mas não no Dragão, pois aqui, os golos de bola parada são sinónimo de incapacidade. E claro que Luisão ou Lindelof seriam os reis: “Para Mourinho ver” ou “Luisão é que manda”... mas, connosco, nem sequer se valoriza o crescimento de Marcano ou o acerto na contratação de Felipe, numa altura de tantas interrogações sobre a política de contratações.

Mas o exemplo mais gritante chegou com os últimos minutos da partida.
Repararam no alinhamento de meio campo e ataque com que terminamos o jogo? Danilo, André André, João Teixeira, Jota, André Silva e Rui Pedro! Uma linha à frente da defesa 100% portuguesa, com 3 jogadores formados no Olival e com uma média de idades de 22,6 anos. Numa fase onde continuo todos os dias a ouvir que ainda não se vêm sinais de inversão de estratégia, em que tanto se critica a falta de aposta na formação e de não existirem jogadores portugueses, estão a imaginar as primeiras páginas de Bola e Record ou a abordagem de Ribeiro Cristovão e Rui Pedro Bráz?? “Vieira impõe os miúdos”, “Fábrica do Seixal dá pontos”, “Vitória só fala em português”, “A Luz lusitana”, “Contratações à Benfica”, “O sonho de LFV torna-se realidade”... bem, iria ser um chorrilho que todos imaginam. Mas, como foi connosco, alguém viu este sublinhado em algum lado? Alguém leu em algum lado o número de portugueses que tem sido aposta de NES? Alguém já se apercebeu de um elogio à nítida mudança de paradigma que todos insistem em não ver?

Meus amigos, eu não sei se vamos ganhar alguma coisa este ano, mas sei que eles estão com medo. Andaram nos últimos meses a atacar o Sporting, mas como os lagartos ficaram para trás, o alvo agora somos novamente nós. Por isso, independentemente das nossas preferências pessoais, que são legítimas, independentemente de gostarmos de A, B ou C, independentemente de concordarmos com isto ou discordamos daquilo, ESTÁ NA HORA DE REMARMOS TODOS PARA O MESMO LADO se de facto queremos mesmo tentar ganhar alguma coisa.
Só juntos e unidos poderemos regressar ao que nos interessa, com um nível de exigência de excelência perante aqueles que nos servem, mas sem fazermos o jogo daqueles que nos odeiam. Temos jornadas pela frente absolutamente decisivas, a começar já por sábado, onde é ganhar ou morrer. Apelo por isso a que todos quantos possam marcar presença na Amoreira, lá estejam a gritar bem alto o nome do nosso Porto, um nome que continua a incomodar tantos energúmenos por esse país fora.

Até sábado, no sítio do costume!

AS NOSSAS MODALIDADES – RESUMO DO FIM DE SEMANA.


JOGO DA SEMANA

No HÓQUEI EM PATINS, depois de uma derrota na Liga Europeia no terreno do FC Barcelona, o FC Porto voltava a entrar em pista, desta vez a nível interno, para retomar o caminho dos triunfos interrompido nas 2 últimas deslocações. Qualquer resultado diferente da vitória, começaria a colocar grande diferença pontual para a liderança, ainda que faltando meio campeonato.

Se a vitória era importante, a equipa entrou focada em conquistar os 3 pontos e aos 9min, 1-0 por Gonçalo Alves a passe de Jorge Silva. Menos de 1min volvido, papéis invertidos e 2-0. A 6min do intervalo, os de Valongo reduziam por guilherme silva. Mas, ainda antes do descanso, 3-1 para o FC Porto pelo suspeito do costume, Gonçalo Alves, golo que abalou os valonguenses.

A 2ª parte foi tranquila para o FC Porto, que ainda conseguiu aumentar a vantagem para 4-1, de novo, por Gonçalo Alves.

Nota negativa, uma vez mais, para a demonstração de ineficácia na concretização de bolas paradas, mas, estou certo que a tendência vai-se inverter a curto prazo.

Se o medo antes da jornada, em caso de não vitória, era ver alargar o fosso para a liderança, o sábado acabou ainda melhor, já que o líder, desfalcado do seu ponta-de-lança do apito, Miguel Guilherme, perdeu em Oliveira de Azeméis, deixando a nossa equipa a depender apenas de si própria para recuperar o ceptro de campeão nacional.

O jogo de Oliveira de Azeméis foi transmitido em canal aberto e assim, todo o país desportivo pode ver o lance entre Jordi Adroher e Jorge Almeida.

No próximo sábado, 19h00, a nossa equipa desloca-se a Riba d’Ave, onde se espera que alcance uma vitória. O líder inicia a sua partida 30 minutos mais tarde, tal como no passado sábado.


AS OUTRAS MODALIDADES

A nossa equipa de ANDEBOL deslocou-se a Fafe e esperava-se um jogo tranquilo. No entanto, quando após o jogo de hóquei em patins me aproximei de uma televisão no Dragão Caixa, a reação era de estupefação, já que a nossa equipa perdia por 10-4. Os poucos minutos a que se pude assistir, ainda dentro do nosso pavilhão, já que alguns dos seguranças empurravam tudo para fora do pavilhão, ignorando que os adeptos estavam a ver outro jogo do FC Porto e não a telenovela, mostravam a equipa demasiado errática.

O intervalo chegava com apenas 1 golo de diferença no marcador, o que deixaria antever uma 2ª parte de sentido único para nos colocar no caminho dos 3 pontos. Apesar dessa natural expetativa, isso nunca aconteceu, e o tempo ia passando com o Fafe na liderança. Eis que, já no último minuto, alcançamos o empate e quando já nada o fazia prever, recuperamos a bola com 24 segundos ainda por se jogar. Ricardo Costa pediu time-out para delinear uma jogada que levou a bola para dentro da baliza fafense com poucos segundos para jogar. A série de vitórias foi, assim, alargada para 20.

O próximo jogo é para a Taça de Portugal, com o ISMAI, sábado, pelas 21h00, no Dragão Caixa.

A equipa de BASQUETEBOL recebeu o CAB Madeira perante um Dragão Caixa a meio gás, tendo entrado focada e interessada em garantir a vitória desde o apito inicial. Assim, chegamos ao fim do 1º período com 6 pontos de vantagem (23-17). O segundo período manteve o ritmo e a vantagem ao fim de 20 minutos era já de 10 pontos (44-34). O 3º período foi um requinte para os que assistiram à partida e o parcial de 28-9 é o reflexo disso. Já o último período, serviu para se dar minutos a todo o plantel.

