31 dezembro, 2009

Ano de 2010... tem de ser Azul da cabeça aos pés!

Ano Novo,
Vida Nova.
Pede o Povo,
Com quatro a menos na prova!

O ano começa com reflexão,
Se às compras se vai ou não!
O dragão fecha o ano endinheirado,
E preso às teimosias dum Pinto e Jesualdo.

O público azul continua exigente,
Sem tempo para grande ciência.
Pedem um murro no marasmo vigente,
Suspiram por um Domingo(s) com Paciência.

Sem romenos e incríveis,
Os azuis começam desfalcados.
Vitimas de túneis passíveis,
De vigilantes não identificados.

O problema do Porto é maior,
Do que não ter um super-herói inspirado.
Pois quem joga sem médio ofensivo,
Dum meio campo com “lucho” se vê privado.

É hora de juntar a família portista
E voltar a ter um Porto concentrado,
Voltando com glória à conquista
Dum Penta, que me deixa “mal habituado”!

O ataque é, portanto, à liderança,
A uma surpresa encarnada.
Vem da terra de um “Bom” Jesus,
São do Minho, chamam-se Braga.

No Sul, tudo se passa na mesma,
O povo lá é mais consumista.
São encobertos por um sistema,
Que chega à imprensa generalista.

Os “padrinhos” deles são ricos,
Dão prendas no verão e nos reis.
Choram por meados de Maio,
Por acabarem sempre aos papeis!

Para um país que detesta o azul,
Viveu-se uma década de Norte!
Bajulem, á vontade, os do Sul,
Mas nós somos o “Pobo” mais forte!

O “Calceteiro” é crítico e duro,
Mas sabe ultrapassar o Passado!
Com o olhar sempre no Futuro,
Constrói um Presente do qual vive orgulhado!

Abraço e Bom Ano a todos... e um 2010 cheio de vitórias Porto!

30 dezembro, 2009

«No Porto não há petróleo»

    A frase é de Pinto da Costa, a propósito de mercado e dos grandes de Lisboa

    A frase é de Pinto da Costa, garantindo que Jesualdo Ferreira não lhe pediu jogadores no mercado de Inverno. O presidente do F.C. Porto espera ver mais de alguns jogadores do plantel e ironiza sobre o investimentos dos rivais de Lisboa no mercado.

    «Li num jornal uma crónica que terminava a dizer que se calhar havia petróleo em Lisboa. No Porto não há e portanto temos de ser realistas e ter aquilo que podemos ter. Posso garantir que o treinador não me pediu nenhum jogador a mais daqueles que tem e eu considero que ele está correcto porque temos um excelente plantel», afirmou o dirigente, citado pela Lusa, à margem de um almoço com as equipas seniores de natação do F.C. Porto.

    «Se o treinador entende que não necessita de jogadores, vou contratar jogadores para quem, para mim?. Ele está contente com o plantel e eu também, para quê contratar jogadores? Aqui não há petróleo», prosseguiu.

    Pinto da Costa garantiu de resto não ter recebido «absolutamente nenhuma proposta» para a saída de jogadores do plantel e fala dos jogadores que já estão no plantel: «Espero que o Orlando Sá seja um bom reforço de Inverno, como outros jogadores com muito potencial que ainda não apareceram este ano e que podem ser uma mais-valia na equipa.»

    O dirigente disse de resto não querer comentar o processo relativo a Hulk e Sapunaru, na sequência dos incidentes no túnel do Estádio da Luz: «Não me quero pronunciar sobre essa justiça.»


    2009.12.29 - maisfutebol

Américo, o ídolo da juventude...

    Nos idos anos 60, Américo era o guarda redes do FC Porto e o meu jogador favorito, o verdadeiro ídolo.

    Quando ele abriu em Sto Ildefonso a sua casa de artigos desportivos, a "Casa Magriço" e dado que morava ali perto, passava a vida a ir lá perguntar preços só para ver se aparecia o Américo.

    E assim um dia lá consegui o seu autógrafo e o prazer de poder trocar umas palavras com alguém que apreciava e via jogar aos domingos na Antas.

    O dito autógrafo perdi-o quando fui no conto do vigário e emprestei o bloco onde o tinha a troco de uma promessa de obtenção de mais assinaturas do plantel da época...

    Foi um guarda redes excepcional, talvez o melhor que vi jogar, injustiçado na sua carreira sobretudo a nível da selecção nacional que representou por 15 vezes, por ser do FC Porto e não pertencer às elites do centralismo lisboeta salazarento, o que lhe valeu não ter jogado no Mundial de 66. Tarde vieram as lágrimas de crocodilo do treinador que se penitenciou do facto de não o ter posto a jogar.

    Américo é, sem dúvida, uma das grandes lendas do FC Porto.

    Vem isto a propósito de um jantar de Natal organizado pelo Blog de referência portista que comento diáriamente "BiBó PoRtO, carago!!" que juntou os colaboradores e participantes numa festa muito bonita onde se respirou amizade e portismo, com a surpresa Américo, que esteve presente para alegria dos participantes, especialmente os mais velhos, como eu e mais alguns ...

    Passados 40 anos não só obtive novo autógrafo - que não conto perder - como pude relembrar aqueles tempos difíceis onde era complicado o FC Porto ganhar e pude estar frente a frente com o ídolo que nunca esqueci.

    Resta-me agradecer ao bLuE bOy, o Presidente do "BiBó PoRtO, caragO!!", todo o seu empenho e alma portista que nos permite momentos destes.


    29.12.2009 - texto originalmente publicado no blog do Amigo, Jorge Aragão.

29 dezembro, 2009

Rui Santos e o cesto da sua vida...

Este fim-de-semana, não se jogaram encontros oficiais nas modalidades de alta competição e por isso, aproveito a oportunidade para recordar um grande jogo de basquetebol decidido por um cesto (no último segundo) de Rui Santos ("de costa a costa") em 1997, no jogo 4 da final frente à Oliveirense. Os 2 vídeos que se seguem, são relativos aos últimos 6 minutos desse jogo, mais a festa do bicampeonato do FC Porto que depois passou para o interior do recinto. Espero que gostem desta recordação... já tenho mais cassetes de vídeo em fila de espera, aguardem!!

  • Oliveirense, 72 - FC Porto, 74 [jogo de 27 de Abril de 1997]
Pressão, drama, nervosismo, coração acelerado, assobios ruidosos. Era este o cenário em Oliveira de Azeméis a 5 segundos do fim do jogo 4 da final do Play-off de basquetebol, em 27 de Abril de 1997. No banco do Porto, um homem parecia sereno, o mestre do basquetebol Português que admiro desde miúdo, Jorge Araújo. O time-out que ocorreu após infracção à regra dos apoios por parte dos homens da casa na sua última posse de bola, dava ao Porto a possibilidade de decidir o jogo (estava 72-72 na altura), e dessa forma, arrebatar o troféu de campeão Nacional que também tinha sido ganho pelos Portistas na época anterior, depois de 13 anos de jejum.

Faltavam somente 5 segundos, o mestre delineou a jogada e o aluno correspondeu em absoluto. O nosso base, Rui Santos, recolheu a bola passada por Miller e numa “cavalgada” imparável, colocou-a onde os nossos corações desejavam... no cesto da Oliveirense (de Henrique Vieira)!!!

Que emoção, vivida pela tv (RTP2), pela rádio (a tsf cobria o basket na altura) ou até no próprio pavilhão Dr. Salvador Machado, onde esteve presente uma boa falange de apoio aos Dragões. São estes jogos decididos no último instante que mais emoções proporcionam aos adeptos, e por isso, a invasão do recinto foi quase imediata e a “Arena” da Oliveirense foi facilmente apossada pelos adeptos do FC Porto, bicampeão Nacional de basquetebol 2006/07.

"Porto, Porto, Porto", era o som estridente que saía do palco de jogo e a uns bons kms de distância, este que vos escreve, relaxava após hora e meia de sofrimento. Ufffa!!! Estava consumado o título no basquetebol numa época que uns dias mais tarde (17 de Maio), nos iria proporcionar a alegria do tricampeonato em futebol, após a nossa vitória em Guimarães (0-4), num recital de bola de Zahovic, Jardel e companhia...

O FC Porto de Jorge Araújo, tinha destronado o Benfica na época anterior (95/96), depois de 7 títulos seguidos dos lisboetas, e nesta temporada, 1996/97, era o grande favorito ao título, numa final que muitos previram ser de novo com o Benfica. Quem não esteve pelos ajustes, foi a Oliveirense que eliminou nos quartos-de-final os encarnados, e bateu-se de igual para igual com este super FC Porto na tão ansiada final.

