Liga Bwin 2007/08, 24ª jornada
30 de Março de 2008
Estádio do Restelo, em Lisboa
Assistência: --- espectadores
Belenenses: Júlio César; Amaral (Fernando, 89m), Rolando, Hugo Alcântara e Rodrigo Alvim; Gabriel Gomez, Ruben Amorim, Zé Pedro e Silas «cap.» (Rafael Bastos, 84m); Roncatto (J. Paulo, 80m) e Weldon.
Não utilizados: Costinha, Edson, Gonçalo Brandão e Devic.
Treinador: Jorge Jesus.
FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap.», Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Raul Meireles (Kazmieczak, 87m) e Lucho; Quaresma, Farías (Adriano, 68m) e Lisandro.
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Lino, Bolatti e Helder Barbosa.
Treinador: Jesualdo Ferreira.
Disciplina: Cartão amarelo para Pedro Emanuel (73 min) e Hugo Alcântara (90 min).
Golos: Weldon (41 min), Lisandro (49 min) e Lucho (90+3 min, g.p.).
Passada que foi mais uma jornada, fica a restar a conquista de 2 míseros pontos para garantirmos automaticamente a conquista de novo título nacional, o «tri», o que se perspectiva aconteça na próxima jornada a realizar sábado, quando recebermos o Estrela da Amadora no Estádio do Dragão, que se espera com lotação esgotada e prontinho para mais uma noite memorável de glória do FC Porto.
A vitória conseguida esta noite no Estádio do Restelo, diante do Belenenses, fez-se de muita garra e espírito de conquista, com o golo da vitória a ser marcado já no último minuto de descontos, através da conversão de uma grande penalidade indiscutível a castigar derrube sobre Quaresma. Lucho Gonzalez encarregou-se de desfazer o empate e trazer justiça ao resultado final.
O onze que subiu ao relvado, foi o mais esperado, atendendo aos regressos de Bosingwa e Paulo Assunção às convocatórias, e face à indisponibilidade de última hora de Tarik por motivos físicos.
Apesar do melhor onze, foi o Belenenses a entrar melhor em jogo, pressionando muito a meio-campo, o que provocava uma dificuldade na circulação de bola e na criação de lances de ataque por parte do azuis-e-brancos. Ainda por falta do acerto defensivo das linhas de meio-campo, os médios da casa superiorizavam-se com relativa facilidade.
Por esta altura, era Bosingwa que mais tentava desequilibrar com rápidos lances de ataque pela lateral direita, chegando a importunar por mais de uma vez, a defensiva da casa… num desses lances, quase inaugurou o marcador.
Porque o meio-campo dos da casa continuava a superiorizar-se, iam conseguindo criar lances rápidos de ataque que colocavam a nossa defensiva em permanente sobressalto, até que já perto do final da primeira metade, aos 41 minutos, Weldon consegue fugir ao fora de jogo e a passe de Ruben Amorim, recebe a bola no interior da grande área completamente isolado, e com um remate potente bate Hélton que pouco ou nada podia fazer, inaugurando o marcador para os da casa.
O jogo atingia entretanto o intervalo com um Belenenses claramente superior nos primeiros 45 minutos, com o FC Porto em desvantagem no resultado e obrigado a ir em busca do prejuízo na 2ª parte.
Sem alterações no onze, foi um FC Porto completamente transfigurado que subiu ao relvado para iniciar os segundos 45 minutos, dando a provar aos da casa do seu próprio veneno.
Com a batuta clara de Lucho em termos de organização do desenho de jogo atacante, e fruto de um meio-campo do FC Porto muito mais pressionante, rapidamente começaram a surgir os primeiros lances de perigo junto da baliza de Júlio César, até que no seguimento de mais um desses lances de insistência, aos 49 minutos, Lisandro Lopez recebe a bola na meia-lua da grande área, e depois de afastar Rolando do caminho da bola, remata forte, empatando a partida a 1-1.
Sempre na busca da vitória, e com os da casa completamente remetidos na sua defensiva, fruto do acerto no centro do terreno por parte dos azuis-e-brancos, o FC Porto ia criando consecutivos lances de perigo para a baliza adversária, mas sem conseguir voltar a fazer balançar as redes. Por esta altura, destaque para uma perdida escandalosa de Farias que isolado não conseguiu bater o guarda-redes adversário.
O Belenses, nitidamente a jogar em contra-ataque, conseguiu criar 2 lances de grande perigo para a baliza de Hélton, num deles, fruto de um erro de Paulo Assunção a meio-campo que controlou muito mal a bola, proporcionando a Weldon um rápido ataque que apanha a nossa defensiva desprevenida, obrigando Pedro Emanuel a cortar o lance da forma como ensinam os livros, sendo amarelado… nunca o vermelho porque Raul Meireles já estava na dobra.
Entraram entretanto em campo, Adriano e Kazmierczak para os lugares do novamente desinspirado Farias e de um Raul Meireles já muito desgastado.
Com o jogo já na fase dos descontos (3 minutos) e FC Porto num último assomo de coragem em busca da vitória, foi já no último minuto, aos 93 minutos, que Quaresma entra no interior da grande área com a bola dominada, quando é derrubado por Hugo Alcântara que na tentativa de cortar o lance, derruba o adversário. Penalty claríssimo!
Lucho Gonzalez foi chamado a marcar esta grande penalidade num momento de grande tensão, já que o jogo iria acabar ali mesmo e com forte possibilidade de colocar o FC Porto a apenas 2 pontos do títulos. Correu para a bola e não falhou, garantindo a vitória e o inicio dos festejos (a Sul) dos jogadores e adeptos, atendendo à forma como este golo foi festejado por todos.
Acabado o jogo, foi uma vitória clara da melhor equipa em campo ao longo dos 90 minutos, de forma clara e inequívoca no decorrer da 2ª parte, sempre em busca de reparar o prejuízo. Ficam então a restar 2 míseros pontos… que se espera sejam conquistados no próximo sábado, no Estádio do Dragão.
azul + : Lucho (VIPortista), Lisandro, Quaresma, Raul Meireles, Paulo Assunção e Bosingwa.
azul - : Farias e Fucile.
arbitragem: Lucílio Baptista (Setúbal), Luís Salgado e João Tomatas. Arbitragem tranquila, com apenas dois casos de análise complicada… um «chega para lá» de Quaresma na cara de Gabriel Gomez, que poderia ter valido um cartão vermelho (uma estupidez de Quaresma, digo eu!)… e no cair do pano, muito bem (!!!) ao assinalar grande penalidade sobre derrube a Quaresma que é efectivamente rasteirado, depois de tocar a bola para a frente (o resto, é conversa pós «Manhas» deste país se entreterem durante a semana a discutir o sexo dos anjos).
muito importante: aproveitando a ideia do ano passado e já aqui relembrada na caixa de comentários por parte do Amigo e colaborador Estilhaço, ficam desde já todos convidados a dar-nos o vosso contributo para o mega-post alusivo ao «TRI», enviando para o email do blog: fotografias, vídeos, etc, dos festejos dos adeptos do FC Porto em Portugal e além-fronteiras, não esquecendo de informar a origem desses envios. Contamos convosco para nos ajudar na produção de mais um mega-post.
ps - a pedido de muitas famílias, e porque parece ainda suscitar algumas dúvidas, informamos que as estrelinhas logo aqui abaixo descritas, e agora em cada post publicado, servirão apenas para que, caso o assim pretendam, possam avaliar o conteúdo do texto acabado de ler… bastará apenas clicar na estrela que define esse grau de avaliação e voilá, «voto» feito com sucesso. Por cada IP, um único voto (sempre com a possibilidade de alterar o voto inicial a qualquer momento, bastando para tal, voltar a clicar na estrela com o grau de avaliação pretendida).
31 março, 2008
Limites e Mentiras da Câmara!
[parte 1/2... na continuação deste post]
A arbitragem vídeo é continuamente atirada para a arena dos grandes debates. A arbitragem vídeo é um recheado de primeira importância no futebol. Quase sempre apresentada como inelutável e empacotada em belos discursos de propaganda, a arbitragem vídeo apenas comporta uma minoria de medidas, realmente, aplicáveis.