A melhor notícia para o basquetebol chegou no domingo durante a final distrital de sub-18 ante os do parque das camélias, com a derrota dos comandados de carlos lisboa ante o Illiabum, o que nos deixa sozinhos na liderança e a eles, agora, no 3º lugar.

A nossa equipa volta a entrar em campo no domingo, às 15h, no Barreiro, perante o Galitos.



Abraco,
Delindro

24 janeiro, 2017

BOÇALIDADE.


Aquando do recente FC Porto - Moreirense, foi relativamente unânime no universo portista a opinião de que aquele foi um jogo banal sem grande história, culminado numa simples e fácil vitória por 3-0. Em contra-mão com este estado de espírito, digo que este jogo com o Moreirense deve ser recordado, e bem recordado, de como deveriam ser os jogos caseiros do FCP: fáceis e simples.

Assim o foram durante temporadas a fio, salvo uma ou outra surpresa pontual. Para aqueles que se entediaram contra os de Moreira de Cónegos, nada como um regresso à emoção vertiginosa, como foi o último FC Porto - Rio Ave. Um grande jogo para quem o visse de uma perspetiva externa. Um final feliz para os portistas. Outra vitória em esforço para a equipa do FC Porto. Mais uma entre as muitas desta época. Demasiadas.

O adepto de bancada pode dirigir uma miríade de críticas a NES, a este ou aquele jogador, às decisões tomadas no relvado. Pode ter que se esforçar em refrear a vontade de entrar em campo para distribuir um valente par de sopapos a este ou aquele por mais um punhado de golos cantados falhados. Sim, o adepto de bancada pode ter muitos argumentos a debitar.

Todos, menos um: Fibra!

O FC Porto 2016/17 luta como as grandes equipas do passado. Numa altura que tanto se fala em mística, isto é a sua génese.

Não me parece que o ponto forte de Nuno Espírito Santo seja o de agregador do sentimento Portista. A sua forma de comunicar polida, tão polida que dir-se-ia mesmo esterilizada, não se coaduna com o nosso espírito bairrista e guerreiro. Também não me parece que a leitura de um jogo de futebol seja uma das mais valias deste treinador, onde a insistência em subtrair do decorrer dos jogos o nosso cérebro do meio campo (Óliver), é um mistério que ultrapassa a lógica, e cujo resultado tem sido invariavelmente uma quebra na qualidade exibicional da equipa. Para não referir as debilidades nos movimentos ofensivos da equipa, onde tudo parece mais entregue à inspiração momentânea dos intervenientes, do que à planificação e mecanização de movimentos pré-estabelecidos.

Contudo, entre todas estas lacunas, há um ponto em que o mérito vai em exclusivo para o nosso treinador:
O mérito de ter criado uma Equipa.

Onde quero eu chegar com esta retórica?

Sabe-se que os adeptos vivem dos resultados. Do FC Porto desta época, salvo alguma anomalia - ou surpresa positiva neste mercado de inverno - poderemos fazer já uma antevisão com algum grau de certeza do que será o resto da temporada: raros serão os jogos em que a vitória surja folgada e pachorrenta. Não pela capacidade ofensiva dos nossos adversários, mas sim pela dificuldade quase burocrática que os nossos jogadores apresentam no momento de meter a bola nas redes.

Os próximos 3 jogos para a liga - Estoril, Sporting e Guimarães - requererão todos o melhor Porto. É fulcral obtermos os 9 pontos. Quer pela motivação interna na ultrapassagem dos difíceis obstáculos, um deles absolutamente decisivo na luta pela Champions, quer pela pressão a manter sobre o slb. As vitórias ajudarão sobremaneira a manterem os ânimos despertos. No entanto, se algo correr mal em algum(s) destes jogos, é imperativo que continuemos a apoiar esta equipa. A sua juventude e potencial faz dela o nosso futuro. Não nos esqueçamos disso.

E esperar que mais jogos boçais e pachorrentos ocorram no nosso horizonte. Será sinal que à génese da mística, tenhamos conseguido juntar a experiência dos campeões.


PS. Soares é oficialmente o eleito para acompanhar André Silva e Depoitre no ataque. É um avançado possante, lutador, tem técnica e bom jogo de cabeça. Se é o avançado que o FCP necessita, só o tempo e os golos o dirão. Numa primeira impressão, para um jogador de 26 anos, interessante, mas com um currículo bastante humilde, quase 6 milhões de euros parece-me ser um valor elevado. Faço votos que o justifique.

23 janeiro, 2017

O “PORTISMO DO EXAGERO”.


O “Portismo do exagero” é aquele que extrapola tudo e mais alguma coisa, é aquele que hiperboliza, que empola, que dramatiza, que reduz a cinzas com a mesma velocidade com que põe nos píncaros, é o Portismo que desvaloriza tudo e mais alguma coisa, aquele para o qual nunca nenhum treinador serve, aquele em que raros são os jogadores bons. É o Portismo em que até o tratador da relva, o speaker ou o roupeiro não valem nada quando o resultado é menos bom. Mas é também o Portismo que no inicio da época, enche o peito de ar e pensa que tudo vai ser favas contadas. É o Portismo que vai do 8 ao 80 num ápice, é um Portismo desequilibrado e pouco racional, que anda quase sempre de cabeça perdida. Finalizando, é um Portismo que eu abomino, que detesto e contra o qual irei sempre e lutar.

As responsabilidades do FC Porto estar há 3 anos em seca de títulos não são apenas dos jogadores, treinadores e dirigentes. Há em certa medida (muito inferior que à dos jogadores, treinador e dirigentes, mas ainda assim existente) responsabilidade dos adeptos, sejam eles sócios ou meros simpatizantes. Porque os adeptos são a força motriz e catalisadora de qualquer clube. São os adeptos que elegem os corpos dirigentes, que por sua vez depois gerem o clube em todas as suas vertentes. E são os adeptos que por vezes têm um papel fundamental e importantíssimo no desenrolar de alguns jogos que por vezes decidem campeonatos. Poder-me-ão dizer que o papel dos adeptos é pouco relevante? Sim, é verdade que os adeptos não contratam jogadores, não compõem plantéis, não escolhem treinadores, nem falham penalties ou levam “frangos” mas, reflitam comigo sobre o seguinte: seria possível o FC Porto estar a perder 0-3 no Dragão com o Boavista aos 25 minutos e os adeptos não desatarem aos gritos, insultos, tornando o ambiente irrespirável e beneficiando apenas e só o adversário? Pois, pensem nisso…

Já aqui escrevi várias vezes sobre os erros na constituição do plantel, sobre as minhas enormes reticencias sobre um treinador que não seria seguramente a minha escolha, mas, procuro sempre ser honesto, racional e isento nas minhas análises e, sinceramente, também fico por vezes espantado com a existência de um permanente “Portismo do exagero”.

