27 julho, 2018

SE NOS FALTAR APTIDÃO, QUE NOS SOBRE ATITUDE!


A competição está finalmente aí ao virar da esquina e convém imitar a época transata começando com tudo, mas mesmo com tudo. Com tudo o que temos, seja muito, seja pouco. É, pois, momento de fazer um curto balanço da pré-época até agora, perspetivando o horizonte no curto e médio prazo.

Comecemos por analisar de forma muito sumária o plantel atual. Na baliza, não teremos problemas e é apenas necessário dispensar pelo menos um guarda-redes para rodar, dado que quatro guarda-redes parece demasiado.

Nas laterais, é preciso um substituto para Telles para a esquerda, sendo que na direita a experiência de Maxi deverá permitir o crescimento e maturação do talento (inequívoco, a julgar pelo trato da bola e mais ainda pela velocidade no movimento e execução) de João Pedro.

No eixo central, poderá ser mais difícil. Há Felipe. E agora Mbemba. E pode haver muito em breve (quiçá ainda antes desta publicação, ou não) Militão. Há ainda Chidozie, que parece contar muito pouco a julgar pela pré-época. E há Diogo Leite, que tem grande chance de se vir a tornar o próximo grande central português. A maturidade que revela no posicionamento e a forma como orienta o corpo nos duelos fazem antever um grande central. E sem esquecer o pé esquerdo, característica para o tornar ainda mais distintivo. Porém, precisa ainda de solidificar e acabar de crescer, pelo que é imperativo garantir uma dupla de centrais que ofereça totais garantias no imediato. Quer isto dizer que é verdadeiramente importante que ou Mbemba ou Militão (para não exagerar a pedir os dois dado as nossas últimas aquisições) sejam um verdadeiro reforço para formarem uma dupla sólida com Felipe. No fundo, não nos podemos esquecer que a defesa foi um dos grandes pilares da nossa vitória do ano passado, sendo também o sector mais fustigado na silly season e, portanto, aquele que se perfila como fator crítico de sucesso para a época que agora vai começar.

Pois bem, no meio-campo creio que não teremos problemas: Danilo, Sérgio Oliveira, Herrera e Oliver. Mais Bruno Costa. Creio ser suficiente para 2 (muitas vezes) ou 3 (algumas vezes) lugares no onze. Ideal seria ter mais um elemento com características diferentes, mas creio que não será por aqui que as coisas poderão falhar. Questões que muito influenciarão a amplitude do sucesso: Sérgio Oliveira manterá o nível da época passada ou aquele jogo contra o Sporting no Dragão foi mesmo once in a lifetime? Oliver será capaz de se adaptar ao jogo da equipa, com mais movimento, mais vertigem e mais choque? Bruno Costa tem pedigree para começar a ser lançado já com mais frequência? Danilo e Herrera estão a salvo dos ímpetos de última hora do mercado?

Nas alas, Brahimi e Corona. Otávio também lá pode jogar. E Hernâni. Parece demasiado curto. Primeiro porque é aqui que deverão estar os abre-latas, que tanto jeito dão. E segundo porque Corona insiste em fazer jogos em que faz uma coisa excelente e duas péssimas, e terceiro porque Otávio é do mesmo género, e quarto porque Hernâni é única e exclusivamente (apenas e só, estão a ver a ideia?) rápido. Pois que um verdeiro reforço aqui não seria de descartar, até porque basta uma lesão de Brahimi e as coisas complicam-se muito. É verdade que Brahimi exagera em rotundas e formas semelhantes, soltando a bola demasiadas vezes depois do tempo, mas também não é mentira que atrai dois ou três adversários de cada vez, sendo na maioria das vezes o principal criador de lances com potencial de golo. Se tivéssemos outro a fazer coisas parecidas, a equipa subiria muitíssimo de nível. Não temos, pelo que ter pelo menos um já será bem bom.

No ataque, Aboubakar, Soares e Marega oferecem garantias. André Pereira poderá ser um bom quarto elemento, embora tenha algumas dúvidas sobre se não seria melhor ser emprestado para jogar mais. E Adrian L. (deixo o resto do comentário para vossa imaginação e gosto)

Em suma, o plantel não estará assim tão deficitário quanto se apregoa. Em comparação com o ano passado, esclarecimento imprescindível. E creio que será por aqui também que Sérgio Conceição fez aquelas declarações. Talvez não só por estar ainda sem reforços na defesa que substituíssem Ricardo, Dalot, Marcano e Reyes (Layun já estava fora), mas também por saber que a manta pode ser demasiado curta. Porque, pura e simplesmente, já o era no ano passado. Será prudente e inteligente da nossa parte percebermos que fomos campeões nos limites da vontade, da garra e da motivação, disfarçando de todas as formas e feitios todas as limitações que tínhamos. E acredito mesmo que é isso que o treinador também pensa e quer: depender menos das bolas paradas, do sucesso dos dribles do Brahimi e das cavalgadas de Marega a esticar o jogo.

Portanto, são precisos e bem-vindos reforços. Não contratações, mas reforços. Não Jankos, Ewertons, Paulinhos e Waris. Se foram dispensados, é porque o treinador achou que não tinham qualidade para a equipa, ou que no mínimo não lhe acrescentariam nada. Foram então contratações recomendadas por quem? Com o aval de quem? E quem ganhou com elas? E o que ganhou? E o que ganhou também a equipa? E o clube? Numa fase de assumidas dificuldades financeiras, é verdadeiramente difícil de explicar o fenómeno das últimas contratações. Agora é difícil de voltar atrás, pois que a melhor lição é não repetir! Uma curta nota para o caso de Ewerton e Paulinho também. Será demasiado cedo para tirar conclusões claras. O Portimonense retratou-se, mas não pediu desculpas pelos danos (de imagem, que não foram poucos) causados pelo tal presidente da SAD. E o Porto também ainda não o exigiu, pelo que na falta de esclarecimentos mais clarividentes, importantes e necessários, acho imprudente elaborar muito mais sobre o assunto.

Com mais ou menos asneiras de mercado, com mais ou menos necessidades na equipa e no plantel, está na hora de pôr o pé a fundo e começar a acelerar. Cerrar fileiras, encher o peito e ir à luta. Não são esperadas grandes facilidades, mas também já nem me lembro de quando as tivemos. E embora seja desejável e altamente recomendável mais qualidade, convém lembrar que o sucesso é mais atitude que aptidão. E a sagrada história deste clube diz-nos isso! Pois então que “Se nos faltar aptidão, que nos sobre atitude!”

26 julho, 2018

SADismos.


Hosana Hosana!

Após uma novela de mais de um mês, e a sensivelmente semana e meia da disputa do primeiro troféu da época, contra o Aves, finalmente conseguimos um happy end, e assim completar uma dupla de centrais para a equipa titular. Benvindo Mbemba!

Acima de tudo, desejo-te a ti (e ao Felipe) muita saúdinha. Com a rapidez que a SAD trata de reforços urgentes para a equipa principal, se um de vós se constipa, Sérgio Conceição ainda terá que escolher entre o "buraco" Chidozie, ou Danilo e a sua muleta, para o vosso lugar.

Contudo não sejamos injustos com a SAD. Mais uma vez estão atentos à nossa sede de conquista.

Troféus europeus, títulos nacionais, taças... bah! Coisas que já estamos habituados a comemorar. A nossa próxima grande conquista será o campeonato das beatificações. Seremos o clube campeão de Santos no mundo inteiro. Duvidam? Só essa razão pode explicar como, em altura de vacas magras, gastamos tantos milhões (12 ao todo), em jogadores medianos do colosso Portimonense, mas somos incapazes de comprar o único jogador que percebe alguma coisinha de bola (Nakajima) por aqueles lados. Já para não falar nos vários (grandes) jogadores que deixamos escapar, por uma pequena porção deste valor. Como cereja no topo do bolo, ainda emprestamos o jogador que lhes acabamos de comprar!?! Se isto não é altruísmo...

Valha-nos a equipa B, onde reforços não são problema.

Num curto périplo pelos nossos rivais, foi com grande pena minha que Bruno de Carvalho não se tivesse conseguido aguentar mais um par de mesitos na direção do clube. Além do Amor comum que ele, e nós, temos pelo slb, o trabalho desenvolvido na destruição do Sporting estava a ser absolutamente brilhante. Haja fé, e com jeitinho, ainda o deixam concorrer às próximas eleições. Bas Dost ia adorar!

Já do outro lado da circular, confesso que me sinto algo apreensivo. Estamos habituados em todas as pré-épocas, ao alarido e endeusamento das paletes de "craques" que por lá se compram para rebanho benfiquista comer. Todo este relativo silêncio é preocupante. Querem ver que afinal este ano finalmente acertaram nas contratações? Ter Rui Vitória ao comando, dá-nos algumas garantias quanto à "qualidade" do jogo deles, mas é de bom tom sempre desconfiar.

Até porque, e detesto dizer isto, na luta de bastidores eles conseguiram equilibrar a contenda. Por muitas investigações que tenham em cima, por muito corruptos que sejam, e sabemos que são, por mais sujidades que tenham feito, e as fizeram, a verdade é que tudo esfriou no espaço mediático.

