31 agosto, 2012

Palhaçadas, roubalheiras e brincadeiras

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Duas jornadas bastaram para ver como é que isto vai ser. A primeira deu um “cheirinho”, na segunda deu-se logo um jeitinho. Não restam dúvidas que o “tri”, para ser nosso, vai ter que ser muito choradinho. Eles não vão facilitar, porque vai tudo andar com eles ao colo.

A verdade é que campeonato ainda não tinha sequer arrancado e a roubalheira já tinha começado. Um jogador agride um árbitro e acaba com um jogo amigável, perdão, particular, porque amigável é algo que, obviamente, não existir com aquela gentalha. O senhor escreve no relatório que perdeu os sentidos e que no hospital lhe diagnosticaram uma comoção cerebral que, para quem não sabe, é uma perda de consciência, e às vezes da memória, de curta duração que se produz depois de uma lesão cerebral. O Conselho de Disciplina da Federação instaura um processo disciplinar com carácter de urgência ao bisonte, que não o impede, pasme-se, de alinhar nas duas primeiras jornadas da Liga, apesar de a infracção cometida poder valer-lhe, no mínimo, dois meses de suspensão. Surreal.

Como uma palhaçada nunca vem só no futebol português, ela continuou nos fins-de-semana seguintes. No primeiro, já o galinheiro tremia com uma iminente derrota logo na estreia do campeonato, quando o árbitro mostra o segundo amarelo a um jogador por uma falta cometida por um outro que ainda não tinha sido admoestado, deixando a equipa adversária a jogar com menos nos últimos 20 minutos do jogo. Enquanto isso, em Barcelos, fica um penálti claro por marcar, porque se eles não ganharam na véspera, nós também não podíamos ganhar sob pena de começarem logo a olhar debaixo para o primeiro lugar.

No último fim-de-semana, a coisa assumiu contornos de escândalo. Primeiro, jogam contra 10 durante todo o jogo, à custa de uma expulsão que nunca teria acontecido se o lance fosse ao contrário. O jogador expulso, curiosamente, recebeu o terceiro vermelho contra a equipa onde foi formado – só coincidências, claro. Depois, tratam de lhes dar mais um empurrãozinho ao ser-lhes validado um golo que nasce de um lance de evidente fora-de-jogo, que os inefáveis comentadores da SportTV acharam duvidoso, apesar de as imagens serem claras como a água. Antes, no Dragão, a goleada lá conseguiu disfarçar mais um penálti tão monumental como o golo do Lucho.

Enfim, isto é para nos irmos habituando, meus caros, porque esta época vai ser assim, eles não podem estar mais um ano sem ganhar e ver-nos a constantemente a festejar. Com a equipa que jogou no sábado, até com o Vítor Pereira o “tri” pode ser uma brincadeira, mas a verdade é será difícil, muito difícil, resistir assim, com tanta roubalheira.

30 agosto, 2012

Liga dos Campeões 2012/2013 - sorteio da fase de grupos

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(») em actualização

O FC Porto ficou colocado no Grupo A da UEFA Champions League, juntamente com os ucranianos do Dínamo Kiev, os franceses do Paris Saint-Germain e os croatas do Dínamo Zagreb.

As jornadas da fase de grupos iniciam-se a 18 e 19 de Setembro, tendo seguimento a 2 e 3 de Outubro, 23 e 24 de Outubro, 6 e 7 de Novembro, 20 e 21 de Novembro e 4 e 5 de Dezembro. Os dois primeiros classificados de cada grupo avançam para os oitavos-de-final da prova, enquanto os terceiros classificados garantem acesso aos dezasseis-avos-de-final da UEFA Europa League.

Calendário do FC Porto

Terça-feira, 18 Setembro 2012
Dínamo Zagreb-FC Porto

Quarta-feira, 3 Outubro 2012
FC Porto-Paris Saint-Germain

Quarta-feira, 24 Outubro 2012
FC Porto-Dínamo Kiev

Terça-feira, 6 Novembro 2012
Dínamo Kiev-FC Porto

Quarta-feira, 21 Novembro 2012
FC Porto-Dínamo Zagreb

Terça-feira, 4 Dezembro 2012
Paris Saint-Germain-FC Porto

fonte: fcporto.pt



Concluídos os jogos do play-off, todas as 32 equipas que vão disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões já sabem em que pote estarão no sorteio desta quinta-feira, a realizar no Mónaco, a partir das 16h30 (de Portugal Continental), com transmissão em directo na Sporttv e na Eurosport.

Lista das equipas:

Pote 1:
Chelsea (ING)
Barcelona (ESP)
Manchester United (ING)
Bayern Munique (ALE)
Real Madrid (ESP)
Arsenal (ING)
FC PORTO (POR)
AC Milan (ITA)

Pote 2:
Valencia (ESP)
benfica(POR)
Shakhtar Donetsk (UCR)
Zenit (RUS)
Schalke 04 (ALE)
Manchester City (ING)
Braga (POR)
Dínamo Kiev (UCR)

Pote 3:
Olympiacos (GRE)
Ajax (HOL)
Anderlecht (BEL)
Juventus (ITA)
Spartak Moscovo (RUS)
Paris SG (FRA)
Galatasaray (TUR)
Lille (FRA)

Pote 4:
Celtic (ESC)
B. Dortmund (ALE)
BATE Borisov (BLS)
Dínamo Zagreb (CRO)
Cluj (ROM)
Málaga (ESP)
Montpellier (FRA)
Nordsjelland (DIN)

Dragões de Ouro 2011/2012

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Já é conhecida a lista de galardoados dos Dragões de Ouro referentes à época 2011/12, com Vítor Pereira e Hulk a receberem a distinção de técnico e atleta do ano, respetivamente.

Destaque ainda para Maicon, que recebe o reconhecimento de futebolista do ano, Gilberto Duarte (Revelação do ano) e Tiago Ferreira (Jovem do ano).

Eis a lista dos principais premiados:

Dirigente do ano: Dr. Paulo Nunes de Almeida
Funcionário do ano: Fernando Bandeirinha
Carreira: Cecília Matos
Técnico do ano: Vítor Pereira (futebol)
Atleta do ano: Hulk (futebol)
Futebolista do ano: Maicon
Atleta de alta competição do ano: Wilson Davyes (andebol)
Atleta amador do ano: Rui Manuel Costa (bilhar)
Revelação do ano: Gilberto Duarte (andebol)
Atleta jovem do ano: Tiago Ferreira (futebol)
Sócio/adepto do ano: Eng.º António Manuel Leitão Borges
Projecto do ano: Equipa B
Recordação: Costa Soares

fonte: fcporto.pt

UMA QUESTÃO DE NÚMEROS

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Este mercado de Verão que nunca mais acaba (quantas surpresas poderá ainda ter reservadas??), é sempre aquela “silly season” onde os adeptos se dividem entre os racionais que sabem e reconhecem a necessidade de vender, e aqueles que apenas pensam no sucesso desportivo.

Confesso que me incluo mais no primeiro lote, se bem que com um racionalismo comedido, pois não gosto de engolir tudo o que me dão.

Desde logo o que mais me preocupa é perceber que o equilíbrio das nossas contas está dependente de receitas extraordinárias (é assim que a venda jogadores é considerada), quando o mais simples modelo de gestão de uma qualquer unidade de negócio, aponta para a necessidade de serem as receitas ordinárias as que devem fazer face às despesas correntes. É que esta questão coloca-nos perante a incerteza do que acontecerá quando não tivermos essas mesmas receitas extraordinárias, que como o próprio nome indica, não são de todo garantidas.

Sendo que a crise está instalada um pouco em todo o lado, e o futebol naturalmente não foge à regra, queremos todos acreditar que as falhas reais de tesouraria que actualmente existem são igualmente fruto dessa crise.

Só assim se percebem os atrasos nos salários e subsídio de férias dos funcionários do clube, ainda não ter sido pago o mês de Maio aos atletas das modalidades, os prémios a quem venceu títulos, etc.