É um erro enorme acreditar na infalibilidade das imagens vídeo e na capacidade destas em poder resolver todos os casos de figura. O famoso exemplo do Brasil-Noruega, no Campeonato do Mundo, em que todas as câmaras acusavam Flo de ser um simulador (só que, dois dias mais tarde, o ângulo duma outra câmara, colocada nas bancadas, o desculpava totalmente), chegaria para provar os perigos de uma tal credulidade. A solução milagrosa que nos é gabada, está muito longe de ser tão fiável e indiscutível como se quer pretender, quando deveria, isso sim, justamente, apresentar uma margem de erro mínima.
Se dois terços das acções podem ser avaliados sem qualquer dúvida, haverá sempre uma fracção em que a decisão dependerá de elementos extremamente ténues. São, efectivamente, estas acções que já levantam problema, e que a vídeo não saberá resolver melhor (faltas discutíveis, mãos (in) voluntárias, foras de jogo no limite...).
Quantas câmaras lentas não provocam interpretações totalmente opostas? Quantas outras não produzem verdadeiras ilusões de óptica (tal como as “lupas” que transformam os choques violentos em embates inofensivos) ou falseiam a perspectiva? (os comentadores que apreciam os foras de jogo à primeira vista, com um grande à vontade, deveriam ser premiados com aulas de óptica).
Certas faltas aparecem com rostos, totalmente, diferentes, segundo o que se quer mostrar nas imagens. Basta ouvir os comentadores, ou os adeptos que se auto-persuadem, perante as câmaras lentas, vendo só o que querem ver, dando erros de interpretação incríveis e próximos da alucinação.
Nos casos de fora de jogo, é, por vezes, impossível traçar uma linha indiscutível que possa desempatar atacantes e defesas. Por outro lado, qual seria a medida exacta do fora de jogo? O metro, o decímetro ou o centímetro?
Por fim, para obter uma fiabilidade satisfatória, seria necessário imaginar câmaras que se pudessem deslocar, constantemente, junto do eixo do primeiro atacante ou sistemas electrónicos que reconstituissem, virtualmente, as posições. Ou, veja-se, um sistema de constelação de bóias que daria conta, exactamente, da posição de cada um ... enquanto tais soluções não virem o dia, podem arrumar as câmaras.
Um remédio pior que a doença.
Muitas (demasiadas) decisões dos árbitros provocam a ira dos adeptos. Mas o que seria das que seriam tomadas a sangue-frio a partir de imagens que cada um poderia julgar por si próprio? Se um erro no culminar da acção é compreensível, uma decisão contestada aprovada por um júri invisível provocará uma incompreensão ainda maior e reacções ainda mais violentas.
Exemplo: o pénalti apitado contra Rabesandratana em favor de Ravenelli tinha suscitado (e suscita ainda) versões irreconciliáveis. Se uma “comissão” vídeo tivesse tido que julgar, num sentido ou num outro, o escândalo e a animosidade teriam sido decuplados. Chegar-se-ia a um resultado totalmente contrário ao desejado: multiplicar-se-iam as acusações de corrupção, de parcialidade ou de incompetência.
Uma colossal asneira arbitral dramática depende da fatalidade tal como o mau ressalto. De que dependeria uma decisão contestável provinda duma comissão? O árbitro faz parte do jogo... é o caso das câmeras lentas?
Às promessas duvidosas da solução “tout-vídeo” preferimos, finalmente, o bom velho erro de arbitragem, mesmo se certos devem ficar na história e, dolorosamente, nas memórias (Schumacher, Vata, etc.). Estas injustiças terríveis (que uma justiça imanente consegue, muitas vezes, restaurar com o fio dos tempos) fazem a magia deste desporto, acentuando o seu carácter dramático ou trágico e alimentando a intensidade das emoções que ocasiona. É, realmente, possível imaginar uma final do Campeonato do Mundo, ou qualquer outro desafio, cujo destino é pautado por um grupo de peritos sentados em frente de ecrãs?
E Viva o Porto !
30 março, 2008
Iniciar festejos a sul…
Este jogo a Sul, traz-nos o atractivo de podermos, em caso de vitória, iniciar os festejos da conquista do novo «tri», deixando para a semana seguinte, no Estádio do Dragão, e quando defrontarmos o Estrela da Amadora, o carimbar definitivo.
Historicamente, e se atendermos aos resultados dos últimos anos, este não deverá ser um jogo de grande grau de dificuldade para os Portistas, se bem que, nunca confiar neste Belenenses que ora se galvaniza e consegue resultados surpreendentes, como que se torna um adversário perfeitamente acessível e pacifico. De qualquer modo, e como dizia o nosso Prof. Jesualdo Ferreira a meio desta semana, «a equipa está num bom momento de forma», nada temos a temer, senão entrar no relvado com espírito de sangue, suor… e (b)itória!!
Convém também relembrar que, e valendo o que vale, já na 1ª volta, aquando da recepção no Dragão a este adversário, vimo-nos obrigados a dividir pontos, fruto do empate a uma bola.
Para este jogo, já poderemos contar com os regressos de Paulo Assunção depois de cumprido o jogo de suspensão, e de Bosingwa que está completamente recuperado da lesão que o apoquentou nas últimas semanas. Surpresa ainda para a entrada na convocatória pela primeira vez do «menino» Rabiola que nos últimos jogos da liga Intercalar, tem mostrado serviço, justificando quiçá esta aposta, quanto mais não seja do que para lhe dar maior experiência e ao mesmo tempo, ir começando a ambientar-se ao balneário-mor. Em sentido inverso, a nota de maior destaque vai para a ausência da Tarik que se terá lesionado durante a semana.
Apostaria no onze que está aqui identificado ao lado na imagem, que não é mais do que a equipa-tipo desta época, com excepção da entrada de Farias para os eleitos, em virtude da ausência forçada de Tarik.
Com estes, com outros, até mesmo contra o Sr. Lucilio Calabote, e sabendo-se de antemão que matematicamente, mesmo que se ganhando, não se conquistará ainda esta semana em definitivo o tão ambicionado «tri», há que entrar, jogar, lutar… e vencer! Não peço outra coisa!!
[lista de convocados] Guarda-redes: Helton e Nuno;
Defesas: Bosingwa, Fucile, Bruno Alves, Pedro Emanuel, João Paulo e Lino;
Médios: Bolatti, Paulo Assunção, Raul Meireles, Kazmierczak, Lucho González, Hélder Barbosa e Quaresma;
Avançados: Adriano, Rabiola, Farias e Lisandro.
Manifesto do futebol...
O Manifesto foi elaborado pela revista “Les Cahiers du football”. O conceito desta revista nasce em 1997, e aparece pela primeira vez nas bancas em Novembro de 2007. E, pouco a pouco, tornou-se uma publicação de referência do mundo do futebol em França, no que diz respeito, entre outros aspectos, à arbitragem e às suas regras.
A revista é mensal e custa três euros. Encontrar a edição papel num quiosque ou livraria pode reenviar para a uma vida em que os dias deveriam ter 48 horas. A revista tem, igualmente, uma edição one line que é diferente da edição papel.
Os “Cahiers du football” definem-se como a revista que vive de “Futebol e de Água Fresca”. Se o título é uma piscadela à mais que famosa revista “Les cahiers du Cinéma”, por sua vez, o slogan reenvia para o provérbio Francês que diz que quem está apaixonado pode viver de Amor e Água Fresca (eu acrescentaria: e esquecer os engarrafamentos !).
Pessoalmente, parece-me que o Manifesto apresenta sugestões cuja problemática já foi ultrapassada. E algumas reinvindicações também me parecem, totalmente, utópicas. Mas há que reconhecer que o Manifesto tem o mérito de existir e de criar debate. Vejam-se alguns exemplos que apresento sinteticamente:
Competições Nacionais: supressão da taça da liga, reabilitação da taça, redução do número de clubes no campeonato.
Competições Europeias: dar menos importância à liga dos campeões, reabilitação da taça uefa, ressuscitar a taça das taças.
Direito e Regulamentação: reforma das transferências, preservação dos laços orgánicos entre o futebol amador e o futebol profissional, preservação da propriedade colectiva dos direitos de difusão, ...
Calendário e Selecções Nacionais: harmonização do calendário mundial, limitação do número de competições, garantias para as equipas nacionais.
Economia e Gestão dos Clubes: proibição de cotação na bolsa, controle de gestão europeu, ...
