31 março, 2013

A Ressurreição De Quem Nunca Esteve Morto

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Académica 0-3 FC Porto

Liga 2012/13, 24.ª jornada
30 de Março de 2013.
Estádio Cidade de Coimbra.
Assistência: 5.832 espectadores.


Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal).
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio.
Quarto árbitro: Rui Patrício.

ACADÉMICA: Ricardo; João Dias, João Real, Flávio (cap.) e Hélder Cabral; Bruno China, Makelele e Marcos Paulo; Rodrigo Galo, Edinho e Wilson Eduardo.
Substituições: Bruno China por Cleyton (59m), João Dias por Marinho (67m) e Wilson Eduardo por Cissé (86m).
Não utilizados: Peiser, Halliche, Keita e Ogu.
Treinador: Pedro Emanuel.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho; James, Jackson e Izmaylov.
Substituições: Lucho por Castro (74m), James por Defour (74m) e Danilo por Maicon (81m).
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin.
Treinador: Vítor Pereira.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Mangala (15m), Danilo (52m) e Castro (89m).

Cartões amarelos: Bruno China (23m), Mangala (34m), Otamendi (62m) e João Moutinho (87m).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.

Na cidade dos estudantes, os portistas não levaram lições de ninguém. Muito pelo contrário, cedo mostraram vontade em mandar no jogo. Mas como depressa e bem há pouco quem, as coisas foram emperrando, complicando-se por vezes o que parecia fácil.

No entanto, ponto prévio e merecedor de registo: os comandados de Vítor Pereira entraram no relvado com genica e ganas de chegar ao golo. Desde o tristonho jogo de Alvalade que não víamos esta irreverência dentro de campo, que se manifestou por exemplo na quantidade de homens que o FC Porto colocava dentro da grande área adversária. O golo de Mangala, aliás, foi o resultado natural do cerco que os azuis e brancos foram montando em redor da baliza à guarda de Ricardo.

O golo do francês (mostrando mais uma vez todo o seu ímpeto e poderio no jogo aéreo) sossegou e deu confiança à equipa, permitindo que, durante determinadas alturas do jogo, víssemos o famoso carrossel que outrora já foi tão elogiado. Fernando, Moutinho, Lucho e James protagonizaram jogadas de belo recorte, muitas delas ao primeiro toque, com desmarcações e tabelas bem desenhadas. Já tínhamos saudades deste FC Porto. Não tanto pelo nível de jogo, que esteve longe do brilhantismo, mas mais pela atitude e perseverança.

Depois do patético episódio Gabão, Paulo Bento voltou a fazer das suas durante a semana, optando pela utilização de João Moutinho nos jogos de qualificação. As coisas só correram bem, na verdade, porque estamos a falar de João Moutinho, que quase parece alimentar-se dos próprios jogos que efectua. Ironicamente, os jogos na equipa da FPF trouxeram Moutinho de novo para os patamares físicos adequados, voltando a ser o compasso que marca o ritmo de jogo do FC Porto. Foi dele, note-se, a assistência para o primeiro golo dos portistas. Quem ganha com este regenerado Moutinho é Lucho González que, para não variar, voltou a exibir-se em excelente plano. Mesmo ainda faltando algum campeonato, não será arriscado dizer que o argentino foi o jogador mais regular de toda a época, passando incólume pelos períodos mais obscuros da equipa, raramente baixando o seu rendimento.

Um parágrafo também para falar de James. É pena que tenha demorado tanto tempo a recuperar da lesão, mas também mais vale tarde que nunca. E o colombiano ainda vem muito a tempo, assim o esperamos, de ajudar a equipa de Vítor Pereira voltar ao primeiro lugar da classificação. Já quase não nos lembrávamos de como funciona aquele pé esquerdo. É certo que ainda falta a mudança de velocidade, a capacidade de deixar adversários para trás apenas com uma finta de corpo, mas a classe está toda lá. É urgente trabalhar a condição física do atleta, pois necessitamos do melhor James para esta recta final da temporada. É ele quem pode dar o toque de Midas a esta equipa.

Mas nem tudo foram boas notícias. Se Danilo na segunda parte se exibiu finalmente em bom plano, marcando inclusivamente um golo de belo efeito (porque não fez mais vezes este movimento durante o ano?), Alex Sandro parece algo cansado e a necessitar de refrescar as ideias. Foi autor de maus passes e optou muitas vezes pela jogada individual, levando o seu esforço ao extremo, agindo com sofreguidão e sem racionalizar as jogadas. Perde-se, além disso, em fintas desnecessárias, em nada contribuindo para o jogo da equipa, que se pretende fluido. Está, sem dúvida. numa quebra de forma.

Também Izmailov se mostrou muito abaixo do que sabe e pode fazer. Nunca foi capaz de esticar o jogo da equipa, actuando quase sempre pelo miolo do terreno. Mas esses feudos e coutadas pertencem, como se sabe, a Lucho e a Moutinho pelo que faria mais sentido se o russo optasse por pisar outros terrenos, dando à equipa outro tipo de solução que Varela, decididamente, não tem conseguido oferecer.

O terceiro golo, quase a terminar, alegrou bastante os portistas. Aquele festejo, alegre e sincero, genuíno, só podia ver de alguém que sente o Porto desde pequeno. Digam o que disserem, um jogador das escolas é sempre diferente. Faz-nos pensar que podíamos ser nós a estar ali, a bater com a mão no coração, a indicar o emblema que ali mora. A forma como Castro é tratado pela massa associativa é disso claro exemplo. E o jogador, aos poucos, tem correspondido, fruto da sua entrega e do seu futebol simples e escorreito, sem ligar o "complicómetro". Fica a ideia, quem sabe, de que o jogador deveria ter sido alvo de mais oportunidades durante a época. Isso traria vantagens a todos: daria maior descanso aos habituais titulares e seria fundamental na evolução técnico-táctica do jogador. Se Castro tivesse sido comprado a peso de ouro e fosse de outro continente, certamente teria mais oportunidades de explanar o seu futebol.