Mas se assim é, como se explica a aparente recusa da proposta do Zenit de €50.000.000,00 por Hulk? Custa-me a acreditar que tenha sido uma recusa automática dos valores em causa! Nesta altura do mercado, nesta altura das nossas aparentes necessidades que os atrasos atrás enunciados denunciam, €50.000.000,00 é pouco? Não brinquem com quem está à espera dessas vendas para receber os seus salários em atraso...

Se desportivamente quero ficar com Hulk? É óbvio que sim!

Se entendo que deve ser vendido ao desbarato? É óbvio que não!

Mas quem não tem dinheiro, não se pode dar a esses luxos, até porque, se a crise está aí, está para todos e as transferências que têm ocorrido assim o mostram... poucas mudanças e a preços muito mais em conta. A saída por esses valores, colocariam essa transferência como a 8ª mais cara de sempre, atrás de Ronaldo, Zidane, Ibrahimovic, Kaká, Figo, Fernando Torres, Crespo e Buffon, e a principal no defeso em curso.

Além disso, é bom não esquecer o aumento muito substancial de salário que Hulk terá a partir de 01-09-2012 caso ainda cá se mantenha.

Um pouco mais de organização, ambição bem medida, decisões tomadas com cabeça, tronco e membros é o que se pede... e para ontem.

Já alguém fez as contas a quanto custou o final do basket no clube?

É que toda a gente fala naquilo que iria custar. Mas é bom que não nos esqueçamos que tínhamos jogadores contratados e renovações acertadas para o ano que se iria iniciar. Esses jogadores têm contratos assinados. Vínculos com salários associados. É preciso pagar-lhes! E com aqueles que não se consegue acordo, no mínimo a lei obriga ao pagamento de 3 meses de salários...

Como é possível contratarem-se jogadores e depois acabar a modalidade?

Quem os contratou e com que indicações?

Ninguém sabia que a modalidade iria acabar?

É isto uma estratégia pensada e definida com antecipação? Enfim...

E mais: se querem definitivamente que as modalidades sejam autónomas, não brinquem com a autonomia.

Deixem que cada modalidade, cada um dos seus responsáveis arranje os seus próprios patrocínios, os seus próprios capitais próprios, seja responsável pelo seu próprio orçamento. O clube que contribua com o valor que entender, que faculte a utilização das instalações ao invés de cobrar uma taxa de utilização, e que depois responsabilize cada um dos homens fortes das modalidades pelo restante do orçamento. Parem de obrigar a que o dinheiro entre na Porto Comercial e depois seja distribuído em percentagens, sempre com o futebol à cabeça.

Mas se discordo de muitas das atitudes dos dirigentes, não posso fazer o mesmo por exemplo em relação à venda de Álvaro Pereira, quer em 2011 quer em 2012.

No ano transacto, e na ressaca da saída de “Libras Boas” do FCP, ninguém perdoaria que fizéssemos um desconto de um euro que fosse ao Chelsea. Todos “exigiam” a sua saída apenas pelo valor da cláusula, até por se estar a falar de um jogador super valorizado, acabado de ganhar a Copa América, e que tinha dado inequívocos sinais de profissionalismo a 100%.

Só que o Palito de hoje não é o mesmo de há um ano.

Hoje é um jogador desvalorizado, sem garra e atitude competitiva, conflituoso com colegas e clube, num mercado em crise, onde Jordi Alba (titular do campeão europeu, Espanha) saiu do Valência para o Barcelona por €12.000.000,00. Que mais poderíamos exigir? O nosso saiu por €10.000.000,00 com objectivos de mais €5.000.000,00 sendo que €3.000.000,00 são totalmente alcançáveis.

Perante tudo isto, acho que falta coerência no discurso de alguns portistas que querem o melhor de dois Mundos (ganhar tudo e ter sempre muito dinheiro e estabilidade financeira, vendendo apenas pelas cláusulas), da mesma forma que os dirigentes precisam de actuar em conformidade com uma determinada estratégia, que aos meus olhos nem sempre está tão bem definida quanto isso, especialmente no que ás modalidades diz respeito.

Finalizo formulando os seguintes votos:
  • Que Sapunaru seja reaproveitado, passando a ter 4 laterais de raiz, podendo Miguel Lopes ser alternativa a Alex Sandro;
  • Que seja contratada uma alternativa a Jackson Martinez, pois sem Janko, Kléber não é esse homem, e se Hulk sair, então ainda pioramos as coisas;
  • Que se consiga despachar Rolando, nem que seja por empréstimo com opção de compra de €15.000.000,00, pois no mínimo poupamos salários e ele tem um ano para se mostrar no novo clube;
  • Que entre João Moutinho e Hulk, um deles saia para reforçar encaixe financeiro, inequivocamente necessário para o equilíbrio das contas;
  • Que a partir do momento que um deles saia, o outro apenas saia pela cláusula de rescisão;
  • Que qualquer um deles, ou se saírem os dois, que ambos vejam as suas saídas colmatadas com entradas de outros jogadores, mas que para isso tudo esteja já devidamente apalavrado, pois o tempo de reacção será curto;
  • Por fim, que todos os portistas sem excepção, quaisquer que sejam os desenvolvimentos finais que ainda venhamos a assistir, estejam inequivocamente ao lado dos jogadores que cá ficarem, pois esses serão sempre os melhores do Mundo, bem como ao lado do treinador que não merece a constante perseguição de que é alvo, parecendo existir um conjunto de abutres que estão nas esquinas à espera de qualquer ventania para poderem atacar.
Um abraço.

29 agosto, 2012

Adeus e obrigado

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Os próximos dias serão frenéticos, com saídas e entradas nos diversos plantéis numa sequência com efeito dominó. Os jogos deste fim de semana marcam, por isso, o fim de alguns ciclos que desfiguram as equipas e sublinham uma aberração regulamentar que faz a cabeça em água a treinadores e cria algum desânimo nos adeptos, como se as primeiras jornadas fossem apenas de aquecimento e o verdadeiro campeonato só tivesse início em setembro.

Se foi o último jogo pelo FC Porto, Hulk realizou ontem uma despedida digna, tranquila, sem ansiedade nem desrespeito pelo clube, ao contrário de muitos dos seus colegas dos últimos anos, que têm evidenciado uma inusitada vontade de fugir do Dragão e entrar numa galeria de figuras que se apagam do imaginário azul e branco, a qual vem crescendo nos últimos anos em contraste com a relação cultural que o clube cultivava e de que o último exemplo será o renascido Lucho González.

Adeus e obrigado – é tudo o que o FC Porto disse a Alvaro Pereira, Belluschi e Cristian Rodríguez e se prepara para dizer a Rolando e Sapunaru. A vontade que mostraram degradou as relações com treinadores e dirigentes e apagou-lhes a estrela no seio do clube. Têm um lugar na história, mas apenas nas filas de trás, nas sombras dos heróis de sempre.

A saída de Hulk é muito diferente. Além dos milhões que vai render, o clube fica a dever-lhe um profissionalismo elevado e a sensação agridoce de que só sai porque a todas as partes envolvidas se torna impossível resistir ao poder do dinheiro, inclusive com riscos de grave erro de gestão de carreira, se optar por um país periférico. Mas esse já não é um problema do FC Porto, que na próxima semana, como tantas vezes no passado, já terá feito o luto e prosseguido o seu fabuloso destino.

fonte: record.xl.pt

Com a alegria a fugir por entre os dedos, até breve

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A “época” começou mal para mim… Oxalá que seja bom prenúncio para o meu Clube. Se assim for não me importo que a vida me corra mal. Férias, nem pensar; não porque tenha medo de, no meio dos azares, cair de uma arriba, mas porque sou cidadão de 3.ª sem direito a gozar da retemperadora brisa marítima.