A lista é grande. Trinta e três pontos que se articulam em redor de oito temas. Quem quer, pode encontrar facilmente, o manifesto na página web da referida revista.
Em contrapartida, já a posição da revista quanto à não utilização da vídeo pela arbitragem parece-me deveras interessante.
É um dossier bem elaborado sobre o qual se apoiou, salvo erro, Platini, nos mass média, para defender o não à vídeo em directo.
É um dossier que também mostra as diferenças entre o Futebol e o Rugby. Se o vídeo em directo é aceitável no Rugby, já não o é no Futebol.
Os dois textos seguintes (a publicar amanhã e no dia seguinte) assentarão na tentativa de tradução do referido dossier!
E Viva o Porto !
29 março, 2008
Mudanças de assunto...
Quando me olho ao espelho, só vejo o Jorge Nuno Pinto da Costa, aquele que nós conhecemos e tanto gostamos. Ainda conseguiu usar o facto de o entrevistador ser Portista e mandou umas "boquitas" para o lado de lá.
E como eu digo, estamos numa altura em que se muda sempre de assunto. E por isso nesta semana, nas notícias vinculadas ao clube de todos nós, lá surgiram também notícias da saída de Bosingwa, Lucho, Quaresma e de mais meia equipa do Futebol Clube do Porto. Bom sinal! É sinal que temos bons jogadores, que há equipas que os desejam, mas falou-se também (e mais um bom sinal), que não somos um clube de saldos nem de leilões, e que quem sair, vai ter de sair por um bom preço.
Foi também semana de Selecção, e que falta que aquele meio campo "formado" no FC Porto faz. Um seleccionador que joga com 2 trincos contra a Grécia, sim, esse colosso mundial, porque contra uma França ou um Brasil certamente jogará sem unidades ofensivas, e com jogadores ainda mais rápidos no meio campo. Nunca pensei que o Raul Meireles viesse a ser tão imprescindível na selecção, mas pelo que vejo, não há lá quem trabalhe como ele.
Por um certo lado é bom que enquanto se fala no FC Porto, se fuja sempre ao assunto do campeonato, porque neste país à beira mar plantado, já é mais que normal o nosso clube ir à frente e ser quase campeão.
Um abraço,
Teixeira
28 março, 2008
Cálculos
Nesses 7 jogos que temos pela frente, encontraremos 2 equipas que conseguiram arrancar uma divisão de pontos ao FC Porto e uma surpresa ao sermos derrotados pelo Nacional da Madeira, na Madeira.
Fazendo bem as contas, estão 21 pontos em jogo. Se temos 16 de avanço em relação ao segundo classificado, esta diferença deixa-nos um pouco mais descansados e com a certeza que seremos campeões, ou melhor, tri-campeões.
Mesmo o FC Portto empatando todos os jogos, acabaria o campeonato com 63 pontos... o segundo classificado mesmo que ganhando todos os jogos até ao final (sim, esta parte é mesmo para rirmos), ficaria com 62 pontos. Logo, seremos tri-campeões.
Para alem destes cálculos, pensei em mais duas coisas. A primeira é que o campeonato de certa forma já perdeu a emoção, uma vez que não há nenhum concorrente para ocupar o primeiro lugar no campeonato, bom, quer dizer, segundo algumas galinhas que (ainda) acreditam no Pai Natal, ainda é possível os galináceos conquistar o primeiro lugar (agora, esta é aquela parte em que nos fartamos de rir com tamanha barbaridade! Mas também de um cérebro de um galináceo, que mais pode sair, do que barbaridades?). Seremos tri-campeões e sobre isso não há dúvidas.
Por outro lado pensei onde gostaria de festejar o tri? Em que jogo? Teria que ser em casa para ter um gostinho especial é claro, mas em que jogo? Com o Estrela da Amadora? Com as galinhas? Com o Nacional?
É óbvio que festejar o campeonato bem na cara das galinhas teria outro sabor! Era lindo! Estádio do Dragão todo azul e branco, a cantar numa só voz: CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES!!.
Ou então ainda um outro cenário ainda mais bonito. Os nossos jogadores na varanda do Estádio a gritar em uníssono com os milhares de adeptos que ali se irão encontrar e uma camioneta de transporte de animais rumo ao Sul a não conseguir deslocar-se sequer do meio de toda aquela multidão vestida de azul e branco! Isto sim, dava bastante, mas bastante gozo!
Com cálculos ou sem cálculos, com concorrentes directos ou sem eles, uma coisa é certa: SOMOS TRICAMPEÕES!
Saudações Azuis e Brancas da,
Sodani
passatempo 2007/08
27 março, 2008
Futuro risonho...
Estádio do Dragão. Apartado Tri. Avenida dos Campeões. Poderia ser essa a morada para as enviarem. O tri, 2º da história, já tem hora e local marcado. Será um dia destes e a Invicta vestirá as suas melhores vestes. Roupa de gala para uma festa de arromba. Comemoração contida, pela ausência da imprevisibilidade, mas merecida. Rolhas de champanhe a saltarem de garrafas, passadas de mão em mão, tornando o elitismo uma palavra fátua. É ali, nas ruas e becos do Porto que se sente a alma do clube. No Povo. Onde ela pulsa. Com vida própria. Homens e mulheres. Novos e velhos. Pobres e ricos. Numa noite especial. Sem classes sociais. Sem separações ideológicas. Sem questiúnculas políticas. Sem credos religiosos ou diferenças étnicas. Todos juntos, irmanados numa adoração única, que não faz separações. O amor incondicional, esse que alguém, um dia, disse que era “uma chama que arde sem se ver”. Será. E consome-nos a todos. O dia da festa é o nosso dia. Por direito. Quilómetros calcorreados, numa veneração especial, ano após ano. Chuva. Vento. Sol. Canícula. Tudo suportado. Por isto. Pelas faixas de campeão nacional. São nossas. O Mundo, o nosso Mundo, volta a ser azul e branco…
Com este capítulo encerrado, colocado na já longa e rica história do clube, debruado a letras douradas, cabe agora aos responsáveis portistas delinearem a época seguinte. A do Tetra. O mote foi dado recentemente pelo Grande Timoneiro. Pinto da Costa elucidou os mais cépticos quanto a isso. Apenas com uma frase. “Quaresma só sai por 40 milhões”. Mera bravata do presidente portista, ou a assumpção da ambição que grassa naquela casa?
Teremos um Porto forte. Internamente, crónico e principal candidato ao título. Mantendo ao leme Jesualdo, garante de trabalho exemplar e profissionalismo à prova de tudo, os Dragões terão um desafio ambicioso. Fazer mais e melhor. Lá fora. Com que equipa?
O actual 4-3-3, longe de estar estafado, não morreria na eventual saída do “mustang”. Tarik e Mariano, se este ficar no plantel, são opções válidas para a manutenção de um futebol veloz, feito pelas alas, com mortíferas assistências a saírem dos seus cruzamentos. Pitbull, a viver um extraordinário momento à beira Sado, seria mais uma carta a juntar a este baralho, podendo afirmar-se como opção válida para um dos lados. Como se vê, o tema, longe de estar pacificado, irá proporcionar imensas dores de cabeça a Jesualdo. Porque ainda pode vir Ibson. Jogador do ano no Brasileirão.
Chega? Ou a manta ainda é curta? Na defesa sim. Falta qualidade do lado esquerdo. E ela não está lá, de momento. Cech é um mero tarefeiro, capaz de cumprir, sem qualquer brilho, a função. O Porto necessita de mais. Lino, erro de casting na actual equipa, já deve ter carimbada a guia de marcha. Para bem longe. No centro, Bruno Alves e Pedro Emanuel oferecem segurança. De betão. Adeptos do lema, “antes quebrar que torcer”, relegarão para o banco Stepanov e o comentado Rolando.
O lado direito da defesa tem dono. E dos bons. Bosingwa, cujo nome do meio é “supersónico”, tem o lugar garantido. Desde que fique no Dragão. Proprietário de uma velocidade estonteante, rasga autênticas avenidas nas defensivas contrárias. A cobiça que desperta, fazendo alguns dos nobres senhores do futebol europeu salivarem por ele, fazem perigar a sua permanência de dragão ao peito. Para o que der e vier está lá um uruguaio irrequieto. Também dos bons. Por ali, “no problem”, como diria Robson…
Concluindo, a época de 2008/09 não será muito diferente da que agora vai terminar. “Os cães a ladrar e a caravana a passar”. É o lema. Dentro do campo, em território luso, não temos rival. A menos que, num qualquer acesso de loucura como o sucedido pós-Gelsenkirchen 2004, resolvamos dar tiros no próprio pé. Não me parece concebível. O Porto navega em águas tranquilas, com uma organização ímpar, exemplar, admirada nos meandros futebolísticos.