Com o Sporting entretido na sua guerra civil, perderam-se dois "aliados" verdes na luta conta o polvo, como o eram o Mister do Café e o Artista do Dia. Para piorar, Francisco J. Marques começa a ter a sua imagem algo desgastada. Sem ele, a comunicação portista regressa ao deserto que tem sido no passado recente. É tempo de rejuvenescer caras e formas de luta, pois ninguém duvide que esta época os vermelhos de tudo farão para vencer. Não pelo benfica em si, mas pelo próprio pescoço de Luís Filipe Vieira.

Não nos deixemos embriagar pelo feito que a equipa conseguiu no ano passado. Até prova em contrário, ou movimentações maiores à vista, partimos para 2018/19 como outsiders. Comparando com o passado recente, não só os vermelhos estão mais fortes fora das 4 linhas, como mantiveram a base da equipa com alguns reforços pontuais no plantel. Com os dados actuais, precisamos de uma boa dose de humildade, e outra ainda maior de união para os batermos. Milagres e golos do ano aos 90 minutos, não acontecem sempre.

Espero que quem habite nos gabinetes do Dragão tenha noção disso. Deixem de uma vez por todas o SADismo com toda a Nação Portista, e vistam por uma última vez que seja, a camisola que tão bem vos assentou em tempos. Acordem!

Cumprimentos Portistas

Nota:
Texto escrito antes da contratação, a oficializar-se, de Éder Militão.
O que não isenta a SAD na estranha e ziguezagueante política de contratações para a presente época, onde nem sempre os interesses do FC Porto pareceram ter sido devidamente acautelados.

25 julho, 2018

A ÉPOCA DAS NOSSAS MODALIDADES - BASQUETEBOL.


Continuando o ciclo de posts iniciado há duas semanas atrás, vou hoje debruçar-me sobre a época passada da equipa de...
  • BASQUETEBOL
A época iniciou-se com a fase de apuramento para a FIBA Europe Cup numa eliminatória perante os israelitas do Bnei Herzliya. A vitória em Israel deixava antever uma boa perspetiva para o jogo no Dragão Caixa, que melhor ficou quando os jogos foram decorrendo e apenas uma derrota por vários pontos nos impediria de aceder à fase de grupos.

O jogo aproximava-se do final e os israelitas venciam por 2 pontos, quando abdicaram de tentar empatar a eliminatória e forçar o prolongamento que poderia significar uma vantagem significativa do FC Porto que os afastaria da fase de grupos quando esta vitória no jogo mas derrota na eliminatória também lhes permitia o apuramento.

No meio da eliminatória, aconteceu a estreia no campeonato com a receção ao Illiabum, num jogo muito atípico já que uma liderança por 11 pontos no fim do 3º período não permitiu chegar à vitória final devido a uma derrota por 15 pontos no último período. Esta derrota significou o início de um ciclo negativo com 6 derrotas (3 nacionais e 3 europeias).

Depois destes jogos menos positivos, a jornada dupla nos Açores permitiu iniciar um ciclo de 5 vitórias, sendo que as 2 europeias permitiam alimentar o sonho do apuramento. Uma deslocação à Madeira para defrontar um limitadíssimo CAB quebrou este ciclo e deixou marcas na derrota caseira perante os finlandeses do Kataja Basket que nos colocava dependentes de terceiros para alcançarmos o apuramento.

A época era claramente marcada pela inconsistência, e depois destes 2 jogos, a equipa arrancou para uma série de 7 vitórias, sendo que a europeia na Áustria não permitiu o apuramento. A série terminou com uma derrota perante a besta negra da época UD Oliveirense na taça Hugo dos Santos.

A equipa superou este momento negativo e alcançou 4 vitórias nos últimos 4 jogos da 1ª fase.

O fim da 1ª fase coincidiu com a Final 8 da Taça de Portugal e o jogo com o benfica ficou marcado por um momento caricato de Marcus Gilbert que nos afastou do apuramento, depois de ter sido este atleta a manter-nos vivos.


A equipa não conseguiu superar o trauma, e o início da 2ªfase ficou marcada por 2 derrotas na receção à Oliveirense e na deslocação ao alto dos moinhos. No resto da 2ª fase, só apenas mais 1 derrota perante a besta negra da época e que nesse momento apresentava um score de 5 derrotas em outros tantos jogos.

A entrada nos play-off perante o Illiabum foi coroada de êxito com um score de 3-0 e o apuramento para a meia-final. A entrada desta eliminatória era com um duplo confronto com o recreativo do alto dos moinhos no pavilhão destes. Contra a generalidade das previsões, o 1º jogo significou a liderança na eliminatória a nosso favor. O 2º jogo que poderia significar um arrumar da eliminatória, significou o empate da eliminatória.

Quando a eliminatória veio empatada para o Dragão Caixa, esperavam-se 2 vitórias e o consequente apuramento para a final. Mas logo no 1º jogo, nova derrota colocou a equipa sobre brasas e sem margem de erro. É nesses momentos que se vê a fibra dos vencedores e a nossa equipa empatou a eliminatória e foi buscar o apuramento no OT do 5º jogo.

Passados 3 dias, iniciava-se a final do play-off e a equipa não estava nada bem fisicamente, o que significou 2 derrotas em 2 jogos. A equipa parecia incapaz de vencer os oliveirenses. O 3º jogo ficou desde cedo sentenciado a favor dos oliveirenses que com a 8ª vitória em 8 jogos mostrou ser claramente a equipa merecedora de se sagrar campeã nacional.

A época ficou assim marcada por 0 títulos e por uma clara inconsistência.

2018/19 vai iniciar-se com a fase de apuramento para a Liga dos Campeões de basquetebol perante os russos do Nizhny Novgorod com 1ª eliminatória no Dragão Caixa a 20 Setembro e a deslocação à Rússia a 22 do mesmo mês.

Relativamente ao plantel à disposição de Moncho Lopez, pouco se sabe, apenas que dos estrangeiros, iremos só contar com Will Sheehey e Sasa Borovnjak. Já quanto aos atletas nacionais, vimos partir André Bessa que irá reforçar os campeões nacionais, e de Miguel Miranda que termina a carreira. Olhando para as movimentações do mercado, parece que iremos partir atrás de Oliveirense e do recreativo do alto dos moinhos.

Num dos próximos textos irei analisar um pouco o adversário europeu e o que nos poderá trazer a competição europeia.

Abraço,
Delindro.











24 julho, 2018

MBEMBA, FINALMENTE.


Demorou uma eternidade mas finalmente lá chegou o internacional congolês, um jogador que ocupa uma posição depauperada no plantel do FC Porto após as saídas de Marcano e Reyes. Ainda assim, fica a faltar do meu ponto de vista a contratação de mais 1 ou 2 defesas-centrais, dependendo da saída ou não de Chidozie.

Basicamente aquilo que conheço do novo reforço do FC Porto é pelo que vou lendo na comunicação social, um central titularíssimo na sua seleção, foi peça fundamental do eterno campeão belga Anderlecht, tendo saído depois para o Newcastle por 12M€, onde foi titular na primeira época, perdendo depois preponderância nas duas épocas seguintes, sobretudo depois da entrada de Rafa Benitez.

Resta desejar a Chancel Mbemba a maior das sortes para o percurso que agora inicia e há que dar, sobretudo nos primeiros jogos, a natural margem de compreensão para um jogador que está num clube novo, num campeonato novo, cujas duas últimas épocas estiveram longe de ser perfeitas a nível pessoal. Marcano, por exemplo, veio com mais idade e experiência do que o internacional congolês e apenas na 3ª época atingiu um nível interessante, sendo que apenas na 4ª e última época atingiu um nível de excelência, que felizmente contribuiu para o saborosíssimo título de campeão nacional, que interrompeu o ciclo hegemónico de um clube que ameaçava almejar algo que apenas se encontra no lindíssimo museu do FC Porto: o pentacampeonato!

Espero que fique consumada o mais rápido possível a contratação de mais um defesa-central, que também pode atuar do lado direito, este sim um jogador cuja qualidade não deixa duvidas a ninguém. Se nada de anormal acontecer, Éder Militão atingirá um nível altíssimo e poderá ser uma grande mais-valia para o FC Porto. Seria importante garanti-lo até final de julho, mesmo que para isso seja necessário desembolsar 4 ou 5 milhões de €. Voltamos à conversa do costume e que sinceramente já me chateia. Pelo que se sabe, o FC Porto desembolsou 3M€ na contratação de Saidy Janko, quando até já tinha garantido um promissor jovem lateral-direito no caso João Pedro (essa sim, uma contratação com lógica, apesar de não sabermos o que vai dar). Janko nas últimas épocas não conseguiu ser titular no Celtic (!!!) e pouco jogou no Barnsley e Saint-Étienne.

A questão não é criticar uma contratação por criticar. Todos os clubes do mundo falham contratações, têm flops e jogadores que não correspondem às expetativas. Mas há uma divisão que eu faço, mais do que contratações acertadas/não acertadas, algo que só se sabe depois de “abrir o melão”, eu faço a repartição entre aquisições com lógica e aquisições sem lógica. E que me desculpem, mas desembolsar 3M€ num defesa-direito com os factos enunciados no paragrafo acima não faz sentido nenhum. Ora aí está, semanas depois o suíço foi dispensado por Sérgio Conceição.

