http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Desci à terra e caí redondo, com estrondo. O sonho acabou. Aqueles tropeções em Aveiro e no Dragão deixaram-me frustrado, irritado e angustiado, mas o trambolhão na Rússia deixou-me deveras preocupado e avisado: este ano, para ganhar, vai ser preciso sofrer. Aguenta coração, porque este dragão ainda vai ficar sem pulmão.
Sou um homem de vícios. O Porto é um vício, o tabaco é outro. E quando um vício número um sofre, o outro é que paga. Voltei a fumar mais, pois claro. E a única coisa que me salva desta crise – da economia e das finanças, naturalmente, porque é a única que vislumbro… - é que desde há um mês juntei-me à longa lista dos fumadores em crise que optam pelo tabaco de enrolar.
Não enrolo mais – a conversa, pois claro. Falemos de futebol, que é algo que nos últimos tempos me incomoda solenemente falar. É que depois de uma época como aquela, confesso que já tinha escrito nas estrelas mais um ano de sonho, parecido com o de 2004. Com um treinador à Porto, com uma equipa à Porto, só me restava acreditar numa outra época à Porto. Vai ser um ano tranquilo, pensei eu. Passeamos no campeonato, carregamos na Champions e tudo pode acontecer… Como em 2004, lá está. Aquele ano estava sempre presente. Deixem-me sonhar, pedia eu, quando me diziam estava a delirar.
Provavelmente estava, se soubesse o que sei hoje. Se soubesse que ele - vocês sabem quem é... - desertasse daquela forma cruel, se soubesse que o seu sucessor seria alguém que sabe o que é ser Porto, mas que parece não saber o que é futebol, se soubesse que a política de contratações do clube voltaria a cometer os erros no passado. Se soubesse o que sei hoje, já dizia o outro, tinha acordado há muito mais tempo. Agora, o despertar é doloroso.
A um treinador que vai multiplicando equívocos, com evidentes dificuldades em ler o jogo e com algumas decisões tácticas, no mínimo, questionáveis, soma-se uma mão quase cheia de jogadores em notório sub-rendimento, provavelmente com a cabeça em Londres ou em qualquer outro lugar. Onde está o Moutinho do ano passado? Onde está o Palito? Onde está o Guarín? Onde está o Varela? Já chegaram de férias?
Não condeno a opção por Vítor Pereira. Provavelmente era a única alternativa possível a dias da pré-época arrancar, para fazer uma transição pacífica e devolver a paz a um balneário também ele traído por um puto cagarola com manias de “special two”. Tenho dúvidas que seja o homem certo no lugar certo. Mas quero estar redondamente enganado.
Assim como espero estar enganado quanto às enormes reservas com que olho para a política de contratações. Por mais que tente, não sou capaz de compreender como é que no ano em que a equipa de futebol tem o maior orçamento de sempre da história do clube, se vende um jogador fundamental na época anterior, e não se contrata um substituto para uma posição, onde, aliás, só existe uma verdadeira alternativa. Em vez disso, chegam quatro jogadores (Danilo, Alex Sandro, Defour e Mangala) para reforçar sectores onde não havia propriamente carências gritantes, a troco de 40 milhões de euros.
Nunca fui um optimista exacerbado, mas sou crente. E é essa crença que também explica o amor que se sente por este clube, em que o coração esmaga sempre a razão. Ora, rumemos então todos a Coimbra levantar o campeão.
Sou um homem de vícios. O Porto é um vício, o tabaco é outro. E quando um vício número um sofre, o outro é que paga. Voltei a fumar mais, pois claro. E a única coisa que me salva desta crise – da economia e das finanças, naturalmente, porque é a única que vislumbro… - é que desde há um mês juntei-me à longa lista dos fumadores em crise que optam pelo tabaco de enrolar.
Não enrolo mais – a conversa, pois claro. Falemos de futebol, que é algo que nos últimos tempos me incomoda solenemente falar. É que depois de uma época como aquela, confesso que já tinha escrito nas estrelas mais um ano de sonho, parecido com o de 2004. Com um treinador à Porto, com uma equipa à Porto, só me restava acreditar numa outra época à Porto. Vai ser um ano tranquilo, pensei eu. Passeamos no campeonato, carregamos na Champions e tudo pode acontecer… Como em 2004, lá está. Aquele ano estava sempre presente. Deixem-me sonhar, pedia eu, quando me diziam estava a delirar.
Provavelmente estava, se soubesse o que sei hoje. Se soubesse que ele - vocês sabem quem é... - desertasse daquela forma cruel, se soubesse que o seu sucessor seria alguém que sabe o que é ser Porto, mas que parece não saber o que é futebol, se soubesse que a política de contratações do clube voltaria a cometer os erros no passado. Se soubesse o que sei hoje, já dizia o outro, tinha acordado há muito mais tempo. Agora, o despertar é doloroso.
A um treinador que vai multiplicando equívocos, com evidentes dificuldades em ler o jogo e com algumas decisões tácticas, no mínimo, questionáveis, soma-se uma mão quase cheia de jogadores em notório sub-rendimento, provavelmente com a cabeça em Londres ou em qualquer outro lugar. Onde está o Moutinho do ano passado? Onde está o Palito? Onde está o Guarín? Onde está o Varela? Já chegaram de férias?
Não condeno a opção por Vítor Pereira. Provavelmente era a única alternativa possível a dias da pré-época arrancar, para fazer uma transição pacífica e devolver a paz a um balneário também ele traído por um puto cagarola com manias de “special two”. Tenho dúvidas que seja o homem certo no lugar certo. Mas quero estar redondamente enganado.
Assim como espero estar enganado quanto às enormes reservas com que olho para a política de contratações. Por mais que tente, não sou capaz de compreender como é que no ano em que a equipa de futebol tem o maior orçamento de sempre da história do clube, se vende um jogador fundamental na época anterior, e não se contrata um substituto para uma posição, onde, aliás, só existe uma verdadeira alternativa. Em vez disso, chegam quatro jogadores (Danilo, Alex Sandro, Defour e Mangala) para reforçar sectores onde não havia propriamente carências gritantes, a troco de 40 milhões de euros.
Nunca fui um optimista exacerbado, mas sou crente. E é essa crença que também explica o amor que se sente por este clube, em que o coração esmaga sempre a razão. Ora, rumemos então todos a Coimbra levantar o campeão.