Foi o “Portismo do exagero” que durante 4 anos diminuiu e desvalorizou os méritos de Jesualdo Ferreira, período durante o qual o FC Porto venceu 3 campeonatos, 2 taças, algumas supertaças e passou sempre a fase de grupos da Champions League, chegando por uma vez aos quartos-final (derrotados por um golo perante o grande Manchester United)... era um futebol que não encantava!

Foi o “Portismo do exagero” que durante 2 anos diminuiu, desvalorizou, insultou e menosprezou Vítor Pereira. Sobre o trabalho de Vítor Pereira e a forma como foi tratado, basta ler as recentes entrevistas de Vítor Pereira, infelizmente, e por muito que nos custe, quase tudo o que lá vem é a mais pura das verdades.

Foi o “Portismo do exagero” que durante grande parte da época 2014/2015 não criticou construtivamente, nem entendeu que, erros e defeitos próprios à parte, Julen Lopetegui foi o único que tentou remar contra a maré do colinho vermelho, numa época com vários erros de arbitragem, todos no mesmo sentido. Uma época em que o FC Porto perdeu um campeonato por 3 pontos!

Infelizmente, 3 anos a ver navios não foram suficientes para o “Portismo do exagero” diminuir de modo consistente.

Não podemos andar semanas a gritar contra a falta de eficácia da equipa e num jogo com 5 ou 6 oportunidades de golo, ter marcado 4 golos e feito mais uma reviravolta, barafustarmos que a equipa criou pouco jogo e não jogou nada.

Não podemos andar durante o ano e meio em que Lopetegui esteve ao serviço do clube, gritar que a equipa é inoperante ao nível dos lances de bola parada (e efetivamente na era Lopetegui raramente marcávamos de bola parada) e depois num jogo em que se aproveita (e muito bem!) 3 lances de bola parada para dar a volta a um resultado adverso, perante o melhor adversário que este ano pisou a relva do Dragão, virmos dizer que apenas foram os golos de bola parada que nos safaram.

É verdade, e qualquer Portista minimamente racional, que as coisas não andam às mil maravilhas, mas é tempo de uma vez por todas e todos metermos na cabeça que:
  • Por muito que nos custe, ter Jackson, Hulk, James e Moutinho não é propriamente o mesmo que ter André Silva, Diogo Jota ou André André;

  • Andar a colocar a cabeça do treinador na guilhotina a cada mau resultado não é forma de resolver coisa nenhuma. Andamos há anos a procurar bodes expiatórios, mas o treinador é sempre a “besta” que paga sozinho as favas todas, e nós todos temos culpa disso. Por exemplo, Paulo Fonseca era péssimo, mas prepara-se para ser campeão na Ucrânia, depois de ter ganho uma taça no Braga. Será afinal um treinador tão mau? Tal como Lopetegui que agora parece reunir consenso na comunicação social espanhola pelo bom trabalho na seleção. É tempo de uma vez por todas de colocarmos de lado as nossas preferências pessoais e apoiar o treinador numa missão hercúlea até final da época;

  • Existem problemas no plantel e não vai ser em 8 ou 9 dias que os mesmos irão ser resolvidos. Aliás, os próximos irão ser sintomáticos dos erros cometidos. Apenas alguns exemplos, a dispensa de Martins Indi, que agora é titularíssimo na Premier League, e posterior gasto de 6M€ num jogador claramente inferior ao internacional holandês, Boly. Ir buscar agora Soares por 3, 4 ou 5M€ só comprova uma coisa: não há falta de dinheiro, ele está a ser é mal aplicado. Basta fazer contas muito simples, 6 milhões por Depoitre mais 4 ou 5 por Soares dá 10 ou 11 milhões de €. Pergunto: 11 milhões de € não deu para ir buscar Falcao, Jackson, Benny McCarthy ou Lisandro?

  • No jogo de sábado, o banco de suplentes tinha como opções para o ataque: Depoitre, Kelvin e Rui Pedro. Recuso-me a colocar nas costas de um treinador do qual não sou fã, as maiores responsabilidades por se querer atacar um título com o atual plantel do FC Porto.
PS - À 18ª jornada, temos 41 pontos, comparativamente com os 40 pontos das época 2014/2015 e 2015/2016 e com os 39 pontos de 2013/2014. Com um plantel com tantos défices, o trabalho feito não é assim tão mau...

21 janeiro, 2017

NOS PÉS DE TELLES.


FC PORTO-RIO AVE, 4-2

A vitória do FC Porto esta tarde no jogo da 1ª Jornada da 2ª volta da Liga NOS passou quase exclusivamente por um homem: Alex Telles. O defesa esquerdo esteve em grande no jogo frente ao Rio Ave ao fazer 3 assistências para o golo que foram determinantes para o desfecho da partida.


Felipe, Marcano e Danilo finalizaram a preceito as assistências do lateral esquerdo brasileiro, sendo determinantes para a vitória que os disparates de Casillas e Layún quase deitavam por terra os três pontos cruciais para os Dragões.

Mas não podemos tirar o mérito ao Rio Ave muito bem orientado por Luís Castro, ex-treinador do FC Porto B. Os vilacondenses deram uma excelente réplica no Estádio do Dragão e estiveram por cima do jogo durante vários momentos.

Além disso, os pupilos de Luís Castro depois de estarem a perder por 1-0, deram a volta ao marcador, pese embora a “capoeira” de Casillas e a entrada a destempo de Layún que originou uma grande penalidade. E só não saíram com um empate do Dragão por acaso.

No entanto, os Dragões foram capazes de reagir a tempo e com a resiliência de quem quer ser campeão. O FC Porto fez dos lances de bola parada a sua arma e, neste capítulo, Alex Telles esteve imparável. Depois de estar a perder por 1-2, os portistas operaram a remontada e acabaram por vencer por 4-2.


Outro grande destaque vai para Danilo. O Danilão, como é apelidado pelos adeptos, preencheu o campo todo e fez um golo muito festejado pelos seus colegas que o confortaram, depois da sacanice de que foi alvo em Moreira de Cónegos há um par de semanas por um badameco do apito.

Casillas e Layún são os destaques pela negativa. O primeiro por culpas no golo do empate e o segundo pela má prestação no jogo depois de longa paragem e por ter cometido uma grande penalidade infantil que poderia ter causado dissabores no Dragão.