Ainda assim, creio que faltam ainda várias arestas e situações pendentes por limar no plantel do FC Porto noutros setores que não a zona central da defesa. Mas claro, já se sabe que as limitações financeiras são mais que muitas e tenho a triste sensação de que se não sair mais ninguém do meio campo para a frente, dificilmente virá alguém que realmente acrescente e aumente o nível qualitativo do plantel. Na melhor das hipóteses ficaremos com um plantel com qualidade similar ao do ano passado, muito dificilmente por aquilo que se tem visto (dificuldades de ação no mercado de transferências) ficaremos com um plantel de nível superior ao que ganhou o título 2017/2018. E mais do que ninguém Sérgio Conceição merecia melhores ovos para fazer uma omeleta mais interessante.

23 julho, 2018

OFICIAL - MBEMBA ASSINA ATÉ 2022.


Mbemba: "Quero dar tudo o que puder pelo clube"
Defesa central contratado ao Newcastle lembra-se do FC Porto campeão europeu em 2004

Chancel Mbemba assinou contrato com o FC Porto até 2022 e garante que está a chegar a um clube que acompanha há vários anos. O defesa central contratado ao Newcastle lembra-se do FC Porto campeão europeu em 2004 e revela o jogador que acompanhou desde essa altura: Deco.

O jogador de 23 anos, internacional pela República Democrática do Congo, agradece a confiança dos dirigentes do FC Porto e fala de nomes como Sérgio Conceição ou Vincent Aboubakar, com quem irá partilhar o balneário na época 2018/19. Leia a entrevista do reforço azul e branco:

Recordações do FC Porto
“É um grande orgulho para mim, porque conheço, toda a gente conhece, o FC Porto. Estou muito contente por estar aqui, é um sonho que tenho desde que estava em África e via os jogos do FC Porto na Liga dos Campeões, conheço os grandes jogadores que já passaram por este clube e quero mostrar que também sou capaz e dar tudo o que tenho. Vou dar o máximo de mim com esta camisola.”

Encantado com Deco
“Lembro-me do FC Porto que ganhou a Liga dos Campeões, com José Mourinho. O meu jogador preferido nesse ano era o Deco, vi-o jogar muitas vezes quando estava em África. Nessa altura, não pensava que um dia poderia jogar nesta grande equipa e por isso tenho que agradecer a toda a gente, aos dirigentes do FC Porto, que quiseram que eu viesse jogar para aqui. Quero dar tudo o que puder pelo clube.”

Objetivos pessoais e coletivos
“Vou trabalhar para ganhar o meu lugar, porque eu prefiro ter concorrência. Quero dar tudo o que tenho para mostrar aquilo de que sou capaz a toda a gente. Vim para cá para conquistar títulos, mas em primeiro lugar vou continuar a trabalhar para ganhar. Se trabalhar bem, acredito que vou conseguir. Quero dar tudo, como todos vão dar, mas temos que trabalhar.”

O que conhece de Sérgio Conceição?
“Vi jogos do Standard quando ele foi lá treinador. Quando soube da oferta do FC Porto, comecei a observar a forma como o Standard jogava quando ele era treinador, sobretudo nos grandes jogos entre o Standard e o Anderlecht, onde eu joguei. O treinador não me conhece pessoalmente, mas vou fazer tudo o que está ao meu alcance para ele conhecer as minhas qualidades.”

E jogadores do atual plantel?
“Conheço o Aboubakar, já joguei contra ele em alguns jogos amigáveis e jogos de qualificação para a CAN 2015. Sim, conheço-o muito bem.”

Com quem se aconselhou sobre o FC Porto?
“Com o Christian Atsu, que conheço do Newcastle, não falei muito sobre o FC Porto, mas sei que ele jogou aqui. Partilhei a notícia com o Defour, que é um grande amigo, e com quem já joguei no Anderlecht.”


fonte: fcporto.pt

22 julho, 2018

MAREGA DECIDE.


EVERTON-FC PORTO, 0-1

Avançado maliano assinou uma vitória justa do FC Porto no particular frente ao Everton (1-0), no Algarve

O FC Porto bateu este domingo os ingleses do Everton, por 1-0, no Estádio do Algarve, em jogo de preparação referente à Algarve Football Cup. Moussa Marega, aos 51 minutos, fez o único golo do encontro e deu o triunfo aos campeões nacionais.

A primeira parte do FC Porto-Everton até foi animada, mas não há registo de oportunidades flagrantes de golo. Ainda assim, é justo dizer que foi a equipa inglesa a estar mais perto de abrir o ativo, sobretudo nos 30 minutos iniciais: Mirallas (9m) e Kieran Dowell (15m) testaram os reflexos de Casillas, que ainda viu Cenk Tosun acertar em cheio no poste (24m). Em jeito de resposta, Otávio ofereceu o golo a Aboubakar, mas o avançado camaronês falhou o desvio por muito pouco (27m).

Os campeões nacionais foram crescendo com o passar do tempo e voltaram a ameaçar aos 41 minutos, com Felipe a cabecear para defesa atenta de Stekelenburg, após canto de Alex Telles. No último lance do primeiro tempo, Aboubakar marcou mesmo, mas estava em posição irregular quando Alex Telles bateu o livre. O descanso fez bem ao FC Porto e a etapa complementar começou com Otávio a decidir-se pelo cruzamento quando se pedia o remate (47m), mas foi o brasileiro que deixou Marega na cara de Stekelenburg.

Num lance tantas vezes visto em 2017/18, o avançado maliano ganhou as costas da defesa contrária e, servido por Otávio, não perdoou no frente a frente com o guarda-redes do Everton (51m). Os Dragões foram claramente melhores do que o adversário nos segundos 45 minutos e estiveram perto do 2-0: Sérgio oliveira ficou a centímetros da glória (63m) e João Pedro obrigou Stekelenburg a aplicar-se (69m). Triunfo justo e teste com nota muito positiva para o FC Porto.



RESUMO DO JOGO

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21 julho, 2018

FOTO MÍSTICA #11 - Fernando Couto [1993]


O FOTO-MÍSTICA é um espaço de registo e divulgação da história do FUTEBOL CLUBE DO PORTO. O objectivo é recordar os seus momentos, os seus valores, os seus princípios, a sua cultura, a sua marca, a sua dimensão, as suas gentes. Numa palavra: a sua MÍSTICA. Todos são convidados a participar nesta viagem. Se pretenderem ver divulgada uma fotografia em especial, podem enviar e-mail para rodalma@hotmail.com .


Época: 1992/1993
Local: Estádio das Antas
Data: 06.05.1993
Resultado:  FC Porto 2 x 0 Marítimo SC
Aparecem na fotografia: Fernando Couto e apoiantes do FC Porto

Os momentos de total comunhão entre adeptos e futebolistas de um clube acontecem menos vezes do que seria desejável. No entanto, quando sucedem, é como se a mística se explodisse em milhares de partículas ao vento, enfeitadas de ouro sobre azul.

Foi o que aconteceu naquela tarde em que o sol se espreguiçava pelo relvado das Antas, ao minuto 30 da jornada 34, quando Fernando Couto inagurou o marcador da derradeira partida do campeonato nacional 92/93, lançando em definitivo o FC Porto para a conquista do ceptro de campeão nacional. Kostadinov, aos 74 minutos, havia de sentenciar a partida e, consequentemente, as contas do campeonato, deixando o rival Benfica a 2 pontos de distância.

Fernando Couto, natural de Espinho, não jogou muitos anos como sénior do FC Porto (apenas 4), mas foi o suficiente para marcar indelevelmente a nação portista. Vários factos se juntam para isso: o facto de ser um menino da casa, pelo porte imperial que apresentava, pela longa cabeleira, pelo temor que inspirava nos avançados contrários, pela brutalidade da sua marcação, pelo facto de ter cimentado a expressão central à Porto e por ter sido um dos primeiros imigrantes da famosa geração de ouro do futebol nacional.

Couto era daqueles que não pedia licença para nada. Saltava como queria, cabeceava como queria, marcava como ninguém. Se por acaso a bola passava por ele, o jogador esse não podia passar.

Protagonizou episódios memoráveis, nomeadamente as batalhas campais que alimentou com Mozer. Jogador à moda antiga, para a história fica uma entrevista sua, à entrada do túnel de acesso aos balneários do antigo estádio das Antas, quando após uma pergunta de um repórter de campo sobre o que se tinha passado com Mozer, respondeu alto e bom som, chutando o assunto para canto: “O que se passou ali dentro foi futebol”.

Foi com Mozer também que viveu um dos piores períodos com a camisola portista, quando cedeu a uma provocação do central brasileiro e respondeu com uma cotovelada. Veiga Trigo não deixou passar o lance em claro e deu ordem de expulsão ao defesa nortenho. No final do jogo, Sir Robson sentenciava o sucedido com um humor tipicamente britânico: Benfica 2 x Fernando Couto zero. Logo de seguida, obrigou Coutro a treinar uma semana afastado do grupo de trabalho, no relvado do antigo campo de treinos das Antas.

Nada que impedisse Robson de, anos mais tarde, ir resgatar Couto àquela mítica equipa de Parma, onde o português havia alinhado com Buffon, Sensini, Cannavaro, Dino Baggio, Brolin, Asprilla e Zola.

Protagonizou ainda uma das melhores duplas de centrais de sempre do futebol mundial, ao lado de Jorge Costa, que veio a ser considerada a melhor dupla do Euro 2000. Foi, aliás, o primeiro internacional português a ultrapassar a barreira das 100 internacionalizações, o que atesta bem a relevância da sua carreira a nível internacional.