Não me queixo da categoria que me cabe como cidadão; enfim, já nos tempos da “outra senhora” uns valiam mais do que outros. Desconhecia sim que o meu Clube classificasse os seus filiados. Não sabia que há Sócios de 1.ª, 2.ª, 3.ª e talvez mais escalões. Pelos vistos pertenço a um escalão inferior, caso contrário não teria “direito” a uma das maiores bofetadas que levei na vida. O estalo doeu, mas não foi isso que mais me doeu… Bem, não quero falar outra vez no assunto. Expu-lo em post de 22-07-2012. Apenas quero agradecer às quatro pessoas (2 delas leitores) que me endereçaram palavras de conforto. Porém, dei comigo a pensar que nunca neguei alento a quem dele precisava neste blogue. Houve quem me agradecesse retorquindo: “fica para memória futura”. Afinal… a memória é curta e é passado… Questão encerrada.

O que me traz aqui é um pedido. Estou para, sem abusar da V/bondade, fazer-vos um único pedido. Todavia (folgando com os meus colegas):

- Não vou insistir na velha mania de quem não comenta os meus post não gosta dos ditos;
- Não imploro ao Antas que, na condição de membro do “Tribunal”, aprecie as publicações recentes tanto como as primitivas;
- Não vou exigir ao Escrevinhador que compreenda eu não ser fã de Vítor Pereira;
- Não peço ao Lucho que durma, mais o… Sérgio Gomes, o Delindro, o Ribas, o Tripeiro e a Carla, no “Dragão Caixa”;
- Não vou pedir que todos dêem os parabéns a quem os merece em tempo de aniversário sempre lembrado pelo BlueBoy:
- Não rogo ao Zinho que me contemple com muitos “Bídeos”;
- Não vou solicitar ao Farpas que proceda à transferência de todos os adeptos portistas do sul e de Lisboa para a cidade do Porto;
- Não peço ao Pedro Marques Lopes que venha para o Porto – a “missão” dele é desbaratar os mouros no próprio reduto;
- Não vou implorar que, como até há pouco sempre prezei, todos transmitam uma palavra de incentivo em cada postagem dos colegas;
- Não quero todos os vídeos – que colecção! – do Pedro Cardona;
- Não tenho a veleidade de pedir que me expliquem por que razão ninguém se importuna com estas palavras numa caixa de comentários – “sinceramente acho que o nosso Presidente anda maluco” – e não gostam que eu apelide um funcionário do clube de “incompetente” (estejam descansados, fá-lo-ei sempre que achar ser adequado, venha quem vier, doa a quem doer…);
- Nada farei para aprender a arte de ilustração do Rui Saraiva – também me falta o seu grande talento;
- Não vou pedir ao Tripeiro que transporte uma bandeira maior ou que cesse o lançamento dos coloridos “fumos”, lindos, mas que me afectam os pulmões;
- Não vou fazer reparos aos belíssimos poemas do João Salvador Rocha ou à distinta prosa do Estilhaço e do Bruno Rocha;
- Não exijo à Mafaldinha uma entrevista em minha “casa”;
- Não posso aspirar a uma brilhante crónica da Enid sobre o que é ou não é um “Dragão Azul Forte” (e esta, hem?!!);
- Não prometo ao RCBC que vou conseguir “puxar” os Açores para junto do Estádio do Dragão;
- Não peço ao Pedro Teles e ao Pedro Porto que elaborem reportagens de derrotas como vitórias ou do inverso;
- Não vou pedir ao Norte que abandone as suas apaixonadas e tonificantes crónicas;
- Não vou requisitar ao Dragon Soul uma sondagem à minha (im)popularidade;
- Peço MUITAS desculpas pela minha exuberância, embora tenha a consciência tranquila, porque nunca maltratei ninguém nem é da minha índole fazê-lo.

Caros Leitores, Amigos e Companheiros: por razões de natureza pessoal vou interromper a colaboração no blogue por um período de entre 4 a 6 meses. Ficará suspensa a publicação nas rubricas de que sou autor ou co-autor, mas continuarei a trabalhar nos respectivos projectos: “FC Porto – Dragões de Azul Forte” (História do Clube) e “Manto Azul e Branco” (História dos equipamentos do FCP). Pelo que, asseguro-vos, a continuidade da publicação está garantida logo que regresse ao V/convívio.
Aproveito o ensejo para agradecer a todos – estimados leitores e colegas do blogue – a atenção que sempre me dispensaram. E enviar um apertado abraço ao meu Amigo e Presidente, o “Mestre” BlueBoy. Peço desculpa e compreensão para este interregno. O tempo passa depressa…


Caros Amigos, o pedido que tinha para vos fazer é este: sinto que alegria me foge por entre os dedos; deixem-me parar, descansar, espairecer, alegrar-me de novo. Por favor.

Notas finais:
• Se, em tempo de desânimo, alguma coisa me faz ter ORGULHO, é a AMIZADE do Paulo, de muitos colegas e, perdoem-me a imodéstia, de muitos leitores. Obrigado a TODOS, obrigado Paulo. Desejo que as audiências continuem a aumentar e que o “Bibó Porto” mantenha o seu estatuto de blogue independente, não seja uma “correia de transmissão” como alguns que há por aí, seja sempre o paladino de algo que muito apreciei: a liberdade de expressão.
• Vou revelar um “empreendimento” que, entrementes, estava previsto e que será posto em marcha pouco depois de retomar a publicação no blogue: passatempo/concurso, tendo como pano de fundo a “História” e “O Manto”, em que todos podem participar. Haverá bons prémios incluindo 2 garrafas de Vinho do Porto com, respectivamente, 50 e 49 anos e altíssimo valor de mercado. Então preparam-se, vão estudando “História do FC Porto – Dragões de Azul Forte” e “Manto Azul e Branco”.

Até breve.
Grande abraço, saudações portistas e BIBÓ PORTO, carago!
Fernando Moreira (Dragão Azul Forte)

28 agosto, 2012

Supertaça de Andebol em Fafe começa esta sexta!

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O FC Porto inicia a época 2012/13 das modalidades com a Supertaça de Andebol em Fafe, cujas meias finais estão agendadas para esta sexta-feira, dia 31 de Agosto (lá estarei). Será, com toda a certeza, um bom “torneio” de preparação para o fim de semana seguinte (8 e 9 de Setembro), onde os Dragões tentarão em Belgrado o passaporte para a fase de grupos da Champions League da EHF.

Os Dragões jogaram este fim de semana no Luxemburgo, onde acabaram mesmo por vencer o II Memorial Roger Schmit após 3 concludentes vitórias, a última das quais, diante do vencedor do ano passado (os Checos do Karvina). Antes deste torneio, o FC Porto venceu o Ademar Léon por duas vezes, e joga hoje frente ao Teucro no Dragão Caixa no derradeiro jogo antes das provas oficiais.

O FC Porto procura assim, a sua 6ª supertaça na 17ª edição desta prova, sendo atualmente o clube com mais vitórias nesta competição (FC Porto e ABC Braga têm 5 supertaças ganhas, Benfica 3, Sporting 2 e Belenenses 1), devendo-se salientar ainda que a última ganha pelos Portistas teve como palco a Cidade de Portimão (24 de Janeiro de 2010), onde o FC Porto bateu na final o Belenenses por 29-28 (1º troféu de Obradovic no FC Porto). Se somarmos as 6 taças da liga (competição que veio substituir a supertaça de 2003/04 a 2008/09) às 16 supertaças disputadas, temos o FC Porto com 8 troféus, ABC de Braga e Benfica com 5, e Sporting e Belenenses com 2.

Assim, esta sexta-feira, pelas 18 horas, temos um Madeira-Sporting, e pelas 20h, um sempre apetecível FC Porto-Benfica. Quem ganhar, joga a final neste domingo, dia 2 de Setembro, pelas 17 horas (RTP2). Todos os jogos passam na FAP TV, com a final a ter honras de transmissão na RTP2. De salientar ainda que pelas 14h45 de domingo, há o jogo de apuramento do 3º e 4º lugar. Todos os jogos desta supertaça (sexta e domingo) disputam-se em Fafe.