Os Dragões ganharam bem (embora por margens reduzidas) os 2 jogos no Rosa Mota (96-91 e 77-72), e deslocaram-se a Oliveira de Azeméis determinados em decidir o mais rapidamente possível o título. Tal como na época anterior, não o conseguiram ao jogo 3 (83-66), mas fizeram-no e com toda a justiça ao jogo 4. Já estive a rever este jogo, e 12 anos depois, mantenho a opinião que tive na altura, de que a vitória do FC Porto (72-74) fora justa, pela melhor qualidade de jogo, melhores intervenientes e pelo facto de estar quase em sempre em vantagem na partida. Os homens da casa, só muito em esforço conseguiram quase forçar um prolongamento, mas nessa altura, Rui Santos, o pequeno e irreverente comandante, não deixou.



O Porto, treinado pela dupla, Jorge Araújo/Alberto Babo, e com jogadores como Jared Miller, Kevin Nixon, Paulo Pinto, Rui Santos, Nuno Marçal, Fernando Sá, Nils, White, Ricardo Santos, Raul Santos, João Rocha e Nuno Quidiongo, entre outros, era de facto, a melhor equipa Portuguesa do momento e a glória consumada nessa tarde de 27 de Abril, repetindo o feito da época anterior, era tão só o prémio justo para tão bons desempenhos revelados ao longo dos 8 meses de prova.

No final do jogo, Jorge Araújo, destacava o decisivo desempenho do capitão Fernando Sá e projectava já o futuro da equipa que iria disputar a Euro-Liga na época seguinte (com as saídas de Miller, Nixon e Rui Santos, as ambições da equipa diminuíram drasticamente).

Tenho ainda no meu arquivo pessoal, resumos pessoais e fotos históricas destas duas temporadas, 95/96 e 96/97, além dos jornais dos dias seguintes aos jogos decisivos dos Play-off’s respectivos.

Depois de vos ter proporcionado um vídeo do jogo 2 da final de 95/96 (pode ver aqui o post e aqui o vídeo desse Porto 82-76 Benfica), deixo-vos agora o vídeo do jogo (em duas partes) que hoje abordei, o jogo 4 da final de 96/97 (Oliveirense 72-74 Porto).

Fiquem então com os últimos 6 minutos dessa emocionante e inesquecível partida (nessa altura, o Porto vencia por 61-64, com o 2º vídeo a começar onde termina o 1º, nos 66-70). No total, são 17 minutos de emoção, contendo ainda toda a festa que posteriormente se desenrolou no final da partida. Espero que gostem!



Um abraço do Lucho e votos de um ano novo cheio de vitórias do FC Porto em todas as modalidades!!!

Parabéns, Bruno Rocha!


São os votos da Heliantia, Pedro Porto, Paulo Pereira, PortoMaravilha, Tripeiro, Sevilha03,
Sodani, MrCosmos, Dragão Soul, Fokinha, Dragão 66, bLuE bOy, Estilhaço, Lucho,
João Rocha, RCBC, Bluelife, Teixeira e o Zinho.



Espelho, espelho meu, diz-nos, que FCP deste ano é o meu?
É o mesmo de sempre, que procura o apogeu.

Oh! Mas não te parece a equipa um pouco "coxa" ?
Quanto a isso, consulta o Tarot do Bruno Rocha!!

28 dezembro, 2009

Década azul e branca

A década que agora se aproxima do fim, carece de análise em relação ao que foi o desempenho desportivo nacional e internacional do FC Porto. Porque pretendo efectuar uma análise séria e racional, utilizo os números como meio de comprovar toda e qualquer análise que pretenda fazer em torno do fenómeno desportivo, porque os números têm a virtude de reflectirem factos indesmentíveis. O campeão de 1950 será sempre o campeão de 1950, tal como o vencedor da Liga dos Campeões de 2004 será sempre o Campeão Europeu de 2004... apesar de todas as considerações, justificações e queixumes que se possam fazer. Vamos então à análise do que se passou na década que agora finda, complementando os tais «números» com comentários explicativos e factuais daquilo que aconteceu.

A década começou com 3 anos de «seca» em termos de campeonato nacional para o FC Porto. 2 títulos para o Sporting e um para o Boavista, quebraram o ciclo de 5 campeonatos consecutivos ganhos pelo FC Porto no fim da década de 90. Curiosamente, a última destas 3 épocas, relevou 2 factos muito curiosos: o 3º lugar do FC Porto, uma raridade a partir da década de 80, e a entrada de um jovem treinador chamado José Mourinho, que tinha sido colocado fora do Benfica, e relançado a sua carreira no U. Leiria. Aí, o jovem treinador português mostrou todas as suas qualidades, levando os leirienses a uma fantástica classificação e a um futebol de grande qualidade face à média dos clubes da primeira liga portuguesa. Pinto da Costa, provando mais uma vez que sozinho é mais inteligente que todos os outros Presidentes juntos, foi buscar Mourinho a Leiria, dando-lhe todas as condições para singrar no reino do Dragão. Não foi por acaso, que Mourinho referiu há pouco tempo, que se “habituou mal no FC Porto”.

Independentemente deste curto interregno de vitórias no campeonato, o vício de vencer portista continuou na Taça de Portugal, na Supertaça e na Europa: o FC Porto venceu, neste período, 2 taças de Portugal, 1 Supertaça, atingiu os quartos-de-final da Liga dos Campeões em 2000 e os quartos-de-final da Taça UEFA em 2001, tombando frente a Bayern Munique e Liverpool, respectivamente. Nem tudo foi mau, neste primeiro «bloco» da década.

Do meu ponto de vista, a década pode ser «dividida» em dois blocos: o primeiro entre 2000 e 2002, já analisado neste post, e o segundo compreendido entre 2003 e 2009. De uma forma muito simples, poderemos dizer que a década se pode dividir no período de não hegemonia do FC Porto e no período de hegemonia do FC Porto. Mais nenhum outro clube deteve hegemonia no que quer que seja...

Entre 2003 e 2009, o domínio do FC Porto em termos internos, foi esmagador, consubstanciado em 6 títulos nacionais, 3 taças de Portugal e 4 Supertaças. Quanto a adversários, verdade seja dita que o Sporting foi o único que ousou tentar colocar em causa os títulos nacionais do FC Porto, sendo que em 2006-2007, esteve mesmo perto de o conseguir. Foi amealhando algumas taças de Portugal e Supertaças, algumas ganhas frente ao FC Porto. Acabou por ser uma espécie de eterno segundo classificado. Quanto ao nosso outro adversário, aquele que tem muitos milhões de adeptos, o Benfica, há que repor a verdade dos números:

  • em 2006, a 1ª versão do “Super-Benfica” do Sr. Vieira, ficou a 12 pontos do FC Porto e não ganhou nada;

  • em 2007, a 2ª versão do “Super-Benfica”, ficou em 3º lugar e não ganhou rigorosamente nada, porém, conseguiu um feito que foi o de ficar a apenas 2 pontos do FC Porto;

  • em 2008, a 3ª versão do “Super-Benfica”, acabou a 17 pontos do FC Porto e voltou a ganhar uma mão cheia de nada;

  • por fim, em 2009, a 4ª versão do “Super-Benfica”, ficou 11 pontos atrás do líder, em terceiro lugar e com a brilhante conquista de Taça da Liga.

  • esperam muitos milhões de adeptos, espera a comunicação social e mais meio mundo que a 5ª versão do “Super-Benfica” (o de 2010) traga finalmente o tão ambicionado título.
Quem lesse o presente post até esta altura, poderia fazer a seguinte questão: “pois, mas isto de ganhar tudo num país como Portugal em que a maioria dos adversários não joga um chavo é muito fácil, mas, e na Europa, onde jogam os melhores do mundo, o que tem feito o FC Porto?”

A resposta é muito simples... o FC Porto tem «apenas» ganho títulos europeus, como Ligas dos Campeões e Taças UEFA, num contexto completamente dominado pelos milhões de € de “Abramovichs” ou “Florentinos”, tem feito campanhas europeias simplesmente fantásticas, batendo o pé a todo e qualquer tubarão europeu, e tem dignificado o nome do país, contribuindo com muitos pontos para o ranking das equipas portuguesas na UEFA. É caso para dizer que o FC Porto tem sustentado “burros” a pão-de-ló... “burros” que, ainda por cima, são mal agradecidos e depois ainda tentam entrar pela “porta-do-cavalo” nas competições europeias a que não têm direito.