Fez também uma excelente parelha com Sinisa Mihajlovic na Lázio, vencendo uma Taça das Taças e o Scudetto em 2000, pondo fim a um jejum de 26 anos do clube laziale.

Deixou o FC Porto e nunca voltou a envergar a nossa camisola, embora o regresso fosse algo que vinha à baila todos verões no imaginário portista. Venceu 3 campeonatos e 3 Taças de Portugal de azul-e-branco.

Rodrigo de Almada Martins

20 julho, 2018

EFICÁCIA FRANCESA FEZ A DIFERENÇA.


LILLE-FC PORTO, 2-1

FC Porto perdeu frente ao Lille, por 2-1, no primeiro encontro da Algarve Football Cup

O FC Porto perdeu esta sexta-feira frente aos franceses do Lille (2-1), no Estádio do Algarve, em jogo de preparação referente à Algarve Football Cup. Xeka (64m) e Mothiba (87m) marcaram para o Lille, enquanto Hernâni fez o golo dos Dragões (72m), que voltam a entrar em campo no próximo domingo (20h00, Sport TV), diante dos ingleses do Everton.

Em mais um desafio de preparação para a temporada que arranca oficialmente a 4 de agosto, com a Supertaça, o FC Porto entrou melhor e o primeiro aviso foi dado logo aos quatro minutos: num bom desenho ofensivo dos Dragões, Óliver Torres deixou Marega na cara de Maignan, mas o guarda-redes do Lille negou o golo ao avançado maliano. Pouco depois, Soumaoro fez o mesmo a André Pereira com a baliza deserta, impedindo mais um remate certeiro do português nesta pré-época (15m).

O FC Porto teve mais posse de bola e rematou mais vezes do que o Lille na primeira parte, mas a velocidade dos homens mais adiantados da equipa francesa criou dificuldades à defensiva portista em alguns momentos. Pépé (20m) e Bamba (34m), que até foram os melhores elementos do Lille nos 45 minutos iniciais, ficaram perto de desfeitear Fabiano. Apesar dos lances de golo registados em ambas as balizas, o 0-0 não se desfez e o jogo chegou ao intervalo na mesma.

A etapa complementar começou com uma oportunidade flagrante para o FC Porto: Marega arrancou pelo lado direito e cruzou para Adrián López, que colocou a bola mesmo ao jeito do pé esquerdo de Hernâni. O avançado, em ótima posição, rematou ao lado (48m), tal como Pépé no frente a frente com Fabiano (64m). Minutos depois, o guarda-redes dos Dragões nada pôde fazer para evitar o golo de Xeka, servido por Soumaoro na sequência de um pontapé de canto (64m).

A reação portista não demorou muito e chegou pelo pé esquerdo de Hernâni, mas é justo dizer que o desvio em Souamoro foi determinante para os campeões nacionais chegarem ao empate (72m). O jogo partiu-se com o passar do tempo e foi num contra-ataque bem explanado que o Lille chegou à vitória: El Ghazi serviu Mothiba e este não deu hipóteses a Vaná, estabelecendo o 2-1 final favorável à equipa francesa (87m). Nas grandes penalidades, fator que poderá decidir o vencedor da Algarve Foorball Cup, o Lille também levou a melhor (4-3).



RESUMO DO JOGO

NOVA TEMPORADA, NOVOS DESAFIOS.


Campeões.

Uma palavra tão usada no FC Porto pós 1977, que quase se tornou banal. No Futebol, no Hóquei em Patins, no Andebol e até no Basquetebol (embora em menor escala) ou noutras modalidades como o Bilhar, Natação, Boxe, Ciclismo ou o Desporto Adaptado (não referindo também as entretanto extintas e não retomadas), o FC Porto tomou de assalto o desporto português e trouxe para o Norte uma imensidão de troféus que nos encheram de orgulho, ao mesmo tempo que fomos ficando um pouco insensíveis ao sucesso, de tão regular que ele foi.

Ganhar era obrigatório, a noção da dificuldade cada vez se tornou menos consciente. Até ao momento em que acabou mais uma geração de ouro no Hóquei, no Andebol fechou-se o melhor ciclo da história, no Basquetebol tivemos decisões que nos afastaram dos títulos importantes e no Futebol chegamos a uma encruzilhada histórica, com insucessos repetidos. Seria o fim do FC Porto dos mil e um troféus, como tantos sentenciaram?

Felizmente o funeral terá sido feito de forma prematura. Sem esquecer que passamos um ano muito difícil nas modalidades sinto que temos margem de manobra para pensar que poderemos voltar rapidamente ao sucesso nesse particular. No entanto no Futebol, que é necessariamente a força motriz do FC Porto, o ano foi de sucesso, mesmo com contratempos nas Taças e com uma noite de humilhação histórica no Dragão às mãos do Liverpool. O campeonato nacional voltou à Invicta, enchendo-nos de alegria e esperança no futuro.

O caminho está desbravado e os sucessos em catadupa estarão assim de volta de forma irresistível? Não necessariamente...

Externamente o polvo continua vivo e intocável apesar das buscas e da pressão num ou noutro peão do regime. O caminho de luta tem de continuar a ser trilhado sob pena do trabalho ficar a meio, custe a quem custar, por mais desagradável que a nossa postura possa ser para uma capital cansada do constante vasculhar na lama. É sujo e pouco agradável um clima de constante suspeição, sobretudo quando as suspeitas recaem sobre o venerável Clube do Regime? Claro que é, mas quem com ferros mata com ferros tem de morrer e quem se lembra do período 2004-2009 não pode sentir remorsos por travar esta guerra que como dano colateral torna o futebol português naturalmente irrespirável.

Internamente temos de estar atentos e unidos em prol dos interesses do FC Porto, não deixando que questões particulares se sobreponham às necessidades do Clube. Ter uma equipa recheada de campeões dá-nos outra segurança para a nova temporada em relação às anteriores mas também é regra no desporto que para uma equipa se manter competitiva e no top deverá ter uma injeção de talento e ambição de ano para ano. Paralelamente temos também de ser capazes de perceber que o plantel do ano passado foi espremido ao máximo e que a mesma estratégia nem sempre resulta da mesma forma, daí que entenda a preocupação tornada pública pelo Sérgio Conceição, mesmo que aqui a forma provavelmente se tenha sobreposto ao conteúdo, o que nem sempre resulta da melhor maneira.

O tempo é pois de muito trabalho e concentração nos desafios que o Clube enfrenta, cabendo a cada um dos decisores e atletas fazerem o melhor possível para atacarmos 2018/19 com o máximo de probabilidades de obtenção de sucessos.

Quanto a nós, Sócios e Adeptos, cabe-nos o papel de mantermos a ambição bem lá no alto, cumprindo um papel de apoio naturalmente exigente para com quem faz parte do FC Porto. Sem dramatismos nem histerias, mas sempre com muita frieza e realismo, saibamos todos ter a noção do que terá de ser feito de modo a podermos acrescentar mais “páginas de glória ao livro da nossa História”.


19 julho, 2018

PROBLEMA CENTRAL.


Uma semana se passou sobre a minha última crónica, e igual marasmo continua pelo reino do Dragão. Entre avanços e recuos em contratações e renovações, é o jovem André Pereira que vai brilhando nos jogos-treino, estatisticamente seguido de... Adrian Lopez!

Neste período tão embrionário da época, dados destes valem o que valem, não sendo contudo despiciente que, mantendo este nível de eficácia, André Pereira possa agarrar o lugar de Gonçalo Paciência, entretanto exportado para a Bundesliga.

Sendo sempre benvindos reforços para a frente de ataque, de preferência tendo qualidade, neste momento que escrevo, essa não me parece ser a zona mais deficitária da equipa. Saiu o jovem Paciência, cuja intervenção na última época foi mais de reforço de portismo no banco, do que propriamente grandes feitos no relvado. Dos pesos-pesados propriamente ditos, para além dos boatos típicos do mês em questão, certo é que todos continuam de azul e branco vestidos.

Como tal, se na passada semana era já tarde para avançar na questão "centrais", hoje começa já a entrar em modo de alarme. Confesso que não acompanhei com a devida proximidade a época de Chidozie no Nantes contudo, a não ser que tenha duplicado a sua maturidade, do que lhe conhecemos por épocas passadas, é um central esforçado e rápido, mas com muitas lacunas a nível do posicionamento. Se juntarmos esta relativa inexperiência, a um jogador pujante como Felipe, mas por vezes emocionalmente instável, não nego algumas (muitas) reservas sobre a intransponibilidade do nosso último reduto. Ao momento, sublinho, são estes os nomes mais fortes para dupla central. Diogo Leite, precisa ainda de mais rodagem a um nível competitivo mais elevado, pelo que seria injusto para o jogador lançá-lo já às feras. De Osório, já nem sequer mora no Dragão.

Este desleixo no centro da defesa poderia, deveria, e tinha de ser tratado bem mais cedo. Quer com a renovação atempada de Marcano ou mesmo com o "desempregado" Reyes (?). Sendo esses valores proibitivos como se constou, deveria ter sido prioritária a aquisição de um jogador já na época passada, para ser trabalhado com tempo, e agora estar em condições de ser uma alternativa válida. É incompreensível que quem tem facilidade de gastar milhões em jogadores de duvidosa valia, negoceie com intransigência de tostões, jogadores com algumas provas dadas, como o são por exemplo, Militão ou Mbemba.

