30 janeiro, 2018

VAR… E NÃO SÓ!


MOREIRENSE-FC PORTO, 0-0

É a minha terceira crónica consecutiva a falar no VAR. Sim, eu sei, já chateia e torna-se repetitivo. Mas não há volta a dar. Isto começa a ganhar contornos insustentáveis. O VAR funciona para os outros, mas para o FC Porto é deixado no BAR esquecido em qualquer canto.

Ficou um penalti claro por assinalar a favor do FC Porto aos 65 minutos e foi-lhe anulado um golo limpo ao cair do pano nos descontos. Onde estava o BAR, desculpem, o VAR para analisar os dois lances? Não existiu. Não se deu pela presença dele, não se pronunciou, não houve feedback. Isto é uma vergonha. Será preciso algum jogador portista lesionar-se gravemente ou haver uma agressão bárbara de um adversário para que os penalties a favor do FC Porto sejam assinalados? Será preciso que os jogadores do FC Porto marquem golos só quando estiverem atrás dos defesas para que sejam validados?


Vamos no 15º penalty da época, o 2º por soco do guarda-redes contrário a um jogador do FC Porto. Os árbitros continuam a agir e a actuar como se nada fosse e o clube tem que “dar um murro na mesa” de vez porque não vão lá só com intervenções de FJ Marques e Sérgio Conceição. É preciso mobilizar todo um clube para lutar contra esta vergonha porque isto é ordinarice pura. O soco do guarda-redes do Moreirense ao Felipe não é demasiado claro para ser escamoteado?

Vamos ao jogo. O FC Porto entrou em campo com algumas baixas. Marcano e Danilo, lesionados, deram os seus lugares a Reyes e Óliver. Paulinho foi a novidade no onze, onde apareceu a jogar na ala direita. O ex-portimonense viria a mostrar bons pormenores mas apenas quando fez jogo interior, sendo determinante no apoio aos homens mais avançados.


Durante a primeira parte, os Dragões criaram quatro oportunidades de golo claras que teriam acabado com o jogo mas a finalização dos portistas está um autêntico desastre. Aboubakar, desmarcado por Paulinho, rematou à malha lateral; Brahimi, isolado após livre estudado com Alex Telles, falhou na bola na hora do remate; Paulinho, à entrada da área e após assistência de Marega, rematou por cima da barra; e Óliver, depois de uma assistência de Paulinho para Marega na direita e cruzamento do maliano, rematou contra o corpo de um adversário, em plena grande área.

Ao intervalo o nulo era um castigo pesado para a equipa portista. No entanto, os Dragões não mostraram a mesma intensidade e a mesma agressividade de outros jogos. Os jogadores parecem atravessar uma fase menos boa e a rotatividade, apesar de necessária, não estará a ser promovida da melhor forma. Como o FC Porto não está a conseguir jogar o que sabe e a finalização é desastrosa, o VAR depois faz o resto. Não podemos estar à mercê destes artistas.


Na questão da rotatividade, na leitura de jogo e no timing das substituições, Sérgio Conceição não tem estado nos seus melhores dias. Esta noite, por acaso, mexeu bem na segunda parte mas mexeu bastante tarde. Porque é que Soares, Waris e Sérgio Oliveira só entraram na parte final do jogo e não logo após o intervalo?

O médio português entrou para o lugar de Óliver aos 88 minutos e criou 3 lances de perigo com assistências para a grande área. Waris, no lugar de Aboubakar a cerca de dez minutos do fim, fez um golo que foi anulado e Soares, que entrou para o lugar de Paulinho aos 70 minutos, desperdiçou três cabeceamentos frente ao Guarda-redes contrário.

Mas a oportunidade desperdiçada da noite foi incrível. Alex Telles bateu um livre ao ângulo superior da baliza de Jonhathan, este defendeu para a barra e a bola bateu-lhe na cabeça. O esférico ficou a saltitar em cima da linha de baliza e, quando Felipe se preparava para empurrar de cabeça, um defesa contrário antecipou-se e cortou para canto. Incrível como esta bola não entrou. Felipe se tem sido mais rápido e determinado teria aberto o marcador mas são situações destas que nos levam depois a não marcar golos. Há uma gritante falta de concentração na hora da finalização.


Depois surgiu o golo anulado a Waris a que já fiz referência. Sérgio Oliveira assistiu Ricardo na grande área e o ala direito cabeceou para a entrada da pequena área onde surgiu Waris a colocar a bola dentro da baliza. Já se festejava no relvado quando o árbitro respondeu à sinalética do seu auxiliar, invalidando o golo. O fora-de-jogo é inexistente. O jogador está no máximo em linha com o defesa esquerdo contrário mas mais uma vez o VAR demarcou-se das suas responsabilidades.

Terminado o jogo, o FC Porto perdeu a oportunidade de ganhar dois pontos a um adversário directo e, em caso de vitória, aguardaria para ver o que o outro faria no seu jogo desta noite. Sendo assim, e apesar de ainda ter meio jogo de atraso em relação aos seus adversários directos, o FC Porto desperdiça uma oportunidade para ganhar pontos na luta pelo título. Além disso, esperam-se tempos e jogos difíceis nos dois meses que aí vêm. Sérgio Conceição terá que saber muito bem como gerir estas situações e deverá saber, de forma competente, como encarar o resto da época com várias frentes em disputa.

Próximo jogo é já no Sábado com a recepção ao Sp. Braga no Dragão. Um jogo complicado mas em que os três pontos são obrigatórios.




DECLARAÇÕES

“Temos de ser muito mais fortes do que o adversário para ganhar”

Razões para o empate
“Os guarda-redes, contra nós, estão a fazer exibições fabulosas. Nunca me irei agarrar à questão da pontinha de sorte, mas às vezes é necessária para ganhar estes jogos. Não faltou entrega e motivação para ir à procura do resultado. É difícil, temos de fazer dois ou três golos, porque na dúvida… Temos de ser muito mais fortes do que o adversário para poder ganhar. Tivemos a situação do Felipe poucos metros à minha frente… Penálti, claro! Com o Aves empatámos, houve um penálti claro, hoje um penálti claro, com o Benfica houve situações em que fomos muito prejudicados. O único jogo em que não houve influência do árbitro no resultado foi em Alvalade.”

O golo anulado
“Não sei se é golo ou não. Sei que, na dúvida, para nós, o VAR não tem sido muito feliz. Na dúvida, nada como ir ver as imagens e tentar ter uma opinião mais exata, assim como lance do Felipe. E depois até se podia decidir que não era penálti, mas porque não há a preocupação de ir ver os lances? Se virem as imagens vão ter de decidir, é isso?”

As quebras no jogo
“Criámos muitas ocasiões, não só para levar outro resultado mas até para ganhar por mais do que um golo de diferença. Na primeira parte não entrámos tão bem, com o Moreirense a pensar única e exclusivamente em segurar o zero na sua baliza. Logo de início houve muita quebra de ritmo, o guarda-redes adversário, em cada reposição, demorava 20 ou 30 segundos. Isso até posso compreender, que utilizem todos as armas para amealhar o pontinho, agora cabe ao árbitro ser mais interventivo e não dar um minuto de compensação no final da primeira parte. E, mais incrível ainda, havendo seis substituições, a entrada do médico por causa do guarda-redes e a expulsão, dar cinco minutos no final. Porque não oito, dez, doze?”


A ineficácia
“Na segunda parte estivemos sempre no meio-campo defensivo do Moreirense, mas infelizmente não conseguimos fazer golos. Fomos ineficazes, um pouco à imagem dos últimos jogos, em que criámos muitas situações. Noutras ocasiões ganhámos com facilidade - muitas vezes, nestes jogos, marcando o primeiro golo obtém-se uma vitória mais fácil do que aquilo que se pensa.”

A situação na Liga
“Isto é uma maratona. Nas competições internas ainda não perdemos. Temos feito um campeonato extraordinário, falta ainda muito e claramente os jogos vão ser difíceis. As equipas vão todas fazer pela vida e os três rivais estão a fazer o máximo para ganhar os jogos. Vai ser uma luta até ao fim.”

A forma física
“A equipa está bem, caso contrário não tinha feito a segunda parte que fez. Pontualmente, pode haver alguém com mais fadiga, mas fazemos essa gestão. Em termos gerais a equipa está bem e vamos fazer uma segunda volta ao nível da primeira e, se possível, melhorar.”



RESUMO DO JOGO

O CAMPEÃO DOS PENALTYS.


Na passada quarta-feira, tivemos o primeiro dos quatro encontros que vamos disputar com o Sporting até ao final da época. Se dúvidas existiam sobre qual era (e é) a equipa mais forte, elas ficaram dissipadas durante os 90 minutos. Mesmo com a mina de ouro que parece ter sido encontrada para aqueles lados da 2ª circular, a equipa leonina após os primeiros 20 minutos de algum ascendente, foi sempre demasiado receosa do que lhes poderíamos fazer, preocupando-se sobretudo em fechar os caminhos para a baliza de Patrício, do que propriamente procurar o golo.

Contudo, se há modalidade em que a Justiça procurou repousar a visão, ela foi no futebol. As cautelas verdes e brancas acabaram por ser compensadas na linha dos 11 metros, onde foram mais eficazes (e afortunados) do que a equipa portista.

No jogo da final, mesmo com um adversário teoricamente inferior, como é o caso do Vitória de Setúbal, igual desfecho. Tal como no jogo da meia final, os sadinos foram a melhor equipa durante a maior parte do encontro, contudo os sportinguistas voltaram a levar vantagem nos penaltys, depois de já durante os 90 minutos terem chegado à igualdade... também de penalty.