Não temos motivos de preocupação! O nosso futuro será risonho…
Últimos 4 minutos fatais...
Liga Intercalar 2007/08
26 de Março de 2008
8ª jornada do Campeonato de Primavera
Estádio do Mar, em Matosinhos
Leixões SC: Jorge Baptista; Daniel, Nuno Diogo, Élvis e Ezequias; Jorge Duarte «cap.», Jaime e Pedro Cervantes; Arsénio, Fernando e Cacheira.
jogaram ainda: Hugo Morais, Diogo Valente, Freitas, Oliveira e Sonié.
treinador: João Fonseca.
FC Porto: Ventura; Paulinho, Tengarrinha, Stephane e Graça; Castro «cap.», Ramon e Marco Aurélio; Miguel Galeão, Josué e Rabiola.
jogaram ainda: Amorim e Caetano.
treinador: João Pinto.
marcadores: Rabiola (34 min), Cacheira (86 min) e Jaime (90 min).
Se existem situações em que o resultado final não espelha o que decorreu no terreno de jogo, esta é, certamente, uma delas. A jovem equipa dos Dragões fez frente a uma mais experiente formação do Leixões e esteve em vantagem até bem perto do final do encontro, que sofreu uma inesperada e injusta reviravolta nos seus derradeiros instantes.
Apresentando-se com uma equipa recheada de jovens jogadores, o F.C. Porto surgiu no Estádio do Mar disposto a discutir de igual para igual a supremacia na partida. O decorrer do encontro acabou por mostrar mais do que isso, revelando em pleno uma formação portista que dominou o jogo e criou as melhores ocasiões de golo, sobretudo durante a primeira metade da disputa.
Os jovens Dragões não cederam na exibição convincente que quase sempre revelaram, discutindo o sucesso, destemidamente, face à mais rotinada formação de Matosinhos. E foi já em contagem decrescente para o apito final do árbitro, depois de uma etapa complementar de toada dividida, que o Leixões logrou dar a volta ao marcador, com Cacheira, aos 86 minutos, e Jaime, aos 90, a atribuirem um imerecido desfecho à repartida contenda.
O objectivo da competição, que terá os seus jogos agendados para quarta à tarde, é permitir um maior ritmo de jogo a atletas menos utilizados, a afirmação de jovens valores e a actuação de jogadores a recuperarem de lesões.
Confira aqui o calendário desta nova competição.
26 março, 2008
Presidente, não os temas... estamos contigo!!
"Sinto-me como me sentia ontem, quando não estava pronunciado e era um dos muitos milhares de arguidos deste país. (No julgamento) espero tudo. Quando nasceu o Apito Dourado e ouvi as primeiras acusações em tribunal, pareceu-me um filme de ficção", sustentou o presidente do FC Porto.
Pinto da Costa advertiu que o processo pelo qual hoje foi pronunciado pelo crime de corrupção desportiva activa "foi arquivado pelo Ministério Público", tendo sido "reaberto por causa do livro" de Carolina Salgado, sua antiga companheira.
"Mas o livro não diz nada. Isso foi falado no inquérito feito na Judiciária, em Lisboa, por um senhor de quem a irmã (de Carolina Salgado) disse que a industriava. Essa senhora foi utilizada. No entanto, ela é credível", argumentou o presidente do clube portuense.
Pinto da Costa garantiu que não tem "nenhum peso na consciência", pois acredita que será absolvido, apesar de sentir "que há um plano" para o atingir: "O que não quero é que o assunto seja arquivado pelo facto de não haver provas".
"Acredito na justiça divina e hoje, quando soube que era pronunciado, pedi a Deus que se prove a inocência de quem estiver a falar verdade e caiam as maiores desgraças a quem estiver a mentir e induziu os outros a mentir com essa história do envelope", disse o dirigente.
Pinto da Costa lamentou que a polícia tenha andado "anos a investigar para descobrir que um árbitro, numa altura em que o FC Porto era campeão", visitou a sua residência para "tratar de um assunto que nada tinha a ver com futebol", admitindo que tem "cuidados redobrados" nas conversações telefónicas.
"Falo tranquilamente ao telefone, mas com alguns cuidados, porque não se sabe se do outro lado está uma rasteira. Cuidados redobrados quando ouvi o Procurador-geral da República dizer que não sabia se tinha o telefone sob escuta", assinalou, revelando que escreverá um livro em que se vai "descobrir muita coisa que outros não quiseram descobrir".
Pinto da Costa foi pronunciado de corrupção desportiva activa, tal como o empresário António Araújo, enquanto o árbitro Augusto Duarte, outro dos co-arguidos, vai a julgamento pela alegada prática de um crime de corrupção desportiva passiva.
Este processo reporta-se ao encontro Beira Mar-FC Porto, da 31ª jornada da Superliga de 2003/2004, que foi realizado em 18 de Abril de 2004 e terminou com um empate sem golos.
Dois dias antes daquele jogo, o árbitro Augusto Duarte e António Araújo visitaram Pinto da Costa na sua casa na Madalena, Gaia.
O presidente portista terá dado então um envelope com dinheiro ao árbitro, acusa o Ministério Público.
O montante em causa seria 2.500 euros, segundo afirmações de Carolina Salgado, repetidas já no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, num depoimento que a juíza de instrução acabou por valorizar.
Vendedor de sonhos
Pena que, à falta da respectiva barraca de feira e instalação sonora motorizada por gerador, seja vendido pela Comunicação Social. Pena que, à falta de melhor, seja do tipo se amanhã não chover vai estar um rico dia. Mas, verdade seja escrita, não há sonho que se iguale a este.
Que se animem assim uns cerca de seis milhões porque, quando a derrota aperta e a tristeza desperta, nada melhor que um sonho.
Que o devorem e se envolvam na sensação de um sonho de vã esperança, cozinhado a partir de dois, quase três, anos de palavras sem conteúdo, 16 gramas de especiarias antigas já com odor a mofo e açúcar q.b. mas que não consegue disfarçar o sabor da amarga desilusão.
O sonho comanda a vida, escrevia e cantava já o poeta.
Mas será que este sonho perdeu já o seu sabor?
Ou os clientes são cada vez menos? Ou mais exigentes?
Um dia um jogador da bola, aspirante a vendedor de sonhos, teve um sonho.
Quem não os tem, ó Luisão?
E por falar em sonhos fica a receita para mais um, este com um sabor pleno de sucesso e já há muito tornado em realidade. Sirva-se, em valiosa peça de cristal, sem qualquer tipo de pressão ilegítima e sem adicionar umas chamadas q.b.. Pena o palmarés estar desactualizado.
“A paixão pelo futebol, a paixão pelo clube, a paixão pela comunidade: três paixões que definem a vida extraordinária de Jorge Nuno Pinto da Costa, O Homem do Norte. No extremo ocidental da Europa e parafraseando o grande Camões, onde a terra dá lugar ao mar, nas movimentadas margem do Rio Douro, Jorge Pinto da Costa conseguiu construir uma potência do futebol europeu, o F.C. do Porto.
Nada fazia prever o papel proeminente que o F.C. do Porto alcançaria no futebol mundial.
Actualmente, esta é uma das mais pequenas cidades do continente a ter um Campeão Europeu. Foi necessário a vontade de ferro de um homem para projectar os Dragões no palco principal do futebol na Europa. A vontade de ferro de um homem e o calcanhar de um outro, oriundo do lado sul do mediterrâneo, transformaram uma noite de Primavera do ano de 1987, no Estádio do Prater, em Viena, no nascimento de uma nova lenda do futebol.
O futebol português sempre foi dominado por três clubes: dois de Lisboa, o Benfica e o Sporting, e um do Porto o F.C. do Porto. Desde que se tornou presidente em Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa conseguiu treze títulos de Campeão Nacional, oito taças de Portugal e treze Supertaças. O mapa do futebol foi virado de pernas para o ar. O domínio dos clubes lisboetas foi apagado.