Em resumo, tratou-se de uma vitória justa, que se adivinhou desde os minutos iniciais do encontro. Os momentos de desconcentração não apagam uma exibição a fazer lembrar, em determinados momentos, o início da época. Há algum tempo que não se via a equipa com esta alma e com este compromisso. Resta saber se ainda vai a tempo. Eu acredito. Até ao fim, cumpre-nos acreditar. Nestes jogadores. Neste treinador. Nesta estrutura. Neste clube. Os jogadores só têm que fazer o mais fácil: ganhar os jogos. Continuem a fazer-nos acreditar! Com esta vitória, estamos de volta. Em Coimbra, deu-se a ressurreição de quem nunca esteve morto. Contem connosco. Como diriam os americanos, we're back to the game!

Rodrigo de Almada Martins



DECLARAÇÕES

VÍTOR PEREIRA:

“Fundamentalmente, acho que fizemos um jogo sereno e sério. Apresentámo-nos com personalidade, fomos tendo a bola, fazendo o nosso jogo e acabámos por chegar a um resultado de 3-0. Podíamos ter feito mais um ou outro golo, mas fiquei muito satisfeito com a equipa. Enalteço, mais uma vez, o trabalho dos jogadores. Se pudermos ter a bola, se a gestão for feita com bola, o desgaste é menor. E nós soubermos ter bola e esperar o momento certo. Controlámos os ritmos de jogo e isso foi a equipa que o fez. O Moutinho e o James são jogadores de muita qualidade que, mesmo tendo chegado fatigados, sabem gerir a intensidade do seu jogo e acrescentam qualidade. Temos que fazer o nosso trabalho, ganhar os nossos jogos e no fim fazemos as contas.”

DANILO:

“Fizemos por merecer a vitória, conseguindo controlar todas as acções do jogo e o resultado foi fruto daquilo que fizemos durante a partida. Somos jogadores de carácter, acostumados com as vitórias, e dois resultados que não sejam vitórias deixam-nos incomodados. Procurei ajudar a equipa, como sempre, e hoje, graças a Deus, consegui fazer o golo e uma boa partida. Esta equipa ainda tem muito para crescer.”



RESUMO DO JOGO

30 março, 2013

Bolas na barra e penálti desperdiçado em derrota do FC Porto B

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Marítimo B-FC Porto B, 1-0

II Liga 2012/13, 33.ª jornada
30 de Março de 2013.
Campo da Imaculada Conceição, no Funchal.


Árbitro: Jorge Ferreira (Braga).

MARÍTIMO B: José Sá, Armando, Patrick Bauer, Ricardo Alves, João Diogo, Romeu Ribeiro, Nuno Rocha, Amar, André Ferreira, Edivândio e Fidélis.
Substituições: Edivândio por João Vieira (46m), Fidélis por Alexandre Soares (77m) e Amar por Luís Miguel (89m).
Não utilizados: Cárin, Ibrahim, André Soares e Hassan.
Treinador: Ivo Vieira.

FC PORTO B: Stefanovic, David, Zé António, Tiago Ferreira, Victor Luís, Pedro Moreira, Sérgio Oliveira, Michael Seri, Tozé, Sebá e Dellatorre.
Substituições: Pedro Moreira por Mikel (38m), Victor Luís por Caballero (79m) e Sérgio Oliveira por Edú (79m).
Não utilizados: Elói, Fábio Martins, Anderson e Gonçalo Paciência.
Treinador: Rui Gomes.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Amar (10m).

Cartões amarelos: Romeu Ribeiro (15m), Ricardo Alves (21m), Dellatorre (24m), Armando (64m), Fidélis (65m), Sebá (68m) e Mikel (90m+4).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.

O FC Porto B perdeu este sábado no terreno do Marítimo B, por 1-0 (golo de Amar, logo aos 10 minutos), em encontro da 33.ª jornada da Segunda Liga. Os Dragões foram infelizes numa partida em que foram dominadores, tendo enviado duas bolas à barra da baliza madeirense e desperdiçado um penálti, que Tiago Ferreira não conseguiu converter.

Dellatorre podia ter aproveitado um erro de Ricardo Alves e inaugurado o marcador, mas acabou por ser Amar a fazê-lo, aos 10 minutos. Os portistas reagiram e, aos 20, Sérgio Oliveira enviou a bola à barra da baliza de José Sá, na cobrança de um livre directo.

Nos primeiros minutos da segunda parte, o FC Porto B voltou a ter uma oportunidade soberana para marcar, com Victor Luís a acertar novamente na barra.
Aos 65 minutos, uma falta de Armando sobre Tozé levou o árbitro Jorge Ferreira a assinalar grande penalidade. Porém, José Sá travou o remate de Tiago Ferreira. Até ao apito final, a intensa pressão azul e branca não deu frutos.

O FC Porto B está agora no 11.º lugar da prova, com 47 pontos, resultantes de 12 vitórias, 11 empates e dez derrotas.

fonte: fcporto.pt

CLASSIFICAÇÃO II LIGA
1º - Belenenses 33j, 24v, 6e, 3d, 78pts
11º - FC Porto B, 33j, 12v, 11e, 10d, 47pts



RESUMO DO JOGO

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Eterno

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Fim de um cinzento Março e tantas opções para uma folha em branco…

Podia escrever sobre um título nacional que deixou de depender de nós por erros próprios, má fortuna e andores alheios, apesar de continuarmos invencíveis e com um registo de pontos que não envergonha ninguém…

Podia explicar detalhadamente porque ainda acredito no volte face… Falar de 1985/86, de 1992/93 ou mesmo da “longínqua” época 2011/12 …

Podia insurgir-me contra um discípulo de um sargentinho, que parece apostado em ser ainda mais provocador e insuportável que o mestre, apesar de ser o líder de uma selecção que mete dó…

Podia ainda lamentar o ensurdecedor silêncio das cúpulas do FC Porto perante tanta porcaria administrativa e arbitral que tem acontecido no Futebol, Hóquei em Patins ou Andebol, a fazer lembrar os nefastos tempos em que éramos apenas “bons rapazes”…

Também podia partilhar a dúvida do porquê do Villas-Boas ter andado por ai novamente como filho pródigo, sem nunca ter percebido como tal é possível pouco tempo depois de ser “complexado” e de “ter medo das comparações com o Mourinho”. Já se sabe que “Largos dias têm cem anos”, mas mesmo assim…

Tudo isto tem a sua relevância, mas sinceramente apetece-me pouco debruçar-me demoradamente sobre qualquer um destes temas.