Assim, depois da taça Lucílio Baptista, da Taça da Carica ou da Cerveja, temos a Taça do Penalty, onde efectivamente o Sporting parece ser a equipa mais experiente nesta disciplina. Mas será assim mesmo?

Por curiosidade estatística, fui procurar as conversões de penaltys dos 3 grandes nesta década. Os resultados têm alguns dados interessantes e surpreendentes.


  • O Sporting é a equipa com mais penaltys dos 3 grandes desde 2010.
  • O boom do domínio leonino deu-se com a presidência de Bruno de Carvalho. Desde 2013/14, a sua primeira época completa na liderança dos verdes e brancos, o Sporting concretizou 40 penaltys na Liga, contra 29 portistas e 28 encarnados.
  • Entre FC Porto e slb, numa abordagem geral e alargada, o equilíbrio nestas decisões tem sido nota dominante. (inclusivé, tivemos uma época em que falhámos diversos castigos máximos).
  • Do lado do Porto, não deixa de ser uma absoluta surpresa, que a época em que tivemos mais penaltys a favor, foi uma das nossas piores do milénio (Paulo Fonseca/Luís Castro). A actual, em que temos o melhor ataque do século, só tem marcado um único castigo máximo (?!?!).
As conclusões a tirar destes dados são que Jorge Jesus ou Bruno de Carvalho fazem demasiado barulho para quem tem pouca razão de queixa. Da nossa parte, estamos tão obcecados com o slb, que esquecemos algo básico: se não puder ser o "amor da nação", a Capital do Império vai continuar a querer que um dos seus vença.

O Universo Porto da Bancada tem sido um óptimo instrumento de guerrilha. Mas não nos podemos esgotar aí. É preciso mais! Mais presença institucional. Ainda hoje se viu no Restelo como a pressão mediática e os soundbytes valem pontos. O Belenenses sentiu-se encurralado pelas denúncias e foi obrigado a ir a jogo com uma postura bem diferente das últimas muitas épocas, que quase surpreendia o benfica, não fosse a dupla de avançados Paixão/Jonas.

Termos um penalty, um mísero penalty marcado (o 3º golo na goleada ao Setúbal), num ano de VAR, de emails, de provas comprovadas de aliciamentos e corrupção, num ano em que o FC Porto é muito superior a qualquer outra equipa nacional, é sinal de que não é a luta pelo penta ou hegemonia encarnada que está em causa. O que está em causa é tentarem mandar-nos de volta para a subalternidade dos anos 60 e 70.

Não podemos deixar que isso aconteça!

Cumprimentos Portistas.


AS NOSSAS MODALIDADES – RESUMO DO FIM DE SEMANA.



JOGO DA SEMANA

O jogo em destaque desta semana, é o da nossa equipa de BASQUETEBOL. A equipa deslocava-se ao terreno do Galitos do Barreiro para jogo da 17ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol.

O 1º período foi alvo de equilíbrio, tendo a nossa equipa chegado ao fim dos primeiros 10 minutos com uma vantagem de 3 pontos (17-14). O 2º quarto foi de afirmação da nossa equipa, que neste período logrou uma vantagem de 11 pontos, levando a que ao intervalo a vantagem fosse de 14 pontos (43-29).

O 3º período voltou a ser o de pior performance da equipa, nomeadamente ao nível defensivo onde permitimos 27 pontos ao adversário. Ao fim de 75% do jogo a vantagem era de 15 ponto (71-56). O último período voltou a ser de maior acerto defensivo (19 pontos consentidos) e uma vantagem de 3 pontos (22-19).

Quando uma equipa vence todos os parciais individuais, o resultado final só pode ser a vitória que neste caso foi por 93-75.

O próximo jogo da nossa equipa será a receção ao CAB (sábado às 18h30)


AS OUTRAS MODALIDADES

A equipa de ANDEBOL regressou à competição depois da pausa para a equipa, onde os nossos atletas são obrigados a estar lado a lado com jogadores do carnide e dos do campo grande.

O 1º jogo foi para a Taça de Portugal e o adversário foi a Académica de S. Mamede (último classificado da 2ª divisão). Se à partida se esperava um jogo desequilibrado, a realidade foi mesmo essa. Ao intervalo a vantagem era de 19 golos (26-7) e a segunda parte chegou com vantagem de 23 golos (44-21).

O próximo jogo será quarta-feira às 20h30 (receção ao ISMAI) para o campeonato nacional.

A equipa de HÓQUEI EM PATINS deslocou-se ao pavilhão mais a Sul para defrontar o Grândola.

À partida para este jogo, a equipa local era última classificada com apenas 3 pontos. O jogo começou com um teimosos 0-0 até que aos 11 minutos os locais chegaram à vantagem. 3 minutos volvidos e a nossa equipa chegou ao empate (resultado que se verificava ainda ao intervalo). No início da 2ª parte a nossa equipa fez 2 golos mas na resposta ao 3-1 os alentejanos fizeram o 3-2. Até ao fim do jogo a nossa equipa ainda alcançou mais 4 golos que deixaram o resultado final em 7-2.

A arbitragem foi uma arbitragem ao nível de Jaime Vieira, ou seja, com uma tentativa clara de prejudicar o FC Porto.

O próximo jogo será a receção ao Tomar (sábado às 15h). Este jogo, juntamente com o Basquetebol, espera-se que possam ser um excelente aperitivo para o jogo de futebol diante do Braga, pelo que seria bonito de se ver estes 2 jogos com excelente moldura humana.



Abraco,
Delindro

29 janeiro, 2018

NÃO GOSTO DE “VITÓRIAS MORAIS”, MAS…


Não gosto, nunca gostei e provavelmente jamais irei gostar das famosas “vitórias morais”, mas a verdade é que há derrotas e derrotas. Nos últimos quatro anos de “seca”, perdeu-se muitas vezes, e na maior parte dessas vezes, o sentimento geral era de que não havia rumo, os sinais aflitivos e o futuro cheio de nuvens negras.

Este ano, o FC Porto perdeu 2 jogos na Champions League, mas os sinais demonstrados por uma equipa sagaz, dinâmica e sobretudo sem medo de ser feliz, deram sempre a entender que era possível o apuramento num grupo em que a generalidade das casas de apostas apontava Mónaco e Leipzig como principais favoritos, e só depois o FC Porto. Depois foi o que se viu, apuramento irrepreensível num grupo muito complicado com muito mérito e classe.

Internamente, estamos às portas de fevereiro e o FC Porto ainda não perdeu um único jogo. Mais, pela análise de qualquer jornal ou site insuspeito em relação ao FC Porto, é facilmente constatável que o FC Porto foi superior em todos os jogos que disputou. Nos poucos que não ganhou, foi assumidamente por todos superior nos 2 jogos frente ao sporting e foi muito, imensamente superior no jogo onde foi anulado um golo a Herrera por fora-de-jogo a Aboubakar, quando este estava 2 metros em jogo. Talvez o único jogo em que não nos tenhamos conseguido superiorizar ao adversário durante largo período de tempo foi na Vila das Aves, perante uma equipa que agoniza no fundo da tabela, mas que naquele dia fez o jogo da época. No Estoril, é verdade que jogamos muito pouco, tal como os nossos rivais em tantos e tantos jogos da presente época, mas dispusemos de 3 ou 4 oportunidades claras de golo, o que em condições normais daria para pelo menos não ir a perder para os balneários. Depois, foi o que se viu, quando um jogo normalmente tem 15 minutos de intervalo, este vai ter 1 mês e meio de intervalo com todas as consequências que daí advirão. É muito simples, na Amoreira o FC Porto por entre simulações patéticas de lesões, atrasos na reposição de bola ou auscultações ao VAR, não deverá ter mais que 20 minutos para tentar evitar um resultado terrível, perder frente ao lanterna vermelha, uma equipa miserável que não ganha a ninguém mas que, e à semelhança do jogo na Vila das Aves, fez o jogo da sua vida naquela 1ª parte.

Sejamos claros, estamos a entrar na parte mais delicada da época. Passada a 1ª volta, em que podíamos e devíamos ter bem mais pontos de vantagem sobre o 2º classificado do que aquilo que temos e depois do rocambolesco episódio no estoril, que apenas teve um prejudicado e chama-se FC Porto, aconteceu também aquilo que já era expetável. O clube campeão nacional, depois de longos meses sem ponta de futebol que se visse (admitido claramente por muitos dos seus próprios adeptos!) está naturalmente numa trajetória ascendente, quer de resultados, quer de exibições. Não era possível que a inexistência de futebol permanecesse durante a época toda, a grande questão é: como foi possível jogar tão pouco durante tantos meses e perder apenas um único jogo do campeonato no bessa, contrariamente por exemplo às 6 derrotas na Champions League?!?!?!

A fase é obviamente difícil e com margem de erro drasticamente reduzida depois do que se passou no estoril (que me cheira irá ser um jogo muito complicado de reverter, não pela miserável qualidade do estoril, mas sim por fatores extra... adiante), sendo que não é difícil adivinhar qual o resultado dos nossos rivais nesta jornada, principalmente no jogo do restelo, um daqueles jogos em que os apostadores lhe chamam um "figo"!!! Assim, o jogo de Moreira de Cónegos apenas tem um resultado possível para as nossas ambições, as dificuldades, já se sabe, vão ser mais que muitas, uma equipa Cónega disposta a "morrer em campo" para sacar um pontinho que seja ao FC Porto, com anti-jogo e nojice em doses industriais. Mas é o que temos e contra o qual teremos de lutar com a máxima dignidade e seriedade. É uma altura em que não pode haver medo de nada, sobretudo medo de ser feliz!