E se acrescentarmos a este resultados duas Taças dos Campeões Europeus, uma Intercontinental (talvez duas brevemente), Uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia, podemos facilmente concluir que o mapa do futebol europeu está a deslocar-se para Sudoeste. Jorge Nuno Pinto da Costa é verdadeiramente um homem de excepção. Na família do futebol, o seu carisma, a sua personalidade poderosa e a sua singular argúcia geraram controvérsia, mas, acima de tudo, uma enorme admiração. O F.C. do Porto sempre foi a sua prioridade. Ele pertence verdadeiramente ao restrito grupo dos grandes criadores e impérios, ao escasso número de grandes presidentes, juntamente com algumas lendas do futebol das gerações passadas, como Santiago Bernabeu e Ângelo Moratti.”
fonte: prefácio do livro 'Largos dias têm cem anos' escrito pelo, na altura, Presidente da UEFA, Lennart Johansson
Fica Quaresma!
Quaresma, não escutes o canto das sereias.
Como era de esperar, a imprensa lisboeta já se atirou às canelas e ao destino do Ricardo Quaresma, como pittbull à garganta de uma criança. Querem por força que ele se vá embora esta época. Querem, acima de tudo, vê-lo longe do FC Porto. Eu compreendo-os: é o sonho de qualquer benfiquista ou sportinguista, jornalista ou não. É assim ciclicamente com todos os grandes jogadores do FC Porto, os que desequilibram campeonatos a favor do norte: Anderson, Pepe, Deco, McCarthy, Ricardo Carvalho, etc, etc. Em Novembro e por esta altura do ano, é fatal que se relance uma campanha muito pouco subtil, cujo mote é sempre o mesmo: «O FC Porto não vai poder segurar o jogador». Se o jogador em causa não sai no «mercado de Inverno», como eles tanto desejavam, tratam logo de reforçar a campanha para se certificarem de que sai no Verão. A insistência no mote da campanha leva as três partes envolvidas — jogador, direcção do clube (leia-se Pinto da Costa) e sócios — a tomarem como inevitável a saída. E, quando o inevitável se transforma, enfim, em certeza, os instigadores suspiram de alívio. Esta é a primeira coisa que eu queria dizer agora ao Quaresma: a sua saída «inevitável», já, já, no próximo Verão, faz parte de uma campanha montada pelos adversários do FC Porto. Isso, por si só, não pode determinar a sua decisão — que será sempre legítima — mas é bom que tenha consciência disso.
Conheci o Ricardo Quaresma há cerca de três anos, no Porto. Eu estava a cear com o meu grupo de «amigos das scooters», depois de regressarmos de um jogo no Estádio do Dragão, onde, mais uma vez, o Co Adriaanse tinha deixado o Quaresma no «banco», com o aplauso de grande parte da crítica — a mesma que agora só quer é vê-lo pelas costas. Ao contrário, eu já tinha escrito aqui algumas vezes que entendia que deixar um génio como ele no «banco» era uma decisão prepotente e idiota. Sempre me afligiram os treinadores que têm medo dos jogadores talentosos e lhes preferem os tacticamente disciplinados. Por coincidência, a discussão na mesa, entre uma dúzia de portistas ali reunidos, era exactamente acerca disso e eu estava em minoria: a maioria concordava com Adriaanse — que o Quaresma não defendia, que era vaidoso, indisciplinado, individualista, sem sentido de jogo colectivo e por aí fora. E eu, que sempre insisti em ter uma noção talvez demasiado romântica do futebol, respondia que o génio não tem de prestar tributo nem ao colectivo nem à disciplina, ou não seria génio. E eis que se chega à mesa um outro portista que eu conhecia de outras andanças e me vem dizer ao ouvido que, na sala ao lado, estava o Ricardo Quaresma, que me queria falar. E lá fui, sem dizer nada à mesa. Encontrei-o em pé, virado contra uma parede, como se tivesse vergonha do mundo. Começou por me agradecer o que tinha escrito sobre ele, dizendo que era quase a única pessoa a defendê-lo, mas que o seu desespero e desmotivação por estar afastado do campo era tanto que só pensava em ir-se embora. Obviamente, respondi-lhe que tivesse paciência, que não tinha uma dúvida que a sua hora iria chegar e que, nesse momento, ele deveria estar preparado para dar a resposta em campo, porque ele era o melhor jogador do FC Porto e a verdade vem sempre ao de cima. Mas impressionou-me tanto a sua humildade, o seu ar de criança a quem tinham roubado a bola para jogar, que não resisti a pedir-lhe que viesse comigo até à mesa, para lhe apresentar uns amigos. Ele foi e demorou-se uns minutos, os suficientes para que a sua timidez tivesse impressionado todos, e para que, quando se foi embora, eu pudesse perguntar, triunfante:
— Então, continuam a achar que um dos defeitos dele é ser vaidoso?
Dois meses depois, e em estado de necessidade, Co Adriaanse decidiu-se a meter o Quaresma em jogo por três vezes consecutivas, embora nunca a mais de vinte minutos do fim: e, das três vezes, o Quaresma resolveu-lhe três jogos que estavam emperrados. Daí até aqui, foi o que se sabe, embora, pelo caminho, ainda tenha tido de enfrentar a pesporrência do selecionador Scolari, que o deixou de fora do Mundial da Alemanha, no ano em que foi considerado pela crítica o melhor jogador do campeonato português, e a perseguição da Comissão Disciplinar da Liga, que insistia em ver nele um troglodita (como agora querem fazer do Bruno Alves). Daí até aqui, o Quaresma melhorou ainda muito mais o seu futebol e aprimorou o seu talento natural — porque, ao contrário do que os medíocres imaginam, o talento dá muito trabalho. As trivelas, os cruzamentos «de letra», a cobrança de livres, as fintas sobre dois adversários simultaneamente, tudo isso foi aprimorado por ele, inevitavelmente em horas extras de treino. E não é por acaso que é dos últimos a rebentar em campo, apesar de ser o mais massacrado jogador do campeonato português e da Liga dos Campeões. Juntou ao génio a seriedade profissional e só os ingratos ou ignorantes é que são capazes de achar que um génio tem de estar sempre inspirado e, por isso, são capazes de assobiar o Quaresma se as coisas não lhe saem brilhantes, mas acham natural que um jogador banal falhe habitualmente coisas banais. E por isso é que ele vale 40 milhões menos um euro, como disse Pinto da Costa e como eu escrevi aqui há tempos: dez milhões pelo seu futebol, outros dez pelo seu profissionalismo, mais dez pelo espectáculo à parte que proporciona e mais dez pelas receitas que o FC Porto perderá depois de o perder.
Compreendo que lhe assalte a tentação de experimentar o topo do Everest, onde o futebol são sempre estádios cheios, espectáculo garantido e ordenados de sonho. Mas comecemos por aqui: não sei quanto é que Ricardo Quaresma ganha no FC Porto, mas, se ganha menos de 125.000 euros por mês, dou-lhe já razão: comece por exigir isso, porque o merece. Se ganha isso ou próximo, então, pense bem: a vida em Espanha é duas vezes mais cara, em Itália três vezes, e em Inglaterra quatro — e, por aí, os impostos são a sério. E, depois, pense no seguinte: já não tem 18 anos, como tinha o Cristiano Ronaldo quando foi para o Manchester United, e só lá é que existe um Sir Alex Ferguson, que tem a ciência, a paciência e os meios para transformar meninos em grandes jogadores. Se sair agora para um dos tubarões europeus, o Quaresma vai enfrentar um grau de exigência imediata a que não está habituado — e ele deve saber o que isso é, porque já viveu a experiência no Barcelona e com resultados frustrantes que o levaram ao FC Porto. Por aqui, costuma dizer-se, e com razão, que o Sporting é o grande descobridor de talentos — (e um eles, não se cansam de lembrar os sportinguistas, é o próprio Ricardo Quaresma). É verdade, sim senhor. Mas, se o Sporting descobre talentos em idade juvenil, quem os transforma em grandes jogadores é o FC Porto. Se o Sporting descobriu o Quaresma, quem o «fez» foi o FC Porto. Como fez o Deco, o Maniche, o Ricardo Carvalho, o Pepe e tantos outros. No FC Porto (eu sei porquê, mas não o digo), até um jogador banal se transforma num bom jogador. O Ricardo Quaresma deve meditar se vale mais ser conde no exílio ou Príncipe na Pátria. Até, porque — último argumento — a Pátria tem coisas que lá fora não vai encontrar. Tais como cervejarias onde, depois dos jogos, os admiradores de bancada não lhe vão cobrar o golo falhado contra o Schalke, mas sim agradecer todos os instantes de puro prazer que lhes deu. Fica-lhe tão bem o azul-e-branco, Ricardo! Pense nisso, antes de escutar o canto das sereias.