Entretanto, nas minhas férias, já decorreram as apresentações do andebol e do hóquei, e a confirmação da manutenção de Moncho com a missão de reerguer, tão breve quanto possível, o basquetebol sénior. Quanto ao andebol, Ferraz e Rosário, ambos ex-Madeira, são os reforços desta temporada, além de alguns miúdos oriundos das nossas equipas de formação.

Um abraço do Lucho.

Formação: Resultados

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SEGUNDA LIGA
4ª JORNADA
Marítimo B 2-0 V. Guimarães B
Atlético CP 1-3 Sporting B
SC Braga B 1-1 U. Madeira
FC Porto B 1-2 Desp. Aves (ficha jogo)
Benfica B 6-0 Belenenses

CLASSIFICAÇÃO
2 Sporting B 9
5 Benfica B 7
8 Marítimo B 6
16 V. Guimarães B 4
17 FC Porto B 3
18 SC Braga B 3

PRÓXIMA JORNADA (02-09-2012)
U. Madeira - Benfica B
Sporting B - Marítimo B
UD Oliveirense - FC Porto B
V. Guimarães B - Arouca
Tondela - SC Braga B

CAMPEONATO NACIONAL JUNIORES
3ª JORNADA
FC Porto 4-0 P. Ferreira (ficha jogo)
Rio Ave 3-2 Académica
Penafiel 3-3 Boavista
V. Guimarães 2-2 UD Oliveirense
Leixões 5-1 Freamunde
Varzim 2-5 SC Braga

CLASSIFICAÇÃO
1 Rio Ave 9
2 SC Braga 9
3 Boavista 5
4 UD Oliveirense 5
5 FC Porto 4
6 Académica 4
7 V. Guimarães 4
8 Leixões 3
9 P. Ferreira 3
10 Freamunde 2
11 Penafiel 1
12 Varzim 0

PRÓXIMA JORNADA (01-09-2012)
Boavista - FC Porto
P. Ferreira - Varzim
Académica - Leixões
SC Braga - Rio Ave
UD Oliveirense - Penafiel
Freamunde - V. Guimarães

CAMPEONATO NACIONAL JUVENIS (Série B)
2ª JORNADA
Maia Lidador 1-4 Freamunde
Boavista 2-3 Padroense
Fiães 1-2 Penafiel
Leixões 0-1 Feirense
FC Porto 12-0 Régua (ficha jogo)

CLASSIFICAÇÃO
1 FC Porto 6 
2 Padroense 6
3 Feirense 6
4 Penafiel 6
5 Leixões 3
6 Freamunde 3
7 Boavista 0
8 Fiães 0
9 Maia Lidador 0
10 Régua 0

PRÓXIMA JORNADA (09-09-2012)
Maia Lidador - Boavista
Padroense - Fiães
Penafiel - Leixões
Feirense - FC Porto
Freamunde - Régua

fonte: bibo-porto-junior.blogspot.com

27 agosto, 2012

Eu não percebo nada de Futebol, mas…

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Eu não percebo nada de Futebol, mas... acho que seis são melhor que quatro. Bem sei que isto do Futebol, não é uma ciência exata, mas diz que a matemática sim, e como isto das competições que premeiam os mais regulares e no final é que se fazem as contas; ainda assim e entroncando nessas premissas, eu cá prefiro um empate com sabor a vitória que um empate com sabor a derrota.

Eu não percebo nada de Futebol, mas... sei que mete mais passes para frente que para trás ou para o lado; cruzamentos, posse de bola e até contra-ataques. Diz-se que nem sempre se pode ganhar e ter ópera ao mesmo tempo. Não é preciso tanto. A malta dos Super trata, e bem, da cantoria, os outros metam mas é a bola a rolar! Pelo menos evitem bocejos!

Eu não percebo nada de Futebol, mas... também se diz por aí a boca cheia que um central é um central e lateral é um lateral. Existe também quem lhes chame de adaptados, mas também existe aqueles casos, como verificado o ano passado, que as coisas no sítio certo também, costumam, resultar melhor. O Maicon diz que sim; ao Mangala perguntem-lhe quando for oportuno.

Eu não percebo nada de Futebol, mas... sempre dei uns toques na bola e continuo a achar que o Futebol nasce e vive da Escola da Rua, e não do das Faculdades e de vez em quando lá ouvia, no campo do bairro: “…deixem jogar os miúdos…”. Também os Iphones, Ipod’s, Imac’s, Ipad’s e “Iturbes” talvez sejam mesmo tecnologias a mais nas mãos de certos leigos universitários!

Eu não percebo nada de Futebol, mas... até posso acatar que as leis e o timming dos mercados estejam desajustados. O que não posso acatar é que nos últimos anos, em fins de Agosto, continuemos, por falta de liderança ou o que lhe quiserem chamar, a ficar sempre reféns de valorizarmos ativos e aziados. Se as mentes estão distantes dos pés, não lhes ponham a bola a rolar, mas sim as suas cabeças.

Eu não percebo nada de Futebol, mas... sei que tanto neste desporto como em qualquer outro, uma crítica, não tem de ser algo necessariamente negativo. Uma crítica é isso mesmo, uma apreciação ou análise feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual. Ou por outras palavras, o que se possa dizer mesmo que às vezes doa, deve ser dito acima de tudo com intuito construtivo. Mas isto sou eu, que não pretendo ofender a prática do Portismo de ninguém!

Eu não percebo nada de Futebol, mas... penso que não serei o único a achar que por vezes vitórias enfadonhas e sensaboronas escondem mais que muitas derrotas. É como dizem os ditos populares, enquanto uns dizem que outros engolem sapos, também há os elefantes que parem ratos.

Eu não percebo nada de Futebol, mas... e até porque me acham um gajo poupado, pois a troika agora assim exige, vejo que uma ou outra equipa, também, do Norte sem orçamentos de três dígitos de milhões, consegue com portugueses, fazer corar campeões e sul americanos. E não, não é com declarações de amor no twitter e facebook!

Eu não percebo nada de Futebol, mas.. um empurrão do Luisão é sempre uma agressão, um ladrão é sempre um ladrão, um vintém é sempre um vintém e o “Leitor” vai ser sempre... um penhorado leitor.

Eu não percebo nada de Futebol, mas... sei que no final o Porto habituou-me, bem ou mal, a ganhar. A questão não é estar bem ou mal habituado, nem sequer ser exigente, como agora chamam ao tentar a superação do que já se alcançou. É que quando se é muito melhor que os outros e passa-se a ser só melhor, a coisa estranhasse. Mas e a vocês entranha-se?

PS - Este post foi escrito antes do jogo do FCP frente ao Vitória de Guimarães. No entanto em nada de altera o seu conteúdo, uma vez que, e apesar do resultado e vitória expressiva, o futebol de Vítor Pereira continua a ser feito a passo, com muitos passes falhados e onde é preciso recorrer-se ao rasgo individual de pedras basilares da equipa para se dar a pedrada no charco. Fica patente que dar partes de avanço como no Gil Vicente, pode sair caro!

Abraço e fiquem por aí…que eu fico!

26 agosto, 2012

FC Porto B batido com golo irregular

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FC Porto 1-2 Desportivo das Aves

II Liga 2012/13, 4.ª jornada.
26 de Agosto de 2012.
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia.


Árbitro: Renato Gonçalves (Guarda).
Assistentes: Pedro Ribeiro e Miguel Aguilar.

FC PORTO: Stefanovic; Diogo, Zé António, Tiago Ferreira, Victor Luís; Mikel, Edú, Pedro Moreira; Sebá, Dellatorre e Fábio Martins.
Substituições: Frédéric por Mikel (57’), Vion por Fábio Martins (68’), Tozé por Edú (73’).
Não utilizados: Elói, Bruno Silva, David e M’Bola.
Treinador: Rui Gomes.

DESP. AVES: Marafona; Leandro, Élvis, João Paulo, Mamadou, Tito, Grosso, Romeu, Lourenço, Vasco Matos e Rabiola.
Substituições: Renato por Romeu (45’), Romaric por Rabiola (66’), Vasco Rocha por Lourenço (82’).
Treinador: José Vilaça.