26 janeiro, 2018

17 IDEIAS SOBRE O CLÁSSICO.


1. Terceiro clássico e terceiro empate. Este foi sem dúvida o confronto onde fomos mais claramente superiores, diria mesmo esmagadores na segunda parte, mas parece continuar a faltar algo, aquilo a que chamo o "medo de ser feliz".

2. Durante a 2ª parte, com outra abordagem psicológica, o golo ao Sporting seria uma questão de tempo. Faltou o punch, aquilo a que o Sir Robson chamava, com propriedade, killer instinct.

3. Fomos roubados. O lance do penalty de Danilo (que seria penalty) não o é porque é precedido de fora-de-jogo de Bas Dost. Isto é facto dado como provado e faça-se jurisprudência.
O golo invalidado ao FC Porto, por intermédio do pavão Artur Soares Dias, carece de fundamentação: não vi nenhuma imagem que me prove claramente que é fora-de-jogo. As regras da FIFA são claras quanto a isto: em caso de dúvida, beneficia-se o ataque. Erro clamoroso - mais um - do VAR.

4. Diga-se que jogamos com um meio-campo de suplentes: Herrera a trinco, Sérgio Oliveira e Oliver. Mesmo assim, frente ao meio-campo titular do Sporting, demos um amasso daqueles.

5. Grande jogo do Ricardo Pereira. É verdade que aquele extremo-esquerdo lagarto, que todos elogiam (Acuña), titular da Selecção argentina (?!?), não é muito dotado tecnicamente nem empresta magia e imprevisibilidade ao jogo, mas a exibição do Ricardo a nível atacante é de se lhe tirar o chapéu. O adversário directo não lhe dava que fazer e ele soltou-se e soltou-se muito bem.

6. Eu gosto do Sérgio Oliveira. Gosto mesmo. Faz-me lembrar um daqueles gajos do futebol americano. Recolhe as bolas, levanta a cabeça, vê onde quer meter a bola e coloca-a limpinha a jogar. Quando o jogo fica embrulhado e quando está sob pressão, a sua importãncia diminui, mas é claramente uma peça-chave da equipa quando o objectivo é ganhar o meio-campo. Assistência brilhante para o golo do Soares.

7. Chegamos a Oliver. Para mim provou ontem uma vez mais que SC tem razão em não lhe dar minutos. Maus passes, incapacidade de progressão no terreno, inutilidade no capítulo do remate, zero poder de fogo, zero penetração e profundidade. Se quer ser Xavi tem que melhorar o passe curto e a visão de jogo; se quer ser um 10 tem que ganhar golo e profundidade. Está a meio caminho de coisa nenhuma, perdido no meio da ponte.
Tudo ok, não fosse o facto de ter custado 20M€. Creio que, com Paulinho em campo a 8 ou a 10, Oliver será irremediavelmente atirado para a bancada.

8. Waris: personalidade a bater o penalty, entrada com uma boa desmarcação para Brahimi e dois lances ganhos dentro da área. Gostei do que vi nestes poucos minutos. Pode vir a ser útil como rato de área.

9. Aboubakar: o camaronês parece cansado, perdeu explosão, lento, previsível, trapalhão. SC parece ter percebido isso e está a lançar Tiquinho, o Estripador. Precisamos do melhor Tiquinho.

10. Alex Telles: não sabe jogar mal. E como diz um amigo meu, um canto do Telles equivale a um penalty para o Porto. E, pelo que vi ontem, diria que a percentagem de marcação de golos em cantos e em penaltys deverá ser a mesma!

11. Não entro nas balelas de que a Taça da Liga não importa e que "a perder, que seja este". Para mim o FC Porto até no campeonato da carica entra para ganhar. Perdemos uma taça e estou pior que estragado.

12. Não gostei de ver SC ir para o balneário nos penaltys. Percebo que a ideia seja dar valor aos 90 minutos e não ligar aos penaltys, mas isso não bate certo quando diz na Flash que os penaltys não são lotaria.
O treinador tem que estar lá nestes momentos. Ponto final.

13. Precisamos que o melhor Corona apareça. O plantel é curto, o mexicano é craque, tem que aparecer agora em grande estilo.

14. Paulinho pode dar aquela profundidade que tem faltado na zona central, aquele passe com molho, aquele passe com salero, aquela assistência com adoçante que só pede mesmo o encosto lá para dentro. Acredito muito neste brasileiro que fomos buscar aos Algarves.

15. Ver Coentrão chamar "preto do caralho" a Marega é algo que custa e que pensava já ver irradiado do futebol. A UEFA costuma ter mão pesada nestas coisas. Veremos o que acontecerá neste pequeno país à beira mar plantado. Mas não se esqueçam: se fosse Sérgio Oliveira a dizer isto seríamos catalogados como "os racistas lá do Norte".

16. Termino dizendo que fomos melhores, muito melhores. Mas no FC Porto não vivemos de vitórias morais. Temos que ser matadores, temos que ser maldosos, não podemos perdoar à boca da baliza. Falta esse punch para que esta equipa passe para outro nível, para o nível da estratosfera europeia. Não é preciso um ponta-de-lança matador, porque já os temos; precisamos é de frieza colectiva e outra abordagem psicológica. Não ter medo de ganhar!

17. Cada vez mais com a certeza de que VAMOS SER CAMPEÕES!!

Rodrigo de Almada Martins

24 janeiro, 2018

O VAR DECIDIU, ESTÁ DECIDIDO.


SPORTING-FC PORTO, 0-0 (4-3 gp)

A segunda meia-final da presente edição da Taça da liga, lucílio, ctt, cerveja, o que lhe quiserem chamar, foi mais uma excelente propaganda para o VAR e seus pares. A continuar assim, iremos ter um VAR com óculos de graduação garrafal. Cada semana que passa, os erros e as vistas grossas aumentam e os artistas mantêm-se impávidos e serenos como se tudo estivesse normal.

Há poucos dias, reuniu a comissão de arbitragem com os clubes em Fátima, não fossem os padres faltar a um importante evento se tal reunião fosse agendada para o Porto, Vila Real ou outro lugar que o valha. O evento serviu para analisar a arbitragem e o VAR. Da tal reunião, os árbitros e o G15-3 terão saído muito satisfeitos com o balanço feito. Segundo eles, o VAR está a funcionar na plenitude e em quase 100% dos casos encontra-se a agir em conformidade. Se eles o dizem, quem somos nós para o contestar?

Não podemos ser obtusos ao ponto de colocar em causa toda esta gente que, pelo menos, nos últimos 4 anos ajuizaram e decidiram tudo em volta das competições a nível interno. Nós temos a mania que somos mais evoluídos e inteligentes que essa gente e que os erros que registámos são coisas das nossas cabeças apenas para implicar. Por isso e por outras situações, eu estou a pensar que deveremos, claramente, perder o jogo com o Estoril "na secretaria" porque os nossos adeptos são inequivocamente um bando de energúmenos que, por não saberem perder, invadiram o campo da Amoreira no intervalo do jogo com o Estoril. E depois ainda tiveram a distinta "lata" de inventar uma história mirabolante de que a bancada, onde se situavam a ver o jogo, estaria a ruir. Mas que mentes mais perversas!


Deixemo-nos de brincadeiras e de cinismos. Vamos ao que interessa e dizer as coisas tais como elas são. O VAR foi claramente decisivo para o desfecho do jogo desta noite entre Sporting e FC Porto. Tal como tem sido para vários jogos ao longo desta temporada. É hora de dar um murro na mesa e dizer basta. Não é tolerável continuarmos a assobiar para o lado e a permitir que incompetentes idiotas continuem a tomar decisões incríveis.

Em primeiro lugar, este jogo teve seis árbitros de campo: o principal, dois auxiliares nas linhas laterais, dois de baliza e um situado entre os bancos para controlar os mesmos e as substituições. Depois, ainda teve o VAR e o AVAR. Tanta gente para ajuizar e conduzir um jogo, não significa que a arbitragem irá ser melhor. Pelo contrário, pode ser um autêntico desastre.

Estavam decorridos os primeiros minutos de jogo, quando na conversão de um livre para a grande área, foi detectado por toda a gente que viu o jogo uma suposta grande penalidade contra o FC Porto. Danilo puxou e agarrou, de facto, Bas Dost dentro da grande área mas só as equipas de arbitragem e do VAR é que não viram qualquer infracção. Uma falta do tamanho dos clérigos. Não viu o árbitro, não viram os árbitros de baliza e não viu o VAR motivos para marcar grande penalidade.

Mas caso fosse assinalada falta de Danilo sobre Bas Dost, o VAR teria que saber analisar uma situação antes de decidir marcar pontapé de penalty. Teria que visualizar a jogada desde o início para verificar se havia ou não alguma infracção anterior. O VAR saberia analisar isso? Se calhar não saberia ou talvez soubesse. A comunicação social tão depressa a apontar esta falta grosseira de Danilo, não foi menos lesta a escamotear e a silenciar um fora-de-jogo de Bas Dost no momento em que Bruno Fernandes bateu o livre para a grande área.


O certo é que o jogo prosseguiu. Não foi assinalado qualquer fora-de-jogo e não foi marcada a grande penalidade por falta de Danilo sobre Bas Dost. Temos então o primeiro grande caso em que o VAR não soube avaliar como deveria ter avaliado.