25 março, 2008
Nuno Marçal em mais um exclusivo
No basquetebol o próximo fim de semana também é vital porque no domingo (17h-RTP2) vai-se jogar um Porto-Ovarense em campo neutro (Coimbra), decisivo para se apurar o 1º classificado da fase regular. Na última quarta feira o Porto de Alberto Babo jogou no recinto do Sampaense para a taça de Portugal (1/8 final) e apurou-se para a «final a 8» a disputar em Elvas de 3 a 6 de Abril. No jogo de 4ª feira o FC Porto ganhou por 54-77 com mais 20 pontos de Marçal mas com Gentry a ser o MVP da partida assinando 24 pontos. Nos quartos de final o Porto defronta o Barreirense.
Assim e como só houve este jogo o TREINADOR DA SEMANA será Alberto Babo e o JOGADOR DA SEMANA, Frederick Gentry.
ENTREVISTA EXCLUSIVAE pronto, até para a semana.
Nuno Marçal, jogador de Basquetebol do FC PortoLucho: Nuno Marçal, qual o campeonato ganho pelo Porto que te deu maior gozo vencer?Nuno Marçal: Embora viva sempre intensamente cada título conquistado, seja ele um campeonato, uma Taça de Portugal, Taça da Liga ou Supertaça, e tendo cada um deles sempre um significado diferente, o primeiro título de campeão nacional conquistado na época de 1995/96, é a minha escolha uma vez que foi o primeiro título que conquistei como sénior.Lucho: O que representou para ti aquela vitória na Luz em 1996 quando o Porto terminou com um jejum de 13 anos e ganhou o campeonato derrotando aquele Benfica de Mário Palma dominador da modalidade?
Nuno Marçal: Foram 2 grandes sentimentos que vivi nesse dia. Êxtase e frustração. Êxtase, porque se tratava do meu primeiro título sénior, tendo derrotado a equipa que vinha dominando a modalidade na altura, mas também de alguma frustração por não ter podido ajudar os meus companheiros no jogo decisivo, em virtude de ter contraído uma lesão grave num tornozelo no jogo 2.Lucho: Sentiste na pele em algum pavilhão o ambiente de ódio ao FC Porto que infelizmente ainda acontece em alguns locais?
Nuno Marçal: Existem sempre alguns pavilhões em que notamos vivamente que o FC Porto não é um clube bem-vindo, mas penso que é quando nos deslocamos ao pavilhão do Benfica que sentimos mais esse sentimento, que não chamaria de ódio, mas sim de raiva e inveja, por saberem que o F.C.Porto é a melhor e maior equipa portuguesa.Lucho: Quem é para ti o melhor jogador que já actuou com a camisola de basquetebol do FC Porto? E já agora desafio-te a escreveres o teu cinco ideal da história FCPorto...Nuno Marçal: Embora todos se lembrem do Dale Dover, e da grande classe que espalhou envergando a camisola do F.C.Porto, a minha escolha recaí para Jared Miller. Como atleta e homem não existem adjectivos que o definam. Um senhor dentro e fora do campo, com uma forte capacidade de liderança e possuidor de uma classe tremenda em jogo. No que diz respeito ao 5 ideal, não me esquivarei ao desafio. Os meus eleitos são; Rui Santos, Paulo Cunha, Dale Dover, Paulo Pinto, Jared Miller.Lucho: Jorge Araújo e Alberto Babo, dois nomes da história do nosso clube na modalidade. Qual a tua opinião sobre estes 2 ilustres nomes da modalidade?Nuno Marçal: São 2 nomes de grande importância na minha carreira. Em primeiro lugar, Alberto Babo, uma pessoa muito especial para mim. Foi com ele que trabalhei desde as camadas jovens do F.C. Porto, onde fomos bi-campeões nacionais de juniores, tendo mais tarde partilhado um título nacional de seniores na época de 1998/99, sem mencionar outras conquistas, entre as quais estão algumas supertaças, taças de Portugal e taças da liga. Sem dúvida uma pessoa decisiva na minha formação como jogador, e claro, um grande amigo.
Mas também tive em Jorge Araújo, uma pessoa que contribuiu bastante para o meu desenvolvimento e afirmação no basquetebol português. Foi ele que apostou em mim, no ano da conquista do primeiro campeonato da liga, dando-me sempre muita confiança e apoio que foram de extrema importância para o meu futuro. Um grande treinador e um grande líder, com o qual tive o privilégio de conviver algumas temporadas.
Lucho: Penso que és o jogador mais experiente da nossa equipa. É complicado passar a mensagem e a mística aos novos jogadores?Nuno Marçal: Não, quando se joga no F.C. Porto. Cada dia percebo mais o quanto especial é este clube. Qualquer jogador que chegue ao clube, apercebe-se rapidamente da responsabilidade que passou a ter. E se restarem qualquer dúvidas, faço questão de as dissipar muito rapidamente. Quem veste esta camisola, nunca pode dar menos que 200%. Sim, porque 100% não são suficientes. Está tudo dito!Lucho: O futuro pavilhão Dragão Caixa vai servir para fortalecer aquela mística de união e companheirismo que existia entre as várias modalidades do FC Porto? E será suficiente para acolher os nossos adeptos nos jogos de play-off?Nuno Marçal: Sem dúvida. Ainda me lembro perfeitamente do tempo em que basquetebol, andebol e hóquei em patins, partilhavam o pavilhão Américo de Sá. Entre o treino de cada uma das modalidades, havia sempre tempo para alguns dedos de conversa, situação que se torna actualmente impossível, jogando o basquetebol em Matosinhos, o andebol em Santo Tirso e o hóquei em Gondomar. Com a conclusão do novo pavilhão, tudo será diferente. Relativamente à segunda parte da questão, penso que poderá não ser suficiente para acolher todos os adeptos nos Play-offs, especialmente se tivermos em conta a assistência média da época passada. No entanto, penso que durante a época regular iremos ter a “casa” mais repleta de adeptos, mais vezes.Lucho: Achas possível esta época terminar com o domínio da Ovarense? Este Porto está mais ou menos forte que o da temporada passada?Nuno Marçal: Não só acho, como tenho a certeza. Este F.C. Porto está mais forte e coeso do que o do ano passado, e temos vindo a dar provas disso mesmo. A final da Taça da Liga foi demonstrativa da nossa capacidade de sofrimento e do nosso empenho. A Ovarense será sempre uma grande equipa e vai ser necessário sofrer até ao final da temporada, mas estou seguro que iremos ser campeões nacionais esta época.Lucho: Como foi a tua experiência em Espanha? Quanto tempo mais ainda vamos poder aplaudir os teus triplos?Nuno Marçal: Classifico a minha experiência em Espanha como muito positiva. Em Murcia e em Huelva, tive a oportunidade de jogar na Liga Leb Oro, que é tida pelos críticos como a 5ª melhor liga da Europa. Joguei regularmente, muitas delas no 5 inicial, e consegui boas médias relativamente à minha utilização. (18 minutos/jogo e 10 pontos/jogo). No entanto, foi a nível defensivo que mais proveito tirei dessa experiência. Em Espanha, joga-se muito intenso, e como o nível defensivo é bastante elevado, trabalhamos muito esse aspecto. Evoluí muito nesse capítulo, e actualmente sinto-me tão bem no ataque como na defesa. No que diz respeito à segunda questão, se depender de mim, espero ainda fazer muitas épocas no F.C. Porto. Cada temporada que passa, sinto-me melhor fisicamente, por isso espero continuar a ganhar muitos títulos neste clube.Lucho: Sempre foste do FC Porto? O que representa para ti este clube? Costumas ir ao Dragão?Nuno Marçal: Sim, sempre. Este clube é a minha 2ª casa. Cresci, evoluí e fiz-me homem e jogador neste clube. Não existem palavras para descrever o sentimento que me liga ao F.C. Porto. Como já disse noutras ocasiões, a camisola do F.C. Porto é uma das minhas camadas de pele. Sempre que há disponibilidade, faço questão de ir ao Dragão apoiar o futebol.Lucho: Conhecias o nosso blog? O que pensas de darmos semanalmente destaque exclusivo às modalidades ditas amadoras?Nuno Marçal: Sim, já tive oportunidade de o visitar. Acho muito importante o vosso trabalho no campo das “segundas” modalidades, uma vez que são modalidades que têm vindo a criar mais espaço e mais projecção no panorama desportivo nacional.Um abraço para todos,Nuno Marçal.