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores: Dellatorre (5m), Grosso (26m) e Rabiola (55m).

Cartão vermelho: Dellatorre e João Paulo (49m).

O FC Porto B sofreu este domingo a primeira derrota na Segunda Liga, cedendo perante o Desportivo das Aves (1-2) num jogo globalmente controlado pelos azuis e brancos. Dellatorre voltou a marcar e colocou os Dragões na dianteira, mas Grosso e Rabiola – este em fora-de-jogo – viraram o resultado.

A turma de Rui Gomes entrou bem na partida, puxou dos galões de anfitrião e inaugurou o placar logo aos cinco minutos numa jogada trabalhada: Sebá criou o lance e assistiu Dellatorre para o seu terceiro golo na liga.

Já em vantagem, os Dragões não refrearam o ímpeto atacante e tentaram rapidamente ampliar as contas. Victor Luís, aos 13 minutos, quase surpreendeu o guarda-redes avense na marcação de um canto, seguindo-se uma boa iniciativa de Fábio Martins.

O Desportivo das Aves respondeu sobre os 20 minutos e com perigo, com Mamadou a atirar ao poste. A defesa portista não prestou a devida atenção ao aviso e acabou mesmo por ver o adversário marcar perto da meia-hora de jogo, depois de um remate de Grosso na pequena-área.

O FC Porto B voltou a subir no terreno e tudo fez para chegar ao segundo golo, que quase surgia aos 40 minutos, novamente por intermédio de Dellatorre, mas o lance haveria de ser anulado pelo facto de a bola ter alegadamente saído do terreno de jogo antes do último toque que a desviou para as redes.

A fechar o primeiro tempo, Rabiola permitiu uma boa defesa a Stefanovic, mas deixou a dica para o que viria a fazer na segunda parte. Já depois de Dellatorre e João Paulo verem o cartão vermelho - por se envolverem numa jogada de penálti para os Dragões... - o número 9 das Aves bateu o guarda-redes dos azuis e brancos num lance em que parte claramente em fora-de-jogo. De nada valeram os protestos do guardião portista, porque, desta vez, o árbitro validou mesmo o golo.

Sem nunca baixar os braços, os comandados de Rui Gomes procuraram incessantemente o empate e, possivelmente, a vitória, mas o azar também esteve presente em Pedroso: Tiago Ferreira beneficiou de uma grande penalidade aos 59 minutos e não conseguiu bater Marafona; Edú e Frédéric viram os seus remates do meio da rua passarem a rasar as redes; Victor Luís estacou ao ver a sua bomba de pé esquerdo embater na trave e Sebá a falhar a recarga; e Vion, ao cair do pano, não fez melhor do que cabecear por cima.

fonte: fcporto.pt



RESUMO DO JOGO

Isto não é como começa, mas como acaba!

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FC Porto 4-0 Vitória de Guimarães

Liga 2012/13, 2.ª jornada.
25 de Agosto de 2012.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 35.503 espectadores.


Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa).
Assistentes: Pedro Garcia e Hernâni Fernandes.
Quarto árbitro: Luís Ferreira.

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho e João Moutinho; Hulk, Jackson Martínez e Atsu.
Substituições: Lucho por James (76m), Atsu por Varela (76m) e João Moutinho por Defour (80m).
Não utilizados: Fabiano, Kleber, Miguel Lopes e Mangala.
Treinador: Vítor Pereira.

V. GUIMARÃES: Douglas; Alex (cap.), N’Diaye, Defendi e Bruno Teles; El Adoua e André André; Ricardo, Barrientos e Toscano; Soudani.
Substituições: Barrientos por Marco (46m), Marco por Lalkovic (64m) e Toscano por Leonel Olímpio (73m).
Não utilizados: Matej, Leandro Freire, João Ribeiro e Siaka Bamba.
Treinador: Rui Vitória.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores: Lucho (16m e 71m), Hulk (66m) e Jackson Martínez (80m, g.p.).

Cartão amarelo: Defendi (80m) e Leonel Olímpio (90m).

Desta vez o meu lugar anual foi ocupado pela minha mãe. À festa de anos de um grande amigo nunca se diz que não, pelo que escrevo esta crónica a partir de Ofir, tradicional estância balnear nortenha.

Tradicional foi também este dia, com o sol a queimar durante a tarde, a água gelada e a sempre presente a nortada. Praia à norte, portanto. E agora por estas horas, óbvio, a humidade a entranhar-se nas roupas e nos cabelos e a necessidade imperiosa de um casaco que nos aconchegue. São assim os Verões por esta zona.

Depois de um dia de boa praia, nada melhor que um fino e uns mexilhões a acompanhar uma partida do nosso Porto juntamente com os amigos.

Sempre estranhei aquelas equipas que começam a época todo o gás, com goleadas e correrias desenfreadas, a prometer mundos e fundos. Nestas coisas, costumo acreditar no dito de que isto não é como começa, mas como acaba. É por isso que acho tão esquisito - no mínimo e para ser elegante - as críticas dirigidas ao nosso treinador Vítor Pereira, aqui e ali, presentes em todas as conversas de café, em todos os finos de bar de praia, pela blogosfera e pelas redes sociais. Isto logo após a primeira jornada, recordo.

Então isto ainda nem começou e já começam a criticar (de novo!) o homem?, penso eu. Mas depressa relembro que o portista, recentemente, tem vindo a transformar-se em alguém de memória curta para umas coisas e de memória longa para outras. Na realidade, o treinador actual não serve pelo mesmo motivo que o Prof. Jesualdo Ferreira também não servia. Mas isso é conversa para ir desenvolvendo ao longo da época.

Mas vamo-nos então debruçar sobre a partida!
Melhor resposta à exibição de Barcelos era difícil. Notou-se em todos os jogadores que subiram ao relvado do Dragão um objectivo claro de acelerar o jogo em cada passe, em cada jogada, em cada iniciativa. A saída de James do onze não terá sido alheia a esta maior velocidade. A primeira parte jogou-se, assim sendo, em sentido único e somente no meio-campo vimaranense.

Resultado disso mesmo foi o belíssimo golo de Lucho (que classe!), que nos lançou para uma exibição mais tranquila e descomplexada, marcada pelo ritmo e pelo compasso de El Comandante. De facto, Lucho está a iniciar a época a todo o vapor, contrariando quem vinha referindo vezes sem conta a sua idade. A naturalidade com que chega a zonas mais adiantadas e faz dois golos é assustadora. Conforme dizia alguém ao meu lado durante o jogo, Lucho representa para o nosso jogo o que o pai do aniversariante representa naqueles jogos de festas de anos da criançada. É aquele que distribui a bola, que organiza o jogo, que deixa todos felizes, que não deixa ninguém de fora, serve todos de igual forma, de modo a que ninguém amue. Com ele em campo, tudo parece fácil.

O resto da partida não diferiu muito dos primeiros minutos. À excepção do início da segunda parte, em que o Vitória dispôs de dois lances de golo eminente, o Porto foi dono e senhor da bola, pelo que me parece fazer mais sentido ir já para as apreciações individuais.

O nosso trinco Fernando merece a primeira referência, pois foi o grande exterminador dos ataques dos minhotos (juntamente com Moutinho, que melhorou muito face a Barcelos), percorrendo léguas de terreno a pressionar e a impulsionar o ataque. Confirma com este jogo que começa a época em grande plano. E é nele que reside, em grande parte, a chave do tri.

Alex Sandro e Atsu formaram uma dupla dinâmica e irreverente, com combinações que parecem treinadas há anos. Álvaro Pereira, que se acha sem dúvida mais do que na verdade é, não deixará saudades. Isso vê-se ao longe. Já agora, aproveito o espaço para lhe agradecer e desejar uma boa viagem... sem retorno! Atsu, com esta irrequietude e atrevimento, arrisca-se a deixar James no banco de suplentes.