O jogo prosseguiu. Nos primeiros 15 minutos, o Sporting teve algum ascendente sobre o meio-campo portista. Sem criar oportunidades de registo, excepto num lance em que Bruno Fernandes viu um remate ser interceptado por Alex Telles, a equipa azul-e-branca via o seu pêndulo do meio-campo lesionar-se sozinho. Danilo queixou-se da perna e foi imediatamente substituído por Óliver Torres.

Curiosamente, a entrada do espanhol coincidiu com a viragem do jogo. O FC Porto começou a equilibrar o jogo, a ganhar duelos no meio-campo e a ameaçar relativamente a baliza contrária. Sérgio Oliveira que aparece no onze nos jogos de maior exigência teve uma ou outra oportunidade para decidir melhor no último passe mas precipitou-se nas vezes em que se aproximou da baliza de Rui Patrício.

Até que aos 35 minutos, surge o segundo caso do VAR. Contra-ataque rápido do FC Porto com Brahimi a lançar em profundidade Sérgio Oliveira, este apertado, desmarcou Soares que o acompanhava e o brasileiro, que jogou no lugar de Aboubakar, abriu o marcador em Braga. Golo validado pelos árbitros de campo mas segundos depois o árbitro pede um momento. Recua na decisão e, perante instruções do VAR, anula o golo ao FC Porto.

Ora, no lance que vimos pela tv, ninguém no seu perfeito juízo pode determinar com certeza de que Soares está em fora-de-jogo, tal como ninguém pode afiançar que Soares estava em jogo.


A pergunta que eu deixo é a seguinte: como é que o VAR pode ajuizar um lance que mais ninguém pôde avaliar?

a) Estaria o VAR na posse de imagens a que mais ninguém teve acesso?

b) Terá o VAR acedido a imagens com as linhas que as tvs usam nas transmissões e que, por vezes, são colocadas no relvado para ajudar a perceber se há ou não fora-de-jogo?

c) Terá o VAR usado essas linhas que a FIFA e a UEFA recusam liminarmente por considerarem que não são altamente fiáveis?

d) Será que o VAR estaria a ouvir os idiotas da RTP que comentavam o jogo, tendo um deles afiançado e afirmado que Soares estaria, no mínimo, um metro em fora-de-jogo e por aí decidiu anular o golo?

Ninguém saberá com certeza em que é que Soares Dias se baseou para anular o golo. O certo é que a olho nú, ninguém pode dizer se Soares está ou não em fora-de-jogo.

Só um iluminado do Porto Canal, um tal de Perdigão, é que na sua análise pós-jogo viu um fora-de-jogo de Soares e entendeu que a decisão foi bem tomada. Mas quem é este sujeito, com suposto olho de falcão, para afirmar tal coisa? Sujeito esse que nem sequer foi capaz de analisar correctamente o lance na área portista entre Danilo e Bas Dost. E o que é que esse Perdigão está a fazer num canal que é um canal com ligações ao FC Porto e serve para defender os interesses do clube?


Dizem por aí que, alegadamente, esse Perdigão tem um bom "padrinho" dentro das estruturas do FC Porto. Não sei qual é a definição de "padrinho" neste contexto mas gostaria de saber. E também, alegadamente, representa o FC Porto nas reuniões de arbitragem. Não sei se corresponde ou não à verdade mas se for verdade, então o FC Porto está muito mal representado nessas reuniões. Não precisamos de nenhum Perdigão para analisar os lances dos nossos jogos porque esse sujeito faz análises completamente desajustadas, tendo já sido contestado várias vezes por outros companheiros de painel do programa. E para defender os nossos interesses nas reuniões de arbitragem, há com certeza pessoas que defendem muito melhor os nossos interesses do que este sujeito. Com este discurso, jamais. Como sócio, sinto-me envergonhado.

Voltando ao VAR, eu pergunto o que diz o protocolo do próprio VAR. Muito claramente diz que só em casos claros, flagrantes, de certeza é que o VAR deve intervir num lance destes de suposto fora-de-jogo e ajuizar em conformidade. Não foi o caso. Nem Soares Dias, nem Perdigão, de uma forma séria, podem dizer se foi ou não fora-de-jogo.

Posto isto, o VAR tem condições para continuar a actuar pelos relvados portugueses? Os senhores que lá estão, que visualizam e analisam as imagens têm condições para desempenhar as funções com esta responsabilidade? Tirem as vossas conclusões.

O jogo continuou com um nulo e com ambas as equipas a praticarem um jogo intenso, de luta, muito tácticas e com poucos espaços para a baliza.


A etapa complementar trouxe mais Porto. Os Dragões quiseram ganhar o jogo na segunda metade e mostraram isso em, praticamente, toda a segunda parte. Não obstante, o Sporting teve o lance mais perigoso ao enviar uma bola ao poste num cabeceamento de Coates. Os azuis-e-brancos, no entanto, tiveram algumas oportunidades.

Soares isolado rematou contra Rui Patrício mas o lance foi anulado por fora-de-jogo; Ricardo Pereira teve uma incursão à área contrária, no entanto, rematou à figura do guarda-redes contrário; Aboubakar, que substituiu Soares, interceptou uma bola no meio-campo e, precipitadamente, tentou o remate para a baliza; Waris, que se estreou, cabeceou ao lado; e Marega, no último lance de jogo, entrou na área pela direita e tomou a decisão de rematar quando tinha Brahimi completamente solto para atirar à baliza.

Sinal mais para o FC Porto, claramente mas este facto não chega para vencer jogos. Em três jogos com os eternos rivais, o FC Porto ficou-se sempre pelo "quase", apesar de todas as contrariedades e os malabarismos das arbitragens e do VAR. Os Dragões têm que, de uma vez por todas, não falhar nem comprometer na hora de decidir no momento de atirar à baliza. Os azuis-e-brancos terão que voltar a ter aquela mentalidade que tantas vitórias deram num passado não muito longínquo em que no momento das decisões raramente claudicavam.

Os jogos que virão em breve serão claros testes à capacidade de decisão desta equipa e serão um claro indicador de avaliação para atestar a capacidade mental da equipa e dos seus jogadores.


Não havendo golos (validados) ao fim de 90 minutos, recorreu-se à decisão do vencedor da partida através de grandes penalidades. Herrera, Aboubakar e Brahimi não fizeram a sua parte com competência e o Sporting acabou por ser mais feliz, vencendo o jogo por 4-3.

O FC Porto regressa à Liga NOS no próximo dia 30, dia em que vai jogar a Moreira de Cónegos mais uma jornada com vista a obtenção de mais três pontos essenciais na luta pelo título de campeão nacional.



DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Queremos ganhar o que ainda temos para jogar”

Um FC Porto superior
“Ainda não tive oportunidade de ver o golo. O jogo foi intenso, não bem jogado, em especial na primeira parte, porque houve pouco espaço. Tivemos o percalço da lesão do Danilo, que alterou um pouco a estratégia para o jogo: tive de puxar o Marega para a direita e o Sérgio para o meio, para apoiar o Herrera e Óliver. Mesmo assim houve um golo anulado e uma situação de perigo nossa e não me lembro de nenhuma deles. Na segunda parte entrámos fortes, o Sporting teve a bola parada que enviou ao poste e depois nós voltámos a criar situações de fazer golo. Penso que nos 90 minutos ninguém duvida que fomos a equipa que teve as melhores oportunidades. Depois, nas grandes penalidades, que não são lotaria nenhuma porque as trabalhamos, o Sporting foi mais competente.”


O “não” peso da derrota
“A derrota tem impacto. Claro que tem. Na revolta que nós sentimos e na vontade que temos em ganhar o campeonato, a Taça de Portugal e ir o mais longe possível na Liga dos Campeões. Sabemos que somos uma equipa forte, competitiva, e que vai querer ganhar as competições internas que temos para jogar.”

Lição para o futuro
“Vamos ter tempo de preparar esse jogo da melhor forma e saberemos o que fazer para fazer golos, que é o que falta. Em Alvalade tivemos uma mão cheia de oportunidades e hoje também tivemos algumas. Sabemos das fragilidades deles e vamos trabalhar nisso. Às vezes pecamos no último passe, é verdade, mas nestes dois jogos conseguimos criar e ter ascendente. Obviamente que o Sporting tem valor e qualidade.”



RESUMO DO JOGO

23 janeiro, 2018

TODA A RAZÃO DO PRESIDENTE.


Em dezembro último, dias após o clássico com os encarnados, Pinto da Costa mostrou-se bastante crítico e céptico relativamente à utilização do Vídeo-árbitro (VAR) , acusando contra o seu silêncio em decisões teoricamente favoráveis ao FC Porto.

Os factos suportam esta alegação. Exceptuando o golo validado a Marcano na goleada contra o Estoril da primeira jornada, golo esse sem relevante importância no desenrolar da partida (foi o 4-0 na altura), não mais tivemos conhecimento da existência do VAR, por muito que as circunstâncias assim o exigissem. Quer fosse por um golo a mais ou a menos no pecúlio de uma partida, quer fosse em pontos que podem fazer a diferença num campeonato, como foram as penalidades sonegadas contra Aves e slb, que poderiam significar um acréscimo de até 4 pontos na classificação, para além das implicações motivacionais que uma possível derrota poderia ter num adversário directo.