Num campeonato como o português, de fraca competitividade nos lugares cimeiros, qualquer perda de pontos pode ser fatal na renovação do título. A solidez defensiva tem sido invariavelmente uma imagem de marca dos vários "Portos" campeões. Colocar esta premissa em causa, é dar pontos de avanço ao nosso principal rival. 
 
Eu espero, vocês esperam, Sérgio Conceição espera, que a SAD acorde para esta realidade, e bem rápido. A conjugação quase "milagrosa" de factores que permitiu o título do ano passado, foi uma excepção, não a regra.

Cumprimentos Portistas

18 julho, 2018

DOIS MINUTOS FATAIS.


PORTIMONENSE-FC PORTO, 2-1

Golo de André Pereira não evitou a derrota do FC Porto por 2-1, diante do Portimonense, no Algarve

Dois golos em dois minutos em cima do intervalo ditaram a primeira derrota do FC Porto na pré-temporada 2018/19. Na noite desta terça-feira, no Municipal de Portimão, perdeu por 2-1, diante do Portimonense, um adversário que está mais adiantado na preparação da nova época. André Pereira foi o autor do golo dos portistas que, face àquilo que produziram durante os 90 minutos, mereciam outro resultado.

No onze, surgiram duas caras novas em relação à época passada: o lateral brasileiro João Pedro, o primeiro reforço contratado neste defeso, e o central Chidozie, que esteve emprestado aos franceses do Nantes em 2017/18 e que fez dupla com Felipe no centro da defesa. Na ficha de jogo não constavam todos os 27 jogadores que trabalharão em Lagos até dia 25, porque Danilo e José Sá ainda estão entregues aos cuidados do departamento médico.

Fiel à imagem da época passada, o FC Porto teve uma entrada forte no jogo, com a baliza adversária sempre na mira, e depressa obrigou o guarda-redes algarvio a aplicar-se perante um remate de Soares, após assistência de Brahimi (7m). Os dois voltaram a estar em destaque mais tarde, quando o brasileiro, na cara de Ricardo, não conseguiu concluir com sucesso uma excelente jogada do argelino (22m).

Nessa altura, já o Portimonense estava a crescer no jogo e quem deu o primeiro sinal foi Manafá com um remate a que Casillas respondeu com uma grande defesa (25m). Os algarvios estavam mais atrevidos, apoiados em transições rápidas e foi assim que, em apenas dois minutos, marcaram dois golos: o primeiro apontado por Pires (42m), num lance em que parece partir em posição de fora de jogo, e o segundo por Bruno Tabata (44m).

Na segunda parte, o FC Porto apareceu com seis caras diferentes para pôr em prática a reação. Entra elas estava André Pereira, que não precisou de muito tempo para por a defesa algarvia em sentido com um remate ao poste (51m). Não foi à primeira foi à segunda que o jovem avançado, emprestado ao Setúbal na segunda metade da época passada, conseguiu marcar após um cruzamento de Oleg (82).

Era um golo que os portistas há muito justificavam – já antes, Hernâni tinha visto o guarda-redes negar-lhe a festa por duas vezes -, mas que surgiu tarde, no último quarto de hora de uma segunda parte em que Sérgio Conceição aproveitou para dar minutos a todos os jogadores disponíveis.

Os Dragões ainda tentaram um forcing final e Adrián López teve nos pés uma excelente oportunidade para fazer o golo de um empate que, face ao que se passou nos 90 minutos, não tinha ficado mal no marcador.

No calendário azul e branco segue-se a participação na Algarve Football Cup, que contempla um jogo com os franceses do Lille, na sexta-feira, e com os ingleses do Everton, no domingo (ambos têm início às 20h00 e transmissão em direto na Sport TV).



RESUMO DO JOGO

A ÉPOCA DAS NOSSAS MODALIDADES - ANDEBOL.


Na sequência do ciclo de posts iniciado na semana passada, vou hoje debruçar-me sobre a época passada da equipa de...
  • ANDEBOL
A época iniciou-se com a dispensa de um treinador ainda com um jogo por disputar, uma vez que se aguardava o desfecho do processo que analisava a queixa do FC Porto sobre a arbitragem de um jogo. Essa queixa, totalmente provida de razão como o processo cashball veio demonstrar, mas a federação de andebol resolveu ser conivente com os crimes e com os criminosos, ignorando aquilo que toda a gente viu.

Em virtude desta decisão errada da Federação de Andebol de Portugal, a época iniciou-se com um jogo entre ABC e sporting, quando deveria ter sido o FC Porto a ter marcado presença.

No campeonato nacional, o calendário era tudo menos favorável a uma equipa em crescimento e ainda a consolidar a mensagem de um novo timoneiro, com a receção ao ABC e as deslocações ao alto dos moinhos e à Madeira, terreno muito difícil nas últimas épocas para a nossa equipa.

A 1ª vitória só iria aparecer na 4ª jornada na receção ao S. Bernardo, o que marcaria o início de um ciclo de 10 vitórias consecutivas, apenas interrompida pelos jogos do play-off da EHF onde nos calhou em sorte o Fuchse Berlin, clube que viria a vencer a competição.

No que a competições nacionais diz respeito, a série vitoriosa saldou-se por 19 jogos.

A entrada para a 2ª fase deu-se com uma diferença pontual de 2 pontos para o sporting, e qualquer passo em falso significaria comprometer as aspirações de resgatar o título nacional. Arranque com deslocação a Avanca, e nada fazia antever um empate, o que colocou logo uma pressão nos comandados de Lars Walther sendo a 2ª jornada uma deslocação à Madeira onde, surpreendentemente, face aos resultados dos últimos anos, conseguimos uma vitória tranquila por 29-18.


Se as nuvens do empate em Avanca pareciam querer dissipar-se com a vitória na Madeira na 3ª jornada, na receção ao ABC, novo empate, o que deixava logo antever que a época seria coroada de insucesso, com 3 derrotas consecutivas na deslocação ao alto dos moinhos e nas receções ao sporting e ao Avanca, o que significou desde logo o adeus ao título - as duas últimas derrotas, já com Carlos Martingo ao leme da equipa. A partir desse jogo, 4 vitórias que não foram suficientes para passar do 3º lugar.

A Final 4 da Taça de Portugal proporcionou novo embate e derrota com o sporting, o que significou desde logo terminar a época sem um título pelo 3º ano consecutivo, época essa que poderemos classificar de desastrosa.

A nova época 2018/2019, vai-se iniciar com a 1ª eliminatória da Taça EHF, podendo a 1ª jornada vir a ser jogada por meados da 1ª semana de Setembro.

Nova época que vai ter um novo timoneiro, Magnus Andersson (CV: link1, link2 e link3).

Relativamente ao plantel à disposição do timoneiro, perde Cuni Morales e Jose Carrillo, ganhando um lateral direito com experiência da Liga Alemã, Djibril M'Bengue, e ainda o rumor Fábio Magalhães para reforçar a posição de central. Faltará um ponte esquerdo para competir com Branquinho.

Pelo curriculum do novo treinador, espera-se uma nova época positiva, no entanto, os adversários partirão claramente à nossa frente.

PS - O sorteio de ontem da Taça EHF ditou que na 1ª eliminatória o adversário seja AHC Potaissa Turda com jogos a 1 e 8 de Setembro e a 2ª eliminatória irá significar um embate com o SKA Minsk com jogos a 6 e 13 de Outubro. Num dos próximos textos irei analisar um pouco estes adversários e o que nos poderá trazer a competição. O sorteio pode ser AQUI revisto.

Abraço,
Delindro.

17 julho, 2018

A IMPORTÂNCIA DO SCOUTING.


Pelo que se vai lendo e ouvindo, por entre as dezenas de notícias (ou invenções!) que vão saindo nestas semanas de defeso em que a matéria a noticiar é escassa mas as necessidades de dar noticias são as mesmas, dois dos alvos do FC Porto seguiram já para outras paragens pela razão do costume: dinheiro.

Não é de facto fácil concorrer com os milhões quase infinitos dos clubes chineses, nem com as receitas estratosféricas dos clubes ingleses, a única forma de um clube como o FC Porto, quer pela sua dimensão económica, quer pela região/país onde está inserido, sobreviver na Europa do futebol dos milhões de € é sobretudo através de uma enorme competência no scouting, compensando a falta de recursos comparativamente a clubes com outras realidades.

A questão que aqui me preocupa e que assume maior relevância não é o facto de um jogador que nunca tinha ouvido falar, um tal de Róger Guedes ter preferido os milhões de um clube chinês ou o facto de Bissouma ter preferido a endinheirada Premier League, aquilo que preocupa são os sinais pouco animadores que nos últimos anos têm sido dados pelo FC Porto em matéria de mercado de transferências, algo que não tem só a ver com dinheiro ou falta dele, mas sim com uma capacidade de recrutamento que em tempos já foi bem melhor do que aquela que atualmente existe.

Não quero acreditar que por exemplo, a novela Mbemba, que já se arrasta há mais de um mês seguramente, sendo que o congolês até já foi dado como certo no aeroporto Francisco Sá Carneiro, irá ter o mesmo rumo que outros tristes episódios que todos nos relembramos nomeadamente, os meses e meses de namoro a Lucas Lima, o interminável assédio a Bernard ou a obsessão Rafa Silva. Para tudo na vida, tem de haver um plano A, mas depois tem de haver um B, C ou D. Mas claro tudo isto se faz com trabalho e competência.