De notar também algumas boas campanhas europeias do Sporting, nomeadamente em 2005, onde atingiu a final da Taça UEFA, perdendo para os moscovitas do CSKA, e 2008, ano em que sucumbiu nos quartos-de-final da Taça UEFA.

A década que agora finda, constituiu a afirmação definitiva do FC Porto como força do futebol Europeu e Mundial. Pode ser um pormenor irrelevante, mas quando aí há umas semanas li na imprensa que num questionário efectuado aos adeptos do Real Madrid, o adversário menos apetecível para os “merengues” era o FC Porto, senti um misto de orgulho e revolta, porque o que é bom em Portugal, só é reconhecido lá fora...

nota final: É uma mera opinião, mas aqui vai… entra pelos olhos adentro que o problema actual do FC Porto (e que tem como resultado os 4 pontos de atraso face à liderança), reside na falta de um estratega, de um organizador de jogo, de um pensador de jogo tipo Deco ou Lucho. Ruben Micael ou Hugo Viana não encaixariam tão bem no esquema do FC Porto? E se calhar até nem são tão caros como isso, porque um investimento tem de ser analisado através de duas vertentes: a vertente do custo do investimento e a vertente do beneficio futuro que esse investimento poderá trazer. Era importante definirmos de uma vez por todas, um estratega de jogo, porque a jogar com 3 trincos, não vamos a lado nenhum. Também é na superação dos momentos menos bons que acredito na estrutura do FC Porto. A ver vamos...

Parabéns, Presidente Jorge Nuno!

Parabéns a você
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos de vida

Hoje é dia de festa
cantam as nossas almas
para o Jorge Nuno Pinto da Costa
uma salva de palmas

E é assim que começo mais um artigo, cantando os parabéns (merecidos!) ao Grande Homem do futebol, Jorge Nuno Pinto da Costa.

São 72 anos de vida... 27 deles à frente dos destinos do Maior Clube do Mundo; o Futebol Clube do Porto.

Parece que Dezembro é um mês de grandes feitos: nasceu Jorge Nuno Pinto da Costa, mas foi também em igual mês do ano de 1981 que foi convencido pelos Amigos a candidatar-se à presidência do Futebol Clube do Porto.

Invejado por uns, idolatrado por outros, Pinto da Costa, é sem dúvida um dos maiores Presidentes de futebol de todo o mundo.

Nos seus 27 anos de mandato, Pinto da Costa consta com um palmarés... imbatível:

Futebol
2 Taças dos Clubes Campeões Europeus/Liga dos Campeões (1987 e 2004)
1 Supertaça Europeia (1987)
1 Taça UEFA (2003)
2 Taças Intercontinentais (1987 e 2004)
17 Campeonatos Nacionais (cinco deles consecutivos, de 1994 a 1999, constituindo um marco inédito no futebol português)
10 Taças de Portugal
14 Supertaças Cândido de Oliveira

Andebol
5 Campeonatos Nacionais
1 Taças de Portugal
1 Taças da Liga
4 Supertaças

Basquetebol
5 Campeonatos Nacionais
10 Taças de Portugal
4 Taças da Liga
4 Supertaças

Hóquei em Patins
2 Taças dos Campeões Europeus (1986 e 1990)
1 Taça das Taças (1982 e 1983)
2 Taças CERS (1994 e 1996)
1 Taça Continental (1987)
18 Campeonatos Nacionais
12 Taças de Portugal
15 Supertaças António Livramento

Outros
4 títulos no boxe
2 títulos no halterofilismo
11 títulos na natação
2 títulos no voleibol
dezenas de títulos nas camadas jovens das diversas modalidades

Não hajam dúvidas... são 27 anos da sua vida fartos de feitos históricos.

Esperemos que continue muito mais tempo à frente dos destinos do FC Porto e que continue a ser como sempre foi até hoje. Por fim, o meu desejo que os invejosos e os prevaricadores que o tentam prejudicar, o façam ainda crescer mais como pessoa e como líder.

Presidente, Parabéns por mais um ano de vida!

27 dezembro, 2009

Rumores na imprensa (pouco) desportiva...

23 de Dezembro de 2009

Incrível milionário só rende na Champions (record)

A suspensão preventiva aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga era só o que faltava em final de ano para esquecer de Hulk. O brasileiro está distante do fulgor da primeira metade de 2009, quando dinamitou as defesas em Portugal e encantou os palcos europeus com grandes exibições na Liga dos Campeões.



24 de Dezembro de 2009

Belluschi em xeque (a bola)

Fernando Belluschi é o dragão mais questionado e incompreendido, e pode ter sido mesmo um erro de casting, isso ainda está por provar completamente, mas os factos mais recentes confirmam que a sua posição é a que está mais claramente em aberto se o FC Porto for realmente ao mercado.

Pai Natal não tem sido amigo de Jesualdo (record)

A cumprir a sua quarta época no FC Porto, Jesualdo Ferreira já se habituou a passar o Natal e não receber grandes prendas da administração da SAD, que é como quem diz não receber reforços sonantes no mercado de inverno.

Adeptos pedem um Lucho (o jogo)

Os adeptos do FC Porto estão de olhos postos na SAD quando se aproxima a reabertura do mercado de transferências. A uma jornada para acabar a primeira volta, a equipa de Jesualdo Ferreira encontra-se a quatro pontos da liderança repartida do campeonato, e também nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, mas longe de convencer as exigentes bancadas do Estádio do Dragão. Assim, se o poder de decisão fosse delegado nos adeptos, não havia dúvidas nenhumas: reforçava-se a equipa, no meio-campo, e pronto.

Sunderland quer Ukra e vai propor M€ 2,2 ao FC Porto (o jogo)

O Sunderland juntou o seu interesse ao do Newcastle por Ukra. Segundo a Imprensa inglesa, os responsáveis do clube treinado por Steve Bruce estariam até na disposição de avançar com uma proposta de 2,2 milhões de euros junto do FC Porto. Segundo o "The News of the World" Ukra seria mesmo um dos objectivos do Sunderland para o próximo mercado de transferências de Inverno, que decorre durante o mês Janeiro.



26 de Dezembro de 2009

Beto farto do banco (record)

Ao guarda-redes portista ter-lhe-ia bastado continuar a bom nível no Leixões para convencer Queiroz, mas a sua ambição levou-o a assinar pelo FC Porto e a discutir a titularidade com Helton. Sendo o n.º 1 dos dragões, teria também grandes oportunidades de destronar Eduardo na hierarquia da Seleção. Ora, a primeira premissa não se está a verificar e a segunda não só está ameaçada como ameaçada está também a presença de Beto nos eleitos do selecionador português.

Salvio custa 10 milhões (o jogo)

Um dos nomes mais mencionados nas últimas semanas como reforços eventuais do FC Porto na reabertura de mercado já tem preço: dez milhões de euros. Salvio, o mais recente internacional argentino, está referenciado pelos portistas, mas também por vários clubes europeus, como Atlético de Madrid, Fiorentina, Juventus ou Nápoles.



27 de Dezembro de 2009

Real Madrid ataca Bruno Alves (a bola)

"Merengues" querem levar o jogador já em Janeiro e o próprio Pepe, lesionado, tem sido uma das vozes a insistir na contratação do ex-colega de equipa.

Fantasma a meio-campo (record)

Há cinco anos, Lucho já estava a ser negociado para o FC Porto. O ciclo do argentino na Invicta acabou há alguns meses, mas o médio continua a ser lembrado, sobretudo quando a equipa não ganha. Há um ano, dizia-se que El Comandante estava em má forma, mas os números são claros e dizem que o pior Lucho tinha muito mais influência na equipa do que Belluschi e Guarín, os médios que mais vezes têm feito o lugar que ficou vago.

Miguel Lopes fica para jogar (o jogo)

Miguel Lopes vai continuar no FC Porto pelo menos até ao final desta temporada, contrariando-se, desta forma, as notícias colocadas a circular nos últimos dias e que davam conta de um possível empréstimo do lateral ao Braga.