Alheios a questões do VAR, foi com surpresa que o vimos a surgir no jogo da passada 6a feira contra o Tondela, cerca de 4 meses depois, para invalidar, e de forma aparentemente correcta, o golo da tranquilidade portista marcado por Brahimi. Escusado dizer que tivemos o imenso azar de, nos mais de 60 minutos que antecederam esse lance, o Sr. Artur Soares Dias (VAR) estar ocupado a tirar uma pestana do olho. Só essa ou semelhante razão poderá justificar, um puxão da Corona, e duas mãos na bola de jogadores beirões em plena área que lhe passaram em claro.

É caso para dizer que, se antigamente tínhamos que jogar contra 14, nesta temporada já vão em 15 os adversários a bater. Enquanto não existir honestidade em Portugal, bem tem razão o Presidente no seu cepticismo. Sem idoneidade, a justiça será sempre uma utopia.


Ainda sem se conhecer valores relativamente a possíveis opções de compra, a SAD portista que tantos erros acumulou num passado recente, parece finalmente ter-se movido positivamente no mercado. Verdade que o futuro rendimento de Waris é uma absoluta incógnita. Dúvidas também persistem se Paulinho manterá com a camisola azul e branca, as boas exibições demonstradas no Portimonense. Contudo, incertezas àparte, o modelo de negócio seguido é excelente. Poder experimentar jogadores, em contexto de competição real, e decidir depois quem adquirir, permite-nos os reforços tão necessários, evitando erros de casting e Ferraris avariados.

Num momento em que a equipa está visivelmente a acusar o desgaste do sucesso, todos os pares de pernas que possam ajudar são bem-vindos. Sérgio Conceição agradece.


Uma dedicatória para Marco Silva.
Não quiseste? Azar. Já estamos bem servidos.
Life's a bitch

AS NOSSAS MODALIDADES – RESUMO DO FIM DE SEMANA.



JOGO DA SEMANA

A escolha para jogo da semana, recai sobre o par de jogos da nossa equipa de BASQUETEBOL perante adversários Açoreanos.

No sábado, a receção ao Terceira Basket, jogo onde o nosso adversário apresentava um score de 50% de vitórias.

O jogo começou de forma mais vantajosa para os visitantes que chegaram ao fim dos 1ºs 10 minutos com a liderança no marcador por 2 pontos (23-25). Após ajustes estratégicos, a nossa equipa venceu o 2º quarto, levando a que ao intervalo a vantagem fosse já de 3 pontos (54-51). A segunda parte iniciou com menor fulgor da nossa parte, e ao fim de 75% do jogo decorrido, a vantagem mantinha-se nos 3 pontos (69-66). O último quarto voltou a ser favorável à nossa equipa por 2 pontos, levando a uma vantagem final de 5 pontos (89-84).

No dia de domingo, foi a vez da receção aos outros terceirenses do Lusitânia.

O jogo começou favorável à nossa equipa, e no fim do 1º período, a vantagem era já de 26 pontos (37-11). O 2º período voltou a ser favorável, mas apenas por 1 ponto, levando a vantagem para 61-34 ao intervalo. O 3º período voltou a ser favorável à nossa equipa por 31-17, e com 75% do jogo já decorrido, a nossa vantagem aumentou para 41 pontos (92-51). O último período foi favorável aos açoreanos 15-19, levando a que o resultado final se fixasse em 107-70.

A nossa equipa volta a jogar na próxima sexta-feira, pelas 21h00, com uma deslocação ao terreno do Galitos no Barreiro.


AS OUTRAS MODALIDADES

A nossa equipa de HÓQUEI EM PATINS, depois de uma fase de calendário com sucessivos confrontos perante adversários diretos, entrou agora numa fase teoricamente mais tranquila.

Este fim de semana, foi a vez da deslocação ao terreno do Infante de Sagres, onde alcançamos uma vitória por 9-1.

O próximo jogo será a deslocação a Grândola no próximos sábado.

A equipa de ANDEBOL defrontou os espanhóis do Ademar Leon em jogo de preparação, tendo vencido por 31-24.

O próximo jogo será quinta-feira, pelas 21h00, com a deslocação ao terreno do Boa Hora.



Abraco,
Delindro

22 janeiro, 2018

A IMPORTÂNCIA DE UMA COMPETIÇÃO QUE NUNCA FOI IMPORTANTE!


A semana que agora começa encerra a primeira de quatro decisões que o FC Porto enfrentará nos próximos meses. É certo que de entre os objetivos da época, este é o menos prioritário, mas é uma competição oficial em disputa e deve ser encarada como tal, não como um qualquer jogo amigável.

É verdade que o primeiro objetivo é o título de campeão nacional, que a conquista da taça é o 2º objetivo e que ir mais além na Champions League será excelente, mas assume menos relevância que os objetivos anteriores. Resta a taça da Liga que, não é serio escondê-lo, sempre foi encarada pelo clube, jogadores, treinadores e dirigentes com pouca seriedade. O que mudou então para a postura da equipa/clube ser diferente este ano?

Desde logo, a atitude do treinador que desde cedo deixou claro não estar interessado em deixar cair nenhuma competição só porque sim. Sérgio Conceição foi aquele homem que num jogo de amigos de homenagem a Deco, ficou com azia por estar sentado no banco de suplentes. Para alem disso, não podemos deixar de admitir o óbvio: 4 anos sem ganhar rigorosamente nada, nem campeonato, nem taça, nem supertaça, nem taça da liga é muito, é imenso para um clube que entre 1982 e 2013 foi dos que mais ganhou interna e externamente no mundo inteiro.

É preciso quebrar o mais rápido possível, mas sem sofreguidão ou ânsia exagerada, este ciclo de derrotas que se iniciou simbolicamente após o fantástico golo de Kelvin que nos deu um saborosíssimo tricampeonato. E é preciso quebrá-lo, conquistando títulos oficiais, sejam eles quais forem, tenham eles a importância que tiverem. A verdade é essa.

Posto isto, em minha opinião, há que encarar esta competição com a máxima responsabilidade, mas tendo em vista também o numero elevado de jogos que o FC Porto enfrentará nos próximos meses. Não há como fugir disto, não se trata de menorizar a competição ou poupar só porque sim, mas veria com bons olhos para o jogo desta semana (ou na melhor das hipóteses, jogos desta semana) a poupança de 3/4 jogadores, porque todos os jogadores ao longo desta época têm demonstrado utilidade e comprometimento suficientes para lutar pela vitória em qualquer jogo de qualquer competição. E porque há muitos jogos nos meses que se seguem, infelizmente, o plantel não tem recursos ilimitados.

Ainda assim, também é bom que se diga que não é um eventual mau resultado na 4ª feira que irá colocar em causa o excelente trabalho realizado até aqui. Um dos grandes erros que se tem cometido nos últimos anos é o imensa facilidade com que se vai do 8 para o 80 e vice-versa. A histeria e o desespero são dois sentimentos antagónicos mas cuja fronteira é, por vezes, muito ténue. Espero que todos tenhamos aprendido com os erros cometidos nos últimos anos, venham eles de quem vierem.

PS: Não tem nada a ver com o golo sofrido no estoril (em que Sá foi muito mal batido), porque logo após a titularidade de José Sá em Leipzig disse-o sem problema nenhum e com toda a frontalidade que me custava muito a perceber a decisão de Sérgio Conceição. José Sá pode vir a ser um grande GR, mas neste momento não chega perto sequer da qualidade de Casillas. Não quero com isso dizer que com Casillas a titular, o espanhol não irá cometer erros, como até cometeu alguns nas últimas 2 épocas, mas parece-me evidente que Casillas justificaria a titularidade neste momento da época. Mais, em todos os jogos da presente época Casillas não errou de forma grave em nenhum dos que participou. É, de facto, aquilo que ainda não percebi, de entre todas as decisões tomadas por Sérgio Conceição, num excelente trabalho realizado até aqui. Mas a posição de GR é nuclear e pode perfeitamente valer um título perdido ou ganho num segundo apenas de um determinado jogo!

19 janeiro, 2018

O VAR NÃO IMPEDIU A VITÓRIA.


FC PORTO-TONDELA, 1-0

A sequência alucinante de jogos que o Dragão tem para cumprir nestes dois meses, não permite que os portistas entrem nos jogos com alguma tranquilidade. Os azuis-e-brancos, para além de terem que gerir muito bem os seus recursos, procuram marcar os golos de que necessitam numa fase precoce do jogo para depois poderem descansar com bola no pé.

Não bastava a sequência de jogos ao Domingo e à Quarta-feira, os Dragões vêem a Liga agendar mais 45 minutos do jogo com o Estoril para o meio de uma semana do mês de Fevereiro.

Muita gente não entende isto e quer ópera em todos os jogos, com três, quatro e cinco golos. Pensam que os jogadores são máquinas ou que isto é uma competição da playstation. Por isso, surgem, por vezes, críticas e assobios. É a chamada "contestação do ignorante". Enfim, siga.


Esta noite, Brahimi, Marcano e Corona regressaram ao onze e o FC Porto voltou a apresentar a sua equipa-tipo. O jogo no Dragão até começou muito bem. O FC Porto entrou em velocidade. Aos 12 minutos, numa bela jogada pela direita, Ricardo Pereira colocou a bola com conta, peso e medida na área e Brahimi rematou a rasar o poste. Na sequência deste lance, o Tondela marcou o pontapé de baliza, o defesa da equipa beirã calculou mal o passe, Marega, atento, interceptou e atirou para a baliza, batendo o guarda-redes contrário que foi uma das figuras da noite ao salvar vários golos.

Iniciando o jogo, cientes de que o líder provisório da jornada anterior acabara de empatar o seu jogo, os portistas começavam bem o seu compromisso com o golo madrugador de Marega. Esperava-se que o FC Porto pudesse alcançar mais um ou dois golos, tal a avalanche ofensiva evidenciada mas a bola não entrava.