Não foi assim há tantos anos que o FC Porto, que na altura já tinha forte concorrência dos tubarões ingleses e outros, dava-nos excelentes exemplos de scouting, adquirindo ora jogadores jovens com elevado potencial que depois de bem trabalhados no clube eram transferidos por somas bem superiores ao seu preço de aquisição ou de jogadores com algum cartel nos campeonatos brasileiros e argentino que naturalmente acrescentavam muita qualidade ao plantel azul e branco. Poderia falar aqui de tantos exemplos, James Rodriguez, Falcao, Lisandro López...

É verdade que os constrangimentos financeiros, consubstanciados na intervenção da UEFA, bem como os exemplos de péssimos avultados investimentos no passado recente (Imbula e Adrian Lopez = 30 milhões de €) aconselhem a que no presente haja um redobrado cuidado nos investimentos que se poderão fazer, mas uma boa política de scouting e posterior análise da qualidade potencial e real de cada um dos alvos definidos deverão ser um conforto a que por vezes aquele 1 ou 2M€ que nos separam de determinado alvo seja mais facilmente desembolsável.

16 julho, 2018

TODOS OS ANOS O MESMO.


Todos os anos o mesmo: um receio, um pânico generalizado de que o mercado nos roube os nossos craques e nos destrua o nosso plantel. Todos os Verões, qualquer portista se habituou a olhar a época como se fosse um começar do zero.

Este ano não vai, pois, ser excepção. Ricardo Pereira já se foi, Reyes, Marcano, Layun e Gonçalo Paciência idem. Sobram ainda uns quantos no Olival, mas os portistas acordam todos os dias com medo que o jornal os informe de que Telles, Herrera, Brahimi ou Marega já moram noutras paragens.
Vestir de azul-e-branco dá uma aura aos jogadores e à medida que eles se vão afirmando como titulares, parecem crescer no relvado e na importância que lhes damos no papel que representam no clube.

Olhemos para a lateral-esquerda, por exemplo. Façamos um exercício de recordações relativamente recente: qual era o portista que não temia a saída de Fernando Mendes e dos seus livres ao ângulo? Quem é que não receou pela saída de Esquerdinha, exímio na marcação? E aquele relógio suiço chamado Nuno Valente? E Cissokho? E Álvaro Pereira? E Alex Sandro? E hoje em dia, quem quer Telles fora do FC Porto?

Habituamo-nos aos jogadores, à sua forma de correr, de ganhar os lances, de evoluir nos relvados. Conhecemos-lhes as manhas, o estilo, sabemos se jogam de cabeça levantada ou olhar na relva, se são lentos ou rápidos, se a aceleração é forte, se ganha os duelos aéreos e se jogam bem de costas para a baliza. Passados os jogos da pré-época, já os distinguimos à distância como se tivéssemos andado com eles na escola. Captamos-lhes o estilo e a essência e gostávamos de contar com eles para sempre.

Prestes a iniciarmos a luta pelo bi-campeonato, as interrogações são mais que muitas e certezas há muito poucas. A saída de Telles implica uma quase total destruição da defesa campeã nacional, ficando apenas Iker e Felipe como patrões, ajudados por Maxi Pereira. No meio-campo, a lesão de Danilo garante a sua continuidade, lado a lado com Sérgio Oliveira. Oliver terá pouco mercado e por isso a sua continuidade deve estar assegurada. Já o capitão Herrera, depois do excelente Mundial, é presa apetecível do mercado. Corona deverá ainda ficar mais uma temporada, enquanto Brahimi parece ter técnica a mais para uma Europa de fantasistas a menos. Na frente, Soares e Aboubakar são duas interrogações, enquanto que a velocidade e o galope de Marega não passaram certamente despercebidos nas ilhas britânicas.

Fazendo as contas, o FC Porto deverá manter meia equipa, mais coisa menos coisa. Não é fácil estar todos os anos a reconstruir equipas e o FC Porto sabe isso melhor do que ninguém. Jesualdo Ferreira foi 3 vezes campeão nacional e teve que o fazer todos os anos, mas com uma grande diferença: o FC Porto viva o tempo das vacas gordas e comportava-se no mercado de forma mandona e imponente. Hoje os tempos mudaram. O mercado não sopra a favor do clube e gera-se a ideia de que chega sempre atrasado, dependente das vendas para fazer as compras. Ora, num mercado rápido e fulminante como este, não ter grande fundo de maneio é bastante prejudicial. Além do mais, este ano não há talento para fazer regressar, se fez com Ricardo Pereira, Reyes, Sérgio Oliveira, Marega e Aboubakar.

Resta pois confiar no trabalho do Mister e ter confiança que o FC Porto fez o seu trabalho de casa, isto é, tem muito bem identificados os alvos que quer atacar em caso de saída das jóias da coroa. Se assim for, o bi-campeonato estará ao nosso alcance.; se estivermos à espera de vender para depois termos que ir procurar quem pode ser a solução, aí as coisas ficarão tremidas. Confio no Treinador, no Director do Departamento de Futebol e no Presidente em como a temporada 2018/2019 foi preparado ao pormenor, com o detalhe e cuidado que se exigem. Que não se pense que o FC Porto parte à frente esta época, pois a situação financeira do clube é complicada e só com muito engenho, vontade e sacrifício poderemos voltar a levar de vencida o Polvo.

Assim sendo, resta-me voltar a cumprimentar todos os portistas e leitores do BibóPorto, que certamente nos irão seguir em mais uma longa e difícil temporada que aí vem. Porque ao FC Porto nada é dado. Tudo é, sim, conseguido com muito sangue, suor e lágrimas.

Força FC Porto!!

Rodrigo de Almada Martins

12 julho, 2018

DESDE 1987.


Em abril de 1987, nasceu mais um de nós. Faltava apenas um mês para aquele eterno calcanhar azul e branco que nos fez acreditar que era possível atingir o céu. Nessa mesma bendita noite, a do calcanhar de Madjer, essa criança nascida um mês antes chorava compulsivamente. Consta que os pais tentaram várias formas para a conter. Porém, como ainda hoje conta o seu pai, o bebé só parou de chorar quando, dentro do carro, chegou à baixa da cidade Invicta, onde naquela noite festejava-se a maior vitória de sempre até então do Futebol Clube do Porto. Poderá até nem ter sido literalmente assim, já que é comum acrescentar-se sal e pimenta nas histórias antigas, mas o que é facto é que esta versão da história faz muito sentido na minha cabeça e ajuda-me também a explicar a origem desta paixão imensa que tenho pelo clube de todos nós.

Sou um portista convicto e um portuense orgulhoso. Ou um portista orgulhoso e um portuense convicto. Sou as duas coisas ao mesmo tempo. E essas duas coisas têm sido veemente exacerbadas ao longo dos últimos cinco anos por força de estar agora a viver em Lisboa por motivos profissionais. Para agravar, estou (geograficamente, apenas e só, importante não confundir) verdadeiramente próximo de quem nos quer pior. Como conseguirão imaginar, os sentimentos e as emoções relacionadas com o nosso FCP são muitas vezes ainda mais potenciados.   

Espero, portanto, que esses sentimentos e emoções alimentem a minha vontade de contribuir para este espaço importante de partilha e opinião sobre o clube de todos nós que é o BiBó PoRtO. Liberdade e compromisso. Vontade e paixão. Ideias e convicções. É tudo quanto posso prometer durante os próximos tempos, honrando o convite que gostava muito de agradecer.

Pretendo aqui escrever sobre momentos de orgulho e de saudosismo do nosso livro de honra de vitórias sem igual, mas também comentar o que vejo em termos de contexto atual e futuro do nosso clube. No fundo, estarei aqui para me queixar sempre dos Depoitres desta vida e me regozijar sempre (e espero que muito mais vezes) com os Falcões que atacam as áreas adversárias. Sempre com muita paixão. E razão também, espero.  

Agora é tempo de arregaçar as mangas que a luta vai recomeçar. Porque os campeões não se fazem só ao minuto 90 na Luz, mas também em Julho no Olival, no Algarve, no BiBó PoRtO, ou qualquer outro lugar. É no campo que temos de ganhar, embora exista quem insista em tentar vencer fora dele. Mas com calma lá iremos. Por agora, bola na frente que atrás vem gente e temos um título de Campeão Nacional para revalidar! Vemo-nos por aqui, ou em qualquer estádio, em qualquer lado…

Saudações Azuis e Brancas,


11 julho, 2018

NOVAS EMOÇÕES.


Eis-nos de volta a mais uma época repleta de emoções, alegrias, decerto algumas (poucas, esperamos...) tristezas, uma época em que teremos que lutar o dobro da passada, quer no campo, quer fora dele, mas sobretudo, uma época que queremos que acabe igual ou melhor do que a última, com o caneco levantado orgulhosamente no Dragão.

Em plena silly season, são ainda muito incipientes as certezas azuis e brancas. Entre o noivado sem happy end à vista por Mbemba, o flirt de Raul Silva ou os sonhos sado-maso de um Adrian Lopez versão 2.0, vulgo Jesé, a imprensa vai-se divertindo ao jogo do gato e rato. Entre as saídas, ao contrário da tradição típica da época, de colocar Brahimi por essa Europa fora, este ano os holofotes têm apontado incessantemente para os nossos ex-Patinhos feios. Para atletas que valiam um bilhete do Andante há 2 anos atrás, é fantástico vermos Barças e Reais interessados. O mundo dá mesmo muitas voltas. Tantas, que ainda parece que foi ontem que um capitão da equipa saiu sem um mísero cêntimo entrar nos nossos cofres, e outro se apresta a ficar em semelhante situação, com os responsáveis a ver a banda passar...