Coletes à prova de bala (o jogo; Jorge Maia)

José Mourinho diz, numa entrevista, ontem, ao Público, que dois anos no FC Porto o habituaram mal. Falava a propósito da necessidade que sente de dar o peito às balas nos clubes por onde tem passado e de como lhe sabia bem ver aparecer alguém com um colete à prova de balas como acontecia no FC Porto. Mas também podia falar de outras coisas. Da forma como dois anos a ganhar tudo e mais alguma coisa podem habituar mal. De como lhe faziam todas as vontades. Ou de como lhe perdoaram todos os excessos. Mas admito que seja importante para um treinador sentir-se protegido. Mesmo um treinador que gosta de dar o peito às balas e ainda lhe desenha um alvo colorido por cima. Jesualdo Ferreira, por exemplo, havia de gostar de um colete à prova de balas. Afinal, passou os últimos anos a dar o peito a todas as balas, até às que nem sequer eram para ele, e continua a ser o alvo preferido de qualquer pretendente a "sniper". Adeptos do FC Porto, adeptos dos rivais, críticos, até padres nos seus sermões aproveitam para praticar tiro ao alvo com o treinador do FC Porto. Há três anos que é assim. E há três anos que Jesualdo Ferreira é campeão. Sem coletes.

26 dezembro, 2009

24 dezembro, 2009

O sócio 100.000 (um conto de Natal)

Ele tinha ansiado por aquele dia, décadas a fio. Dia após dia, deitado na cama, na escuridão, mantendo os olhos abertos, sonhando com o sossego. O descanso. Os anos sucedendo-se, na mesma monotonia de sempre. Crianças petulantes, duendes arrogantes, renas teimosas e aquela noite. Desejada incondicionalmente por todas as crianças do Mundo. E ele, enregelado, envergando o fato vermelho, reconhecível em qualquer lado, sentando-se no trenó, a abarrotar de embrulhos coloridos. O bafo gelado, as mãos frias, as dores nas costas. Ironicamente, quando a humanidade fazia da noite de 24 de Dezembro e do dia seguinte uma trégua no egoísmo, no capitalismo selvagem, nos interesses individuais, ele era obrigado a trabalhar. Arduamente. E tinha dado por si, a cada nova passagem de calendário, mais amargurado. Com menos paciência. Angustiado pelo rumo stressante que a sua vida tinha tomado. E assim, a resolução radical que tinha congeminado surgiu, após longa maturação, como algo que tinha que fazer. Para manter a sanidade que lhe restava. Era o Pai Natal – e ele sabia disso – mas tinha limites. E o seu tinha chegado. Numa fria manhã de Inverno, levantou-se determinado. Cofiou a sua longa barba branca. Acendeu a lareira. Sentou-se no velho cadeirão, companhia inseparável de tantas ocasiões. Fez aquilo que à muito desejava. Retirou o seu fato vermelho e, sem qualquer hesitação, deitou-o ao lume. Sorriu. Não um sorriso de alegre bonomia. Mas um esgar selvagem, de puro deleite. Abominava aquele fato. Detestava o tom encarnado. Era um pesadelo ver a sua imagem associada, pela mediatização da quadra, àquela cor. Não evitou um arrepio, fruto da excitação. Estava livre.

Ficou até ao fim, vendo o fogo consumir cada fibra da vestimenta. Exalou, no final, um longo suspiro. Ergueu-se, pesarosamente, sentindo as articulações protestarem pelo esforço. Pegou na sua mala de viagem, coçada pelo tempo, e preparou-se para sair. Olhou em volta, surpreendido por não sentir qualquer saudade. Deixou um simples bilhete, escrito à pressa, num rabisco quase ininteligível, dirigido ao duende-mor. “Um cabrão, por sinal”, cogitou, satisfeito pelo pensamento mesquinho. Finalmente, podia sair dos espartilhos morais onde tinha vivido, amordaçado pelo politicamente correcto. Passou os olhos, pela última vez, pelo teor do bilhete. “Estou farto. Fui de férias. Aliás, eternas. Chamem-lhe uma reforma. Não volto. Arranjem outro. Olha, tens um bom substituto. O Paulo Bento está desempregado. Ou tens o Jesus. Só tens que o domesticar para ele deixar de mascar chiclete de boca aberta. Adeus.” Riscou o insulto final. Os duendes, sendo uma raça abominável pelo tom incansável que conferiam a cada tarefa, desempenhando-a como se fossem autómatos, não mereciam, apesar das agruras do relacionamento que tinha mantido com eles, ser insultados.

Bateu com a porta e partiu.

O duende-mor, um ser rezingão, mesquinho e pouco afável, amarrotou pela enésima vez o bilhete. Sentia raiva pelo vazio que a partida do Pai Natal tinha deixado. Era obrigado, a míseros dias da data assinalada no calendário gigante que existia na oficina das prendas, a arranjar um substituto. Rangeu os dentes, tentando controlar a onda de fúria que ameaçava imergir. Mas, lá no fundo dos seus sentimentos, sentia o aguilhão da inveja. E esse doía-lhe na alma. O Pai Natal tinha sido capaz. De fugir daquele emprego sem horários. Da azáfama de todos os dias. Dos caprichos dos pedidos das crianças. Olhou para a pilha de cartas, recebidas diariamente, arquivadas por ordem alfabética. Levou as mãos à cabeça. Cada ano, a pilha subia uns centímetros. Já não eram só as crianças que pediam coisas mais elaboradas. Já não se contentavam com piões, bonecos articulados ou afins. Agora, era só mp3, consolas e videojogos. Foi passeando, contornando os montes de cartas, que subiam até ao tecto do edifício. Crianças, adolescentes e jovens. Todos pedindo. Todos exigindo. Até adultos. O Sócrates, que queria “acabar com o défice das contas públicas, sem aumentar os impostos”. Ou o Vara, “que queria safar-se de mais uma argolada que tinha cometido”. Tinha ainda o Orelhas, “que pedia o título de campeão”. Sorriu, ao recordar os erros ortográficos do presidente do clube da 2ª circular, sempre obcecado com a vitória, que teimava em lhe escapar. Despertou dos seus devaneios ao ouvir um estrondo. Uma das fadas, recrutada à pressa para dar uma ajuda nos embrulhos, tinha derrubado a estante onde estavam os telemóveis para oferecer. O duende-mor recuperou o porte militar. Berrou duas imprecações, deu três ordens, e foi supervisionar...

O Pai Natal, vestido com umas calças de bombazina castanhas, um colete apertado até ao último botão e um largo casaco de cabedal, parecia uma pessoa normal. Um avôzinho, com a sua barba branca a decorar um rosto sorridente, enquadrando-se na perfeição com o nariz rechonchudo e com as bochechas coradas. Ele estava feliz. Ali, no meio dos humanos, era um deles. Exultou de alegria. Tinha lido as parangonas dos jornais, nos dias anteriores

“Pai Natal desaparece sem deixar rasto”. “Natal em risco para milhões de crianças”. “Arranjado substituto desconhecido para o lugar de Pai Natal”. “Duende-mor promete um Natal inesquecível às crianças”.

Os títulos fatalistas tinham sido substituídos, com o passar do tempo, pelas mais prosaicas tentativas de adivinhar o paradeiro dele. Uns aventavam a possibilidade de o Pai Natal ter rumado a uma qualquer ilha paradisíaca, deixando que as águas cálidas lhe massajassem os exaustos pés. Outros lançavam a ideia de ele se ter refugiado nas montanhas distantes do Canadá, vivendo como um eremita, no meio da floresta, dedicando-se à contemplação da natureza e à pesca nos lagos remotos. Proliferava também a sugestão de que o Pai Natal, farto de anos na Lapónia, vivia agora numa grande metrópole, beneficiando da ampla oferta cultural das cidades. Teatro, ópera, cinema, concertos, exposições de pintura. O Pai Natal riu-se, com vontade, de todas as especulações. Levantou-se, naquele exacto momento, imitando a multidão que o rodeava. Gritou, a plenos pulmões: “GOOOLOOOOO”, brandindo o cachecol azul e branco, enquanto comemorava ruidosamente a marcação de um golo do Porto.

Era ali que ele ficaria, para o resto da sua vida. Junto ao Estádio do Dragão. Foram décadas a fio, sofrendo silenciosamente pelo clube que aprendeu a amar. Solitário, folheando jornais que lhe chegavam com semanas de atraso ou, depois do advento da internet, seguindo diariamente as noticias sobre o clube. Abanou a cabeça, satisfeito, como se quisesse provar a si mesmo que aquilo não era um sonho. Ele estava ali, com a sua gente. Todos os credos. Todas as classes sociais. Irmanadas, quase por milagre, naquela devoção religiosa. Sentiu o pulsar da afeição a acelerar-lhe o batimento cardíaco. Adorava aquele clube. A sua história. A forma como tinha alcançado a glória. A custo, de forma árdua, até chegar ao topo. Tirou do bolso o seu novo tesouro. Um cartão de plástico, com a sua fotografia bem visível. Releu, pela milésima vez, o que lá estava escrito. Sócio 100.000. Pai Natal. Gargalhou, fazendo estalar a sua voz rouca e profunda. Tinha conseguido convencer o prestável funcionário a colocar o seu nome, no lugar adequado. Pai Natal. Sócio do melhor clube português.