O Tondela respondeu aos 19 minutos num remate em que Tomané rodou e atirou a rasar o poste da baliza de José Sá. A equipa beirã ainda criou algumas dificuldades no primeiro tempo, o que intranquilizou, de alguma maneira, os portistas.

Mas as melhores oportunidades estiveram nos pés dos portistas. O golo esteve perto, por três vezes:

aos 31 minutos, Aboubakar atirou de cabeça ao poste, após um canto batido por Alex Telles; aos 35 minutos Corona combinou, de forma perfeita, com Danilo e rematou, no coração da área, muito fraco para as mãos de Cláudio Ramos; e aos 45+1 minutos, Felipe correspondeu bem a um lançamento lateral na esquerda do ataque, rodou na área e rematou fortíssimo para nova defesa apertada de Cláudio Ramos.


Antes de terminar a primeira parte, registo ainda para mais uma grande penalidade que ficou por marcar a favor do FC Porto e em que o VAR voltou a fazer vista grossa. Num cruzamento para a grande área, Corona foi ostensivamente puxado pelo braço. O árbitro não viu e o VAR não funcionou. Está para nascer o primeiro VAR que irá assinalar o primeiro penalty a favor do FC Porto.

O segundo tempo iria exigir um FC Porto mais forte e intensivo. Primeiro porque os Dragões estavam a baixar de ritmo apesar das oportunidades criadas e depois iríamos ter um Tondela a apostar as fichas todas na etapa complementar. O FC Porto foi mais dominador até, cerca, de 10 minutos do fim do jogo.

Tal como no primeiro tempo, o FC Porto desperdiçou duas oportunidades de golo. Danilo rematou do meio da rua para grande defesa de Cláudio Ramos e depois o mesmo guarda-redes safou um golo correspondendo, de forma incrível, ao cabeceamento de Felipe. O central portista ainda desperdiçaria outro lance com um remate para fora na pequena área.

Aos 78 minutos, o FC Porto marcou o segundo golo mas na jogada, Marega estava em fora-de-jogo antes de fazer o passe para Brahimi facturar. O VAR assinalou bem a infracção. O VAR funciona? Aleluia, pensei que não!!! Ah, pois, mas funciona só para o mesmo lado. Como sempre!


O VAR voltou a falhar dois lances de grande penalidade na etapa complementar. Primeiro aos 54 minutos, viu-se Ricardo Costa a opôr-se a um remate de Aboubakar, utilizando o braço direito para impedir que a bola seguisse a trajectória da baliza. E depois aos 62 minutos de jogo, quando Osório controlou a bola com a mão esquerda em plena grande área. Dois erros grosseiros do VAR. Em três grandes penalidades no mesmo jogo, o VAR analisou zero, "bola", "nicles". Não analisou porque não quis.

O Tondela cresceu nos últimos minutos e para isso muito contribuíram as mexidas mal efectuadas por Sérgio Conceição. O jogo exigia Óliver Torres para controlar o jogo e ter bola mas Sérgio Conceição colocou Sérgio Oliveira que é um jogador útil no lançamento das transições rápidas. Por outro lado, Aboubakar saiu e entrou Hernâni que a terminar ainda teve um remate fortíssimo para grande defesa de Cláudio Ramos para canto. Soares entrou para queimar tempo, saindo Marega completamente esgotado.

O FC Porto acabou o jogo com algum sofrimento, com o receio de sofrer um golo. Mas o pior não aconteceu. Os Dragões recuperam a liderança, têm mais um ponto que o segundo classificado e com meio jogo ainda por cumprir em que estão a perder ao intervalo por 1-0. Caso os Dragões vençam esse jogo no campo ou na secretaria, aumentam para 4 pontos a vantagem sobre o segundo classificado.

Próxima paragem é na Pedreira de Braga. O FC Porto vai defrontar, na próxima Quarta-feira, o Sporting nas meias-finais da Taça da Liga, jogo da Final Four da prova. O campeonato regressa no dia 4 de Fevereiro com a visita ao Moreirense, depois de já lá ter jogado para a Taça de Portugal.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Gostamos da pressão de ganhar”

A primeira parte
“Sabíamos que iríamos ter um jogo difícil contra uma equipa bem organizada defensivamente, a fechar de certa forma o espaço que nós queríamos para chegar à baliza e ao último terço, principalmente na primeira parte. De qualquer forma, tentámos por fora, porque por dentro estava difícil, pois o adversário ocupou bem o corredor central. Depois, conseguimos fazer o golo naquilo que somos fortes, a pressão na primeira fase de construção do adversário, e ainda tivemos mais uma ou outra ocasião na primeira parte, que nos poderia ter permitido chegar ao intervalo com uma vantagem maior e estar mais descansados.”

A segunda parte
“Ao intervalo, alertámos os jogadores para algumas situações, corrigimos também a forma como devíamos chegar com mais perigo ao último terço e penso que conseguimos fazer isso. Entrámos de uma maneira muito forte, conseguimos criar variadíssimas ocasiões para fazer o segundo, mas falhámos muitos golos - o guarda-redes do Tondela fez uma exibição fantástica, teve duas ou três intervenções muito boas. Não o conseguimos e depois tornou-se um jogo perigoso, ainda que não tenhamos nunca deixado de procurar o golo - isso faz parte da identidade da equipa. As coisas acabaram por correr bem, mas penso que deveríamos ter vencido de uma forma mais folgada, porque tivemos oportunidades para isso. De qualquer forma, o que conta são os três pontos importantes na nossa caminhada. Parabéns ao Tondela, que fez um bom jogo, e aos meus jogadores, que tiveram uma crença muito grande num jogo que não era nada fácil.”


Chegar a maio na frente
“Estamos há muito tempo em primeiro lugar e gostamos dessa pressão, a pressão do primeiro lugar, de ganhar. É isso que nos faz trabalhar da forma que trabalhamos. Temos uma grande ambição e determinação em ganhar o campeonato. Queremos muito continuar na frente e chegar a maio e ter mais um ponto do que o segundo classificado. Sabemos que temos uma caminhada muito difícil, temos rivais com muita qualidade, mas vamos fazer o nosso caminho, porque ainda não conseguimos absolutamente nada.”

O primeiro troféu no horizonte
“Temos uma ambição e uma determinação muito grandes em ganhar títulos. É uma semana importante para nós e prova disso é que já a seguir os jogadores menos e não utilizados vão fazer treino exatamente a pensar no nosso jogo na quarta-feira. Foi bom, parabéns aos meus jogadores, não só aos 14 que entraram no jogo mas também a todo o grupo, e a partir deste momento vamos pensar na Taça da Liga, que é um troféu que queremos ganhar.”

Waris, o reforço
“É um jogador que conheço da Liga Francesa, estava na primeira divisão. Aprecio a sua qualidade e foi por isso que veio para cá tentar ajudar-nos e ser mais uma opção.”



RESUMO DO JOGO

O SEIXAL E O PASSIVO.


A meio desta semana surgiu a curiosa notícia de que o Benfica é o segundo clube europeu com maior passivo, logo atrás do Manchester United. Num clube dirigido financeiramente pelo propalado “génio” Domingos Soares de Oliveira, soa estranho que o passivo do clube se situe na módica quantia de 309 milhões de €uros.

Para se ter uma noção, o FC Porto ocupa o 16º lugar da lista (com 161 M€), enquanto que o Sporting ocupa a 20ª posição (133 M€).

Tudo isto não pode deixar de ser uma surpresa para todos aqueles que acompanham diariamente a imprensa escrita e televisiva nacional, que sempre dá a entender o Benfica como um exemplo de gestão a nível internacional, com um aproveitamento da formação made in Seixal e com uma capacidade de recrutamento de talento muito superior aos restantes competidores.

Sabemos hoje, pois, que tudo isto se trata de um embuste, de uma farsa, de uma mentira contada a tótós, que ainda acreditam na bondade e na isenção da comunicação social em Portugal.

jor·na·lis·ta
(francês journaliste)
substantivo de dois géneros
1. Pessoa que tem por profissão escrever em periódicos. = PERIODISTA
2. Pessoa que tem por profissão trabalhar no domínio da informação, num órgão de informação social numa publicação periódica escrita ou na televisão, na rádio, na Internet.
A verdade é que há muitos anos que os jornalistas desportivos portugueses deixaram de trabalhar na informação. Eles não informam; eles inventam, eles criam, eles mentem, eles subvertem e encobrem factos. É para isso que são pagos.


A prova disso mesmo é a capa do jornal A Bola de hoje, que trata de efectuar a devida e necessária contenção de danos depois das más notícias acerca do passivo vermelho que alguns jornais se atreveram a divulgar. Vai daí, na sequência da venda desse conhecidíssimo craque chamado Umaro Embaló (intermediada, refira-se, por Cátio Baldé), a manchete deste jornal no dia 19 de Janeiro de 2018 é a seguinte: MINA DE OURO – Seixal rendeu ao Benfica 240 Milhões em 7 anos (pequeno parêntesis: vamos lá fazer o favor a estes senhores e assumir que Ederson pertence à formação do Seixal). Ora, uma imprensa minimamente isenta e imparcial faria apenas e só a seguinte pergunta: se o Seixal rende tanto dinheiro ano após ano, se há tantos milhões a entrar, como é possível que o Benfica tenha o 2º maior passivo de toda a Europa?!

Como diria Donald Trump, this is all fake news!