Novidade suprema para esta época, é a existência de caras novas no balneário. Se um não tem nome de craque, o outro vai ainda mais longe, ao transportar as nossas memórias para desengonçadas florestas austríacas. Contudo, o passado tem-nos dado excelentes surpresas com desconhecidos. Esperemos que João Pedro e Saidi Janko entrem nessa galeria. Importante nisto tudo, é a SAD lembrar-se que há vida para além da direita da defesa. A 1 mês do início da temporada oficial, no centro da defesa, entre o banco e titulares, temos como único nome credível Felipe. Para uma zona crítica da equipa, onde o entrosamento é imperativo, não me parece ser o melhor dos caminhos continuar a adiar decisões.

Ainda dentro do FCP, mas numa montra mais global como a do Campeonato do Mundo, não se pode dizer que este mundial tenha sido dos mais brilhantes para as nossas cores. Ineditamente, tivemos uma selecção portuguesa sem um único atleta dos quadros do clube. Independentemente das promiscuidades entre agentes, a FPF, e o próprio Fernando Santos, a verdade é que isso não explica tudo. A aposta incipiente na nossa formação, mais vocacionada para o empréstimo ou venda, do que verdadeiramente para o investimento na equipa principal, dá para estas aberrações. Que o digam, entre outros, Rafa Soares, Fernando Fonseca e muito possivelmente a nossa fornada de Diogos, para não falar dos exemplos mais escabrosos de Dalot ou André Silva. Muita tinta teria que se gastar nesta triste temática, demasiada para este post.

Retomando o Mundial, se na equipa das quinas não existiram Dragões do presente a brilhar, a grande surpresa para mim vai, não para a abnegação e entrega do nosso capitão, cuja grande forma não era segredo para ninguém - excepto porventura para os alemães -, mas sim para Quintero, que além de ser o único "portista" a facturar no Mundial, conseguiu surpreendentemente ser o maestro dos "cafeteros", brilhando sempre mais alto do que o nosso bem conhecido, e vedeta colombiana, James Rodriguez. Incompreensível apenas, a falta de fé da nossa SAD no jogador, que depois de esbanjarem milhões na aquisição da totalidade do seu passe, deixaram-se enredar pelos pedidos do River Plate, sendo que estamos presos até Dezembro, quando podíamos, e devíamos, ter recuperado AGORA, o investimento feito no jogador. Para um leigo como eu, onde antigamente existia excelência na gestão de compras, vendas e empréstimos, agora parece existir um joelho, um guardanapo de papel e uma caneta BIC. Sinais dos tempos. Sinais da necessidade rápida de reforma para o grande mentor do FC Porto moderno.

Para finalizar, e já que falamos de silly season, não poderia faltar o supra-sumo da loucura nacional, Bruno de Carvalho. Que tenha feito um excelente trabalho a implodir a lagartagem, todos nós concordámos. Que se candidate, para derrubar as últimas pedras pelas bandas de Alvalade que ainda restem, só merece o nosso apoio e aplauso. Agora que envie o trabalho de meses de Francisco J. Marques para o simples cochicho, permitindo ao slb uma bolsa de ar quando o fim de Luis Filipe Vieira e restante gangue, era iminente, isso é que era escusado Bruninho. Como diriam nuestros hermanos, porque no te calas hombre?

E que a temporada comece, rápido!

Cumprimentos Portistas

10 julho, 2018

A ÉPOCA DAS NOSSAS MODALIDADES - HÓQUEI EM PATINS.


Não há como negar ou outra forma de transmitir por palavras a realidade das nossas modalidades em 2017/2018: DESASTRE. Então, e de seguida, na minha opinião, irei começar a analisar um pouco o que se passou para que a época das nossas modalidades fosse desastrosa.

  • HÓQUEI EM PATINS
Começando pela modalidade que me é mais querida, a época começou com poucas mexidas no elenco que se tinha sagrado campeão nacional em 2016/2017: saída de Vitor Hugo Pinto para o sporting e a entrada de Alvaro Morais que tinha estado emprestado ao OC Barcelos. Seria esta a troca ideal? Do meu ponto de vista, não! Os jogadores apresentavam características distintas, sendo o jogador que saía um jogador mais posicional e o que entrava um jogador mais móvel e mais fantasista. E sobre quem recairia a minha opção para substituir Vitor Hugo Pinto? Num jogador que já envergara as nossas cores até 2011: Emanuel Garcia.

Apesar de tudo, e à partida, as expectativas eram de troféus para a época que se avizinhava, apesar do reforço desmesurado de alguns dos rivais, nomeadamente do sporting.

A primeira competição em disputa era a Supertaça António Livramento diante do Sporting de Tomar e as expectativas foram cumpridas, com uma vitória por 7-3. Logo de seguida iniciava-se o campeonato nacional e a Liga Europeia num grupo que aparentava dificuldades, mas onde os bons resultados se foram sucedendo e o apuramento foi ficando próximo.

Foi na ressaca da vitória em Follonica, que na deslocação a Barcelos sofremos o primeiro percalço num jogo em que os 3 pontos deveriam ter sido nossos e que logo poderia ser visto como um jogo que poderia dificultar uma época onde os principais candidatos ao título têm perdido poucos pontos nos jogos em que defrontam adversários não candidatos ao título. A equipa recompôs-se deste percalço, e logo na jornada seguinte venceu o Paço D’Arcos.

Na semana seguinte, um jogo importante, e vendo que a equipa se tinha recomposto do percalço em Barcelos, os srs. da FPP resolveram nomear para o jogo a 30/12 na visita ao terreno do benfica, Joaquim Pinto e Luís Peixoto. Se o árbitro de Lisboa não se coíbe de ajudar as equipas da sua associação, o árbitro da AP Porto vangloria-se de ser mais portista que meio mundo, mas chegando aos momentos decisivos, permite tudo aos seus colegas, e por isso, tem ficado associado aos resultados mais desnivelados no pavilhão da luz que por norma registam arbitragens no mínimo estranhas.

O ano de 2018 trouxe a equipa atrás do prejuízo, e tirando o jogo da 1ª mão no pavilhão da luz onde, apesar da derrota, o desfecho da eliminatória só seria decidido na 2ª mão no Dragão Caixa, a fase de todas as decisões da época aproximava-se e dependíamos apenas de nós para se atingir os nossos objetivos.

O primeiro grande objetivo a ser disputado era a Liga Europeia com a Final 4 no nosso pavilhão. A meia-final com o sporting permitiu a chegada ao jogo de todas as decisões com o carrasco de tantos momentos, o Barcelona. O jogo decisivo pendeu para o lado catalão, tendo a nossa equipa queixas da dupla italiana que não validou um golo onde a bola entrou na totalidade, e depois, no momento em que mais apertávamos, colocaram os catalães na marca de livre direto, terminando com qualquer esperança da nossa equipa quando o 4-2 foi alcançado nos minutos finais do jogo.

Na minha opinião, este jogo foi decisivo para o que restava da época. A equipa não se conseguiu levantar após mais uma desilusão europeia e a receção ao benfica na semana seguinte, foi a prova da fragilidade emocional em que a equipa se encontrava, porque em nenhum outro momento da época teríamos sofrido o 7-7. Este resultado, combinado com a vitória do sporting no pavilhão do benfica na 24ª jornada, obrigava a nossa equipa a vencer na penúltima jornada na deslocação ao pavilhão João Rocha, sendo que o empate fazia depender da visita do sporting a Oliveira de Azeméis e da nossa vitória na receção ao despromovido Infante de Sagres. É certo que a nossa equipa foi à procura da vitória no terreno do sporting, mas não foi capaz, pelo que os da casa sagraram-se campeões 30 anos depois da última conquista.

O último objetivo da época era a Taça de Portugal, onde no nosso caminho já tinham caído Oliveirense, sporting e benfica, respetivamente. Na Final 4 disputada em Tomar, os 2 últimos degraus que nos separavam da conquista foram o Riba D’Ave, e depois na final, o Valongo que derrotara a equipa local nas grandes penalidades, jogo onde Miguel Guilherme, um dos bons pontas de lança do benfica, demonstrou nada saber da modalidade.

A época terminou com 2 títulos, mas sem nenhum dos grandes objetivos alcançados.


O que poderemos esperar para 2018/2019?

O plantel vai sofrer mais alterações, e se a troca de Alvaro Morais por Giulio Cocco, internacional italiano de 22 anos, parece ser um passo no caminho de mais qualidade para a equipa, não porque Álvaro não tivesse, mas porque Giulio parece já mais experiente apesar de terem a mesma idade.

Outra troca é a saída de Ton Baliu para a entrada de Poka. Poka é um jogador que em 2017/18 esteve ao serviço do Valongo após a saída do sporting, quando os leões pretenderam reforçar-se efetivamente. Na minha opinião, é um claro retrocesso na qualidade do plantel, e Guillem Cabestany terá neste ponto muito a trabalhar.

