http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Isto de se ser portista militante tem destas coisas complicadas: estamos a viver um início de época futebolística em grande estilo, mas as nossas modalidades já vão no segundo dissabor em tão pouco tempo.
Primeiro foi o andebol a não conseguir o merecido apuramento para a fase de grupos da liga dos campeões.
Agora foram os nossos eneacampeões que não conseguiram vencer os lampiões na supertaça de hóquei em patins.
Confesso que em ambos os casos, estes dissabores em nada abalam a minha confiança numa época positiva, a qual implica naturalmente a conquista do tri no andebol e do deca no hóquei. Os profissionais que constituem ambas as equipas, dão garantias disso mesmo.
Mas nem só nisto estas duas equipas são similares.
Também na garra e empenho se comparam.
Na força, determinação e humildade.
No pouco respeito que o clube tem pelos seus atletas, lamentavelmente também se cruzam…
Um clube como o Futebol Clube do Porto não se mede apenas pelo número de sócios e adeptos que tem, ou pelo número de títulos conquistados.
Quem tem a nossa dimensão, tem igualmente que dar todas as condições de trabalho aos que honradamente envergam as suas cores e o seu emblema. São eles que transformam os nossos sonhos em realidade e são eles que no fundo são a imagem do clube.
Simultaneamente, um clube com uma história centenária tem que ser capaz de honrar os seus compromissos no final de cada mês, dado que os jogadores tal como qualquer um de nós, têm uma família e despesas mensais que não se compadecem com estas falhas.
É também aqui que as modalidades se voltam a cruzar. Para grande tristeza e até alguma estupefação da minha parte, são recorrentes os atrasos no pagamento dos salários aos atletas destas modalidades.
É igualmente por isto que me sinto muito honrado em ter profissionais deste gabarito no Futebol Clube do Porto.
É de enaltecer o profissionalismo daqueles que semana após semana vão “engolindo sapos”, vivendo na expectativa de saber quando irão receber o seu devido dinheiro.
Eles que até para se moverem no nosso pavilhão são alvo das restrições mais impensáveis, dignas da casa de um adversário.
É nesta altura curioso lembrar que aquando da tomada de posse desta direcção em Maio deste ano, toda a parte desportiva foi alvo de uma reestruturação.
No que diz respeito às modalidades amadoras, sem que antecipadamente lhe tivesse sido informado, Ilídio Pinto foi substituído por Manuel Arezes.
Que fique bem claro que nada tenho contra Manuel Arezes, ao qual reconheço um grande espírito enquanto atleta do clube. Como tal, não ponho em causa a sua postura e competência.
Mas o que é facto que esta alteração sem aparente razão e que nunca foi devidamente explicada a um homem com 33 anos de dedicação extrema ao clube, surge ao cabo de um último ano onde as dificuldades se estavam a agudizar, e onde Ilídio Pinto nunca se sentiu confortável com a situação.
Será que estamos à espera que aconteça algo similar ao que esteve para acontecer no final da época passada, quando estivemos na iminência de perder Reinaldo Ventura para os lampiões? Não confiemos sempre na sorte, e menos ainda que todos tenham a postura que ele teve.
É que o caso ficou “abafado” dado que o jogador ficou entre nós. Mas tal só aconteceu porque homens e Portistas como ele há poucos, dado que arrisco-me a dizer que ninguém ficaria com uma diferença de salário tão grande… ah, e pago ao dia 1 de cada mês, impreterivelmente!
É que além do mais, todos sabemos que ser um grande dragão não é propriamente algo que seja tido em conta na hora de elaborar plantéis. Que o digam Álvaro Rodrigues do andebol que saiu para o ABC (será que é coincidência andarmos a sofrer tantos golos tendo saído o nosso “esteio” defensivo???) e Paulo Cunha do basket.
Julgo que é hora de acordarmos e pedirmos mais carinho para aqueles que envergam as nossas cores com uma humildade e sentido de clube fora do comum.
Eles que quase não têm estágios antes dos jogos ao contrário de outros, que os preparam até ao limite.
Eles que são forçados a viagens desgantantes para o estrangeiro quando os outros já lá estão.
Eles que ano após ano são obrigados a serem muito melhores que os outros, pois trabalham em condições bem mais débeis e ganhando bem menos.
Não podemos pedir aos atletas que joguem pelo simples amor à camisola ou pela honra de envergarem as nossas cores. São factores decisivos para um jogador “à Porto”, mas não podem ser os pressupostos básicos para uma relação laboral.
Continuar a vê-los vencer é o que todos desejamos e eles vão certamente fazê-lo.
Serem alvo de maior respeito e consideração pelo clube, é uma atitude que espero não demore muito a acontecer.
Mas meus amigos, e eles merecem isto???
Um forte abraço!
Viva ao deca e ao tri!