Rodrigo de Almada Martins

18 janeiro, 2018

MAU DEMAIS.

5 de Maio de 1992: Tragédia de Furiani
A queda de uma arquibancada do Estádio Armand Cesari em Bastia matou 18 pessoas e deixou outros 2.300 adeptos feridos.
O jogo não está(va) a correr de feição. Recuperar de um 0-1 em 45 minutos passou assim a ser a nossa realidade, independentemente do que os regulamentos possam dizer, uma vez que não acredito em “golpes de teatro” no contexto actual. A ver vamos o que se poderá passar, mas o foco desportivo é que para já teremos um desafio completamente diferente pela frente, sendo que o sucesso poderá significar a recuperação ou não da liderança (veremos quais as contas nessa altura).

Mas mais do que qualquer tipo de análise mais profunda ao futuro e as consequências desportivas deste meio jogo o que quero relevar é mesmo o que de importantíssimo sucedeu na passada segunda-feira: um jogo de futebol foi interrompido e uma bancada evacuada de urgência porque 3.000 adeptos do FC Porto estavam numa estrutura em claro défice de segurança.

Como é que tal foi possível, mais a mais numa bancada com apenas 3 anos? Quem é o responsável por aprovar a utilização de estruturas que põe em risco adeptos que fazem centenas de quilómetros e pagam bilhete para assistir a um jogo do seu Clube? Quantos estádios em Portugal poderão estar em circunstâncias semelhantes?

O futebol é um desporto, um entretenimento que levamos mais a sério porque nos apaixonamos pelas nossas cores. No entanto não cabe na cabeça de ninguém que tal gosto e tal amor possa significar que colocamos a nossa vida em risco porque há falta de coragem de cumprir os regulamentos, decretar vistorias efetivas e eventualmente impedir alguns clubes de disputar os seus jogos em casa, como parece ter sido o caso.

Um desastre de proporções inimagináveis podia ter ocorrido em 2018 e destruído centenas de famílias. Num país onde infelizmente o planeamento e as condições de segurança são negligenciadas (a avaliar pelos casos de incêndios e da recente tragédia na associação recreativa de Vila Nova da Rainha) esperemos que não seja preciso um desastre para se começar a discutir o essencial em vez do acessório no que à segurança dos recintos desportivos diz respeito.

Na vida qualquer um de nós pode estar no sitio errado à hora errada. Mas tal não faz qualquer sentido numa bancada de um estádio de futebol ou num qualquer pavilhão, onde é suposto estarmos em comunhão a seguir as cores que tanto amamos.

17 janeiro, 2018

ESTORIL: TODA A VERDADE.


Estive lá. Estive lá com muitos amigos e, por isso, penso que posso falar com conhecimento de causa. Perante a contra-informação que por aí grassa, convém colocar os pontos nos iis e deixar bem claro a todos os portistas o que se passou na noite de 15 de Janeiro no Estádio Manuel Coimbra da Mota, no Estoril. Para que se perceba cabalmente o que sucedeu.

Antes de mais, dizer que o jogo começou, como sempre começa quando o FC Porto joga fora de portas: com centenas de portistas com bilhete, cá fora, à espera, a aguardar que as forças de seguranças lhes dessem autorização para entrar no recinto desportivo e terem acesso àquilo pelo qual pagaram: um jogo de futebol.

Este tipo de cenário acontece quase sempre que o FC Porto joga fora de portas. O objectivo só pode ser um: desmoralizar a massa adepta do nosso clube, impedi-la de irem aos estádios, desmotivá-los e querer que deixem de se deslocar país fora com a equipa. Ou se chega com 1 ou 2h de antecedência ou então, se tudo correr bem, perdemos certamente os primeiros 15 a 20 minutos da partida. Pede-se uma tomada de posição firme da nossa Direcção no sentido de que esta “brincadeira” acabe de uma vez por todas.

Mas vamos ao sucedido propriamente dito. Durante o intervalo, como é normal, vários adeptos portistas deslocaram-se às casas de banho, situadas no piso térreo da bancada dos visitantes. Ao verem a parede a rachar abruptamente à sua frente e com o abaixamento de um dos pilares de sustentação, os adeptos viram-se no meio de um filme de terror, entraram em pânico e precipitaram-se para a saída, sendo impedidos pelas forças policiais de o fazerem. Perante o pânico estampado na cara dos adeptos, a polícia prontamente abriu as grades e deixou os vários adeptos sair do estádio.

Quem estava na bancada, apercebendo-se do ruído lá fora e um certo abaixamento da bancada, começou a estabelecer diálogo com os que fugiam. E foi aí que a esmagadora maioria das pessoas se aperceberam do que se passava. Palavra passa a palavra, a ordem foi clara: “a bancada está a cair, fujam, fujam”. Colocado por escrito parece fácil, mas no momento viveram-se momentos terríveis.

Mas sair? Sair por onde se as pessoas dos lugares mais acima vinham a descer abruptamente degraus e cadeiras por aí abaixo? Para alguns imediatamente se viu que seria impossível sair pelo interior da bancada, pelo que restava uma solução: sair para o relvado.

Por momentos lembrei-me de Hillsborough, do Heysel. De início as forças de segurança tentaram impedir a invasão de campo, sendo que depois finalmente se aperceberam da gravidade da situação. É bom que se diga que os adeptos do FC Porto geriram a saída do estádio sozinhos, sem colaboração propriamente dita das forças de segurança, que apenas se limitaram a recolher pessoas de mobilidade reduzida da bancada para o relvado. Foi dada prioridade a mulheres e crianças, pediu-se contenção para que não se empurrasse atrás e, aos poucos, com a entre-ajuda dos vários portistas, lá se conseguiu evacuar a bancada em poucos minutos e sem problemas de maior.

Depois veio ao de cima o melhor que já vimos no futebol nacional, com milhares de portistas concentrados em metade do relvado a festejar o facto de nada de grave ter sucedido e a aproveitar para entoar cânticos de apoio ao clube, numa manifestação pura e espontânea de amor clubístico, tudo dentro da normalidade e com respeito por todos os adeptos do Estoril. Reuni-me no relvado com amigos de longa data, colegas de trabalho, deu para ver caras conhecidas, distribuir abraços, fazer a festa. Enfim, um dia que tão cedo não esqueceremos!

Foi talvez o único jogo das nossas vidas em que podemos dar graças a Deus pelo facto do FC Porto não ter marcado um golo. Se o tivesse feito, os nossos festejos poderiam ter sido fatais. Se a bancada tivesse de facto ruído, além de Entre-os-Rios e Pedrógão, teríamos hoje um novo palco de lágrimas e flores: Amoreira. Por sorte, as coisas correram bem e é certo que não veremos Marcelo Rebelo de Sousa a distribuir beijinhos pelos adeptos portistas. Já sabemos que em Portugal só se tomam decisões quando há tragédias e mortes por contabilizar; quando não há mortes nem choros, passa-se por cima e em breve tudo isto não passará de uma memória difusa.

É pena que assim seja, porque há aqui factos que convinha esclarecer. Primeiro, foi o anterior Vereador do Desporto da CM de Cascais (João Sande e Castro) a questionar, num post de facebook, como foi possível edificar ali uma grande bancada, visto que não tinha sido possível construir anteriormente uma piscina, pois o local situava-se em leito de cheia e de reserva agrícola, onde passa uma ribeira. Além disso, refere o mesmo ex-veredador que em 12 anos foi necessário reparar por 3 vezes os campos sintéticos contíguos devido a abatimentos no solo.

Referiu ainda posteriormente que a instabilidade daquele terreno era conhecida pela CM de Cascais e pelo próprio Estoril-Praia. A CM de Cascais já se demarcou da confusão, dizendo que a obra foi analisada por vários técnicos e alvo de vistorias da própria Liga de Clubes.

Pouco depois, começaram as desculpabilizações: sugeriu-se que o terramoto de Arraiolos, que não fez cair um copo de nenhum prateleira de todo o Alentejo, tinha sido responsável pelo aluimento no Estoril. O jornal A Bola, verdadeiros criminosos encartados, ainda arriscaram afirmar que os Super Dragões, que se portaram como verdadeiros senhores, teriam furtado coisas que ninguém viu ou ouviu falar.

No meio disto tudo ninguém diz o óbvio: houve um total desrespeito por cerca de 2.500 vidas humanas na passada segunda-feira e só não ocorreu uma tragédia de dimensões colossais naquela fria noite de Janeiro de 2018 por mero acaso divino. No meio de tudo isto, o Estoril-Praia e a Liga de Clubes ainda têm a lata de solicitar que a segunda parte se realize, quando podíamos estar a falar de um encerramento compulsivo da actividade deste clube por não cumprir com o mínimo de regras de segurança. E logo o Estoril-Praia, preocupado com estes 3 pontos, quando no campo tem perdido quase todos eles.

Portugal é um país de impunidade, da política aos negócios. Não sabíamos que a impunidade havia passado agora para o perigoso e pantanoso terreno da construção civil, onde podem suceder tragédias.

Uma coisa podemos perguntar e deixar no ar: se o Estoril tem um estádio mais seguro e mais amplo no Algarve, porque não propôs atendendo à enchente que se avizinhava, – sim, meus caros, habituem-se à ideia de que o FC Porto enche estádios por esse país fora, mesmo na região de Lisboa, onde o portismo está de facto implantado e veio para ficar – que o jogo se realizasse no seu outro estádio? Porque se desrespeitou a vida destes milhares de adeptos portistas? Porque é que se colocou cimento fresco à pressa nos dias anteriores ao jogo? Afinal as autoridades e os responsáveis estorilistas sabiam ou não sabiam do risco em que corriam se a bancada enchesse? Em que é que ficamos?