Declaração prévia de interesses: não sou um grande apreciador de James. Reconheço-lhe inúmeras qualidades, noto-lhe o génio, descubro-lhe a classe, a diferença no toque de bola, o perfil de craque. Mas não consigo gostar dele. Acho-o peneirento, pouco esforçado, enganador. Joga com o corpo, mas não com a alma. É a antítese do jogador à Porto. Vai a tempo de mudar, claro. Mas, para já, mal de nós se pensássemos que era com ele que íamos substituir Hulk no papel de desiquilibrador da equipa. Continua para mim a fazer mais a diferença quando entra no decorrer do jogo. E isso significa que é um jogador de banco.

E por falar n' O Incrível, destaque para a sua atitude e empenho durante todo o jogo. Isto numa altura em que vem a lume uma proposta milionária da terra dos czares. Um profissional de corpo e alma, que dá tudo pelo clube seja em que campo for. Apesar de não ter combinado muitas vezes com Danilo (o brasileiro parece ainda algo inadaptado à posição), jogou sempre num registo elevado, culminando a sua exibição com um golo bem ao seu estilo, repleto de classe e potência, à super-herói. No crepúsculo da sua pele azul e branca, mostrou tudo aquilo com que nos foi encantando ao longo destes anos. Vénia.

O avolumar do resultado foi uma consequência natural da avalanche atacante azul e branca, com notas elogiosas para Jackson Martinez, pelo penalty superiormente batido à Panenka, mas também pela forma cada vez mais natural como combina com os colegas e se solta pelo relvado do Dragão. Já perto do final da partida tem um lance que define um ponta-de-lança, com uma recepção fantástica, um encarar dos defesas com altivez, e uma finta desconcertante em direcção à baliza... só faltou o golo, mas o remate saiu a rasar o ferro. É um daqueles lances que aguça o apetite para o que aí vem, qe nos convida a segui-lo durante a temporada.

Em jeito de conclusão, a forma como a equipa encarou este jogo deu uma cabal resposta a quem já nos fazia a prematura cerimónia fúnebre depois do embate frente ao Gil Vicente. Vítor Pereira deu a ideia de ter dado um abanão na equipa e em certos jogadores mais adormecidos neste sempre complicado início de temporada com a janela de transferências no sub-consciente da maioria dos jogadores. Assim sendo, o nosso treinador terá uma semana de tréguas. Mas cuidado com o canto das sereias, Mister...

Até para a semana!



DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

"Fizemos um jogo sem mácula. Dinâmica muito grande. Todos os jogadores contribuíram para um bom jogo. Bom jogo também para quem viu".

"Todos contribuíram para um excelente jogo e estou satisfeito pela massa associativa, que merecia um jogo assim".

"Só comentarei saídas e entradas concretas. Hulk fez mais um grande jogo. Está cá, conto com ele. Quero dar os parabéns à equipa pelo jogo que fez, mereceram esta salva de palmas".

Lucho González

"Não mudou nada, o que nos faltou no primeiro jogo foi concretizar uma das muitas ocasiões. Sabemos que neste clube não se pode ter dois empates seguidos e fizemos um bom jogo. O importante é a equipa ganhar, quem marca não interessa. Ainda nos falta um pouco de ritmo, mas jogámos a ritmo alto e alcançámos uma boa diferença no marcador".

"Neste clube é normal notícias de transferências, até dia 31 vai haver mais, mas, como dizemos, todos estamos concentrados neste grupo. Se ficarem connosco muito melhor. Se alguém sair há que lhe desejar o melhor".



RESUMO DO JOGO

25 agosto, 2012

Gestão do plantel

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Estranhamente, ou não!, Vítor Pereira decidiu deixar Iturbe novamente de fora da convocatória para o jogo com o V.Guimarães, este sábado, no Dragão. Será que o Iturbe afinal não sabe jogar à bola? Será que os golos e exibições pela selecção argentina são miragens? O golaço contra o Celta de Vigo foi ilusão de óptica? A desculpa de que o rapaz ainda não tem experiência já não cola. Que se saiba é a jogar que se ganha experiência e se evolui. Não é certamente a ver o jogo na bancada, este sábado, que Iturbe vai ganhar a tão famigerada maturidade. Ganha tanta maturidade ele, como eu e os outros milhares que vão ao Dragão.

A questão é: estão há espera de quê? Que o miúdo se farte e comece a pedir para ir embora? Iturbe chegou há um ano e até agora, se não me falham as contas, fez 3 ou 4 jogos oficiais. No mesmo período de tempo, o Jurema (e era mais novo que o Iturbe) jogou cerca de 4 vezes mais no Porto. Para mim, deixar neste momento Iturbe de fora é o equivalente a colocar Maicon na lateral direita ou Mangala na esquerda. São decisões que, para além de futebolisticamente obsoletas, representam também uma progressiva destruição dos melhores ativos do clube.

Até parece que o FC Porto está em saldos. Hoje, soube-se que o Belluschi foi vendido por 2,5 milhões de euros. Pelo mesmo caminho deve ir o Rolando. Já para não falar do caso de Sapunaru que continua num limbo do qual ninguém sai beneficiado. Finalmente, esta semana, o negócio Álvaro Pereira foi resolvido por 10 milhões mais 5 em objectivo, servindo apenas para evitar o pior cenário que passava pelo empréstimo do jogador. Esperemos para ver como vai ser feito o negócio do Hulk.

Enquanto a última semana de mercados promete ser agitada, o campeonato não pára - até porque isso convém ao lóbi dos empresários de futebol. E é já hoje o próximo jogo. Com a relva aparada e num campo com as dimensões maiores espero que não haja desculpa para o futebol lento, entediante e previsível que o Porto vem apresentando. Mais que ver a equipa ganhar, quero ver o Porto a jogar. Não há paciência para mais desculpas.

Alex Sandro que tem voltar à lateral esquerda e o Danilo ao lado direito. Estas duas alterações parecem-me evidentes. Para quê andar com remendos na esquerda (o Mangala é central), quando temos um lateral de seleção brasileira e do talento do Alex Sandro? Por outro lado, até um cego vê que o Miguel Lopes não tem minimamente a categoria de Danilo. Há quem defenda a tese de que Vítor Pereira conduz um Ferrari sem ter carta. Amanhã veremos se têm razão.

"Quero que a equipa perceba que somos campeões"

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Numa conferência que reconduziu, repetidamente, Vítor Pereira a Barcelos, numa sequência de questões que revisitou o empate da primeira jornada, o treinador apontou o discurso ao futuro. Em especial, ao imediato, que coloca o V. Guimarães no caminho dos Dragões. Depois de a trabalhar sobre os erros, o técnico elevou o grau de exigência e recordou a equipa da sua própria condição.

Na conferência de imprensa com que, ao princípio da tarde desta quinta-feira, fez a abordagem à recepção ao Vitória de Guimarães, Vítor Pereira falou ainda de um adversário bem organizado, de um jogo difícil, da readaptação de Hulk, dos incontornáveis efeitos do mercado de transferências e, em especial, da exigência máxima decretada aos jogadores, de quem espera “comportamentos de campeão”. Já a partir das 20h30 de sábado, no Estádio do Dragão. Hoje, no auditório do Olival, foi assim:

À espera de um adversário “bem organizado”
“O jogo com o Vitória de Guimarães é igual a muitos outros. Ou seja, não será fácil. Creio que vamos ter pela frente uma equipa muito bem organizada, fundamentalmente a jogar com linhas bem próximas e com jogadores rápidos na frente. Acredito que será esse o desafio que vamos ter pela frente e confio nas nossas capacidades para o superar.”

Uma questão de intensidade
“Em Barcelos, faltou-nos ritmo na circulação de bola e agressividade no ataque, que são aspectos do nosso trabalho diário. Trabalhamos para sermos intensos e são esses comportamentos que temos que exigir à nossa equipa.”

Ainda sobre a retracção do Gil Vicente
“O Gil Vicente tem os seus argumentos e joga da forma que entender. Nós assumimos completamente as despesas do jogo e quisemos ganhar. É assim que sempre fazemos. As outras equipas jogam segundo a sua identidade e eu limitei-me a constatar um facto.”