Enquanto escrevo estas linhas cruza-me a mente o prazer que tenho em ser Portista, independentemente dos sucessos ou insucessos pontuais. A alegria que tenho em ser sócio do FC Porto desde o 1º ano de vida. As lembranças de dias passados nas Antas, a ver tudo e mais alguma coisa. O orgulho que foi envergar o nosso símbolo por alguns anos. A magia que foi entrar nos nossos novos Dragão e Dragãozinho e tudo o que lá vivemos entretanto. A certeza de como isto tudo faz parte de mim de forma indissociável e como teria sido impossível trilhar este caminho sozinho. E como seria bem menos feliz sem tudo isto…

Passam-me também pela mente outros retratos de momentos passados, de instantes mágicos, de memórias eternas. De olhares, de afectos, de partilha e emoção…

E fica sobretudo a vontade de dizer OBRIGADO a todas aquelas pessoas tão especiais, que nos ajudaram a crescer e que nos ensinaram este sentimento tão mágico que é amar este Clube e esta Cidade e que infelizmente já partiram.

Saberemos estar à altura do vosso legado. Ou pelo menos tentaremos…

Bom fim-de-semana!

"Temos obrigação, como equipa, de ganhar"

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Vítor Pereira espera um sinal de “carácter e personalidade” do FC Porto em Coimbra, onde defronta, este sábado (18h15), a Académica, em partida da 24.ª jornada da Liga portuguesa. O treinador sublinha que a equipa tem de vencer os seus jogos e mostrar uma atitude “de quem quer revalidar o título nacional, de quem é campeão e quer continuar a sê-lo”.

“Espero um bom jogo. Pela nossa parte, querendo dar um sinal claro de força e luta pelos nossos objectivos, de uma equipa que sabe o que quer. A Académica está necessitada de pontos e vai querer mostrar qualidade, perante os seus adeptos, e tem qualidade individual e colectiva”, afirmou, em conferência de imprensa, no Olival.

Após o empate no terreno do Marítimo (1-1), que deixou os Dragões a quatro pontos do primeiro lugar, a Liga esteve parada devido aos compromissos de selecções e Vítor Pereira considerou esse facto negativo. “Neste clube, a paragem depois de um empate nunca nos satisfaz. Queremos jogar e voltar às vitórias o mais rapidamente possível. Em relação à utilização dos jogadores do FC Porto, quando eles saem deixam de estar sob a minha gestão. Relativamente ao Moutinho, não pudemos contar como ele por lesão, o que foi pena, porque é um jogador importante. Mas também conheço a sua personalidade e a vontade de ajudar e nestes sete jogos que faltam vamos vê-lo ao melhor nível”, analisou.

A margem de erro dos Dragões não é quantificável, até porque a Liga apresenta sempre surpresa. “A margem de erro é aquela que os resultados forem ditando. Sabemos que temos de ganhar os nossos jogos, com o espírito de quem quer revalidar o título nacional, de quem é campeão e quer continuar a sê-lo”, referiu.

Na opinião do treinador, não é fácil dizer se o FC Porto tem um calendário mais difícil ou fácil do que o Benfica, visto que “à medida que o campeonato se aproxima do fim” adensam-se as lutas pela Europa e pela permanência. “Sinto que temos obrigação como equipa, connosco próprios, de jogar para ganhar. Já nem falo da obrigação perante os adeptos e o clube, mas perante nós próprios. Está em jogo um título e queremos continuar dentro dos nossos objectivos. Espero um sinal forte de carácter e personalidade da equipa”, declarou.

Vítor Pereira recusou a ideia de que a Liga possa ser decidida no Dragão, na última jornada – “é decidida já no próximo sábado e em cada jogo que falta para fazer” –, disse que lhe cabe a ele a tarefa de decidir quem marca os penáltis – mas elogiou Jackson Martínez, que tem sido “muito importante esta época, tem uma personalidade forte e gosta de assumir” – e manifestou a convicção de que Liedson “vai ajudar” a equipa no futuro. A conferência de imprensa terminou depois da enésima pergunta sobre o estado de João Moutinho: “Comando uma equipa de 20 e tal jogadores. Temos um jogo importantíssimo frente à Académica, não me perguntam nada sobre ela e sobre o João Moutinho já vão em cinco questões...”.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Fabiano;
Defesas: Danilo, Maicon, Mangala, Abdoulaye, Alex Sandro e Otamendi;
Médios: Lucho, Castro, João Moutinho, Izmailov, Defour Fernando,
Avançados: Jackson, Liedson, James e Kelvin.

29 março, 2013

O maior dos nossos trunfos

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Quando foi publicado o meu último post há duas semanas, dependíamos apenas de nós para chegarmos ao Tri. Na altura, escrevi que os recentes desaires significavam que era hora de mostrar de que massa somos feitos. Depois de mais dois pontos estupidamente perdidos, dá vontade de escrever o mesmo, mas em negrito e sublinhado.

