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Eintracht Frankfurt-FC Porto, 3-3
Liga Europa 2013/14, 16 avos, 2.ª mão
27 de Fevereiro de 2014
Estádio: Commerzbank Arena, Frankfurt
Assistência: -
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Angelo Boonman e Erwin Zeinstra; Richard Liesveld e Ed Janssen
4º Árbitro: Charles Schaap
EINTRACHT FRANKFURT: Trapp, Jung, Madlung, Zambrano, Oczipka, Flum, Schwegler, Meier, Aigner, Joselu, Barnetta.
Substituições: Rosenthal por Aigner (69m), Lanig por Joselu (85m).
Não utilizados: Wiedwald, Inui, Kadlec, Djakpa, Weis.
Treinador: Armin Veh.
FC PORTO: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Herrera, Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson Martínez, Varela.
Substituições: Ghilas por Herrera (54m), Licá por Varela (78m), Reyes por Jackson Martinez (90m).
Não utilizados: Fabiano, Josué, Ricardo, Defour.
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Aigner (37m), Meier (52m), Mangala (58m e 71m), Meier (76m), Ghilas (86m).
Cartões amarelos: Aigner (25m), Maicon (41m), Herrera (51m), Ghilas (61m), Zambrano (61m), Meier (75m), Jung (88m).
O FC Porto carimbou a passagem para os oitavos de final da Liga Europa. Ao levar para a Alemanha um empate a 2-2, os portistas encararam o jogo em Frankfurt com bastante crença e os jogadores tinham que corresponder ao apoio massivo dos 3500 adeptos portistas, não defraudando as expectativas.
O jogo começou com o FC Porto a assumir as despesas do jogo. Não poderia ser de outra forma, pois quem estava em desvantagem eram os Dragões. Perante uma moldura humana adversa, muito intensa e de apoio permanente à equipa contrária, o FC Porto controlava e dominava mas com um jogo muito arrastado no primeiro tempo.
O Eintracht de Frankfurt jogava retraído, com linhas recuadas, espreitando o contra-ataque. E foi assim durante toda a primeira parte. Os alemães chegavam poucas vezes à área do FC Porto mas quando o faziam, bastavam três/quatro toques. Num desses contra-ataques, a equipa germânica inaugurou o marcador à passagem dos 37 minutos por Aigner. Numa jogada simples, ao primeiro toque, o Eintracht mostrou como se joga futebol.
O intervalo chegava com apenas um lance de grande perigo do FC Porto num cabeceamento defeituoso de Herrera à boca da baliza. Houve ainda duas más recepções de Jackson Martínez que poderiam ter dado golo.
Na segunda parte, tudo mudou de figura mas no recomeço os portistas complicaram muito a vida e estiveram com pé e meio fora da prova. Há uma semana estiveram praticamente apurados e aos 52 minutos estavam praticamente eliminados. Em mais um dos muitos erros defensivos que esta equipa teima em cometer, o Eintracht Frankfurt fez um lançamento para as costas da defensiva portista. Maicon foi pouco lesto a colocar os jogadores atacantes alemães em fora de jogo e apareceram três avançados para Helton. Embora, no último passe, o jogador Meier, que marca o segundo golo, estivesse em fora de jogo nítido, o certo é que o árbitro validou o golo.
Apesar de vida muito difícil e reviravolta muito complicada de operar na eliminatória, o FC Porto nunca desistiu. Paulo Fonseca colocou Ghilas no ataque e retirou Herrera. O FC Porto passava a jogar com Varela, Jackson e Ghilas no ataque com Quaresma a recuar um pouco no terreno para vir buscar jogo. O meio-campo ficava assegurado por Fernando e Carlos Eduardo que jogou no lugar de Josué em relação ao último jogo.
Cinco minutos volvidos numa jogada sobre o lado direito, Quaresma fez um cruzamento do lado direito para o coração da área e Mangala apareceu fulminante a reduzir a diferença para os tricampeões nacionais. A eliminatória estava novamente em aberto e o jogo relançado. Havia ainda mais de meia hora para cumprir.
O FC Porto carregava, tentava chegar ao empate e o Eintracht de Frankfurt revelava alguma inquietação na sua defensiva. Aos 71 minutos, Quaresma converteu um livre ao colocar a bola à direita em Fernando. O brasileiro cruzou e Mangala surgiu na área, fazendo uso da sua capacidade de impulsão e empata a eliminatória. O jogador francês estava em grande e o FC Porto passava de uma situação quase irreversível para uma situação completamente ao seu alcance.
Mas, volvidos cinco minutos, novo erro defensivo dos Dragões. A falta de concentração e o estado emocional são os grandes adversários actuais desta equipa. Esta equipa sabe que pode muito mais do que o que tem feito até aqui. Oczipka cruzou, junto à linha, do lado esquerdo, Joselu deu um toque subtil para o segundo poste, onde se encontrava Meier a finalizar com êxito. Os germânicos estavam novamente na frente do marcador.