Sentia-se ansioso. Era o seu primeiro jogo no Dragão. Sabia as coreografias e cânticos todos de cor. Tinha já participado, com uma alegria juvenil, num dos hinos da claque:

“Allez Porto, allez
Nós somos a tua voz
Queremos esta vitória
Conquista-a por nós”


Dali a nada, iria para outro local. Ali perto. O Dragãozinho, onde tinha adquirido um lugar anual. Tinha-o escolhido, beneficiando de uma paciência beatífica do referido funcionário, de forma cirúrgica. Uma bancada atrás de um grupo de sócios e adeptos especial. Nas suas deambulações pela internet, nas sombrias e gélidas noites da Lapónia, tinha encontrado um espaço de tertúlia. Um sitio onde, para alem do debate sobre o quotidiano do clube do Dragão, se vivia, de forma intensa, a colectividade. Com paixão. Nunca tinha comentado. Nem participado naquelas discussões quase intermináveis. Mas lia-o religiosamente. Todos os dias. Dali a nada iria colocar rostos em nicknames que decorara. Lucho, Blue Boy, Mafaldinha, Vila Pouca, Dragão 66, Estilhaço, Dragão Penafiel, Sevilha03, Jorge Aragão e tantos outros [a Heliantia, o açoriano RCBC ou o emigrante Porto Maravilha]. Talvez se cruzasse, na entrada, com os irmãos Rocha. O mestre das tácticas e o homem da calçada. Veria, in loco, o rapaz da bandeira, esse Tripeiro convicto e de fé inabalável. E, sem eles saberem a sua verdadeira identidade, cumprimentaria cada um. Desejando o prosaico FELIZ NATAL. E Bibó Porto, Carago!

Invasão dos Ultras do TETRA-Campeão!

Ser Ultra é mesmo isto: fazer muitos sacrifícios para apoiar incondicionalmente o nosso clube do coração, seja em que lugar for, dar o máximo para ajudar a ganhar cada batalha que se depare à nossa frente e nunca abandonar os nossos guerreiros, independentemente da situação.

Ganhamos a maioria das vezes, mas mesmo quando perdemos, é um orgulho acompanhar o clube e sair da bancada com o sentimento de ter dado tudo para que aqueles rapazes conseguissem a vitória.

Esta minha crónica vai servir para relatar detalhadamente o grande dia que um fantástico grupo de rapazes do Dragão viveu em Marrocos!

Apesar do resultado, saímos de lá conscientes do esforço que empregámos durante o dia todo, desde o arranque a partir da Invicta, até à chegada, já em plena madrugada. Defendemos o nosso clube com “unhas e dentes”, e é assim que será sempre! Nem a monumental carga de água que apanhámos (no regresso a telheiras quando entrámos nos carros e nas camionetas, estava tudo encharcado da cabeça aos pés!!!) nos fez abrandar. Seguimos-te até à morte, Porto!

Mostrámos toda a nossa superioridade por aquelas terras, foi um autêntico passeio. Mas nem tudo são rosas.

Quem não está habituado a estas andanças (confesso que eu também já fui um pouco assim), sempre que ouve registo de desacatos entre os Ultras e a Polícia, parte, erradamente, do princípio de que os culpados são sempre os adeptos. Estes é que são insurrectos, não têm educação nenhuma e provocam tudo e todos. Por vezes, acredito que sim, devido aos nervos à flor da pele provocados pelo jogo em si. Mas nem sempre é assim! Aliás, arrisco mesmo a dizer que quase nunca é assim! A Polícia (quando digo Polícia refiro-me principalmente a “spotters” – agentes que trabalham com as claques – e ao corpo de intervenção) tem muitas vezes o hábito de provocar os adeptos, estando todos na ânsia de que a mínima gota de água caia ao chão para avançar com os cassetetes! São mal-educados, respondem mal, e quando avançam, não querem saber se batem em quem fez ou não fez, se é homem ou mulher, grande ou pequeno, ou se tem idade para ser filho ou pai deles! São como animais raivosos, armados da cabeça aos pés. A luta é totalmente desigual e é óbvio que o adepto é que perde sempre.

Digo isto por experiência própria. Muitas das vezes parece que é a autoridade (?!) que anseia pela violência. E eu sou completamente contra isso. Uns gestos e umas bocas com os adeptos da equipa rival, tudo muito bem, são saudáveis até se compreende perfeitamente (nós não gostamos deles e eles não gostam de nós, simples), agora não tenho nem nunca tive nada contra a Polícia. Eles devem simplesmente fazer o seu trabalho, e deixar-nos fazer o que nós queremos: apenas apoiar a equipa!

20-12-2009: O despertador nem foi preciso tocar. O dia tinha chegado. O da deslocação mais aguardada ao longo da época. Invadir a cidade e o estádio do nosso maior rival estava então a muito poucas horas.

Concentração no estádio do Dragão e partida em direcção ao sul, por volta das 11h30 da manhã. Tudo preparado para o grande dia que nos esperava. Depois de recrutarmos um elemento em Espinho, às 13h parámos no restaurante “Manjar do Marquês”. Carregar baterias para o dia todo e daí para baixo ainda com mais dois elementos: ao todo já éramos sete!

Já com o papo cheio, às 14h voltámos a fazer-nos à estrada. Contactámos os nossos amigos do “Tribunal” que tinham saído do Porto num mini-bus. Eram cerca de duas dezenas. Encontrámo-nos perto da estação de serviço de Santarém, onde chegámos a parar para o cafezinho.

Passámos a portagem de Alverca por volta das 16h e logo ali encostámos do lado direito. Já muitos adeptos portistas lá estavam a fazer a festa. Muita confraternização e picardias com os vermelhos que passavam na auto-estrada. Os cânticos já estavam a ser ensaiados. Esperámos por mais um grupo de camionetas e seguimos em cortejo pela auto-estrada até telheiras. Indescritível! A invasão era enorme, tudo com os vidros abertos e com cachecóis e bandeiras ao vento, à entrada na capital do império! Ultrapassámos um carro, que decidiu abrir o vidro e insultar-nos. Teve resposta e imediatamente as viaturas da Polícia se aproximaram e ordenaram-lhe que deixasse passar a enorme fila azul e branca!

Chegámos ao politécnico de telheiras às 17h. As viaturas estacionadas, os Ultras todos a formarem a “Caixa de Segurança” e a montarem o material para a batalha que se seguiria. Nesse momento começa a chover… e não mais parou!! O que nós fazemos pelo Porto!!

O cortejo iniciou a sua marcha já passava das 18h. Cumprido completamente à chuva, mas não deixa de ser um grande momento. Cerca de meia hora a entoar cânticos por aquelas ruas, com pequenas respostas das janelas dos moradores mais próximos. O povo do Norte desceu à capital!

Eram 18h50 quando chegámos ao circo. Eis uma primeira prova de como somos tratados lá em baixo. Chovia torrencialmente, fomos todos autenticamente empurrados contra uma armação de metal. A Polícia cercava-nos. A desculpa era que não podia entrar toda a gente ao mesmo tempo. Tudo muito bem. Depois de cerca de 45 minutos a levar com água, já todo ensopado e com a linda bandeira do “BiBó-PoRtO, carago!!” na mão, lá me autorizaram a passar a primeira barreira. Mostrei o meu bilhete, fui revistado eu mais a bandeira, separadamente. Um pouco mais à frente, novo cordão de segurança para revistas. O “spotter” afirmou que para me revistar eu tinha de pousar a bandeira no chão. Já com tudo alagado, assim o fiz. Nova revista a mim e à bandeira. Depois do grupo ter passado por todo este controlo e de pensar que “agora sim, é só entrar”, eis que se depara uma situação curiosa, digna mesmo, de um estádio de terceiro mundo. É o seguinte (já tinha reparado nisto numa outra vez que lá tinha ido), adeptos da casa e visitantes: entra tudo pela mesma porta! Conclusão, tivemos de esperar mais um tempo, e para variar, a chover torrencialmente, que a organização do jogo “cortasse” a passagem à escumalha de vermelho, para aí sim, nós podermos entrar! Lá conseguimos aceder à porta de entrada, entre troca de palavras com lampiões e ordens nada simpáticas das autoridades. Até que enfim!