Efeitos do mercado
“O mercado mexe com a cabeça das pessoas e as notícias são diárias. Esse é um dado a que ninguém consegue fugir. Importa é minimizar esses efeitos e esperar que ele feche, para que tudo fique bem definido.”

Máxima exigência
“Quero uma equipa que perceba que somos campeões nacionais e o mínimo que se pode exigir é que tenha comportamentos de campeão. Os nossos adeptos merecerem desempenhos de qualidade, até porque nos apoiam de forma entusiástica.”

Trabalhar em cima dos erros
“Nesta fase da época, não podemos esperar que a equipa consiga jogar com grande qualidade, mas devemos exigir que o faça melhor do que aquilo que conseguiu no último jogo. Pretendemos, já para este jogo, melhorar o comportamento da equipa. Erros todos cometemos e eu também os cometo. Em Barcelos, tivemos um dia de menor inspiração, mas mesmo assim criámos ocasiões suficientes para podermos ganhar o jogo. O futebol real é corrigir e trabalhar em cima dos erros.”

Hulk em readaptação
“O Hulk tinha acabado de chegar, vinha de representar a selecção do Brasil. É verdade que está perfeitamente identificado com a nossa forma de trabalhar, mas também está a readaptar-se ao nosso estilo de jogo.”

fonte: fcporto.pt



LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Fabiano Freitas;
Defesas: Miguel Lopes, Danilo, Maicon, Otamendi, Mangala e Alex Sandro;
Médios: Fernando, João Moutinho, Lucho, Defour e James Rodríguez;
Avançados: Varela, Hulk, Atsu, Kléber e Jackson Martínez.

24 agosto, 2012

Esperança cautelosa

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Adeus Palito! É sempre uma alegria ver partir quem não quer ficar. E se ainda nos derem uns trocos, é unir o útil ao agradável. A última coisa que quero no plantel do meu clube são meninos egocêntricos que não têm o mínimo pejo em prejudicar o colectivo em nome das suas birrinhas pessoais. Era bom jogador, gostava dele, mas nos últimos meses deixou claro o seu carácter. Já vai é tarde.

Não tenho pachorra para esta gente: por mim iam-se embora de graça. Mas essa "solução" teria um óbvio e grave problema: se facilitássemos a saída a quem a força, estaríamos a passar a mensagem que quanto mais fitas fizer o jogador, mais depressa o clube cede e o deixa sair. É pedagogia básica: não se pode premiar o comportamento incorrecto, sobretudo perante o olhar atento dos outros candidatos a estrelas da liga espanhola. É preciso discipliná-los pelo exemplo, mostrar que não vale a pena fazer braço-de-ferro com o clube pois não sairão a ganhar. O que acarreta riscos muito grandes: não vender o jogador, continuar a pagar-lhe muito mais do que ele merece e passar meses a levar com a sua má vontade, má educação e disrupção do ambiente no balneário. Já aconteceu no passado. Com o Álvaro Pereira, por sorte, por competência de quem dirigiu o processo ou por um bocadinho de ambos, não foi assim. E por isso estou contente. Vamos ver se mais alguém lhe segue as pisadas ainda neste mercado.

Tenho mixed feelings em relação a esta época. Uma esperança cautelosa. Na época passada sofremos muito mas festejámos no final. Embora não esqueça as desilusões na Taça de Portugal e na Liga dos Campeões (a da Liga Europa é aceitável, embora se dispensasse aqueles números), não nos podemos queixar. Felizes de nós, para quem uma época como 2011/12 é apenas razoável. Felizes de nós, que nos podemos dar ao luxo de dizer que “fomos campeões, mas a jogar mal”. Costumo ouvir dizer que estamos “mal habituados”. Mal ou bem, a verdade é que estamos demasiado habituados a vencer: já não festejamos as vitórias com o êxtase de outrora e deixamo-nos desesperar com muita facilidade quando algo corre menos bem - muitos de nós, pelo menos. Nenhuma dessas atitudes traz nada de positivo. Temos de lembrar-nos do quanto lutámos na nossa história para conquistar a hegemonia de hoje, lembrar-nos dos 19 anos de jejum, dos roubos de igreja, do ódio que nos têm, e voltar a viver cada vitória como se fosse a primeira e cada derrota ou mau jogo como se fosse um toque de reunir!

A procissão ainda vai no adro, e o primeiro título da época já cá canta. Sim, contra a Académica valeu apenas o resultado, e contra o Gil Vicente nem isso. Sim, estamos a jogar um futebol lento, feio, que não entusiasma. Não tenho como negar isso, nem posso dizer que não esteja preocupada com a época que se inicia. Mas estamos em Agosto. Muita água vai ainda correr por baixo das nossas seis pontes. Nem o plantel está ainda fechado! É acreditar e apoiar. É para isso que cá estou.

Nós somos a tua voz!

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A primeira de trinta jornadas acabou com um nulo, em Barcelos. Mostrámos que estamos com a equipa desde o primeiro minuto de competição. Grande invasão dos ultras Porto ao estádio do ladrão Fiúza, que meteu ao bolso mais 20 euros meus e de tantos outros. Não entrámos bem no campeonato, cedendo ou sendo obrigados a ceder logo à partida dois pontos, por um árbitro que não viu o Kléber ser rebocado da grande área e também deixou passar em claro o circo que os gilistas proporcionaram aos espectadores presentes, especialmente durante os segundos 45 minutos.

Hulk no final da partida bem lembrou isso, que os adeptos pagam (e bem!!) pelo bilhete é para ver futebol o tempo todo, não para ver 20 ou 30 minutos de teatro. Porque para isso também há locais próprios.

Chegava o dia da primeira deslocação para o campeonato, no local onde perdemos a única vez nos seus últimos 60 jogos. Jogo no Minho, debaixo de um calor convidativo. Convidativo não era o preço, como falei aqui na semana passada, mas pronto, lá cumprimos o nosso dever e rumámos ao palco do encontro, com quase 20 elementos. Viagem rápida a tranquila, chegámos a Barcelos e concentrámo-nos junto à nossa entrada. Curiosamente próximo da entrada dos jogadores, local que não guardo com boas recordações.

Entrámos relativamente cedo. As faixas, bandeiras e estandartes iam sendo erguidos. Tal como no ano passado, só puderam entrar um determinado número de tubos para as bandeiras, tendo as outras todas sido estendidas no relvado, atrás da baliza defendida por Hélton durante a primeira parte. Estádio com uma excelente assistência, os emigrantes mais uma vez ajudaram à festa. Muito portista no Municipal de Barcelos, não só os que viajaram da Invicta mas também os da própria cidade e das redondezas. Um Curva azul e branca extraordinariamente bem composta e participativa durante todo o jogo.

Super Dragões e Colectivo deslocaram-se em grande número, isto num mês de Agosto que obviamente apanha muita gente de férias. Devido à publicidade exposta na primeira fila da bancada, a faixa do C95 teve que ser segurada no meio dos ultras.

O grupo da casa, a “Nação Barcelense”, pouco ou nada se ouviu, tal foi o apoio das nossas claques. O speaker local dava vontade de rir pela forma como puxava pelos adeptos da equipa da casa, com cânticos de escola primária.

À entrada das equipas, rebentamento de um ou dois petardos de cada lado estádio. Bandeiras e estandartes erguidos e começava o festival da nossa parte. Foram 90 minutos de bom nível, mais uma vez com uma palavra de agradecimento ao C95, pois embora em desvantagem comparativamente aos SD, em número de elementos, entoam os cânticos até às últimas e não o deixam morrer. Nota ainda para a excelente acústica do estádio, um dos melhores nacionais, nesse especto. Pena não termos começado com uma vitória, os portistas que lá estiveram mereciam esses 3 pontos!

Regresso à Invicta no final da tarde – após o tempo de espera habitual – e já estamos todos à espera do dia de amanhã, para prosseguirmos o nosso próprio caminho, rumo ao TRI, que é o grande objetivo de todos nesta temporada.

