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PARA MELHOR:
Sinal disso mesmo, é o facto de os pasquins desportivos de lisboa terem decretado, de há dias a esta parte, o início da época de saldos de Inverno no FC Porto.
É ver Herrera no Manchester City e Brahimi no Nápoles, Rúben Neves no Arsenal e Casemiro de regresso ao Real Madrid.
Mas a coisa não fica por aqui: em Janeiro, o FC Porto prepara-se para receber um conjunto alargado de novos jogadores, os quais visam colmatar as evidentes falhas de um plantel curto e que, afinal, não correspondeu às expectativas que os milhões investidos (mais do que o investimento por SCP e SLB juntos) inculcaram nas mentes dos profissionais do meio.
É o caso de Illaramendi (mais propriamente a segunda vida de Illaramendi no FC Porto sem nunca ter posto os pés na Invicta) e de Douglas Coutinho.
A manobra é clássica e vem em todos os livros.
Quando as arbitragens não ajudam, designadamente na Europa, e a equipa do regime começa a dar sinais de fadiga (física e mental), cumpre telefonar aos suspeitos do costume, os quais se encontram, há semanas, juntos ao dito aparelho, aguardando apenas a luz verde e/ou vermelha para disparar (ou, melhor, disparatar) as tolices acima identificadas.
De resto, já se tinha percebido que a personalidade de JL havia causado algum mal-estar nos jornaleiros do sul. Talvez por se ter apresentado, desde o primeiro momento, com uma personalidade forte, com educação e saber-estar, com carisma e capacidade oratória, o que não só contrasta fortemente com outras personagens do futebol português, como, por isso mesmo, coloca em extrema e ostensiva evidência as fragilidades desses auto-intitulados magos da bola.
A vergonha do que se tem em casa é tanta que leva a uma desesperada fuga para a frente, maxime a apelidar JL de Flopetegui.
Ou seja, as coisas estão claramente a mudar para melhor.
Não temos dúvidas, porque sempre assim o foi, que estas manobras relativamente toscas, de mau gosto e, em certos casos, verdadeiramente grosseiras (Herrera no Manchester City?!) servirão apenas para unir o grupo e cerrar fileiras.
Aliás, particular alegria me deu a última conferência de imprensa de JL, na qual se ouviu a primeira referência à história e à mística do FC Porto registada na época 2014/2015.
- «Todos juntos somos mais fortes, contra tudo e todos».
Se assim for, não tenho dúvidas: seremos vencedores.
Se a derrota com o SCP tiver tido esse condão, então, meus amigos, atrevo-me a dizer que essa derrota nos fez ganhar a época e, nesse caso, tudo terá valido a pena.
PARA PIOR:
Analisados os documentos oficiais do FC Porto, e fazendo contas de merceeiro, cheguei à conclusão que os jogadores do clube (equipas A e B, ou seja, mais de 50 atletas) recebem, em média, mais de € 50.000,00/mês.
É um número extremamente impressivo e preocupante.
Em face dos resultados da época passada, percebe-se o investimento feito na época 2014/2015 e o consequente aumento do peso das despesas com pessoal nas contas.
Havia que encontrar uma solução rápida e eficaz que permitisse ao clube, já nesta época, discutir o campeonato, impedindo, assim, que o SLB pudesse iniciar uma trajectória consolidada de vitórias.
E a melhor solução é, sem dúvida, recrutar vários jogadores de valor indesmentível, diminuindo, dessa forma, o risco de inadaptação ou de puros fiascos, mas, concomitantemente, incrementando fortemente a folha salarial.
É algo que, após a estabilização da equipa, deverá ser devidamente corrigido, porque penso que, no actual cenário económico, a manutenção de tal encargo se tornará inviável no curto/médio prazo.
E aqui parece-me que a reestruturação da equipa B, designadamente a contenção de excessos na contratação de jovens jogadores estrangeiros que, historicamente, não têm sido minimamente rentabilizados, poderá libertar meios financeiros para suportar o peso dos vencimentos dos jogadores da equipa A.
Pedro Ferreira de Sousa