Fomos encaminhados para o piso inferior. Lá dentro, procurámos lugar para nos instalarmos. Sector completamente a abarrotar de portistas. De tal forma, que havia cadeiras que eram divididas por três pessoas! Autêntico o que se passou! Não havia mais espaço para nos ceder?!?

Entrada das equipas em campo. Estádio praticamente cheio, grande ambiente. Cartolinas vermelhas e brancas fizeram a coreografia deles, onde ainda se podia ler “Benfica campeão!” Os meninos continuam a sonhar, tristes…

Grande “tochada” dos No Name Boys e dos Diabos Vermelhos, acompanhadas de bandeiras gigantes. No nosso sector também foi aberta uma tocha, e muito material presente. O destaque vai para as mini-bandeiras ”12” distribuídas pelos Super Dragões, que deram um grande efeito visual à Curva Portista. De destacar também a ideia de alguns núcleos, que levaram apitos encarnados. Mesmo a calhar.

Em relação ao apoio, foi bom de parte a parte. Uma situação que não entendi foi a ausência do megafone (não deixaram entrar?!) na Curva Portista, o que, num jogo fora, dificulta sempre a que o cântico se espalhe por toda a bancada e de forma uníssona. Do lado benfiquista, destaco o poder vocal dos “NN”.

Ao intervalo do jogo, nova situação proporcionada pela suposta autoridade. Como já deu para perceber, o estádio está muito bem organizado. Na casa de banho, por exemplo, apenas um gradeamento baixinho separa a os visitantes, da dos benfiquistas da bancada central. Portanto... arremesso de objectos de parte a parte, quando de repente entra o corpo de intervenção pela nossa casa de banho dentro e “varre” tudo à sua passagem. A maioria das pessoas estava ali na fila para os urinóis. Simplesmente. O que é espantoso é a dualidade de critérios. As cargas são só para o nosso lado.

Na segunda parte, já praticamente a terminar o encontro, começam a "chover" garrafas de água cheias, do terceiro anel para o nosso sector. Uma delas caiu ao meu lado. Encerrado o jogo, nós, que assistimos aquela pouca vergonha, tentámos explicar a situação à Polícia. Mas é pior do que falar com uma porta. Para além de não nos ouvirem e gozarem com a nossa cara (todos eles com um sorrisinho cínico), começaram a bater no azul mais próximo. Estes animais da PSP acertaram num senhor com cerca de setenta anos, que nada tinha feito para ser atingido daquela maneira.

Isto, claro, causou uma grande revolta entre todos aqueles que tinham presenciado o sucedido. Àqueles heróis parecia que ainda não chegava, pois chegaram a lançar contra nós Gás-Pimenta (para quem não sabe, irrita os olhos, causa lágrimas, dor e cegueira temporária). Tudo isto era desnecessário. Gostava de saber se eles alguma vez foram tratados desta maneira aqui…

Uma hora depois, passava um pouco das 23h quando nos abriram as portas da saída. Ainda chovia mais do que à chegada. Fizemos o cortejo de volta a telheiras em péssimas condições, mas a gritar “Nós somos Campeões!” Pois é a verdade, podemos ter perdido a batalha, mas vamos ganhar a guerra! Não me lembro da última vez que tinha apanhado tanta chuva. Chegados ao local onde estavam as viaturas, foi hora de partida rumo ao Norte, por volta das 00h30. Ainda parámos em Leiria para abastecer o estômago, pois já não comíamos nada hà doze horas! Chegámos ao Dragão, já passava das 4h30 da manhã…

Tudo isto porque amamos imenso este clube e estaremos sempre a lutar por ele! Uma deslocação que ficará para a história. Até para o ano, lampiões!

O próximo jogo do mágico Porto já é em 2010, dia 2 de Janeiro às 20h, em Águeda, frente à Oliveirense, jogo em atraso da 4ª eliminatória da taça de Portugal.

Um abraço Ultra a todos Dragões e votos de um Santo e Feliz Natal!

23 dezembro, 2009

Nós por cá, estaremos lá!

Confuso e revoltado.
Mas mais revoltado que confuso.
São os sentimentos do Tône.
A merda continua exactamente a mesma, o cheiro sem qualquer alteração, mas o pessoal teima em continuar a perder tempo com bricolages.
O branqueamento ao fora de jogo, que nem o Tomé quis ver para crer, está já feito.
E o Hulk e o Sapunaru, que já tinham sido ontem notificados pelo correio que é do manha, servem hoje uma tal de jurisprudência do Ricardo que é Costa.
Mas o pessoal continua a entreter-se com insultos e criticas aos nossos.
E enquanto o Sandro chama o MP, existem até portistas mais mediáticos que não hesitam, em noite de derrota, de enviar post único a bradar que o ciclo chegou ao fim.
E isto porque, imagine-se, não consegue perder com o Benfica.
'E depois os outros é que têm fantasmas de outros tempos.' - atalharia o Bino
E 'style' à parte (o Barça e ás vezes), quem quer ópera vai... nem sei onde.

Já o Culatra, é menos polido e não tem dúvidas que o ciclo acaba apenas quando os lobos uivarem.
E que não venham com histórias de apocalipses, noites de faca longas ou dias do juízo final.
Três remates à baliza é quase nada, mas faltam 48 pontos.
Eles, que são mais que as mães, podem ter já lançado as tochas, os petardos e os foguetes.
Mas as canas continuam por apanhar!

E assim, logo depois do bacalhau e do espumante, o repto é simples.
À imagem da suspensão do Lisandro no ano passado, a CD da Liga já fez o favor de dar o alento necessário.
Quem acredita, que marque presença.
Quem tiver dúvidas que fique em casa.
Nós por cá, estaremos, sem qualquer dúvida, lá!

[PORTO DE ABRIGO] ::»reflexões à Prof. Jesualdo« A romaria à mouraria , molhadinha como uma galinha! [0]

O

09:15 AM. O despertador, desse mal necessário apelidado por telemóvel, toca o despertar. Um portista boceja, confirma as horas, levanta-se cambaleando, não pelo exagero dos copos da festança na noite anterior, no jantar de natal entre colegas de blogue, mas pelas poucas horas de sono cujo trabalho do longo dia anterior lhe roubara ao descanso ou ao convívio...

Afasta as friestas do estore e espreita da janela, constatando: "Caralho! Tá mesmo um dia lindo para se ir ganhar a Lisboa!".

Mais pontapé, menos canelada pelos móveis, lá se vai aprontando que o dia reluzente, e um clássico de futebol, chamam lá fora. Não sem antes cumprir alguns rituais rotineiros de domingo, mais café, menos leituras, confirma as horas, e, "Foda-se! Que já estou atrasado..."
11:45 AM. O motor do C4 ronca, felino, arranca em sentido contrário, rumando 50 km a norte, para a mini-concentração marcada no Manjar do Marquês, em Pombal, e os receios de MrCosmos mostram-se afinal infundados. Não só chegara a horas, como até consegue o feito raro de ser o primeiro a comparecer no encontro. Tem por isso tempo de verificar o ambiente à volta. "Olha, um portista, e outro, e alí, uhmmm.... sim alí vai outro!" O sorriso que trazia nos lábios desvanece-se rapidamente quando entra no restaurante: "Fosga-se! Já chegamos à pontinha, ou quê?! As camisolas vermelhas são mais que as mães!".

Volta para fora, precisava de respirar ar puro.

A estacionar já estava a mini caravana daquele blogue do carago! bLuE bOy, Mafaldinha, AzuliBranco , Tripeiro, e Xeio_d_Xono, apeiam. Ligeiramente a duas, três filas de distância, Bicho - O Eterno Capitão, verifica se a viatura está mesmo fechada.

"Comé que é Mister? Tá-se? Tá-se!" - Cumprimentam-se o bLuE e o Mr, entre um primeiro abraço há já bastante tempo adiado por uma primeira oportunidade. E foram ao tacho.

A mesa ao lado é ocupada por adeptos rivais, entre garfadas e um copo ou outro, o AzuliBranco conta das suas tropelias e picardias num blogue vermelho farrusco onde largava umas bombas com o seu grito de guerra: "mata o mouro, dá-lhe um estouro" . O "garçon da casa" , na árdua tarefa de abrir mais uma garrafita, recomenda boa sorte à mesa para mais logo, enquanto bom Sportinguista que era, e o Tripeiro põe-nos a par da sua ascenção à fama pelas curvas azuis e brancas, que já ouve na rua: "Olhó Bibó Porto, carago!! Tu és o gajo da bandeira."
A malta está saciada, no que a barriga toca, há que tratar de saciar então o espírito e alma portista. Cumprimentos de circunstância à mesa vermelha do lado, "Boa sorte, viagem e tal...", e ala que se faz tarde...