PS – Para quem fala recorrentemente em futsal, espero que de uma vez por todas guarde essa ideia, pois se existem tantas dificuldades nas modalidades existentes, como suportar mais uma?
Primeiro foi o andebol a não conseguir o merecido apuramento para a fase de grupos da liga dos campeões.
Agora foram os nossos eneacampeões que não conseguiram vencer os lampiões na supertaça de hóquei em patins.
Confesso que em ambos os casos, estes dissabores em nada abalam a minha confiança numa época positiva, a qual implica naturalmente a conquista do tri no andebol e do deca no hóquei. Os profissionais que constituem ambas as equipas, dão garantias disso mesmo.
Mas nem só nisto estas duas equipas são similares.
Também na garra e empenho se comparam.
Na força, determinação e humildade.
No pouco respeito que o clube tem pelos seus atletas, lamentavelmente também se cruzam…
Um clube como o Futebol Clube do Porto não se mede apenas pelo número de sócios e adeptos que tem, ou pelo número de títulos conquistados.
Quem tem a nossa dimensão, tem igualmente que dar todas as condições de trabalho aos que honradamente envergam as suas cores e o seu emblema. São eles que transformam os nossos sonhos em realidade e são eles que no fundo são a imagem do clube.
Simultaneamente, um clube com uma história centenária tem que ser capaz de honrar os seus compromissos no final de cada mês, dado que os jogadores tal como qualquer um de nós, têm uma família e despesas mensais que não se compadecem com estas falhas.
É também aqui que as modalidades se voltam a cruzar. Para grande tristeza e até alguma estupefação da minha parte, são recorrentes os atrasos no pagamento dos salários aos atletas destas modalidades.
É igualmente por isto que me sinto muito honrado em ter profissionais deste gabarito no Futebol Clube do Porto.
É de enaltecer o profissionalismo daqueles que semana após semana vão “engolindo sapos”, vivendo na expectativa de saber quando irão receber o seu devido dinheiro.
Eles que até para se moverem no nosso pavilhão são alvo das restrições mais impensáveis, dignas da casa de um adversário.
É nesta altura curioso lembrar que aquando da tomada de posse desta direcção em Maio deste ano, toda a parte desportiva foi alvo de uma reestruturação.
No que diz respeito às modalidades amadoras, sem que antecipadamente lhe tivesse sido informado, Ilídio Pinto foi substituído por Manuel Arezes.
Que fique bem claro que nada tenho contra Manuel Arezes, ao qual reconheço um grande espírito enquanto atleta do clube. Como tal, não ponho em causa a sua postura e competência.
Mas o que é facto que esta alteração sem aparente razão e que nunca foi devidamente explicada a um homem com 33 anos de dedicação extrema ao clube, surge ao cabo de um último ano onde as dificuldades se estavam a agudizar, e onde Ilídio Pinto nunca se sentiu confortável com a situação.
Será que estamos à espera que aconteça algo similar ao que esteve para acontecer no final da época passada, quando estivemos na iminência de perder Reinaldo Ventura para os lampiões? Não confiemos sempre na sorte, e menos ainda que todos tenham a postura que ele teve.
É que o caso ficou “abafado” dado que o jogador ficou entre nós. Mas tal só aconteceu porque homens e Portistas como ele há poucos, dado que arrisco-me a dizer que ninguém ficaria com uma diferença de salário tão grande… ah, e pago ao dia 1 de cada mês, impreterivelmente!
É que além do mais, todos sabemos que ser um grande dragão não é propriamente algo que seja tido em conta na hora de elaborar plantéis. Que o digam Álvaro Rodrigues do andebol que saiu para o ABC (será que é coincidência andarmos a sofrer tantos golos tendo saído o nosso “esteio” defensivo???) e Paulo Cunha do basket.
Julgo que é hora de acordarmos e pedirmos mais carinho para aqueles que envergam as nossas cores com uma humildade e sentido de clube fora do comum.
Eles que quase não têm estágios antes dos jogos ao contrário de outros, que os preparam até ao limite.
Eles que são forçados a viagens desgantantes para o estrangeiro quando os outros já lá estão.
Eles que ano após ano são obrigados a serem muito melhores que os outros, pois trabalham em condições bem mais débeis e ganhando bem menos.
Não podemos pedir aos atletas que joguem pelo simples amor à camisola ou pela honra de envergarem as nossas cores. São factores decisivos para um jogador “à Porto”, mas não podem ser os pressupostos básicos para uma relação laboral.
Continuar a vê-los vencer é o que todos desejamos e eles vão certamente fazê-lo.
Serem alvo de maior respeito e consideração pelo clube, é uma atitude que espero não demore muito a acontecer.
Mas meus amigos, e eles merecem isto???
Um forte abraço!
Viva ao deca e ao tri!
PS – Para quem fala recorrentemente em futsal, espero que de uma vez por todas guarde essa ideia, pois se existem tantas dificuldades nas modalidades existentes, como suportar mais uma?