Para a história ficará este dia em que os portistas pela primeira vez ficaram felizes pelo facto do FC Porto não marcar um golo. Se o tivesse marcado, seria provavelmente o golo mais terrível da sua história.

Assim sendo, resta apenas finalizar desta forma: ganhem vergonha na cara, meus senhores! Num país normal, o Estoril, a Liga e a CM de Cascais assumiam as culpas, pediam desculpas de joelhos e davam por terminado o jogo com derrota por 0x3 para os homens da casa. Outra solução que não esta será um atentado aos adeptos e aos espectadores do desporto-rei, que viram as suas vidas em risco durante 45 minutos. Repito: TENHAM VERGONHA!

Rodrigo de Almada Martins

15 janeiro, 2018

TRAGÉDIA IMINENTE.


ESTORIL-FC PORTO, 1-0 (suspenso ao intervalo)

O jogo da noite desta segunda-feira foi marcado por contornos de polémica. Desta vez fora dos relvados. Nesta crónica vou centrar-me no que se passou extra-jogo porque é importante denunciar várias situações.

Poderíamos ter assistido a uma tragédia no campo da Amoreira. Na bancada norte destinada ao sector visitante, no fim da 1ª parte soou o alarme quando se sentiu um ruído e uma tentativa de chamar as pessoas para o perigo de ruína dessa bancada.

Tal não aconteceu porque o pânico instalado foi, de certa forma, relativo e controlado por quem comandou os cerca de 3000 portistas presentes naquele sector. Nisso, o líder dos Super Dragões tem que ser citado porque teve um grande papel e uma grande responsabilidade digna de registo.


As pessoas começaram a sair do estádio por baixo da bancada e outras fugiram para o relvado, invadindo toda a zona da grande área do topo norte. Mas o que se estava realmente a passar? A bancada começou a ceder. O chão cedeu e abriram-se fendas nas paredes desse sector. A partir daí todo o sector foi evacuado e a bancada esvaziou em alguns minutos. Cerca de 2000 pessoas ficaram no relvado e 1000 pessoas foram para a rua. Mas que vergonha é esta? Mas que irresponsabilidade é esta de permitirem um jogo num estádio sem condições?

Estávamos no intervalo de um jogo da Liga NOS com o Estoril a bater o FC Porto por 1-0. As forças de segurança e a protecção civil concluíram que não havia condições para o jogo ser retomado e ficaram 45 minutos de jogo por cumprir.

Agora vamos aos factos. Os regulamentos da Liga aprovados em Assembleia-Geral são muito claros. Em caso destes como o da noite de Segunda-feira na Amoreira dita o regulamento no artigo 94 que tem que haver penalizações para o clube promotor do evento. Tais penalizações passam por derrota no jogo e coimas.

Após vistoria da Liga e da peritagem, os resultados tornam-se inconclusivos. A segunda parte do jogo é adiada para dia 21 de Fevereiro e ficamos sem saber que consequências é que são imputadas ao Estoril. Teremos que aguardar mas da parte do FC Porto há a clara intenção de aplicar os regulamentos previstos nestas situações.

O certo é que ouvimos muitas versões estapafúrdias sobre o caso.

Uns defendiam a continuidade do jogo como se nada tivesse passado, que foi o caso da equipa da casa. Outros anormais eram a favor de que o jogo deveria prosseguir no dia seguinte, como se o estádio reunisse todas as condições com as fendas e os abatimentos visíveis naquele sector. Ou será que esperavam que os 3000 adeptos do FC Porto abdicassem de ver a etapa complementar?


Só em cabeças de atrasados mentais como ouvi ontem num programa em que o idiota-monólogo armado em isento e filósofo vomita asneiras e enormidades destas. Ou mesmo o minorca de Alvalade a escrever posts sobre tomadas de posição que o FC Porto em lado nenhum tomou.

Mas o mais grave disto tudo é ver em directo comentários nas tvs de um ordinário e sem escrúpulos de nome Pedro Henriques. Um ex-jogador frustrado que semana após semana destila ódio contra o FC Porto nos seus comentários que me recuso adjectivar. E o que dizer do rodapé da estação de Carnaxide aquando da invasão do relvado do campo do Estoril? Um nojo!

Gostaria que se tivessem pronunciado sobre o abatimento do piso, das fendas e do cimento fresco colocado para remendar. Mas nada. Não dizem rigorosamente nada.

E já agora quem ouviu o presidente do Estoril dizer umas bacamartadas, desmentir o comunicado do seu clube e chamar otários a todos os telespectadores? Enfim, sem comentários. Foram declarações dignas de um criminoso.

Se ouvissem e lessem mais opiniões de peritos como por exemplo de engenheiros, de arquitectos e, concretamente, do Bastonário da Ordem dos Engenheiros, não diriam tantas asneiras. E quem tivesse vergonha, desaparecia de vez do mapa.

Como o FC Porto não irá abdicar dos seus direitos e dos eventuais prejuízos que daí possam advir, está muito atento e vai aguardar com serenidade pelo desenrolar do inquérito e do processo e tomará as devidas decisões na altura adequada.

Ao contrário de muitos idiotas que estão sempre de faca afiada quando as coisas correm menos bem para o clube, o FC Porto tem a inteligência, e bem, de esperar que as instâncias analisem e tirem as suas conclusões.

Agora vamos analisar os prejuízos do FC Porto. Com este episódio e com a decisão de agendar uma data para concluir o jogo quem sai prejudicado? O FC Porto, claramente.


Primeiro, quem foi o promotor do evento? O Estoril.

Segundo, quem é responsável pelas instalações e pelas condições do estádio? O Estoril. Muito idiota da cartilha veio dizer que era a Câmara Municipal de Cascais. São tão ridículos e uns vendidos que saem-se com estas respostas que não lembra a ninguém. Revelam a ausência de seriedade de que padecem.

Terceiro, é diferente jogar 45 minutos contra uma equipa algo desgastada pela grande intensidade com que encarou a primeira parte do que enfrentar uma equipa fresca.

Quarto, também é diferente jogar contra o Estoril com quatro baixas no seu plantel ao invés de defrontar a equipa com o plantel quase na máxima força. Também dizem os arautos da verdade: o FC Porto vai poder contar com o Brahimi. Pois pode, mas quatro baixas é diferente de uma baixa. A questão é que estamos a analisar diferentes realidades e quem beneficia com elas em resultado desta vergonha.

Quinto, o FC Porto tem uma grande quantidade de jogos, ao fim-de-semana e a meio da semana ao longo dos próximos dois meses, ao contrário do Estoril que joga uma vez por semana. Das poucas semanas em que poderia ter algum descanso, foi marcada pela Liga a segunda parte deste jogo para meio da semana em que poderia ter uma pausa. Claramente penoso para uma equipa que ainda terá que fazer 600 kms a fim de cumprir os 45 minutos em falta, ao contrário do Estoril que só tem que esperar que os portistas se desloquem.

E, no meio disto tudo, o que vai acontecer ao Estoril? Sai impune? Vai beneficiar da frescura dos seus jogadores e das ausências de jogadores neste jogo? E vai poder usufruir do seu estádio cheio de fissuras?

Tivesse o FC Porto marcado um ou dois golos nas quatro oportunidades claras e a esta hora estaríamos, talvez, a falar em mortes e feridos. Conseguem imaginar o que seriam 3000 adeptos do FC Porto a festejar e a saltar na bancada? Não quero nem posso imaginar. Sem ter quaisquer conhecimentos sobre estruturas, não vou dizer o que aconteceria mas consultando quem domina o tema, dizem-me que poderia ter acontecido uma tragédia de proporções incalculáveis.


Sobre o jogo da 1ª parte, apraz-me dizer que o FC Porto entrou com um onze pouco condizente com as exigências do jogo apesar de estar pela frente o último classificado do campeonato. Muitas vezes encaram-se os adversários menos cotados com alguma sobranceria. E isso traz os seus dissabores.

O FC Porto não entrou bem no jogo e permitiu ao Estoril ter algum ascendente na partida. A equipa da linha saiu a jogar e sempre que pôde acercou-se da baliza de José Sá. Aos 18 minutos após uma falta de Reyes sobre um adversário entra a linha da grande área e a linha lateral, Eduardo rematou directamente para a baliza e em arco e inaugurou o marcador.

José Sá ficou pessimamente na fotografia com a má colocação entre postes. Com esta desvantagem, o FC Porto partiu atrás do prejuízo. Aboubakar, Layún e Marega desperdiçaram as suas oportunidades e a terminar a primeira parte Reyes e Aboubakar a meias enviaram uma boa à trave da baliza canarinha. A equipa da casa ainda teve uma oportunidade com um remate fortíssimo a sair junto ao poste da baliza dos Dragões.

Depois veio o intervalo com perspectiva de reacção portista mas o que se passou a seguir e que foi narrado no início desta crónica ditou a suspensão do jogo.

Nota de registo: O Estoril fez mais faltas neste jogo em 45 minutos do que em 90 minutos no Estádio da Luz. Tirem as conclusões que quiserem.

Há mais no dia 21 de Fevereiro para contar, se entretanto não forem tomadas outras decisões.

O FC Porto joga nesta Sexta-feira no Estádio do Dragão frente ao Tondela em jogo a contar para a 19ª Jornada da Liga NOS.




DECLARAÇÕES

COMUNICADO e COMUNICADO



RESUMO DO JOGO