03:45 PM. Atravessa-se a fronteira da Mouraria, e o bLue ainda consegue a condescendência dos batedores de trânsito e encosta no apeadeiro das portagens de Alverca, onde as claques já iniciaram a sua actividade "pedreira" de tiro ao alvo... no segundo carro, MrCosmos e AzuliBranco são ordenados a seguir caminho, que as coisas alí já aqueciam. Sem stress, saí-se na primeira saída, e regressa-se à auto-estrada entrando em pleno coração do cortejo azul e branco, feito meticulosamente sincronizado via telefone móvel.

E aí vão eles.

Dragões nos tejadilhos dos autocarros, adeptos sentados à janela das viaturas, bandeiras, cachecóis, apitos, 4 piscas, um multicolorido de vários tons, com o azul e branco dominante, dá entrada na capital. De meter respeito! "Foi assim que Dom Afonso Henriques entrou em Lisboa", confidencia Azulibranco com um familiar ao telefone.

Mas os deuses dos futebóis iniciam logo ali os seus castigos à trupe azul e branca. As nuvens negras que os perseguiam, de já há algum tempo, iniciam a sua descarga, mas nada desanima as hostes portistas.

Decidira-se previamente: entre entrar disfarçado e camuflado sem adereços identificativos, e assim de forma menos penosa e sossegada, ou entrar identificado em segurança, entre o cortejo policial e as claques, bom... ninguém havia vindo para se esconder. "Siga a rusga!"

Milhares das claques e adeptos, contam-se cerca de 3.500, apeiam, começa o aglomerado azul e branco. A chuva intensifica, os primeiros cânticos de honras à casa entoam-se, bandeirinhas com o número 12 e apitos vermelhos para saudar o São Lucílio Baptista, distribuem-se, a roupa molhada começa-se a colar ao corpo, "Que sa foda, Jogo é jogo, e este, É o jogo".

Um casal aparece numa varanda, uma bandeira azul e branca é exibida, eís um bom mote para o afinar de gargantas dos adeptos: "Cam-pe-ões, cam-pe-ões, nós somos cam-pe-ões!!"

Mais duas dúzias de caralhadas e cânticos entoados a certos "filhos da puta, S-L-B..." e o Mr começa a interrogar-se o que faz ele ali, no meio da macacada - sem querer ofender os macacos - bichos que de facto têm comportamentos mais civilizados que as claques e vários de adeptos daqueles, azuis e brancos.

"Não há-de ser nada..." cerca de 45 minutos c-o-p-i-o-s-a-m-e-n-t-e à chuva e lá arranca o pelotão com uma sofreguidão tal, de arrombarem o galinheiro, coisa de outro mundo. Ah, também ia haver um jogo de futebol, mas começa-se a perceber que isso era mero pormenor acessório. De Telheiras, à Santa Capoeira da Luz, muitos repelões e pára-arranca, os adeptos, pois o trânsito esse, todo parado. Cortado, aparecia aqui-alí, nalgumas artérias. «Párava-se nos semáforos verdes, avança-se nos vermelhos», aquele cordão policial parecia uma avozinha a conduzir por um lado, mas um adolescente de 16 anos a esgalhar o pesegueiro com desejo a molho... por outro.

Os moradores vêm às varandas e janelas, "Vai para dentro, preto do caralho", "Ó corno, o que queres? saí daqui filho da puta!", "Traz-me cá é a tua mulher, irmã e mãe, à minha beira, cornudo preto". Aquilo fazia confusão ao Mister. "Afinal, onde é que aquele gado bovino -com o Mr no meio - viam o preto?" Não descortinava...

"Que horas são?" "06:45" (PM) - Responde o Mister, parados que estavam todos há mais de meia hora na boca dos torniquetes de entrada do estádio. Nos poleiros do galinheiro apareciam as bestas da outra espécie para o cumprimento do ritual de acasalamento futebolístico. "Amochem cornudos, aí à chuvinha", eram alguns dos preliminares para o acto de acasalamento, dos mais mimosos mas carregados de alto teor erótico por parte da espécie fémea no quentinho dos cobertores do estádio, enquanto os machos espumam cá fora. E rebentam altas trocas de prazer nesta fase de esbordejar antes do penetramento, orgasmos múltiplos, um verdadeiro bacanal vive-se entre ambas as partes com a carga policial a segurar a vela, ajeitando os travesseiros, e excitando ainda mais as espécies entre a descarga excitante de uma ou outra bastonada carregada de sensualidade por aqueles "aprazíveis brinquedos". "Mas esta merda não anda?" berra o Mister, "Tirem-me deste filme", pensa para dentro.

Talvez uma hora e tal, e 10 litros por centímetro quadrado depois, estavam dentro do campo, a tempo de ver o inicio do jogo, o grande e verdadeiro receio do Mr. Jogou-se, jogou-se, jogou-se. Vibrou-se, vibrou-se, vibrou-se. Desesperou-se, desesperou-se, desesperou-se. Espumou-se espumou-se, espumou-se.

Atrás do Mr, um caramelo, com penteadinho à chulo, supostamente portista, que mais ainda que aos adversários, preocupava-se era em xingar o Hulk, a mãe do Hulk, o Meireles, a mãe do Meireles, o Guarin, e respectiva progenitora, tudo o que quer que tivesse condições de "dar à Luz". Escapou-se a irmã do Jesualdo, na dúvida da sua existência. O Mr mordia a língua para se conter e não o mandar saltar a barreira, passando-se assim para o outro grupo de adeptos, mas lá se conteve, a não dar o rejubilo aos mênes do cacete fazerem o gosto ao dedo, e abastonar logo buma caricata, mas não inédita desaença entre dois adeptos da mesma côr, e que cores! Que também eles (bófias) espumavam para isso desertos. Era o combate do ano.

22:10 PM. Apito final. Êxtase na Luz, objectos no ar, Aí Jesus! E lá surge oportunidade para um ou dois deles, resguardados pelas armaduras, desancarem num inocente sexagenário portista, as cacetadas que aquele fardado lhe apetecia, mas não se atreveria a dar na mulher, nem por sonhos... Xeio_d_Xono não resiste em demonstrar algum desagrado, o polícia do outro lado atira-lhe beijinhos e lambe os beiços sensualmente provocando o dragão já de sí pouco adormecido... acaba provando o sabor do gás pimenta. O Bicho - O Eterno Capitão, puxa o braço ao MrCosmos, "Embora, antes que sobre para nós". Uma senhora cruza - desalmada, cara toda apimentada - o amontontoado azul e branco que ficaria enclausurado entre o interior das bancadas por mais de uma hora, a aguardar saída. Nova romaria de regresso ao parque de Telheiras, para as viaturas, com mais do mesmo, urros e grunhos, e S-L-B's, S-L-B's. Se estivesse entre seres racionais, tentaria explicar-lhes que as constantes citações ao "Glorioso", mesmo em campos que ele não está presente como tão Benficó-dependentes que são, só demonstra a pequenez de quem tal profere, e engrandece/envaidece os de vermelho. Mas como estava no meio deles, poupei-me.

23:50 PM. A puta da romaria de volta ao parque parecia muito mais demorada, molhada, e custosa de fazer que a anterior na ida. E desta feita, não haveria paragens...

02:10 AM. Hora de reconforto ao estomâgo que dava horas desde a hora de almoço... à entrada do self-service da área de serviço de Leiria, "Eisssh, Mas ainda estamos na pontinha?! As camisolas vermelhas são mais que as mães..."

Dois larápios, que haviam sido avistados entre os adeptos e claques portistas, enchem os bolsos com sandes e sumos, e fazem-se à vida, sem mais demoras nem contas... Na longa fila, uns riem-se, outro esfregam os olhos incrédulos se estarão mesmo acordados. Outros dois que igualmente se abastecem, dialogam: "É para pagar?" "Esquece isso, tens via verde, não tens?"

Beijos e abraços, o Mr fica mesmo por aquelas bandas, os restantes, rumam a norte.

02:55 AM. Pergunta a mulher com voz de sarcasmo abafada pelos cobertores:
-E que tal, gozas-te? -"Apanhei a maior molha da minha vida, mas para ver aquela equipa ao vivo, a cores, e em 4 dimensões, tudo vale a pena..." -"Pois, que te deêm 8 dias de cama..." roga ela.

