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Os sinais e o receio de que nem tudo vai bem no reino do Dragão não são de agora, nem mesmo um mero reflexo de 2 anos de pouco sucesso desportivo.
Se há algo que não aprecio é cavalgar a onda das vitórias/derrotas para dizer que tudo está bem/mal consoante a bola que entra ou não entra. Qualquer organização tem as suas imperfeições e mesmo nos maiores sucessos há sempre espaço para analisar e criticar construtivamente o que está mal, assim como nos momentos mais baixos devemos ter a capacidade de não querer uma política de terra queimada a qualquer preço.
Dito isto, duas situações deixaram-me realmente preocupado:
Todos sabemos quem as proferiu e a gravidade das mesmas, em diferentes tabuleiros, sendo que neste momento a bola está do lado do Clube e de quem o dirige. Porque são afirmações graves de mais para serem ignoradas.
Se acharmos que qualquer individuo deste calibre, mais um dos parasitas que vive à grande à conta de outros e que ajuda a contribuir para o lixo em que se transformou o futebol negócio, tem o direito de arrastar o nome do Futebol Clube do Porto pela lama sem uma reacção digna desse nome da parte de quem nos dirige a não ser outorgar mais um Dragão de Ouro ao seu cliente Jackson “ainda nem sai do Clube mas só falo do Simeone” Martinez, é sinal de que estamos mesmo num momento historicamente difícil. E já nem quero falar do que se ouve por ai, de que o sr. Pompeo possa ter alguma razão no que diz, de que não sabemos mesmo nem metade do que se faz “em nome” do FC Porto...
A segunda questão é tão grave quanto a primeira e verdadeiramente surpreendente... Ou talvez não, depois das tristes figuras na flash interview do Restelo. É inconcebível que alguém que está desde 2005 no FC Porto, que é visto como uma das últimas referências do balneário, possa dizer nas entrelinhas que não respeita o seu técnico principal, dando-o assim a entender publicamente. Sem uma devida explicação, sem um enquadramento seja ele qual for, é absolutamente impensável que Helton possa continuar no FC Porto. Se alguém como o Jorge Costa foi “atirado” para Inglaterra por casos internos e “apenas” uma pública desavença aquando de uma substituição, o que podemos defender neste caso?
Outras coisas poderiam também ser dissecadas, mas penso que estes 2 episódios e a sua gestão será elucidativa de que Clube temos neste momento e se estamos minimamente alinhados com a nossa herança dos tempos áureos ou se apenas nos transformamos numa sombra anárquica desse FC Porto forte, disciplinado, rigoroso, quase infalível na gestão dos seus recursos humanos e que não deixava que nenhum elemento externo pudesse sequer beliscar o seu nome sem levar o devido troco.
Temos uma época decisiva pela frente, o contexto pode favorecer-nos mas, como dizia há 2 semanas, temos de fazer bem o nosso trabalho. Aguardemos portanto que tal seja de facto a motivação nº1 de quem manda no FC Porto.
Boa semana.