É com pena que digo que há muito Portista que não merece o clube que tem. E, em muitos casos, não merece a época em que nasceu e cresceu. Vitória atrás de vitória, título atrás de título, festa atrás de festa. Orgulho a transbordar por todos os poros. Disse e repito: somos os adeptos mais privilegiados do mundo. Mas tão boa fortuna deixou-nos mal habituados. É cliché, mas é verdade. Começámos a tomar como garantido aquilo que nunca o foi - pelo contrário, custou muito esforço e muita perseverança, mesmo que por vezes nos parecesse fácil. Nunca foi fácil.

E nós, que fomos dando o nosso apoio pelo caminho, sentimo-nos responsáveis por parte do êxito. "Eu ajudei, eu contribuí, fiz o meu papel e por isso esta vitória também é minha". Nas horas mais difíceis, porém, as coisas mudam de figura, e há muito quem se chegue para o canto e passe à crítica na terceira pessoa, porque os jogadores isto, o treinador aquilo, o Pinto da Costa está acabado. Sem parar para pensar que, se o seu apoio contribui para as vitórias, talvez a ausência desse apoio também contribua para as derrotas. Os seus assobios, os seus insultos, a sua crítica fácil e muitas vezes injusta, o seu discurso agressivo contra aqueles que deviam defender dos tantos ataques vindos de fora. Tudo isso desestabiliza, desune, desmotiva e tem o seu peso no desempenho de um grupo de pessoas, simples humanos como nós, que carregam às costas os sonhos de milhões. Não é preciso ser psicólogo. E se tanto gostamos de ver "a casa a arder" quando as coisas correm mal aos nossos rivais, o que leva alguns de nós a, nos momentos de fragilidade da nossa equipa, pegar nos fósforos em vez de no extintor?

Felizmente, acredito que este tipo de adeptos, embora talvez mais interventivos e exuberantes, sejam uma minoria. E a sua defesa costuma ser sempre a mesma: sou exigente! Pois, somos todos. Nenhum de nós gosta de épocas como esta, nem nenhum de nós se contenta com a mediania. E não contesto o direito à crítica, nem mesmo a sua importância, quando justa e relevante. A diferença está na noção de que a glória que exigimos não é um direito, mas uma conquista. Não é algo com que possamos contar como certo e depois amuar se não nos cai no colo. Não. É algo pelo qual é preciso lutar muito, na maioria das vezes contra tudo e contra todos. Que implica fileiras cerradas, crença, empenho, capacidade, inteligência. E se isso da exigência é a sério, exijamos o melhor de todos nós. Todos!

O nosso clube passou por momentos muito difíceis ao longo dos seus quase 120 anos de existência. Leiam as histórias ou, melhor ainda, ouçam-nas de quem as viveu. Perguntem a qualquer Portista - daqueles com P bem maiúsculo, como tenho a honra de conhecer vários - nascido dos anos 60 para trás o que era ser do nosso clube naquela altura. Quantos títulos europeus festejaram, quantos Pentas, quantos Tetras ou Tris. Até mesmo quantos títulos, em geral. E perguntem-lhes se resistiram. Ou melhor, nem é preciso fazer esta última pergunta. Olhem à vossa volta. É graças à sua resiliência e dedicação inabaláveis que hoje estamos onde estamos e somos quem somos. Ser Porto é isso. E essa identidade será sempre o maior dos nossos trunfos.

Se ainda vamos ser campeões esta época, não sei. Mas, no pouco que me cabe, acreditarei e lutarei até ao último segundo. E no dia a seguir a esse, independentemente de tudo.

Entradas à venda para regresso do FC Porto "Vintage"

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26/03/2013

A Liga Fertiberia de futebol "indoor" está de volta, na sua sexta edição. O FC Porto é o único clube não-espanhol convidado para esta competição destinada a jogadores com mais de 35 anos. Esta temporada, o plantel dos Dragões é reforçado com nomes como Futre, Domingos e Pedro Mendes. O primeiro jogo no Dragão Caixa é frente ao Deportivo da Corunha (sexta-feira, 12 de Abril, às 21h).

No entanto, a estreia do FC Porto ocorre no terreno do Celta de Vigo, já a 5 de Abril. Os azuis e brancos procuram chegar aos quartos-de-final no grupo 1, defrontando ainda Real Valladolid (26 de Abril) e Málaga CF (3 de Maio); o grupo 2 integra Real Madrid, FC Barcelona, Valência CF, Atlético Madrid e Espanyol. Tal como no ano passado, estarão em campo Fernando Gomes, Rui Barros, Capucho, Paulinho Santos e João Pinto, entre outros.

Os bilhetes para a recepção ao Deportivo da Corunha (e também para o encontro com o Málaga CF) estão disponíveis nas Lojas do Associado (Dragão e Vitalis Park), FC Porto Stores da Baixa, ArrábidaShopping, NorteShopping e Shopping Cidade do Porto e no Off Season, em Vila do Conde. Os ingressos custam quatro euros para sócios e oito euros para o público. Os detentores de Dragão Caixa Seat têm o seu lugar reservado até 30 de Março.

fonte: fcporto.pt

28 março, 2013

O campeonato que temos

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Diz o IFFHS que o campeonato português é o 11.º mais competitivo do mundo e o quinto classificado em termos europeus, apenas superado pelas ligas Espanhola, Inglesa, Italiana e Alemã. Mas essa competitividade traduz-se em qualidade?

Tendo em conta alguns resultados pontuais dos principais clubes portugueses além-fronteira, com a (quase) exclusividade a caber ao FC Porto, até se pode assumir que sim, mas verdadeiramente, se olharmos com atenção para o fenómeno português, rapidamente percebemos o nivelamento por baixo em que a prova se traduz.

Nos últimos anos, o campeonato tem-se revelado bicéfalo, aqui também, com o FC Porto a (quase) dominar completamente a prova. Aliás, após a 23.ª jornada, as duas equipas ainda não perderam para o campeonato, sendo que o desequilíbrio é feito por detalhes, por vezes até no confronto direito. Com maior ou menor dificuldade, a vitória é garantida por números mais ou menos expressivos.