Jogo em casa contra os espanhóis, um jogo com um sabor apetecível, e que vai entrar na história: o estádio do Dragão vai registar, em menos de 9 anos de existência, 7 milhões de espectadores!! Compareçam!!

Um abraço ultra.

23 agosto, 2012

Minuto Zero… Por Onde Começar?!?!

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Continuidade e circunstâncias... Olhar o Dragão e o seu actual futebol apenas pelo ângulo de VP, é sobretudo particularizar pormaiores, o que apesar de tudo, me obriga e atira para opiniões que não colhem junto de apaniguados consócios simpatia, mas que se mostram a longo prazo uma ideologia desportiva de argumentação vasta capaz de atacar o cerne dos problemas, como forma de inverter o rendimento desportivo.

90 Minutos depois, resumo este FC Porto a um espartilho de ideias, perdão, 180 Minutos... Porque apesar de entrar na época a ganhar o troféu em Aveiro por tradição, é me impossível dissociar exibições e/ou distinguir evolução, e discorrer na troca de unidades, resolução capaz de mudar o fio condutor ao cinzentismo explanado aquando da Supertaça.

VP, ignora noções de colectivismo, concessões de equipa, obrigando o DNA idiossincrásico do Dragões às limitações do individualismo e à crença de que basta a bola rolar, e mais minuto menos minuto o talento e a arte dos mais capazes vão fazê-la entrar!?!?

O Mundo Futebol caminha paralelo ao Mundo Real e como tal, mesmo que ambos se apresentem redondos, nenhum é simples ou perfeito, e individualidade alguma crescerá acima do conceito táctico colectivo, por muito que tantas vezes façam sozinhos aquilo que mais ninguém faz, pois essa não é a realidade global.

Por isso em Barcelos, ao saber do Onze, em mim já orbitava uma ideia, ao minuto zero VP achava que só com Hulk se atreveria a ganhar, sem o Incrível, o Treinador Campeão não sabia por onde deveria o futebol do Dragão começar!

Na cidade dos Moliceiros, os azuis e brancos já haviam denotado uma exasperante falta de intensidade, ideias e dinâmica ao nível da posse de bola, algo a que a continuidade de Fernando como primeiro vértice de construção não será alheia.

Incapazes de criar desequilíbrios a partir da linha média, o que dizer da total falta de química entre o tridente ofensivo, inábeis na capacidade de dar largura ao jogo, inconsequentes perante a necessidade de jogar como apoio quer em movimentos fora dos centrais, quer em movimentos interiores, capazes de soltar ou convidar as sobreposições dos laterais pelos flancos.

Pode parecer contra sensual, direccionar critica à justiça pela escolha e formulação do onze e depois, continuar a rasgar VP pela inoperância do futebol explanado dentro das 4 linhas. De facto só o consigo fazer porque segundo a análise condutora deste processo de continuidade, apenas consigo determinar este semi insucesso pela circunstância de que se não estamos pior, melhor é que não estamos, salvo a verdade de defensivamente ter-mos de certo modo erradicado grande parte dos erros infantis que enfermavam e apunham certos nomes quando chamados a titularidade.

No passado a linha do sucesso revitalizou-se quando a reviravolta se deu ao nível do psicológico e VP agarrou o grupo, quando abriu mão da unicidade e percebeu que inovação alguma tinha emprestado ao sentido táctico deste grupo e com isso se inteirou das suas limitações, que não ao nível de como lê o jogo, mas sim como líder básico que quase comprometia o título.

Naïf, é forma que melhor caracteriza este arranque, mesmo num exercício linear e de raciocínio agarrado ao passado, o 4x3x3 tradicional emanando traços tácticos conservadores, onde Kleber foi a pedrada num charco seco, face ao que se pedia como capaz de romper com o tradicional.

Ideias dogmáticas de posse, peremptório quando nas transições rápidas é como se encontra mais próximo do desequilíbrio e como tal do golo. Indefinido porque mesmo que Lucho estabilize e compacte a organização, existe um limbo na coexistência estratégica do querer pressionar alto e o reconhecer segurança quando recua as linhas e a sensibilidade táctica do triângulo do meio campo consegue interpretar transição/compensação, através de movimentos contrários, onde nem Lucho se encosta ao ponta de lança, nem Moutinho se resguarda como muleta de Fernando, tornando-se assim o motor das transições, diminuindo a distancia para a 2ª linha intermédia.

Enquanto não encerra o Mercado pairam no Dragão os espectros de transferências frustradas, jogadores pouco comprometidos com as envolvências do jogo ou ate com o próprio clube.

Até 31 de Agosto, por muito que VP seja um alvo em que me apetece bater, não só por ser um alvo fácil, não deixo de sentir esta dezena de dias como a maior ameaça táctica ao crescimento natural desta equipa.

Uma vez mais VP teria de aparecer com alma/voz maior de um colectivo, trabalhando-o acima de qualquer individualidade, sustentando no seu saber do jogo, sistemas e soluções alternativas a um possível contexto de perda abrupta de matéria-prima.

Conceptualizar variantes ao sistema é trabalho de campo, apostar tudo na continuidade sem olhar as circunstâncias da dificuldades que é ter de reconstruir, é hipotecar o colectivo, minar o pilar “espinha dorsal”, como motor do sucesso em face unicamente de quem desequilibra por si só.

As amarguras de início de Liga só não são mais nefastas porque a jornada alinhou pelo sortilégio dos empates, somando aos rivais falsas partidas, o que não deve contudo ser razão suficiente em mim para diluir o quão naïf foi o arranque para as cores Azuis.

Enquanto o saber prático do Dragão não transbordar o fogo próprio de quem só na vitória se realiza, de pouco servirá um Treinador que se credibilizou num título, mas que em teoria continua refém da bipolaridade automação táctica/autoridade e perfil de liderança.

Passados os primeiros 90 minutos em Barcelos... Rapidamente começo a pensar no minuto zero da 2ª jornada.

Quando o Guimarães subir ao nosso relvado, com que futebol Rui Vitória se preocupará... Com o que sai dos pés dos virtuosos autónomos à quem o mercado não esquece ou com o que nasce do colectivo???

História do regulamento de substituições num jogo de futebol

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O regulamento das substituições de jogadores durante um encontro de futebol só surgiu, como nós o conhecemos e para abranger todas as competições a nível mundial, em finais da década de 60 do século passado.

Até ali, várias foram as experiências em diversos sítios e países onde se jogava/joga a bola. Substituições durante os jogos do Campeonato Inglês de Futebol, por exemplo, foram permitidas na época 1965-1966 e seguinte. A cada equipa era autorizada somente uma substituição e o substituto só podia ocupar o lugar de um jogador lesionado.

Antes (e durante longo tempo) praticamente todas as federações nacionais adoptaram o princípio de que o guarda-redes, e só ele, poderia ser substituído em caso de lesão. Esta regra foi utilizada em todas as provas nacionais da Federação Portuguesa de Futebol a partir de cerca da década de 30.

1967-1968 – O regulamento foi flexibilizado para permitir substituições por razões tácticas. Nessa época de 1967-68 o FC Porto efectuou dois jogos na então designada “Taça das Cidades com Feira” em que passou a ser possível (tal como nas outras competições da UEFA) substituir dois atletas em cada equipa durante um encontro, independentemente de serem jogadores de campo ou o guarda-redes. Já não era condição “sine qua non” o jogador estar lesionado para dar lugar a outro. A decisão passou a ser, sobretudo, de natureza técnico-táctica.

1968-1969 – Em Portugal o regulamento da FPF passou a permitir substituições (para além da do guarda-redes) em competições oficiais, na época de 1968-1969. Era, como a UEFA determinou, autorizado substituir dois jogadores durante um jogo.

1970 – A FIFA aprovou 2 substituições em jogos do Campeonato do Mundo em 1970, no México.

1995 – Foi adoptado e regulado pela FIFA, a nível mundial, o número máximo de 3 suplentes utilizados num jogo de competições oficiais.

Fernando Moreira (Dragão Azul Forte)