Licá entrou de imediato para o lugar de Varela e aos 86 minutos, o ex-estorilista recebeu uma passe de Ghilas, após bola bombeada para a entrada da grande área, rematou com violência, o guarda-redes Trapp defendeu e na recarga, Ghilas, que acompanhava o ataque, atirou para a baliza deserta. O empate a 3-3 carimbava a passagem para os oitavos de final.
Numa segunda parte imprópria para cardíacos com cinco golos, o FC Porto, apesar de continuar a cometer muitos erros e a revelar desconcentrações inadmissíveis, revelou hoje uma crença inesgotável e jogou com raiva como ainda não se tinha visto esta época.
A questão que deixo aqui é a seguinte: este espírito é para ficar e levar até ao fim da época ou foi apenas um episódio? Esperemos que tenha sido para ficar de vez e que em Guimarães continuem a mostrar o que hoje foi possível ver: garra, crença e raiva.
O FC Porto vai defrontar o Nápoles nos oitavos de final da Liga Europa, jogando a 1ª mão no Estádio do Dragão no dia 13 de Março e visitando a cidade napolitana a 20 do mesmo mês.
Uma última palavra para alguns adeptos que se dizem adeptos mas que estão sempre prontos de faca afiada e desejosos da derrota do seu próprio clube para ver o treinador pelas costas.
DECLARAÇÕES
PAULO FONSECA
O treinador do FC Porto sublinhou a determinação dos seus jogadores no empate a três golos frente ao Eintracht, em Frankfurt, que garantiu a passagem dos Dragões aos oitavos-de-final da Liga Europa. Paulo Fonseca reconheceu ainda que há coisas a corrigir, mas destacou o facto de o FC Porto ainda estar a disputar quatro provas.
“Depois do jogo da primeira mão, não esperávamos sofrer três golos em Frankfurt. O FC Porto foi sempre superior e esteve sempre por cima, mas a realidade é que eles conseguiram chegar aos dois golos de vantagem. Não desistimos e acreditámos sempre, tivemos uma grande atitude e demos uma demonstração de união e determinação. Foi importante termos passado a eliminatória, mas há sempre coisas a corrigir”, disse Paulo Fonseca na flash-interview após o encontro.
O técnico dos tricampeões nacionais realçou o facto de a equipa estar a disputar quatro competições e garantiu que o FC Porto vai “lutar por todas elas”, considerando o Nápoles, próximo adversário dos azuis e brancos na Liga Europa, “uma equipa forte”. Paulo Fonseca reservou ainda uma palavra para os adeptos portistas que se deslocaram à Commerzbank Arena: “Tivemos três mil adeptos que nos apoiaram de forma fantástica, do primeiro ao último segundo. Foram essenciais para ultrapassarmos esta eliminatória”.
RESUMO DO JOGO
Liga Europa 2013/14, 16 avos, 2.ª mão
27 de Fevereiro de 2014
Estádio: Commerzbank Arena, Frankfurt
Assistência: -
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Angelo Boonman e Erwin Zeinstra; Richard Liesveld e Ed Janssen
4º Árbitro: Charles Schaap
EINTRACHT FRANKFURT: Trapp, Jung, Madlung, Zambrano, Oczipka, Flum, Schwegler, Meier, Aigner, Joselu, Barnetta.
Substituições: Rosenthal por Aigner (69m), Lanig por Joselu (85m).
Não utilizados: Wiedwald, Inui, Kadlec, Djakpa, Weis.
Treinador: Armin Veh.
FC PORTO: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Herrera, Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson Martínez, Varela.
Substituições: Ghilas por Herrera (54m), Licá por Varela (78m), Reyes por Jackson Martinez (90m).
Não utilizados: Fabiano, Josué, Ricardo, Defour.
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Aigner (37m), Meier (52m), Mangala (58m e 71m), Meier (76m), Ghilas (86m).
Cartões amarelos: Aigner (25m), Maicon (41m), Herrera (51m), Ghilas (61m), Zambrano (61m), Meier (75m), Jung (88m).
O FC Porto carimbou a passagem para os oitavos de final da Liga Europa. Ao levar para a Alemanha um empate a 2-2, os portistas encararam o jogo em Frankfurt com bastante crença e os jogadores tinham que corresponder ao apoio massivo dos 3500 adeptos portistas, não defraudando as expectativas.
O jogo começou com o FC Porto a assumir as despesas do jogo. Não poderia ser de outra forma, pois quem estava em desvantagem eram os Dragões. Perante uma moldura humana adversa, muito intensa e de apoio permanente à equipa contrária, o FC Porto controlava e dominava mas com um jogo muito arrastado no primeiro tempo.
O Eintracht de Frankfurt jogava retraído, com linhas recuadas, espreitando o contra-ataque. E foi assim durante toda a primeira parte. Os alemães chegavam poucas vezes à área do FC Porto mas quando o faziam, bastavam três/quatro toques. Num desses contra-ataques, a equipa germânica inaugurou o marcador à passagem dos 37 minutos por Aigner. Numa jogada simples, ao primeiro toque, o Eintracht mostrou como se joga futebol.
O intervalo chegava com apenas um lance de grande perigo do FC Porto num cabeceamento defeituoso de Herrera à boca da baliza. Houve ainda duas más recepções de Jackson Martínez que poderiam ter dado golo.