A 3ª saída do plantel é a de Jorge Silva para a Oliveirense, mas para o qual ainda não há substituto. Para suprir esta vaga, na minha opinião, há 2 elementos que eu via como substituto ideal: Emanuel Garcia ou o espanhol Raul Marin, se bem que o argentino já se comprometeu com a Oliveirense treinada por Renato Garrido. A contratação de um jogador desta craveira poderia ajudar a minimizar o fosso para os 2 principais rivais que continuam a investir como se houvesse petróleo nos terrenos adjacentes aos seus pavilhões.

Em suma, 2018/19 será uma época muito difícil e o sucesso estará dependente do leque de principais figuras do clube estarem inspiradas ao longo de toda a época. Mas é certo que partiremos atrás de 3 equipas, onde Guillem Cabestany terá uma tarefa muito árdua.



Nas próximas semanas, irei analisar as épocas das outras duas modalidades (ANDEBOL e BASQUETEBOL) e tentar projetar também a nova época.

Abraço,
Delindro


09 julho, 2018

O RECOMEÇO… E MUITA COISA POR DEFINIR!


Passados quase 2 meses apos um saborosíssimo e mais que justo título de campeão nacional, o FC Porto vesrão 2018/2019 iniciou os trabalhos tendo em vista a preparação de mais uma época que exigirá a máxima competência de todos.

É bom que se tenha a noção de que nos últimos anos para almejar o título de campeão nacional, é necessário um score de pontuação bem acima dos 80 pontos, ou seja, um campeonato quase limpo e com poucos tropeções. Na época passada, por exemplo, o 2º classificado obteve 81 pontos, uma pontuação que há 10 anos dava perfeitamente para ser campeão mas que agora não é suficiente. Direi que para revalidarmos o título de campeão nacional, teremos de ficar perto do recorde de 88 pontos que obtivemos em 17/18. Esta é a base com que está lançada a nova época.

Confesso, sem qualquer tipo de pessimismo precipitado, que nesta altura esperava que já houvesse maior definição no que ao plantel diz respeito, nomeadamente entradas para suprir determinadas lacunas existentes, até pelo forte encaixe realizado com vendas de jogadores até 30 de junho de 2018.

Se na baliza as coisas ficaram resolvidas com a renovação de Casillas, pelo menos para esta época, apesar de fazer todo o sentido ainda colocar 1 ou 2 guarda-redes, nomeadamente Sá (far-lhe-é muito bem rodar e jogar com regularidade) e/ou Vaná, na defesa as incógnitas são muitas. É verdade que se contrataram 2 defesas-direitos, João Pedro e Janko, dois jogadores jovens que esperemos acrescentem mais qualidade do que a sua natural inexperiência, mas continua a incógnita do que fazer com Layun, integrar ou vender, bem como as desagradável sensação de a qualquer momento alguém poder bater a clausula de um dos melhores jogadores do plantel, Alex Telles, um jogador com classe muito acima da média. Depois a questão dos centrais, se é lógico que o 4º central seja alguém proveniente da equipa b (um dos Diogos), ainda falta definição e sobretudo confirmação de quem serão os 2 parceiros de sector de Felipe. No caso de Chidozie sair, o que a haver uma boa proposta pelo nigeriano será o mais lógico, será necessário ir ao mercado por 2 centrais. O impasse nas negociações por Mbemba é daquelas situações que confesso me irrita bastante. Pelo que ouço e leio, o Newcastle pediu 10 milhões, o FC Porto ofereceu 8M€, ou seja estamos a falar de uma discordância de valores na ordem dos 2M€. Agora pergunto: o dinheiro que às vezes se gasta em salários/aquisições de camiões de jogadores inúteis (lembram-se daquela fantástica contratação do Zé Manuel ao Boavista?!?!) emprestados a vários clubes será que agora não faz falta?!?! Quando me dizem, "ah e tal mas os jogadores emprestados não representarão na massa salarial mais do que 2M/3M€", às vezes fica claro que 2 ou 3M€ não assim tão irrelevantes. É preciso cortar totalmente tudo o que sejam gastos desnecessários com os "Zé Manuéis" desta vida para depois não andar a regatear 2 ou 3M€ durante semanas e semanas...

No meio-campo a grande dúvida chama-se Herrera. É claro que neste momento restam 3 opções ao FC Porto: renovar com o atleta, transferi-lo (nunca por menos de 20M€) ou não fazer nenhuma das duas e vê-lo sair a custo zero daqui a um ano. Admitindo que este será um caso de complexa análise e posterior decisão, a minha opinião inclina-se para, não sendo possível satisfazer as exigências salariais do mexicano, transferi-lo por um valor a rondar os 25M€. O cenário a evitar a todo o custo é a possibilidade de ver o mexicano sair a custo zero. Depois fala-se de Bissouma, um internacional maliano com enorme margem de progressão e características muito interessantes pelo que já vi do jogador, mas até agora ainda nada de confirmação oficial.

No ataque, a equação é até relativamente simples. No caso de saírem algum dos fundamentais do título 17/18, nomeadamente aqueles que terão maior mercado, ou seja, Brahimi, Marega ou Aboubakar, o ataque ao mercado terá de ser forte, isto se o FC Porto não pretender "brincar com o fogo". Não me lembro de nos últimos largos anos, nenhum treinador ter feito tanto por merecer reforços de qualidade como Sérgio Conceição, após o fantástico trabalho feito na época anterior. Seria cruel Sérgio não ter os ovos que pretende para sua omelete, porque sim, ele já provou ser compentente, ao contrário de alguns que não mostrando nada tanto tiveram!

PS: É verdade que no ano passado o FC Porto investiu apenas 1M€ na contratação de um GR suplente, mas também é verdade que recuperou jogadores emprestados com muita qualidade. E é verdade que teve um treinador extremamente competente que soube formar uma verdadeira equipa com cabeça, tronco e membros. Mas não se pense agora que o investimento não é necessário e que apenas gastar um milhãozito de euros e confiar tudo na competência do treinador irá resultar todos os anos. Nada mais errado. Não digo que se comece a gastar "à maluca" até porque estivemos intervencionados pela UEFA, mas a verdade é que é necessário um ataque ao mercado mais assertivo, algo que não me parece estar a ser feito.

06 julho, 2018

04 julho, 2018

FC PORTO VOLTA À BAIXA A 14 DE JULHO.


Novos equipamentos no centro de um dia que promete agitar o coração da cidade.

O FC Porto e a New Balance vão apresentar a coleção 2018/19 no próximo dia 14 de julho, sábado, a partir das 18h, num evento que vai decorrer na Praça D. João I, no centro da cidade. É a quinta edição do “FC Porto na Baixa”, que já é uma referência a cada início de temporada.

Os novos equipamentos estarão no centro de um dia que promete agitar as hostes locais, reforçando a ligação umbilical do FC Porto à cidade. Tendo como tema para esta época os 125 anos do clube, que servem de pano de fundo a toda a imagem visual da temporada, haverá como sempre muita animação e surpresas.

Está assegurada a presença dos campeões nacionais de futebol, bem como de atletas das várias modalidades do clube. Quem não poderia faltar, também, é o Draco que ajudará a puxar pelos portistas ao som de várias bandas e DJ convidados que atuarão ao longo do evento.

Depois da estreia em 2014, na Rua Cândido dos Reis, o “FC Porto na Baixa” passou pelo Jardim dos Clérigos, por duas vezes, e pela Ribeira, instalando-se, este ano, na Praça D. João I, junto ao Teatro Rivoli. É lá que, no dia 14 de julho, o FC Porto espera por ti.

Tal como aconteceu nas edições anteriores, reflexo de uma ligação contínua e enriquecedora, a Câmara Municipal do Porto e a Porto Lazer formam parceria com o FC Porto para um evento com sucesso garantido.


fonte: fcporto.pt

02 julho, 2018

SÉRGIO CONCEIÇÃO: "PODEMOS FAZER MELHOR"


Para Sérgio Conceição, entrar em 2018/19 com o estatuto de campeão nacional traz “responsabilidade extra” para o FC Porto, mas lutar por todos os títulos está no ADN do Dragão. Nas primeiras palavras após o treino inaugural da nova época, que decorreu no Olival com a presença de 24 jogadores, o treinador do FC Porto não escondeu o “sentimento de grande ambição” que vê no balneário e acredita que, na temporada que agora se inicia, os campeões nacionais serão “a equipa a abater”.

Boas sensações
“Este primeiro dia correu bem. Correu dentro do esperado, um pouco à imagem do que foi o nosso primeiro dia no ano passado, no que respeita ao sentimento. Há um sentimento de grande ambição e de grande responsabilidade, porque sabemos que partimos como campeões nacionais e isso traz-nos essa responsabilidade extra. Estar no FC Porto significa ter sempre essa obrigação, a de lutar por todas as competições em que estamos inseridos. Temos consciência disso.”

A equipa dita o trabalho diário
“Nunca é tudo igual. Há sempre situações diferentes mas isso faz parte do que é o nosso trabalho. A base e a dinâmica de trabalho mantêm-se, mas existe um ou outro jogador diferente e por isso o nosso trabalho diário também é sempre alterado em função do que precisa a equipa.”

Na luta pelos títulos
“Estamos preparados para uma época difícil e em que seremos certamente a equipa a abater. O ano passado fizemos uma época excelente, mas este ano podemos fazer melhor. Temos outros objetivos e é para isso que vamos trabalhar, como temos feito desde que eu entrei aqui.”


fonte: fcporto.pt