Saudações azuis e brancas,
Lucho.
África... missão cumprida!!
Maputo era o destino e foi à capital moçambicana que chegaram os dois destemidos motards portistas, depois de quase duas semanas de viagem iniciada a 6 de Março, em Angola, na primeira aceleração da expedição Dragões em África. A calorosa recepção proporcionada pelos adeptos azuis e brancos em terras africanas é o exemplo acabado do sucesso alcançado pela ambiciosa aventura.
O objectivo era chegar a Moçambique, mais concretamente à Casa do F.C. Porto de Maputo, a 19 de Março. Foi isso que Miguel Rodrigues e José Costa Pereira conseguiram esta quarta-feira, depois de percorridos cerca de 7500 quilómetros, desde o arranque em Luanda, Angola. Pelo meio, e para além das inevitáveis atribulações mecânicas, os dois motards portistas passaram também pela delegação azul e branca de Pretória, na África do Sul, onde foram uma vez mais alvo de um entusiástico acolhimento.
A chama do Dragão fez-se sentir em pleno em tão longínquas paragens, cenário idílico para o convívio entre todos aqueles que quiseram deixar expresso o seu apoio a esta iniciativa de união portista. A mensagem do presidente do F.C. Porto foi entregue aos seus destinatários, que remeteram pelos mesmos emissários a resposta para Jorge Nuno Pinto da Costa, assim como as habituais palavras de incentivo ao êxito continuado dos Dragões.
Concluída a aventura, Miguel Rodrigues e José Costa Pereira preparam agora a viagem de regresso, trazendo na bagagem vincadas impressões do caloroso espírito portista em África, associadas a um inevitável sentimento de missão cumprida.
fotografia: revista MCV
24 março, 2008
Que futuro…
Quanto às saídas de uma das 5 pérolas do nosso clube, sinceramente acho que temos de olhar para a venda de um jogador que possa ser, na medida do possível, bem substituído… Sei que alguns portistas, às vezes, perdem a cabeça com Quaresma, mas na minha opinião este é um jogador que acrescenta muito ao FC Porto, que pode resolver um jogo de um momento para o outro mas que também por vezes se perde em “birras” inúteis com adversários ou com os próprios adeptos… No entanto, será muito difícil e ainda mais dispendioso arranjar um substituto à altura para o internacional português…a menos claro que alguém dê os tais 40 milhões de euros, o que sinceramente não me parece muito realista… concluindo, a mim parece-me um erro vender Quaresma por 15 ou 20 milhões de euros, dado que no actual plantel eu não vejo ninguém que possa substituir bem o, por vezes embirrento, Ricardo Quaresma!
Relativamente aos outros 4, Lucho, Bosingwa, Lisandro e Assunção, há que ter em atenção um aspecto importante: qual a posição em que será mais fácil e menos dispendioso substituir um destes jogadores… sinceramente, não sei qual será a melhor solução, apenas espero que a SAD portista pense bem antes de vender um destes jogadores e apresente soluções viáveis e válidas para a sua substituição… porque uma coisa é certa: vender valores seguros e muito importantes para depois “tentar” tiros no escuro ou ir buscar jogadores brasileiros para emprestar, isto é que não me parece nada favorável ao futuro do nosso clube, quer em termos nacionais, quer em termos internacionais!
Para finalizar, deixo uma nota relativamente à continuidade da equipa técnica: aconteça o que acontecer até final da época no tocante quer à Taça de Portugal quer ao fim de campeonato do FC Porto, concordo que se mantenha a actual equipa técnica que, sem grande alarido tem desenvolvido um trabalho sério, válido e extremamente útil no que à estabilidade do clube diz respeito.
ps - Não sou nem nunca fui um entusiasta adepto de Jesualdo e da sua maneira de abordar o jogo…no entanto, acho que por vezes a estabilidade tem de prevalecer face a gostos pessoais ou ideias sobre determinadas pessoas. No actual panorama nacional, não abundam os bons treinadores…no panorama internacional, não abundam os euros no cofre azul e branco, por isso o melhor é mesmo manter o que se tem e não entrar em nenhuma aventura no “escuro”…
ps2 - Aproveito a oportunidade para desejar a todos os colaboradores e visitantes deste respeitável blog uma Páscoa Feliz!
23 março, 2008
22 março, 2008
A prova dos nove!
É uma revista bilíngua que defende e escreve sobra a Lusofonia. Não é por acaso que a “Association pour le Développement des Etudes Portugaises, Brésiliennes,d’Afrique et d’Asie“, associação que integra catedráticos, cientistas, operários ou desempregados, apaixonados pelas culturas de raízes Lusófonas, tem um espaço nesta revista.
A Capmag não é uma revista desportiva, embora não deixe de apresentar notícias ligadas ao desporto. O número deste mês de Março dedica duas páginas ao desporto. Uma com o título : “Après le rugby voici le handball” ( p.22) ; E, outra, com o título “Futebol: uma aventura europeia” (p.27) que narra, sumariamente, a vivência dos quatro clubes Portugueses na Europa, em Fevereiro (FC Porto, Braga, Sporting e Benfica). Tudo isto, num espaço de 39 páginas.
São as cores do FC Porto que foram escolhidas para ilustrar o artigo da página 27. São as cores do FC Porto mais Vítor Baía que aludem , na capa, em baixo, ao tema do artigo referido.
Porque é que uma revista, sem quadrante desportivo, virada para os Franceses e os jovens Franceses de origem Portuguesa e não só, opta por citar imagens do FC Porto?
Quem pode duvidar que, actualmente, o FC Porto, graças ao seu presidente, é o clube Português com maior projecção na Europa !
Creio que contra tais evidências um debate seria inútil !
E Viva o Porto !
[nova actualização] [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com upload de 2 novas imagens (total: 208 slides)… passem por lá para confirmar, não custa nada! Só tens que clicar no banner respectivo logo ali acima. - [Pedro Santos, obrigado pelo alerta].
Derrota ao cair do pano...
Liga Intercalar 2007/08
21 de Março de 2008
3ª jornada do Campeonato de Primavera (em atraso)
Estádio AXA, em Braga
SC Braga: Dani; João Pereira, Paulo Jorge «cap.», Rodriguez e Carlos Fernandes; Contreras, Vandinho e César Peixoto; Zé Manel, Matheus e Linz.
jogaram ainda: Wender, Roberto Brum, Jaílson, Frechaut e Miguelito.
treinador: Manuel Machado.
FC Porto: Nuno; Eridson, João Paulo «cap.», Stephane e Lino; Bolatti, Castro e Kazmierczak; Mariano, Adriano e Hélder Barbosa.
jogaram ainda: Chula e Marco Aurélio.
treinador: Rui Barros.
marcadores: Frechaut (90m).
Numa partida marcada pelo equilíbrio durante 89 minutos, o tento minhoto, apontado em cima do apito final do árbitro, acabou por valer um imerecido triunfo bracarense, na partida relativa à 3ª jornada (em atraso) do Campeonato de Primavera da Liga Intercalar disputada esta sexta-feira, em Braga. A disputa foi sempre dividida, com ambos os conjuntos a procurarem o sucesso, que acabou por pender para a formação mais feliz.
Antes ainda do apito final, o guarda-redes minhoto haveria de voltar a estar em destaque, quando parou um poderoso remate de Marco Aurélio, travando com sucesso a vantagem portista. Foi com um travo de injustiça que, em cima do final da partida, o Braga chegou ao golo da vitória, apontado por Frechaut, atribuindo um castigo imerecido à atitude e empenho revelados pelos Dragões ao longo do encontro.
O objectivo da competição, que terá os seus jogos agendados para quarta à tarde, é permitir um maior ritmo de jogo a atletas menos utilizados, a afirmação de jovens valores e a actuação de jogadores a recuperarem de lesões.
