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Perante vários ciclos vitoriosos, com óbvias diferenças contextuais, se analisarmos o histórico do clube da Invicta verificamos que, apesar de haver o padrão de venda de duas a três peças importantes do xadrez portista, a SAD do FC Porto cria ciclos de 3 em 3 anos. Antero Henriques ainda há dias explicou isso. Perante planeamento prévio, muda-se drasticamente de ciclo, quer no treinador, quer no plantel, geralmente após grandes vitórias ou em circunstâncias favoráveis de mercado.
Vide 2004 após a vitória na Champions, a saída de Mourinho (esta não planeada) e de contingente até hoje recorde de venda de jogadores, ironicamente prestes a ser batido este ano. Assim voltou a suceder após o ciclo vitorioso com Jesualdo Ferreira e o seu tri. A lógica de aproveitar o sucesso desportivo, a radical transformação de planteis e equipa técnica deve-se também a uma análise que vem sendo aperfeiçoada da saúde do balneário, da disposição dos jogadores e da sua ambição, geralmente de sair para melhores condições financeiras.
Obviamente não existem padrões nestes ciclos porque os imponderáveis acontecem, como aconteceu com André Villas-Boas, de que ninguém esperava a saída abrupta, mas um ano quase perfeito ditou a saída do que dizia ter chegado à sua "cadeira de sonho". Quebrou um padrão habitual de 2 a 3 anos de permanência do técnico, e a SAD tentou aguentar um conjunto de jogadores que já se achavam creme de la creme após ganharem tudo nesse ano - liga, taça e Liga Europa. A SAD resolveu aguentar Guarins, Alvaros Pereiras, Fernandos, e deu-se mal.
Eis-nos pois, após dois complicados anos de gestão técnica de Vítor Pereira, chegados a mais um fim de ciclo. E fim de ciclo porquê? Apenas por vontade de vender muito? Após um ano de sucesso mas não mais do que isso (tris ganhámos mais, campeonatos também)?... Não, um fim de ciclo no FC Porto é a avaliação de que a equipa técnica e a estrutura base da equipa não pode ser muito mais espremida e o contexto de mercado é favorável (como este ano, fruto das inúmeras movimentações que se previam e já começaram a constatar-se).
O que verdadeiramente estava em jogo este ano? Uma equipa técnica que tendo competência não tinha empatia com os sócios e simpatizantes, que havia falhado consecutivamente dois anos na campanha europeia, e que não estava a valorizar ativos em que em muito apostava o clube, principalmente jovens: Iturbe, Atsu, pouco Defour, pouco Castro, pouco Danilo e pouco Kelvin, apesar dos coelhos da cartola em Braga e contra o Benfica - sem desvalorizar obviamente o crescimento de Mangala e Alex Sandro.
Qual foi, no meu entender, a análise da SAD este ano? Precisamos de sangue novo, de ambição, renovação de vitórias, de alguém que faça crescer entusiasmo e fé em mais altos voos (Europa e taça), representado em Paulo Fonseca, cujas características podem potenciar a valorização dos vários jovens portugueses que com certeza têm ambição.
Por outro lado, o mercado será, este ano, especialmente ativo, e produzirá muitos encaixes e oportunidades de negócios. O FC Porto tinha já planificado a venda de jogadores e está a aproveitar este fim de ciclo para reforçar finanças e apostar num novo ciclo de vitórias e valorização de ativos. Veremos se, mais uma vez, está no caminho certo..
Vide 2004 após a vitória na Champions, a saída de Mourinho (esta não planeada) e de contingente até hoje recorde de venda de jogadores, ironicamente prestes a ser batido este ano. Assim voltou a suceder após o ciclo vitorioso com Jesualdo Ferreira e o seu tri. A lógica de aproveitar o sucesso desportivo, a radical transformação de planteis e equipa técnica deve-se também a uma análise que vem sendo aperfeiçoada da saúde do balneário, da disposição dos jogadores e da sua ambição, geralmente de sair para melhores condições financeiras.
Obviamente não existem padrões nestes ciclos porque os imponderáveis acontecem, como aconteceu com André Villas-Boas, de que ninguém esperava a saída abrupta, mas um ano quase perfeito ditou a saída do que dizia ter chegado à sua "cadeira de sonho". Quebrou um padrão habitual de 2 a 3 anos de permanência do técnico, e a SAD tentou aguentar um conjunto de jogadores que já se achavam creme de la creme após ganharem tudo nesse ano - liga, taça e Liga Europa. A SAD resolveu aguentar Guarins, Alvaros Pereiras, Fernandos, e deu-se mal.
Eis-nos pois, após dois complicados anos de gestão técnica de Vítor Pereira, chegados a mais um fim de ciclo. E fim de ciclo porquê? Apenas por vontade de vender muito? Após um ano de sucesso mas não mais do que isso (tris ganhámos mais, campeonatos também)?... Não, um fim de ciclo no FC Porto é a avaliação de que a equipa técnica e a estrutura base da equipa não pode ser muito mais espremida e o contexto de mercado é favorável (como este ano, fruto das inúmeras movimentações que se previam e já começaram a constatar-se).
O que verdadeiramente estava em jogo este ano? Uma equipa técnica que tendo competência não tinha empatia com os sócios e simpatizantes, que havia falhado consecutivamente dois anos na campanha europeia, e que não estava a valorizar ativos em que em muito apostava o clube, principalmente jovens: Iturbe, Atsu, pouco Defour, pouco Castro, pouco Danilo e pouco Kelvin, apesar dos coelhos da cartola em Braga e contra o Benfica - sem desvalorizar obviamente o crescimento de Mangala e Alex Sandro.
Qual foi, no meu entender, a análise da SAD este ano? Precisamos de sangue novo, de ambição, renovação de vitórias, de alguém que faça crescer entusiasmo e fé em mais altos voos (Europa e taça), representado em Paulo Fonseca, cujas características podem potenciar a valorização dos vários jovens portugueses que com certeza têm ambição.
Por outro lado, o mercado será, este ano, especialmente ativo, e produzirá muitos encaixes e oportunidades de negócios. O FC Porto tinha já planificado a venda de jogadores e está a aproveitar este fim de ciclo para reforçar finanças e apostar num novo ciclo de vitórias e valorização de ativos. Veremos se, mais uma vez, está no caminho certo..