Siga a rusga! Para baixo das mantas.

03:10 AM: Apagou a "Luz". Enfim.

PS: O autor do post ainda pensou em descrever aqui como é que foi o verdadeiro jogo jogado, em sí, mas, acham que vale a pena?

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Simultâneos BiBó PoRtO, carago!! / COSMéTICAS.org

BiBó Melhor Jogador 2009/10, carago! - ronda 22

Na vitória caseira por 2 a 0 contra a formação do VIT. SETÚBAL, a votação para melhor em campo foi bastante animada, mas foi Varela quem conseguiu o maior número de votos. E para a segunda posição, houve algo que não ocorria desde a 4ª ronda, que foi um empate entre Farías e Fucile, ambos com 27 votos.

Na jogo que terminou com uma derrota por 1 a 0 na casa do SLB, "participaram" os seguintes jogadores.

    Helton, Fucile, Alvaro, Rolando, Bruno Alves, Fernando, Raul Meireles, Guarín, Rodríguez, Hulk, Falcao, Varela, Farías e Belluschi.

Um forte abraço e boas votações,
Tiago Teixeira

22 dezembro, 2009

Obradovic e uma equipa cada vez mais forte!!!

No final da temporada transacta, a saída de Carlos Resende e a contratação de Obradovic para o lugar de técnico principal da nossa equipa de andebol, causou algum desencanto e mal-estar em alguns adeptos dedicados à causa das modalidades. Não foi o meu caso, porque sempre entendi que Carlos Resende acabou cedo demais a sua carreira como andebolista e mesmo tendo sido campeão Nacional na sua 3ª época como nosso treinador principal, existiram sempre alguns sinais de falta de maturidade e de um discurso mais firme e autoritário para dentro do balneário. O meu desencanto surgiu mais na sequência da não renovação com Eduardo Filipe, num processo demasiado longo cheio de hesitações de parte a parte.

Hoje, já com 12 jornadas decorridas, e com a particularidade de este que vos escreve, ter estado presente em 7 desses jogos (+ 3 de outras competições), parece-me claro que o andebol que este FC Porto actualmente pratica, está bem acima de todos os outros concorrentes, havendo unanimidade da parte dos outros rivais quanto ao superior ritmo e qualidade de jogo dos Portistas. A forma como a equipa ganhou em Braga e na casa do Sporting, bem como outras exibições frente a rivais poderosos, é consequência do grande trabalho do Sérvio Ljubomir Obradovic.

O FC Porto, campeão da temporada transacta, tem encantado os seus incansáveis adeptos nos últimos tempos depois de um início pouco prometedor (duas derrotas), e segue agora imparável na liderança com mais 2 pontos que o ABC, mais 3 que Belenenses e Madeira e mais 4 que o vice-campeão Benfica. É importante também que a equipa mantenha sempre a mesma atitude guerreira e o mesmo espírito de equipa dos últimos jogos, porque todos sabem (jogadores incluídos) que ao virar da esquina, surgem arbitragens como a de Braga cheias de má fé e pouca isenção. Por isso, aos guerreiros de Obradovic o que se pede agora é que não tirem o pé do acelerador. Pena é que o próximo jogo oficial seja só a 21 de Janeiro…

Uma nota ainda para a secção de Natação do FC Porto. As melhores perspectivas para os Nacionais de Clubes, confirmaram-se este fim-de-semana, já que o FC Porto Dolce Vita renovou o título Feminino conseguido na época transacta e conseguiu o pódio no sector masculino (3º).

FC Porto demonstra clara superioridade em casa do Leão...
(1º FC PORTO-32 pts e 12 jgs; 2º ABC Braga-30 pts e 12 jgs; 3º Belenenses-29 pts e 12 jgs...)

  • Sporting, 20 - FC Porto, 26
Vitória incontestável do FC Porto em casa do rival que mais se reforçou esta época (9ª vitória consecutiva dos Dragões e a 1ª derrota caseira do Sporting com este treinador). Com Laurentino, uma vez mais em grande plano, o FC Porto voltou a acelerar na parte final da 1ª metade, deixando o Sporting e o seu aziado técnico, Faria, à beira de um ataque de nervos. Com Dario Andrade (6 golos) e Ricardo Moreira (7) imparáveis no contra-ataque, auxiliados pelo poder de fogo de Davyes, Inácio Carmo e Tiago Rocha, e pela excelente gestão de posse de bola de Filipe Mota, o FC Porto silenciou totalmente o público do Sporting, vencendo e convencendo um jogo em que na segunda parte, o máximo que o Sporting conseguiu, foi estar a 4 golos de diferença. Ao intervalo, já vencíamos por 8-15 e na 2ª parte, soubemos sempre gerir o ritmo de jogo, acabando por vencer por claros 20-26. Este Porto é de casta superior!!!

O próximo jogo do campeonato, é só a 30 de Janeiro na recepção ao Sp.Horta, mas antes, disputa-se a supertaça ARENA PORTIMÃO com FC Porto, Benfica, ABC Braga, Belenenses, Madeira e Xico Andebol, numa prova com 2 grupos ainda por sortear e que se disputará de 21 a 24 de Janeiro.

FC Porto perde pela 2ª vez com um último minuto novamente traiçoeiro!
(1º Ovarense-14 pts e 7 jgs; 2º Benfica-14 pts e 7 jgs; 3º FC PORTO-12 pts e 7 jgs...)

  • Benfica, 78 - FC Porto, 72
Independentemente da arbitragem pouco corajosa que esteve na Luz, parece-me que Moncho Lopez terá que resolver o “treme-treme” da equipa nos momentos de decisão. E tem também que rever a insistente aposta em João Figueiredo, nosso base, que teima em não produzir exibições positivas. Boas prestações de Terrell (20 pontos e 11 ressaltos), Stempin (14 pontos), Hunt (12) e Carlos Andrade (10). De referir que Hunt jogou embora com limitações.

No último minuto, estivemos a 2 e a 3 pontos, mas o triplo nunca entrou. Nem o triplo nem a falta que ficou por assinalar num desses lançamentos! As cuspidelas ao banco do FC Porto já são uma imagem de marca daqueles vermelhos, seja em que modalidade for...

Dia 2 de Janeiro, recebemos o Ginásio e temos agora duas derrotas a manchar o nosso percurso que obrigam a equipa a não vacilar mais, se ainda pretende o 1º lugar da fase regular…

FC Porto impõe empate ao Viareggio, em jogo muito complicado...
1º FC PORTO-28 pts e 10 jgs; 2º Benfica-26 pts e 10 jgs; 3º J.Viana-20 pts e 10 jgs...)

  • Viareggio, 1 - FC Porto, 1
Estava no jantar do blog na noite do último sábado, e ansiava por uma boa nova que nunca mais chegava. A informação recolhida era que o Viareggio vencia por 1-0, com um golo do nosso conhecido, Orlandi. Era fundamental que o FC Porto pontuasse em Itália nesta 2ª jornada do seu grupo na Euroliga. E a 2 minutos do fim lá me informaram do golo de Pedro Gil que nos permitiu o tal empate positivo fora de portas. O redes Italiano fez uma exibição soberba, mas Gil soube silenciar a torcida ruidosa e numerosa do Viareggio. Eu sabia que a nossa equipa de hóquei nunca me deixa ficar mal. Parabéns pela entrega ao jogo e pelo acreditar até ao fim. O FC Porto lidera, mas o Valdagno e o Viareggio têm menos um jogo.

Dia 9, temos um Ac. Espinho-FC Porto no regresso do campeonato Nacional.
A euroliga volta a 16 de janeiro, com um grande jogo, Porto-Valdagno (líder do campeonato Italiano).

RICARDO MOREIRA

Esta semana, em que só o andebol ganhou, fiquei indeciso entre os nossos 2 pontas, Dario Andrade e Ricardo Moreira. Ambos estiveram em grande plano na vitória do FC Porto no recinto do Sporting (20-26). Escolho o capitão, Ricardo Moreira, pelos seus 7 golos (mais um que Dario) e pela eficácia de remate conseguida de 78%. Um grande jogo dos Dragões e mais uma bela exibição do nosso capitão de equipa (100% eficaz nos livres de 7metros, situação que se vem repetindo jogo após jogo).

Saudações azuis e brancas, um Feliz Natal para todos os adeptos deste clube mágico e um ano de 2010 cheio de alegrias e muitos sucessos, um abraço do Lucho.