Aliás, Layún seria substituído, e bem, por Rui Pedro logo a seguir à grande penalidade, passando Herrera para lateral direito, desempenhando muito bem esta função.

Mas o jogo até poderia ter sido resolvido na 1ª parte. Senão vejamos...

O FC Porto inaugurou o marcador por Felipe aos 18 minutos num lance de fora-de-jogo mas se formos por aí, durante a partida houve três lances de fora-de-jogo inexistentes assinalados aos Dragões. Por aí estamos conversados. Mas antes Jesus Corona isolado rematou mal e a bola não chegou à baliza e depois do primeiro golo foi Diogo Jota a rematar com estrondo à baliza de Cássio, desperdiçando o 2-0.


Não acabou com o jogo o FC Porto, abriram-se as esperanças para o Rio Ave que num lance feliz e anedótico em simultâneo chegou ao empate aos 34 minutos por Guedes.

Ao intervalo, os Dragões tinham um castigo merecido. Por um lado para a falta de pontaria demonstrada e por outro lado, para a falta de concentração que muitas vezes custam pontos e campeonatos. Mas na 2ª parte depois de Roderick (48 minutos) aproveitar uma grande penalidade caída do céu, a equipa de Nuno Espírito Santo operou a reviravolta em pouco mais de dez minutos.

Marcano aos 55 minutos e Danilo aos 61 recolocaram o Dragão na frente. Daí para a frente ainda houve muito jogo com o Rio Ave a colocar em sentido a equipa azul e branca.

E já depois de Marcelo (86 minutos) ter desperdiçado uma oportunidade de restabelecer o empate, seria Rui Pedro aos 88 minutos a obter o resultado final, numa jogada muito bem construída por João Carlos Teixeira pelo lado esquerdo.


O Dragão voltou aos jogos de Domingo à tarde com uma moldura humana a rondar as 45 mil pessoas. É disto que o futebol precisa. Tardes de futebol para que as pessoas possam ir mais aos estádios e tornem o espectáculo com mais cor e mais vida.

Os Dragões estão a um ponto da liderança, de forma provisória e visitam a Amoreira no próximo Sábado, continuando a tentar trilhar o melhor caminho até ao destino final.



DECLARAÇÕES

Nuno: “a atitude da equipa que luta até ao fim”

O positivo e o negativo da partida
“Foi um jogo emotivo, em que a equipa demonstrou carater e ambição e conseguiu três pontos fundamentais para nós. De positivo há os três pontos e os quatro golos que marcámos. Menos bom, e que temos que retificar, foi ter consentido os dois golos. Temos que perceber como é que os jogadores do Rio Ave nos conseguiram marcar os golos. É trabalho que temos que ter e analisar. Os erros são sempre da equipa. Temos que analisar num todo e agora vamos fazer esse trabalho.”

Equipa não relaxou após o primeiro golo
“Não entrámos muito bem no jogo. Custou-nos construir, mas o Rio Ave também teve muito mérito. Faltou-nos controlar melhor o jogo, que é um passo fundamental no nosso crescimento, para não permitir a reação da equipa contrária. Num jogo de futebol nunca estamos relaxados. Estamos sempre em tensão e a olhar para o jogo. O sofrimento faz parte quando não se está com o resultado que pretendemos, assim como quando temos o resultado favorável estamos também preocupados.”


Equipa continua a crescer
“​Tudo é crescimento. Tudo é necessário para amadurecer e é preciso que esse caminho seja percorrido de uma forma muito rápida. Temos muita juventude e é importante que eles se sintam apoiados e motivados para continuar a crescer. E nós temos esse cuidado, de preparar os jogadores para que eles possam ter a performance que tiveram hoje. É importante que todos os jogadores possam marcar golos e essa é uma das facetas que também queremos ter na equipa.”

A opção por André André ao intervalo
“São decisões, que são sempre pensadas e fundamentas para a equipa. São dinâmicas que já temos, uma ideia que se manteve de uma equipa que soube pressionar e reagir a um resultado adverso de um lance espontâneo que nos deixou em desvantagem. É uma atitude de uma equipa que quer lutar até ao fim pelo seu objetivo.”

Apoio do público voltou a ser determinante
“De salientar mais uma vez o Estádio do Dragão a empurrar a equipa. São três pontos que nos deixam a um e agora vamos ver o que acontece amanhã, mas era fundamental para nós conquistar estes três pontos.”

O golo de Rui Pedro
“O Rui Pedro é um jovem de grande talento e de grande futuro. Não posso deixar de reafirmar que ele é muito jovem. Está num novo contexto e tem trabalhado bem. Hoje não é o momento de falar do mercado, mas sim do jogo.”​

As três assistência de Alex Telles
“Tem dado o contributo à equipa e tem feito um bom trabalho. É um jogador sério. Acho, porque nunca estou contente, que pode dar muito mais, pois queremos que o rendimento dele e de todos seja top e constante.”



RESUMO DO JOGO

20 janeiro, 2017

VAIVÉM A BARCELONA.


Há muitos anos, ainda muito novo e praticamente sem experiência de vida ultra, li, num dos muitos artigos e notícias que pesquisava sobre o fenómeno, que ser ultra era a única forma de definir os limites do possível, indo além dele. Nada melhor do que esta frase para descrever o meu passado Sábado.

Termino uma semana de trabalho, sexta-feira, regresso a casa e não vou sair, ao contrário de muitos jovens da minha idade. Sábado às 4h30 da manhã o despertador toca, mais cedo do que em qualquer outro dia! O motivo é que o nosso mágico Porto jogava nesse dia em Barcelona para a Liga Europeia de hóquei em patins.


Sim perceberam bem, eu levantei-me e fui para o aeroporto, rumar a Barcelona para apoiar a nossa equipa e ao mesmo tempo garantir que nunca estarão sós!! Esta viagem teve uma particularidade, o facto de, ao contrário de outras vezes, ter sido o único com disponibilidade de marcar a viagem. Isto é, pensava eu. Mal chego à porta de embarque, quase 6h30 da manhã e vejo mais 3 dragões que iriam cometer a mesma loucura. Já dava para juntar ali algumas “peças”. Não faltaram também familiares e amigos dos jogadores e em Barcelona sabia que ia contar com os portistas daquela zona.