O líder, não conseguiu superar a fase de grupos da Liga dos Campeões, a 1.ª Divisão Europeia de clubes. Na Liga Europa, a 2.ª Divisão Europeia, tem (?) legítimas aspirações diante adversários mais acessíveis, onde apenas o Chelsea luta pelo título no seu país.

Realisticamente, é na Liga Europa, onde a qualidade do campeonato português mais se adequa, conforme provam os desempenhos das equipas portuguesas, com natural excepção do FC Porto pelos motivos por demais conhecidos. Na Liga dos Campeões, a força dos principais clubes espanhóis e alemães parece inacessíveis a toda a Europa do futebol (apenas os milhões de euros do PSG podem, timidamente, intrometer-se).

Voltando ao nosso campeonato, com uns verdes muito longe do que reza a sua história, caberia aos do Minho garantir confortavelmente o terceiro lugar. Em boa verdade, e no ano em que o clube liderado por António Salvador assumiu pela primeira vez a candidatura ao título, o Braga vê-se em dificuldades para não ser superado pelo... Paços de Ferreira. O surpreendente clube da capital do móvel tem-se aproximado dos lugares cimeiros da tabela, mas sem futebol, jogadores ou estrutura para manter um nível alto que possa, por exemplo, fazer boa figura nas provas europeias. E aqui temos outro sintoma da nossa debilidade. Poderá o Paços de Ferreira jogar dignamente uma Liga dos Campeões, caso garanta o 3.º lugar?

Os verdes, no seu calvário em que chegou a estar perto dos impensáveis lugares de descida, bastaram duas ou três vitórias para dar um pulo na classificação para perto de pontuações mais próximas de uma classificação europeia. O Gil Vicente, próximo adversário do líder, com apenas quatro vitórias no campeonato, está acima da chamada "linha de água"... Face a este panorama valerá a pena manter um campeonato a 16 ou 18 clubes, conforme já foi sugerido?

O próximo campeão, à semelhança dos anteriores, sê-lo-á de uma prova cada vez mais débil em termos qualitativos e em que apenas uma equipa tem verdadeiramente dimensão europeia (o FC Porto), mas longe dos grandes palcos europeus, pelo menos de forma consistente e regular em fases adiantadas do futebol ao mais alto nível, como é a Liga dos Campeões.

27 março, 2013

Já Chega!

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Com a malta toda distraída com as selecções, alguns como eu continuam a fazer contas aos poucos jogos que faltam, contas essas que nada têm ver com pontos ganhos ou perdidos. É mesmo uma conta aos Euros, gastos e os que sobram (se isto ainda existe nos dias de hoje).

É vergonhoso num País a definhar, os adeptos do FC Porto, estes em particular, serem completamente roubados pelos clubes mais pequenos no que a bilheteiras diz respeito.

Não faz muito tempo, dei 45€ pelo bilhete do FC Porto. Este fim de semana preparo-me para dar 20€ para ir a Coimbra. Só no Dragão é que se fazem promoções?

Quando é que esta CHULARIA vai acabar?

Com o País no estado em que está, com esta gente no futebol, este sector tem os dias contados. Depois da proibição com pompa e circunstância da pirotecnia, obrigar todos a sentar, não se poderem dizer palavrões... agora, temos o futebol para os ricos.

Fico-me por aqui, porque isto mete-me NOJO!

FORMAÇÃO: Sub-19 abatem águias

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FUTEBOL - SUB-19

A equipa Sub19 do FC Porto venceu, na tarde deste sábado, o Benfica, por 2-1, em jogo da sexta jornada da fase final do Campeonato Nacional de Juniores A, depois de dar a volta a um resultado que lhe foi desfavorável ao longo de 14 minutos. No Estádio Filipe Menezes, Tomás Podstawski e André Silva fizeram os golos da reviravolta que mantêm os Dragões na liderança isolada.

A equipa orientada por Nuno Capucho entrou melhor na partida, mas o Benfica conseguiria equilibrar em dez minutos e até colocar-se em vantagem, por intermédio de Eusébio Bancessi, que marcou aos 29 minutos, confirmando sobre a linha de baliza o êxito de um contra-ataque rápido.

A resposta do FC Porto não tardou e, depois de um par de oportunidades desperdiçadas, o central Tomás Podstawski fez o empate, aos 43 minutos, marcando de cabeça, na sequência de um pontapé de canto cobrado na esquerda, por Vítor.

O golo da vitória foi apontado por André Silva, aos 84 minutos, na ponta final do jogo e de um lance em que a vantagem esteve para acontecer antes e por duas vezes. “Foi o melhor que me podia acontecer”, disse o avançado, já na zona de entrevistas, pouco depois de o treinador Nuno Capucho se revelar “contente com a atitude competitiva dos jogadores”, que, nos minutos finais, estiveram mais perto do terceiro golo do que o Benfica do empate, apesar da desvantagem numérica ditada pela expulsão de André Ribeiro.

O FC Porto lidera a fase final da prova, somando 13 pontos, mais dois do que o Sporting, que venceu o Rio Ave (1-0), em Vila do Conde, e é segundo. Na próxima jornada, que fecha a primeira volta, os Dragões deslocam-se ao terreno do Vitória de Guimarães.

FICHA DO JOGO
Local: Centro de Treinos do Olival, em Gaia.
Árbitro: António Costa (Aveiro).
FC PORTO: Kadú; Marcelo Magalhães, André Ribeiro, Tomás Podstawski e Rafa; Vítor Andrade, Leandro (Diogo Belinha, 66) e Francisco Ramos; Ivo Rodrigues (Sagna, 88), André Silva e Gonçalo Paciência (Ricardinho, 75).
Treinador: Nuno Capucho.
SL BENFICA: José Costa, Alexandre Alfaiate, Rudinilson Silva, Fábio Cardoso (João Nunes, 77), Pedro Rebocho, João Teixeira (Batis Candé, 85), Raphael Guzzo, Bernardo Silva, Hélder Costa, Eusébio Bancessi (Valdomiro, 69) E Sancidino Silva.
Treinador: João Tralhão.
Intervalo: 1-1.
Golos: Eusébio Bancessi (29), Tomás Podstawski (44) e André Silva (84).