Na segunda parte, tudo mudou de figura mas no recomeço os portistas complicaram muito a vida e estiveram com pé e meio fora da prova. Há uma semana estiveram praticamente apurados e aos 52 minutos estavam praticamente eliminados. Em mais um dos muitos erros defensivos que esta equipa teima em cometer, o Eintracht Frankfurt fez um lançamento para as costas da defensiva portista. Maicon foi pouco lesto a colocar os jogadores atacantes alemães em fora de jogo e apareceram três avançados para Helton. Embora, no último passe, o jogador Meier, que marca o segundo golo, estivesse em fora de jogo nítido, o certo é que o árbitro validou o golo.
Apesar de vida muito difícil e reviravolta muito complicada de operar na eliminatória, o FC Porto nunca desistiu. Paulo Fonseca colocou Ghilas no ataque e retirou Herrera. O FC Porto passava a jogar com Varela, Jackson e Ghilas no ataque com Quaresma a recuar um pouco no terreno para vir buscar jogo. O meio-campo ficava assegurado por Fernando e Carlos Eduardo que jogou no lugar de Josué em relação ao último jogo.
Cinco minutos volvidos numa jogada sobre o lado direito, Quaresma fez um cruzamento do lado direito para o coração da área e Mangala apareceu fulminante a reduzir a diferença para os tricampeões nacionais. A eliminatória estava novamente em aberto e o jogo relançado. Havia ainda mais de meia hora para cumprir.
O FC Porto carregava, tentava chegar ao empate e o Eintracht de Frankfurt revelava alguma inquietação na sua defensiva. Aos 71 minutos, Quaresma converteu um livre ao colocar a bola à direita em Fernando. O brasileiro cruzou e Mangala surgiu na área, fazendo uso da sua capacidade de impulsão e empata a eliminatória. O jogador francês estava em grande e o FC Porto passava de uma situação quase irreversível para uma situação completamente ao seu alcance.
Mas, volvidos cinco minutos, novo erro defensivo dos Dragões. A falta de concentração e o estado emocional são os grandes adversários actuais desta equipa. Esta equipa sabe que pode muito mais do que o que tem feito até aqui. Oczipka cruzou, junto à linha, do lado esquerdo, Joselu deu um toque subtil para o segundo poste, onde se encontrava Meier a finalizar com êxito. Os germânicos estavam novamente na frente do marcador.
Licá entrou de imediato para o lugar de Varela e aos 86 minutos, o ex-estorilista recebeu uma passe de Ghilas, após bola bombeada para a entrada da grande área, rematou com violência, o guarda-redes Trapp defendeu e na recarga, Ghilas, que acompanhava o ataque, atirou para a baliza deserta. O empate a 3-3 carimbava a passagem para os oitavos de final.
Numa segunda parte imprópria para cardíacos com cinco golos, o FC Porto, apesar de continuar a cometer muitos erros e a revelar desconcentrações inadmissíveis, revelou hoje uma crença inesgotável e jogou com raiva como ainda não se tinha visto esta época.
A questão que deixo aqui é a seguinte: este espírito é para ficar e levar até ao fim da época ou foi apenas um episódio? Esperemos que tenha sido para ficar de vez e que em Guimarães continuem a mostrar o que hoje foi possível ver: garra, crença e raiva.
O FC Porto vai defrontar o Nápoles nos oitavos de final da Liga Europa, jogando a 1ª mão no Estádio do Dragão no dia 13 de Março e visitando a cidade napolitana a 20 do mesmo mês.
Uma última palavra para alguns adeptos que se dizem adeptos mas que estão sempre prontos de faca afiada e desejosos da derrota do seu próprio clube para ver o treinador pelas costas.
DECLARAÇÕES
PAULO FONSECA
O treinador do FC Porto sublinhou a determinação dos seus jogadores no empate a três golos frente ao Eintracht, em Frankfurt, que garantiu a passagem dos Dragões aos oitavos-de-final da Liga Europa. Paulo Fonseca reconheceu ainda que há coisas a corrigir, mas destacou o facto de o FC Porto ainda estar a disputar quatro provas.
“Depois do jogo da primeira mão, não esperávamos sofrer três golos em Frankfurt. O FC Porto foi sempre superior e esteve sempre por cima, mas a realidade é que eles conseguiram chegar aos dois golos de vantagem. Não desistimos e acreditámos sempre, tivemos uma grande atitude e demos uma demonstração de união e determinação. Foi importante termos passado a eliminatória, mas há sempre coisas a corrigir”, disse Paulo Fonseca na flash-interview após o encontro.
O técnico dos tricampeões nacionais realçou o facto de a equipa estar a disputar quatro competições e garantiu que o FC Porto vai “lutar por todas elas”, considerando o Nápoles, próximo adversário dos azuis e brancos na Liga Europa, “uma equipa forte”. Paulo Fonseca reservou ainda uma palavra para os adeptos portistas que se deslocaram à Commerzbank Arena: “Tivemos três mil adeptos que nos apoiaram de forma fantástica, do primeiro ao último segundo. Foram essenciais para ultrapassarmos esta eliminatória”.
RESUMO DO JOGO