E assim foi, chegada a Barcelona pelas 9h30 e um dia inteiro pela frente a espalhar o nome do clube numa das minhas cidades favoritas. Já lá tinha estado, também a apoiar o hóquei, em 2014. A manhã passou-se no centro e à tarde no Camp Nou a assistir ao Barcelona x Las Palmas. Uma oportunidade única que simplesmente adorei, em termos de estádio e de equipa claro. Em termos de ambiente, confirmou-se o que previa, o futebol moderno está aí a reinar, e estes grandes clubes mundiais estão a tornar-se escravos desta indústria. Já não é Barcelona da Catalunha, o Barcelona é mundial, é tanto de um catalão como de um paquistanês, é de quem pagar, é de todos. Ambiente fraco, futebol modernizado, adeptos feitos turistas que se comportam como se estivessem no teatro ou no cinema. Tudo aquilo a que me oponho, mas ainda assim, valeu a pena.


Acaba o futebol e temos o hóquei em patins, o motivo da nossa viagem. No sector visitante do Palau Blaugrana estavam mais de 20 portistas. Fizemo-nos ouvir como pudemos, o FC Porto ainda esteve a ganhar 0-1 mas acabou por perder 3-1. Está sem segundo lugar no grupo e em excelentes condições de passar à fase seguinte.

Os jogadores souberem agradecer o esforço da nossa parte, embora desiludidos com a derrota. Cai a noite, está frio e há que fazer horas para o voo que era ao início do dia seguinte. Ainda deu para dormir duas ou três horas e toca a acordar para viajar Barcelona – Lisboa – Porto.


Chegada a casa pelas 10h30 da manhã, passam umas horas, almoço e siga para o Dragão. Presença no futebol, como não poderia deixar de ser, vitória categórica e distâncias encurtadas para os nossos rivais.

Foi este o meu fim-de-semana, com cerca de sete horas de sono de sexta a Domingo, e segunda-feira lá estava a trabalhar às 9h.

Como quem corre por gosto não cansa, com o Porto sempre, pelo Porto tudo!

Um abraço ultra.

19 janeiro, 2017

PARA REFLETIR...


Estamos a dias de entrar na 2ª volta do Campeonato, que irá marcar de forma determinante o balanço de mais uma temporada desportiva, no que ao Futebol diz respeito.

Sendo certo que a Liga dos Campeões continua a ser um objetivo possível, é pouco crível que seja este ano que repetiremos Viena ou Gelsenkirchen, daí que o Campeonato seja o nosso grande foco. Mesmo mais considerando as mais ou menos dolorosas eliminações precoces das Taças, todas as nossas épocas e a avaliação do sucesso ou insucesso são ancoradas na prova que define o Campeão Nacional, daí que nada seja propriamente novo nesta fase.

São “apenas” 4 pontos que temos de recuperar, 3 dos quais dependem diretamente de nós. Na certeza de que podíamos estar melhor colocados, também é verdade que poderíamos estar mais longe, daí que seja importante nesta fase ver o “copo meio cheio” e desejar que o último fim-de-semana seja um sinal de esperança de que ainda podemos chegar lá e reconquistar o campeonato que nos tem fugido há demasiado tempo, para os padrões habituais do FC Porto pós 1985.

Entretanto, na comunicação social surgiram algumas entrevistas de figuras importantes do passado recente do nosso Clube. Sobre a entrevista do anterior administrador financeiro da SAD, Angelino Ferreira, já muito foi escrito pelo Norte ontem aqui no blog. Destaco apenas o curioso timing para estas declarações bastante taxativas do antigo dirigente. Se é certo que muitos erros foram cometidos na gestão desportiva e financeira do FC Porto em tempos recentes, Angelino foi parte do Clube e da SAD durante largos anos, assumindo diferentes cargos no Universo do Clube, e a sua saída, legítima como qualquer outra, foi feita em silêncio e aparentemente sem nenhum tipo de “agenda paralela” até há uns meses, dai que todas estas movimentações de anteriores membros de uma estrutura que víamos como blindada e quase impenetrável seja sempre passível de uma análise cuidada.

Não a chamo no entanto à liça esta entrevista para analisar o seu conteúdo, sobretudo porque a encaixo numa espécie de jogo de luzes e sombras que vai decorrendo no nosso seio e que a seu tempo deverá surgir de forma mais clara para os sócios anónimos onde me encaixo. Não sejamos inocentes: a discussão sobre a futura liderança do FC Porto já movimenta muitos sectores do Clube e todas estas declarações, somadas a determinadas notícias “plantadas” em diferentes meios de comunicação são exemplo disso mesmo. Deixo apenas um voto muito concreto: que todos os Portistas que amam desinteressadamente o Clube possam estar atentos e capazes de não permitir que seja quem for tome o FC Porto como uma espécie de refém de interesses pessoais ou que o use como meio de ajuste de contas pessoais.

Passado este ponto, faço também aqui referência a outra entrevista, neste caso de Vítor Pereira a João Ricardo Pateiro na TSF. Ultrapassando as questões sobre Antero ou de um possível regresso a Portugal via rivais, que não considero relevantes para o presente e futuro próximo do FC Porto, foco-me sobretudo em duas passagens:

“Porque é que o FC Porto deixou de ganhar? Não sei. (…) Muitas vezes a soberba, quando nós falamos de barriga cheia não damos valor à comida.”
“(sobre a saída, apesar das vitórias) Santos da casa não fazem milagres…”
Nestas duas breves frases, temos aqui exposta uma certa crise de identidade, que nos foi atingindo gradualmente e atingiu o seu apogeu nesta sequência pouco vulgar de um tricampeonato terminado abruptamente com 3 anos sem ganhar.

As vitórias trouxeram-nos um claro “baixar da guarda” e até uma certa desvalorização do próprio sucesso, que acabou por ser surpreendente porque no passado nunca tinha acontecido. Mesmo comparando com outras fases da Era Pinto da Costa, nem mesmo no Penta aconteceu este fenómeno de termos um FC Porto cada vez mais relaxado e sobranceiro de ano para ano como na sequência do super ano 2010/11.

Por outro lado, é um facto que no nosso clube nem sempre é fácil para os chamados homens da casa. Fomos tendo ao longo dos anos alguns exemplos de mal-amados nascidos e criados no Clube, sendo que no caso do Vítor Pereira estes níveis de exigência / falta de tolerância atingiram níveis insustentáveis, cuja marca ainda é bem visível num Homem que devia ser um dos nossos mas que ainda carrega uma certa tristeza refletida nestas declarações.

Como já aqui disse noutros textos, o passado está lá atrás e não pode ser modificado, mas é vital que possamos reencontrar a nossa identidade ganhadora cuidando de recriar os comportamentos saudáveis que nos garantiram a hegemonia. Só com uma valorização efetiva dos nossos sucessos aliada à fome constante de os repetir, poderemos voltar a reconstruir um domínio do FC Porto, sendo certo que estas duas realidades não serão possíveis se voltarmos a considerar que os campeonatos ganhos não são mais que uma mera obrigação e se cairmos novamente no erro de desvalorizar o mérito dos mentores desses sucessos.