Confira aqui o calendário desta nova competição.
21 março, 2008
Os meninos d’oiro...
O FC Porto tem, sem sombra de dúvidas, Magníficos jogadores e que valem milhões... sobre isto também não existem quaisquer dúvidas!
Como grande adepta do FC Porto, assusta-me saber que vamos perder alguns dos nossos jogadores. Sei que posso ser egoísta ao ponto de não querer que saia algum jogador, até porque eles merecem ir mais alto e experimentar outros campeonatos. Sempre foi assim… sempre que saía algum jogador, ficava triste e punha-me a pensar de como seria agora sem aquele?
Lucho, Quaresma, Lisandro, Bosingwa, Tarik... será que vão embora? Como vai ficar o FC Porto sem estes jogadores? Quem diz sem estes, diz sem outros! Será que não é possível manter esta Magnifica equipa?
Sei que há clubes com muito mais dinheiro que o FC Porto e que podem pagar ordenados muito mais aliciantes, mas será que não há nada que se possa fazer para que eles fiquem? Para que o plantel ainda se mantenha e para o ano rumarmos ao «tetra», ganhar a Champions League, Taça de Portugal e tudo o que houver para vencer! Será sonhar muito?
Vamos esperar pelo final do campeonato e ver o que acontece… entretanto vamos todos rezar para que ninguém saia e para que a equipa fique ainda mais consolidada e assim ganhar, ganhar e ganhar! A nossa equipa é única! É uma equipa de milhões... e de campeões!!
Saudações azuis e brancas e votos de uma Páscoa bem azulinha,
Sodani.
Berçário dos craques em renovação…
Pinto da Costa liderou na passada 2ª feira, no Campo da Constituição, uma comitiva azul e branca recheada de glórias do passado recente e distante do clube. No local que serviu de casa de partida dos dragões, em 1896, surgirá um novo espaço dedicado às camadas jovens, orçamentado em três milhões de euros.
O conceito do novo espaço, designado pelos responsáveis azuis e brancos de «Dragon Force» engloba uma nova abordagem ao projecto das camadas jovens, já que servirá de pilar à captação de novos talentos e de modelo-matriz de outras escolas de futebol que o FC Porto pretende inaugurar um pouco por todo o País.
Para baptizar o arranque do projecto, Pinto da Costa deslocou-se ao local. Vindo do Centro de Estágios e Formação Desportiva do Olival, Jesualdo Ferreira apareceria um pouco mais tarde. Conhecido por ter uma memória de longo alcance, Pinto da Costa sublinhou o investimento feito pela SAD num espaço considerado emblemático pelo «universo» portista: “Foi aqui que se formaram grandes jogadores e glórias do clube e, ao fazer este investimento, esperamos rentabilizar ainda mais este espaço. Este é um local especial. Ainda me lembro de ver aqui grandes jogos de futebol e também de outras modalidades. Este é um local de grandes recordações. Lembro-me, por exemplo, de ver aqui o Semedo e o Vítor Baía jogarem nos juvenis. A fachada será para manter e espero que este local seja uma ponte entre o passado, o presente e o futuro”.
O Quartel-General...
O novo Campo da Constituição, quartel-general do projecto «Dragon Force», englobará a construção de dois campos de futebol (um deles coberto), equipados com relva sintética. Balneários e edifício administrativo serão igualmente erguidos, assim como uma zona de treino «pelada». Os sócios terão também ao dispor uma loja e um café/bar. Os responsáveis portistas esperam movimentar mais de 10 mil jovens no espaço, divididos entre as escolas de futebol, campos de férias, «clinics» e um «road show».
20 março, 2008
Do 0 ao 20...
Ou então, poderia dissertar sobre a descoberta de novas vocações. Apesar de isto não ser a América, não deixa de ser a terra das oportunidades. Da redenção. Dos self made man. Ou woman, neste caso. Poderia dar uma bela história adaptada à tela de cinema. De alternadeira, em bares mal afamados, até à escrita. É este o percurso da colega de José Saramago. Ou António Lobo Antunes. Carolina Salgado, a escritora. Assim mesmo, como profissão. Disse-o em Tribunal. Na acta da sessão não consta que o Juiz se tenha contorcido de riso, perante tamanho dislate. Como escritora, não será necessário um MBA em Harvard para chegar à conclusão que o valor dela é… zero. Nesse aspecto é coerente. Porque, se deixarmos de lado o pormenor da escrita e nos detivermos na análise de carácter, verificamos que também aqui é equivalente a… zero. Como a credibilidade. Zero. E não sou eu que o digo. É a Justiça. Ela confessou ser a mandante da agressão a Ricardo Bexiga. E a Justiça mandou arquivar o caso. Porque a acusação, sustentada apenas na palavra da “escritora”, era demasiado frágil. Ou seja, zero. Tal como, pelos vistos, é a memória de Carolina. Zero. Amnésica, ou simplesmente esquecida, a agora mediática ex-alternadeira depôs, esta semana, contra Pinto da Costa. Confessa quem assistiu que o espectáculo do depoimento raiou o absurdo. Deplorável, penoso e patético, com hiatos graves pelo meio. “Não me recordo”. “Não me lembro”. “Não tenho presente”. Frases soltas, ditas amiúde, evidenciando alguma desconexão entre a realidade que diz ter assistido. Quando a Justiça, que se quer credível, assenta os seus pressupostos em gente assim, está tudo dito. Vale zero.
Mas não. Hoje resolvi escrever sobre futebol positivo. Dito assim parece um palavrão intelectualóide. Não se preocupem. O futebol positivo é aquele que nos dá o melhor que o desporto-rei tem. Do que vale o máximo da escala. 20. Longe dos bastidores, das manobras extra quatro linhas, ou de críticas causticas dos pasquins costumeiros. O futebol feito por jogadores. E havia (e ainda há) algo que me andava a corroer interiormente. Dei por mim a pensar nisso, outro dia. O final da carreira de Vítor Baia. Sem o esplendor merecido. Sem as palmas dos adeptos. Sem um mero jogo de despedida. É um espinho cravado na carne viva. Ele merecia isso. Ele é um dos lídimos representantes da propalada mística azul e branca. Um Deus na baliza. Felino naquele espaço restrito, ágil de uma forma quase sobre-humana, omnipresente no caminho das bolas, serenidade em forma glacial, frieza enervante para os avançados, era assim Baía na guarda das suas redes. Espantosas exibições, imagem marcante debaixo dos postes, como o último obstáculo às investidas dos opositores. Ele, vencedor compulsivo, coleccionador inato de troféus, ficará para sempre na história dos Dragões. Sucessor do mítico Mlynarzick, com a tarefa hercúlea de fazer esquecer o polaco, Baía calcorreou a estrada, até atingir um patamar de eleição, apenas ao alcance de uns poucos. Venceu tudo. Um pilar no seu clube de sempre. Um exemplo para gerações de desportistas. A capacidade de liderança, a fidelidade ao seu clube de sempre, aliadas ao valor humano, capaz de estabelecer pontes aos que chegam.
Imprensa:
“O Porto continua vivo na Champions graças a uma sensacional exibição de Vítor Baía”Jornal As, referente ao Porto-Inter de 23.02.2006
“A salvar a pele dos lusitanos houve um imenso Vítor Baia, excelente a evitar os golos de Adriano e Martins, superlativo na oposição a um remate indefensável de Cambiasso”Jornal La Repubblica, referente ao mesmo jogo
“Apesar de tudo, um herói que manteve de pé ainda por alguns minutos a ilusão da equipa transformar o sonho em realidade, ao evitar por 3 vezes quase consecutivas o segundo golo dos coreanos. Vítor Baia enfrentou adversários isolados e mostrou toda a sua categoria, todo o seu sangue frio, toda a sua firmeza num momento verdadeiramente dramático para Portugal”Jornal a Bola, após o Coreia-Portugal de má memória, em 15.06.02
“Baía foi sempre um dos melhores guarda-redes do Mundo. Apesar da noite calma em Gelsenkirchen, o guardião mostrou toda a sua classe no comando da defesa, foi decidido na altura certa e teve rapidez e bravura suficientes para impedir as iniciativas dos atacantes adversários, como aquela saída temerária aos pés de Guily, aos 3 minutos”Site da Uefa, no rescaldo da final de 2004