FUTEBOL - SUB-15

A equipa Sub15 do FC Porto bateu este domingo o SC Braga, por 2-0, em encontro da nona jornada da segunda fase do Nacional de Juniores C, e garantiu o acesso à derradeira fase, em que se decidirá o campeão da categoria. Com 27 pontos, o FC Porto pode fazer o pleno na série A se vencer no terreno do Vitória de Guimarães, na última ronda. Com golos de Rui Pedro (14 minutos) e Casimiro (23), os Dragões bateram o segundo classificado no centro de treinos portista e têm agora sete pontos de vantagem na liderança da série A. Tratou-se da 23.ª vitória consecutiva da equipa. O encontro foi totalmente dominado pelos azuis e brancos, que poderiam ter feito mais golos.

FICHA DO JOGO
Local: Centro de treinos do Olival.
Árbitro: Abel Silva (Porto).
FC PORTO: Simão; Tiago Lopes, Rogério, Wilson e Bruno Pereira; Rui Pires, Tavares e Leandro (Madi, 54); Michael, Casimiro (João Bola, 58) e Rui Pedro.
Treinador: António Folha.
SC BRAGA: Ricardo Velho; Alex (Tiago Emanuel, 63), João Cardoso, Neca e Lucas; Nuca, Filipe Silva e Pote; Tiago Barbosa (Caio, int), Hircane (Jorge, 22) e Mali (Tiago Airosa, 48).
Treinador: Jaime Leite.
Intervalo: 2-0.
Golos: Rui Pedro (15) e Casimiro (23).



Os destaques desta última semana, ficam aqui retratados, no entanto, se queres saber mais pormenores destas ou outras modalidades e/ou escalões de formação, convido-te a visitar a nossa página do facebook (AQUI) onde poderás encontrar toda a informação sobre as modalidades e as camadas jovens do nosso clube.

Pela nossa parte, apenas prometer continuar a desenvolver trabalho em prol do FC Porto, em regime de "voluntariado", da forma que melhor sabemos: com orgulho, com dedicação e com muita paixão.

Fiquem bem e até para a semana.
Pedro Porto

26 março, 2013

Gilberto Duarte, o domador de leões!

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Dragão Caixa a registar mais uma excelente casa (1530 espectadores) para a receção ao 3º classificado do Nacional de ANDEBOL.

O FC Porto de Obradovic venceu (28-25) de forma suada, mas inteiramente merecida perante um opositor que a jogar assim, pode perfeitamente tirar pontos ao clube que nos acompanha de momento na frente da classificação. Gilberto Duarte com 10 golos foi o homem do jogo, mas Alfredo Quintana também esteve em grande plano nos momentos decisivos e merece por isso também um destaque especial.

Na próxima jornada, apenas a 13 de Abril, teremos um explosivo Benfica-Porto depois de 2 semanas de estágio na seleção.

Lá estive marcando presença no apoio aos nossos andebolistas, depois de também ter estado no Olival a ver os juniores ganharem aos vermelhos, com André Silva e Rafa a encherem-me as medidas! Ganhar aos 2 rivais lá de baixo, no mesmo dia, é obra!

No HÓQUEI, foram 19 golos, como poderiam ter sido 29, perante um Gulpilhares digno, mas já a preparar o futuro com a sua equipa de juniores.

Realce para mais uma vitória do nosso opositor, consumada nos instantes finais, com um golo irregular do jogador que já devia ter sido suspenso (a FPP, o que espera?). José Pinto, estranhamente, validou um golo com o jogador a rematar já deitado no chão. Vale tudo para não perderem a magra liderança.

Já se fazem apostas que o FC Porto vai cair em Turquel, uma semana antes do clássico. Há quem garanta isso com tanta certeza, que estamos expectantes para saber quem são os anjos de negro que irão apitar esse jogo, mas até lá, ainda existirão 3 jornadas, e sempre quero ver se tão preocupados andam com o nosso calendário, não vão eles cair com estrondo primeiro...



ANDEBOL
  • FC Porto 28-25 Sporting
Grande jogo no Dragão Caixa, com o FC Porto a ter um período de apagamento na 1ª parte, chegando a estar a perder por 3 golos de diferença. No entanto, o público do Dragão Caixa não esmoreceu e levantou a equipa que terminou a 1ª metade em glória com um parcial de 5-0, passando de 10-13 para 15-13.

Na segunda parte, chegamos a ter 5 golos de vantagem, mas os leões nunca desistiram e chegaram aos 25-24. Elias, Moreira e Gilberto marcaram os nossos últimos 3 golos, e Quintana em grande estilo, fechou a baliza.

Este foi o 20º jogo consecutivo com vitória do FC Porto sobre o Sporting (em casa dos azuis e brancos) e o 74º encontro invicto dos pupilos de Obradovic na fortaleza do Dragão Caixa. 13 anos com o Sporting em jejum aqui na Invicta (desde Fevereiro de 2000 que aqui não ganha, nem sequer empata) em jogos do campeonato, mas o Benfica tem um registo ainda mais interessante, 23 anos de jejum, pois não ganha cá desde Junho de 1990.

Neste jogo com o Sporting, Gilberto Duarte fez 10 golos (esteve endiabrado), seguido por Spínola, Elias e Ricardo Moreira todos com 5, sobrando ainda 3 golos para o pivot Tiago Rocha que foi barrado de forma indecente pela defensiva leonina, sempre com Trinca e Monteiro a fecharem os olhos.