18 janeiro, 2017

IMPORTA-SE DE REPETIR?!?!


A pluralidade de opiniões é salutar num regime democrático, mas essa valência deve respeitar os outros, deve respeitar o próprio, e não deve ultrapassar o limite do ridículo ou da incongruência.

Nas últimas aparições públicas, o Sr.º Dr.º Angelino Ferreira tem brindado todos os portistas com verdadeiras pérolas em forma de pensamento abstrato. Não que tal seja surpreendente, pois o seu discurso enrolado e pouco fluído nas Assembleias Gerais, sempre denunciaram um pensamento pouco conciso. Mas ultimamente, conciso e contínuo só mesmo o “apontar de dedo” em relação a tudo o que, direta ou indiretamente, está relacionado com o nosso clube. Um grande bem haja Sr.º Dr.º pois já o vimos e lemos mais vezes nos últimos 3 meses do que em todo o período de dirigismo no FC Porto. É caso para perguntar, porque razão será que a sempre ávida comunicação social, lhe dá agora tanto tempo de antena?

O Dr.º Angelino Ferreira tem todo o direito em expressar publicamente as suas opiniões e visões, tem toda a legitimidade para apontar erros e defeitos ao nosso clube e modelo de gestão. Tudo isso, tal como em relação a qualquer outro portista, é de uma legitimidade inquestionável. Só que o problema vem depois! A postura ressabiada e acobardada de quem aponta o dedo mas não concretiza as acusações, de quem critica mas não indica um caminho alternativo, de quem atira a pedra e esconde a mão, de quem “comeu, calou e gostou” mas agora parece ter tido uma “indigestão”, tira-me absolutamente do sério e indigna-me enquanto portista, pois não é esta a atitude que espero daqueles serviram o nosso clube.

Mas não satisfeito, a cereja no topo do bolo surgiu há dias com elogios públicos ao slb, bem como à sua linha estratégica e orientadora. Como? Então um nosso ex-administrador surge em público a elogiar o nosso principal rival? Importa-se de repetir para eu perceber se entendi mal ou se o senhor disse mesmo isso? Meus caros, um portista a elogiar publicamente o clube do regime? No dia em que eu entender que algo desse clube é merecedor de elogio, sabem o que faço? CALO-ME! Porque no dia em que eu elogiar essa instituição, façam o favor de ligar para o coveiro porque eu estou a dar as últimas.

Tudo isto assume uma especial relevância por surgir numa altura em que as contas desse clube são publicamente indicadas pela UEFA como das piores da Europa, numa altura em que todos temos dado um grito de revolta pelo verdadeiro Polvo que se encontra montado em Portugal, o qual protege e promove o clube de carnide, e é precisamente nessa altura que o Sr.º Dr.º Angelino Ferreira vem com estas declarações. Ainda por cima feitas por alguém que, tanto pelo seu passado no dirigismo desportivo como na sua vida profissional, seguramente sentiu na pele a força do Polvo centralista, do Polvo do nacional benfiquismo parolo, do Polvo que ignora e ostraciza tudo o que ultrapassa as fronteiras da capital. Fica-lhe mal e demonstra o ressabiamento com que diariamente aparenta viver.

Mas quais serão as verdadeiras motivações que levam este portista a proferir tais declarações? Francamente só encontro dois tipos de explicações. Ou este senhor está-se a preparar para, em conjunto com alguém, atacar o poder do nosso clube e como tal aproveita todos os minutinhos de fama para se promover e criticar o FC Porto, ou então o senhor pretende fazer uma carreira noutras instâncias do futebol nacional, e como tal nada melhor do que atacar o nosso clube já a pensar nos apoios dos clubes do sul. Se for a primeira opção, tenho uma má notícia para ele: nenhum portista lhe perdoará essa estratégia nojenta de elogio ao slb! Já se for a segunda opção, parabéns, porque promete ter sucesso... só que bem longe de todos nós, portistas de alma e coração, que abominámos tudo quanto mexe de encarnado.

Um abraço, e até sábado no sítio do costume!

17 janeiro, 2017

7 MESES DE NES.


Cumprida que está meia época, é tempo de fazer um balanço sintético do desempenho desportivo do FC Porto até esta altura.

O primeiro objetivo da época foi conseguido com distinção e surpresa, enorme surpresa diga-se. Antes do sorteio do playoff de acesso à Champions League, do lote de equipas que nos poderia calhar havia uma bem superior a todas as outras, ou seja, a “fava” a evitar a todo o custo. Seguindo a lógica da “lei de Murphy” que tem assolado o FC Porto com mais frequência do que o habitual nos últimos anos, pior adversário que a Roma (que atualmente está a 1 ponto da Juventus, a discutir o “scudetto”) não nos poderia efetivamente calhar.

Numa fase inicial da época, com imensas lacunas por preencher (muitas dessas lacunas infelizmente não foram devidamente colmatadas e ainda permanecem por resolver!), uma equipa em construção, com novo treinador, novos métodos, tudo a partir da estaca zero, como aliás, tem sido habitual nos últimos anos, vencer a Roma afigurava-se como um cenário quase utópico. Pois bem, como dizia o outro foi “limpinho, limpinho, limpinho”, empate a 1 no Dragão e vitória estrondosa em Roma, deixando estupefactos os italianos. É verdade que os últimos 3 anos de FC Porto não têm sido bons, mas mesmo nesses 3 anos por vezes o grande FC Porto europeu das últimas décadas vem ao de cima, nomeadamente, em Nápoles numa eliminatória da Liga Europa ou frente ao Bayern Munique no Dragão para os quartos-final da Champions. De facto, a estaleca europeia do FC Porto é algo que 3 anos maus não destruíram por completo.

Como uma espécie de compensação divina, a verdade é que o sorteio da fase de grupos foi bastante simpático. A passagem aos oitavos-final foi para o FC Porto, ao contrário do que acontece com as duas equipas lisboetas, algo normal e até obrigatório tendo em conta o riquíssimo palmarés europeu do clube. Objetivo cumprido, mas longe de deslumbrar. Nos oitavos-final calhou-nos a Juventus, teoricamente, a 2ª equipa mais difícil que nos poderia calhar, logo a seguir ao Barcelona. Temos pouco a perder e muito a ganhar, eles são super-favoritos, mas nós, fazendo um bom resultado no Dragão, que passará necessariamente por não sofrer golos e marcar algum, poderemos colocar dúvidas na eliminatória, e mesmo as grandes equipas europeias não convivem bem com dúvidas...

O primeiro objetivo perdido veio em meados de novembro, numa deslocação a Chaves, em que as coisas só se resolveram nos penalties. O problema é que antes de chegar aos penalties, existiram vários lances duvidosos sempre decididos contra o FC Porto e um CLARO, EVIDENTE e ESCANDALOSO lance, perto do fim do tempo regulamentar, em que um defesa do Chaves perante um remate de um jogador do FC Porto coloca as mãos no ar fazendo uma belíssima defesa dentro da sua própria grande área. É verdade que poderíamos não ter marcado aquele penaltie, mas um jogo tem regras e naquele as mesmas não foram cumpridas em prejuízo de quem? Do FC Porto, pois claro! No resto, a falta de eficácia que um pouco por toda a época se tem sentido.

Sobre o segundo objetivo perdido, a Taça da Liga, há pouco a dizer. Ficar dois anos consecutivos em ultimo lugar na fase de grupos com equipas de II Liga e “marrecos” que lutam para não descer, extravasa o campo desportivo e tem seguramente a ver com algo superior que me escapa. Provavelmente, uma atitude displicente que o clube sempre teve perante esta competição e que se mantém. Acho é que não fica bem a um dos clubes com melhor palmarés europeu dos últimos 30 anos (provavelmente só superado pelos grandes tubarões Barça, Real, Bayern e Manchester) continuar a ficar em ultimo lugar de uma competição que é a menos relevante do panorama nacional, é certo, mas que não deixa de ser uma competição oficial.

Sobre o mais importante objetivo, a competição nacional por quem todos os adeptos suspiram há 3 anos, o campeonato, há efetivamente várias coisas por dizer. Em primeiro lugar, que nunca me lembro de ver um consenso tão alargado sobre o facto do FC Porto ser claramente o clube mais prejudicado pelas arbitragens ao longo da época, não uma, duas, nem três, mas várias vezes, em várias competições e com vários protagonistas de apito na boca. A segunda, é que efetivamente o FC Porto também tem responsabilidades próprias nos pontos que já perdeu. A terceira, é que mais responsabilidade que jogadores ou treinador, a SAD é a grande responsável por termos aqui e acolá perdido pontos de forma estúpida. Entra pelos olhos adentro de qualquer pessoa minimamente atenta que era necessário um avançado em condições e que Depoitre não é, nem nunca será esse avançado. Quando falamos de uma posição nuclear como a de ponta-de-lança, penso que está tudo dito. Quanto ao resto, notas positivas também são algumas: para André Silva que tem um belíssimo pecúlio de golos até ao momento, para a produção defensiva da equipa que acaba por ser a melhor defesa da competição, para o futebol praticado em vários momentos, numa quantidade assinalável de jogos a equipa produziu futebol com cabeça, tronco e membros, criou muitas oportunidades de golo e várias vezes foi penalizada por uma ineficácia ofensiva que seguramente seria melhor caso se tivesse ido buscar (alô SAD?!?!?!) um ponta-de-lança com créditos minimamente firmados num campeonato europeu minimamente decente (uma bundesliga, por exemplo...).

A verdade é que apesar de todos os problemas internos, há algo que tem de ser creditado a NES: a equipa produz algum futebol, tem um modelo de jogo e uma ideia clara para atingir os seus objetivos. É um modelo de jogo que tem obviamente defeitos e problemas, mas dá claramente a ideia que os “ovos” têm mais responsabilidade do que propriamente o "cozinheiro" quando a “omeleta” não sai tão bem. E atenção, estou muito longe de ser um fã de NES, procuro é ser honesto nas minhas análises, e tendo em conta os senhores do apito, a qualidade de alguns “ovos” e a falta de outros “ovos” que já se deviam ter comprado, o trabalho de NES afigura-se como hercúleo até ao final da época. A menos que, algo no qual eu não acredito minimamente, seja colmatada a lacuna há muito identificada: um ponta-de-lança para ser o parceiro de André Silva!

AS NOSSAS MODALIDADES – RESUMO DO FIM DE SEMANA.



JOGO DA SEMANA

A escolha do jogo da semana vai para a partida de HÓQUEI EM PATINS em Barcelona.

A partida era importante para o FC Porto e decisiva para o Barcelona que, em caso de não vitória, iria ver o FC Porto dar um passo de gigante rumo ao 1º lugar do grupo.

O FC Porto entrou melhor no jogo e era sempre mais perigoso no ataque, sucedendo-se as oportunidades para chegar à vantagem. Assim, foi sem surpresa que a nossa equipa chegou à vantagem por intermédio de Gonçalo Alves aos 5 minutos da 1ª parte na conversão de um livre. Se o empate já era melhor para a nossa equipa do que para os catalães, a vantagem azul e branca era o passo claramente definitivo para garantir o 1º lugar no grupo. O FC Porto continuava melhor no jogo e sempre perto do 2º golo. Foi com alguma surpresa que assistimos ao empate por parte dos catalães. O empate chegava com um empate a 1 bola.

Na 2ª parte, o Barcelona entrou mais forte e foi com alguma naturalidade que o jogo se encontrava mais equilibrado. Os catalães começavam a assumir mais protagonismo e chegaram à vantagem por 2-1. Num lance um pouco duvidoso, foi assinalado penalti contra o FC Porto que permitiu ao Barcelona chegar ao 3-1. O critério de arbitragem não era uniforme e foi com alguma perplexidade que assistimos à anulação do 3-2 num lance algo duvidoso. Depois um livre direto falhado para cada lado que poderia ter recolocado a nossa equipa na luta pelo resultado não mais conseguimos chegar à luta pelo resultado.

A nossa equipa regressa à competição no próximo sábado às 18h00 ante o Valongo, onde se espera uma excelente casa, já que a equipa de futebol joga às 16h00 contra o Rio Ave.


AS OUTRAS MODALIDADES

A nossa equipa de ANDEBOL recebeu o Boa Hora em jogo da 19ª jornada e, se toda a gente esperava um jogo tranquilo para alargar a série de vitórias, foi sem surpresa que a vitória sorriu à nossa equipa. Ao intervalo, a nossa equipa já vencia por 18-9. Na 2ª parte, viveu-se um jogo mais equilibrado com um parcial de 12-11 favorável à nossa equipa.

A nossa equipa volta a competir nesta quarta-feira para repor o jogo da 17ª jornada e alargar a série de vitórias. Maior dificuldade que a que deverá ser imposta pelo adversário Avanca, poderá ser a imposta por 2 indíviduos que se deslocarão desde Braga. Precisamos de um Dragão Caixa vigilante e presente no apoio à nossa equipa.