HÓQUEI EM PATINS
  • Gulpilhares 0-19 FC Porto
Goleada mais que previsível em Gulpilhares, com Reinaldo Ventura, Jorge Silva e Vítor Hugo a apontarem 4 golos cada. Ricardo Barreiros marcou 3, Pedro Moreira 2, Hélder Nunes e Caio 1 cada, só faltando mesmo Tiago Losna ter molhado o bico.
  • FC Porto 8-2 Braga
Na quarta-feira, para a taça, o FC Porto desembaraçou-se facilmente do HC Braga, e espera agora pelo Sporting nos oitavos de final. Se ganharmos como se espera, nos quartos poderemos apanhar fora de casa o Candelária, o Tomar ou o Carvalhos.

No jogo com o Braga, Vítor Hugo e Reinaldo Ventura bisaram, sobrando um golo para Hélder Nunes, Pedro Moreira, Caio e Barreiros.

No próximo fim-de-semana, joga-se para o torneio de Montreux e o campeonato regressa a 6 de Abril com um FCP-Física.



BASQUETEBOL
  • FCP Dragon Force
No basquetebol, houve paragem, mas esta sexta-feira (feriado) no Dragão Caixa há jogo com o BC Viana, com entrada livre, a contar para a CNB2 (18 horas).



Um abraço do Lucho.

Manto Azul e Branco - 1969-1970 a 1974-1975 – Mais uma questão de detalhe

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Equipamento idêntico ao de 1967-68 com uma alteração na manga da camisola: inversão das cores no debruado; o azul está mais perto do cotovelo (na manga curta) ou da mão (na manga comprida). Foram usados, por vezes, calções com azul de tonalidade igual ao da camisola e outras vezes com azul de tonalidade mais clara.

Uma equipa da época 1969-70.
Em cima, da esq. para a dir.: Aníbal, Sucena, Pavão, Vieira Nunes, Valdemar e Gualter;
Em baixo: Lisboa, Rubens Salim, Custódio Pinto, Rolando e Nóbrega.

Pavão – Fernando Pascoal das Neves, um jogador de enorme talento. "Pavão" lhe começaram a chamar nos jogos de rua, em Chaves, por fintar de braços abertos em jeito de pavão. Era ainda juvenil quando veio para o FC Porto pela mão do “mestre” Artur Baeta que viu nele qualidades irrefutáveis. Depressa confirmou ser um predestinado, detentor de excelente técnica e invulgar capacidade táctica que o definiam como um genuíno estratego do futebol moderno. José Pedroto fez dele o motor da equipa, a estrela da companhia.

A genialidade e a postura de Pavão em campo seduziram o Manchester United que, no início do ano de 1973, envidou todos esforços para o contratar e lhe dar a posição de Bobby Charlton. Mas a auspiciosa carreira do flaviense viria a ser abruptamente interrompida. Pavão faleceu, tragicamente, durante um jogo nas Antas em 16 Dez.1973.

Parte do plantel de 1970-71 já com o treinador António Teixeira que substituiu Tommy Docherty após a 25.ª jornada do Campeonato. Apesar do sensacional 4-0 ao Benfica, nas Antas, o FC Porto, não foi além do 3.º lugar a 4 pontos do campeão.

Em cima, a partir da esquerda: Vítor Hugo (massagista), Rui, Vieira Nunes, Rolando, Valdemar, Armando Manhiça, Pavão, Gualter, Armando e António Teixeira (treinador); Em baixo: Abel, Lemos, Custódio Pinto, Bené, Nóbrega e Chico Gordo.

Lemos, um bom avançado que militou nas fileiras do Clube. Na tarde de 31 Jan.1971, memorável tarde, o nome de Lemos soou alto e soou longe, pela rádio; marcou, nas Antas, os 4 golos da vitória do FC Porto sobre o Benfica de Eusébio e Companhia! A proeza igualou a de Carlos Nunes que, 35 anos antes, havia marcado 4 ao rival Sporting.

Em cima (esq. p/dta.): Rolando, Rodolfo, Guedes, Tibi, Ronaldo e Cubillas; em baixo: Abel, Oliveira, Celso, Bené e Nóbrega.

Cubillas – Teófilo Cubillas, um dos melhores, senão o melhor jogador estrangeiro que actuou em Portugal. O peruano era um médio ofensivo dotado de uma técnica extraordinária, potência, mudança de ritmo, habilidade para o remate e uma grande capacidade goleadora. Os seus livres de média e longa distância foram famosos pela precisão com que os executava. Soberbo em qualidade técnica, irradiava simpatia. Passeou a sua classe pelos estádios portugueses. Que pena não se ter podido ver Pavão e Cubillas jogar juntos!

Era um modelo de disciplina e aprumo. Chegou a "capitão" do FC Porto onde fez 118 jogos (oficiais e particulares) e apontou 72 golos (108, 65 em jogos oficiais). Para médio é um registo extraordinário! Aliás a FIFA considera que é o médio com mais golos da história do futebol, com 268 em 469 jogos.

Flávio, ponta-de-lança e "craque" ao bom estilo brasileiro. Em Agosto de 1971 foi, com brado, apresentado nas Antas. Manteve a fama de "matador", marcando mais de 70 golos em quatro épocas. É, com Pelé e Romário, um dos futebolistas brasileiros que atingiram e ultrapassaram a marca de 1.000 golos.

Alfredo Murça, um excelente defesa-esquerdo que alinhou em todas as posições da defensiva portista. Destacava-se pelo bom posicionamento e poder de antecipação. Fez parte de um dos mais consistentes e eficazes “quartetos defensivos” do futebol português: Gabriel, Simões, Freitas e Murça.

Rui Saraiva – Design e edição
Fernando Moreira – Pesquisa, fotos e textos

25 março, 2013

Falemos de arbitragens…

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Relativamente ao tema das arbitragens, para mim há três atitudes distintas a ter:

1)    Estar permanente a falar de arbitragens como desculpa para os insucessos, repetindo até à exaustão palavras de ordem que tenham sempre como fim último a mensagem de que “os árbitros são os culpados de tudo e mais alguma coisa”.

2)    Passe o que se passar em relação às arbitragens, manter um silêncio sepulcral sobre o tema, deixando a ideia de que os árbitros são um fator totalmente negligenciável em relaçao ao sucesso de um clube.

3)    Manter uma atitude crítica em relação às arbitragens, tal e qual é feito com as muitas análises que se fazem a jogadores, treinadores, direções, etc, etc. Independentemente das críticas que se possam fazer aos árbitros, este tipo de comportamento nunca pode ilibar os fatores internos que levam ao insucesso de determinada situação. Ou seja, nunca deixar que as análises de arbitragem “escondam” incompetência interna.

Não considero que falar de arbitragens seja um pecado mortal, pela minha parte não tenho qualquer problema em apontar erros aos arbitros, da mesma forma que o faço com jogadores, treinadores e dirigentes. Desculpar com erros dos árbitros a aselhice dos jogadores do meu clube, é algo que critico nos outros, sendo que deste modo também não o faço quando se trata do meu clube.

Não sei se serei o único Portista a pensar assim, mas acho que ao longo de toda esta época, tem havido um silêncio sepulcral da parte da nossa SAD, um silêncio que às vezes incomoda tendo em conta tudo aquilo que tem acontecido. Perguntam vocês, a que me refiro eu quando escrevo “tudo aquilo que tem acontecido”?

Pois bem, acho que sou demasiado Portista para poder ter uma analise parcial sobre arbitragens dos jogos do meu clube. Recorri por isso às análises de três ex-árbitros, que segundo me consta, terão tudo menos ligações fortes com o FC Porto. Acho que desta forma retiro a potencial de carga facciosa que uma analise minha poderia ter…

1ª jornada: Gil Vicente 0-0 FC Porto:
Luís Carlos, em ação repetida, agarrou o jogador do FC Porto (Kléber), derrubando-o, fazendo falta para grande penalidade que não foi assinalada.” Jorge Coroado (JC)
(…) vê-se que Luís Carlos agarra ostensivamente, acabando por derrubá-lo.” Pedro Henriques (PH)
Kléber foi placado e desviado da trajetória da bola sendo derrubado mesmo à frente de Duarte Gomes.” José Leirós (JL)

5ª jornada: Rio Ave 2-2 FC Porto:
Nivaldo procura pontapear a bola e Kléber, na sua frente, acaba por sofrer o impacto que o desequilibra. É um lance duvidoso, mas é passível de grande penalidade.” JC
Nivaldo falha a bola e acaba por tocar e derrubar Kléber de forma imprudente no interior da área.” PH
Grande penalidade que ficou por assinalar. Nivaldo pontapeou a perna de Kléber, não jogando a bola e derrubando o adversário.” JL

14ª jornada: slb 2-2 FC Porto:
Segundo cartão amarelo por exibir a Matic.” JC
Defour não estava em posição irregular no momento do passe.” JC
Alex Sandro não estava em posição irregular.” JC
Varela não estava em fora-de-jogo.” JC
Enzo foi deliberado no uso do cotovelo sobre Moutinho. Livre direto e cartão vermelho que o árbitro, no seu estilo muito próprio, não advogou.” JC
Maxi projetou-se a alguma distância, com a perna deliberadamente à coxa de Moutinho. Cartão vermelho tinha a cor adequada.” JC

18ª jornada: FC Porto 1-1 Olhanense:
A bola não estava lá. Targino não se preocupou em jogá-la, apenas em atingir o Portista. O cartão vermelho era o adequado.” JC

23ª jornada: Marítimo 1-1 FC Porto:
Finalmente, no empate frente ao marítimo, que nos fez distanciar da liderança em 4 pontos, houve um lance em que praticamente ninguém falou, mas de que eu não tenho dúvidas da sua ilegalidade. No golo do empate madeirense, o jogador que de calcanhar faz o passe para quem assiste ao golo de Suk estava em posição de fora-de-jogo. Reparem no vídeo de resumo do jogo (post do dia 18 março) e vejam em slow motion entre o minuto 1:40 e o minuto 1:41. Irão reparar que no momento do primeiro passe desse lance o avançado maritimista está com a perna avançada em relação ao último defensor Portista. Fora-de-jogo por assinalar e um silêncio sepulcral em relação a este lance na generalidade da comunicação social.

Pelas contas de Coroado e companhia, o FC Porto em praticamente todos os jogos que perdeu pontos teve erros de arbitragem contra si, erros com influência direta no resultado, desde penalties por marcar, expulsões perdoadas aos adversários, foras-de-jogo mal assinalados, etc, etc. A minha honestidade intelectual também me faz admitir que por exemplo em Braga ficou um penaltie de Alex Sandro por assinalar no inicio do jogo, mas CARAMBA, tantos erros de arbitragem, e sempre com o mesmo sentido, em jogos onde curiosamente o FC Porto perdeu pontos? E um silêncio quase total da estrutura Portista perante tudo isto? Ah, e o nosso adversário coleciona expulsões dos adversários antes e depois de os defrontarem, penalties atrás de penalties por tudo e por nada, etc, etc… E nós caladinhos a comer isto tudo sem pestanejar…

PS: Não posso deixar de fazer uma nota de elogio a VP, que talvez à exceção do jogo no galinheiro pela quantidade de lances em que fomos gravemente prejudicados pelo "joão pode ser", raramente se tem socorrido do tema das arbitragens para esconder os momentos menos bons... É sinal de que está mais preocupado, e bem, com outras coisas do que analisar o trabalho dos homens do apito... Agora, há outras pessoas no clube que se deveriam ocupar deste tema... A génese do FC Porto nunca foi a de um clube acabrunhado que "come e cala"... Será preciso perder mais um campeonato para voltarmos aos níveis de genica, raiva e união a que todos nos habituámos neste clube? Espero bem que não...