A equipa de BASQUETEBOL deslocou-se a S. Paio de Gramaços em jogo que se esperava tranquilo e foi sem surpresa que ao fim de 10 minutos já a vantagem azul e branca se cifrava no dobro da pontuação. O 2º período foi mais rico em pontos, mas a diferença no fim dos primeiros 20 minutos já era inferior ao dobro de pontos do Sampaense. O 3º período voltou a permitir ao FC Porto atingir o dobro da pontuação, marca que também se verificou no fim do jogo. O jogo permitiu ao FC Porto rodar todos os atletas e que todos os atletas contribuíssem com pontos para o resultado final

O banco do FC Porto contribui com 61% dos pontos enquanto o banco do Sampaense apenas contribuiu com 44%. A rotação dos plantéis é uma das explicações para este resultado.

A nossa equipa volta a competir no próximo sábado, às 21h00, ante o CAB Madeira.



Abraco,
Delindro

15 janeiro, 2017

COMPROMISSO COM A VITÓRIA.


FC PORTO-MOREIRENSE, 3-0

Depois das escorregadelas dos adversários directos, restava ao FC Porto vencer o jogo desta noite frente ao Moreirense. O compromisso com a vitória tinha de ser cumprido jogando mal, bem ou assim-assim. E ele foi alcançado com maior ou menor dificuldade perante um adversário que deu pouco trabalho, apesar de ter tido a primeira oportunidade do jogo.


Depois do regresso aos resultados menos conseguidos e de mais uma panóplia de actuações de arbitragens vergonhosas, o FC Porto teve um resultado tranquilo perante uma arbitragem discreta. Com um erro ou outro sem influência directa no resultado, os Dragões levaram de vencida o conjunto de Moreira de Cónegos.

Depois de uma oportunidade soberana no início de jogo desperdiçada por Geraldes, assistiu-se a uma avalanche ofensiva azul e branca. Apesar disso, até à meia hora de jogo, os azuis-e-brancos não fizeram um jogo muito conseguido. Várias intenções de golo mas não passaram de ameaças.

Aos 30 minutos, Telles cobrou um livre junto à área verde e branca. O guarda-redes sacudiu para perto da bandeirola de canto e Marcano, recuperando a bola, cruzou para a área onde apareceu Óliver a rematar para as malhas. Estava aberto o marcador.


Depois disso, receava-se um abrandamento do Dragões, se olharmos para o histórico de partidas desta época, mas os portistas procuraram mais golos. O certo é que o FC Porto aumentou o seu caudal ofensivo e o jogo pareceu mais fluído. Foi então que se assistiu a um bom jogo, até porque o Moreirense tentou subir mais e entrar no jogo, proporcionado um duelo aberto.

Não espantou ver o FC Porto chegar ao 2º golo. Numa perda de bola dos Cónegos no meio-campo portista, permitiu a Diogo Jota cavalgar mais de 30 metros, deixar a bola para Corona que, depois de tirar um adversário do caminho, rematou para defesa apertada do guarda-redes contrário. Na sequência, a bola sobrou para André Silva que em salto de peixe enviou a bola para as malhas.

O FC Porto atingia um resultado confortável e mais confortável se sentiu depois de Geraldes ser expulso por acumulação de amarelos.


A partir daqui só deu FC Porto. O Moreirense foi para intervalo com o objectivo de não ser goleado na etapa complementar e os Dragões procurar aumentar o score.

Na segunda parte, o FC Porto chegou com facilidade ao 3-0 na cobrança de um pontapé de canto. Marcano apareceu completamente solto na área e cabeceou para a grande área.

Os Dragões tiveram mais de uma mão cheia de oportunidades para aumentar a vantagem com destaque para André Silva que, só à sua conta, desperdiçou três boas ocasiões.

O FC Porto com esta vitória diminuiu a diferença para o primeiro classificado e aumentou a distância para o terceiro, repondo a diferença que se verificava no início da ronda anterior. Nada demais pois há muito para percorrer.


A 1ª volta termina com os Dragões a necessitarem de carburar muito mais do que o que têm feito, necessitando de dar consistência à equipa e ao seu jogo. Além disso, esperam-se dias complicados nas próximas jornadas, uma vez que o primeiro classificado já "berrou" muito por ter perdido dois pontos e prepara-se uma semana de autêntica campanha lampiónica contra as arbitragens.

Na próxima jornada, o FC Porto recebe, no Sábado às 16 horas, o Rio Ave para a 1ª Jornada da 2ª volta da Liga NOS, antes da sempre complicada visita à Amoreira.



DECLARAÇÕES

Nuno: “É importante aproximarmo-nos do topo”

Primeira análise
“Foi uma vitória justa, que se traduziu em golos e num bom jogo. É importante para nós vencer em frente aos nossos adeptos, no Dragão, que mais uma vez esteve presente e a apoiar-nos. Vamos continuar o nosso caminho.”

Melhorar fora de casa
“Desde o princípio que queremos fazer do Dragão a nossa fortaleza, temos apenas um empate aqui, e sabemos em que circunstâncias. Temos novos desafios pela frente, nomeadamente melhorar fora de casa.”


Aproximação ao primeiro lugar
“É importante aproximarmo-nos do topo da tabela, meter pressão. O nosso trabalho é continuar a vencer os nossos jogos e estar muito próximo do primeiro é sempre muito importante.”

Análise à primeira volta
“Fazemos é uma projeção da segunda volta, atempadamente vamos fazer melhor.”

Eficácia
“O que foi diferente face ao jogo anterior foi o acerto, a capacidade de ser eficaz, fazer os golos e chegar a uma vitória justa. Tivemos o jogo permanentemente controlado, não consentimos oportunidades ao Moreirense. Tivemos bastante produção ofensiva, que poderia até ter sido mais materializada. Parabéns aos jogadores, é sempre importante vencer no Dragão, a nossa fortaleza, e obter um resultado que nos aproxima do lugar em que queremos estar, que é o topo.”

Confiança
“Assim é mais fácil a perspetiva de construir uma equipa que queremos campeã, as vitórias ajudam, os jogadores ficam mais seguros de si. Hoje foi tudo muito mais natural, creio que a equipa fez um bom jogo e uma boa vitória”.

O regresso de Kelvin
“É mais um jogador que se integrou na dinâmica da equipa. Estava parado há algum tempo, temos de ter algum cuidado na sua integração para que possa ser útil.”



RESUMO DO JOGO