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31 dezembro, 2015
OS ABUTRES DO DRAGÃO.
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Poucas coisas, muito poucas coisas mesmo, me deixam tão irritado como quando o Porto perde.
A sensação de impotência misturada com a frustração, apoderam-se de mim, e o ideal é nem me falarem.
Mas se há coisa que me orgulho de manter é o mínimo de racionalidade e bom senso, tentando sempre perceber aquilo que é, em minha opinião, o melhor para o clube, e vai daí, não desatar a disparar em todas as direcções quando a coisa corre mal.
Como qualquer pessoa, tenho as minhas simpatias e preferências pessoais, há aqueles de quem gosto e aqueles que nem suporto, vá-se lá saber porquê, pois muitas das vezes esse tipo de sensações até surgem sem grande explicação factual.
Há no entanto algo que nunca está à frente das minhas preferências ou dos meus “ódios de estimação”: a enorme vontade de ver o meu Porto ganhar jogo após jogo, título após título.
Serve todo este introito para dizer que, neste momento, parece existir um vasto número de portistas que estão muito mais preocupados em insultar o treinador, em o criticar e o contestar, do que propriamente defender os interesses do FC Porto. E não, mandar o treinador embora agora, jamais poderia ser considerado defender os interesses do clube.
Há um leque demasiado alargado de abutres que neste momento ocupam as cadeiras do Dragão que parece só estarem “à esperinha” da mínima oportunidade para levantar a sua voz contra Lopetegui.
Que fique claro que nada me move em defesa do basco. Quero lá saber se o treinador do meu clube se chama Julen, Júlio ou Juvenal. Quero é o melhor para o meu clube.
Agora, só verdadeiros mentecaptos, só verdadeiros inconscientes, só verdadeiros abutres poderiam fazer aquilo a que assisti na passada terça-feira no Dragão.
Final de tarde de dia de semana, pelos vistos com infelizmente muita gente de férias, seguramente recorde de venda de pipocas do nosso estádio. Da minha parte, tive que chegar já depois da hora pois era dia de trabalho, e tive que fazer um grande esforço para lá estar ás 18:15h... quem faz o esforço que eu fiz, quer é ver o Porto a ganhar e não ir para lá libertar as minhas frustrações diárias... parece que anda aí muito frustrado!
A 4 dias de visitar o 2.º classificado, ocupando o sempre confortável 1.º lugar, perdemos um jogo na menos importante de todas as competições. Sinal de preocupação? Obviamente! Sinal de alerta? Obviamente! Sinal de que nem tudo vai bem? Obviamente... está longe disso! Sinal de que faltam, no mínimo, centrais de qualidade e ponta de lança de maior classe? Pois está claro que sim!
Mas como é possível que a 4 dias do clássico, se crie uma atmosfera de tanta hostilidade e contestação? Quem o fez terá a noção daquilo que criou? Terá noção do quanto pode ter prejudicado o desenrolar do jogo de sábado, e por inerência, todo o resultado desportivo de uma época? E pergunto: com que intenção? Mas cabe na cabeça de alguém despedir um treinador que está em primeiro lugar e que daí a 4 dias vai a casa do 2.º classificado? E já agora, quem seria o nosso treinador em Alvalade? Rui Barros ou Luís Castro? Ou faríamos uma votação on-line para escolher três brilhantes adeptos que tudo saibam de futebol, para fazerem uma comissão técnica de salvação clubística?
Haja sentido de responsabilidade nas atitudes!
Haja dignidade nos comportamentos!
O 25 de Abril já foi em 1974 pelo que todos se podem manifestar livremente... mas tenham juízo e não prejudiquem o clube.
Os abutres, pois é de abutres que estamos a falar, que estão apenas à espera do momento do ataque, tenham noção de que fizeram um excelente trabalho em prol de JJ, Bruno Carvalho, Otávio Machado e restante corja!
Com um jogo da taça da Liga tiveram o condão de voltar a alterar todo o momento psicológico do jogo. Antes, a pressão estava toda do lado deles, pois tinham acabado de perder um jogo e a respectiva liderança. Agora, graças aos abutres, a pressão passou para o nosso lado, com a equipa a abordar o jogo sob brasas e não com a tranquilidade que o poderia fazer.
Sublinho, nada me move em defesa de Lopetegui... no dia em que sair do FC Porto, nunca mais me interessa nada da vida dele. Agora, enquanto aqui estiver ou outro qualquer aqui estiver, jamais colocarei à frente do meu amor pelo clube as minhas preferências por este ou aquele treinador.
Termino apenas com um exercício, que julgo não ser a primeira vez que o faço aqui: o que faríamos nós se levássemos 5 em casa de um rival? E se nesse mesmo ano esse rival fizesse a festa do título em nossa casa? E se nesse mesmo ano fossemos eliminados em casa por esse rival na taça de Portugal? E se no ano seguinte tivéssemos 5 pontos de avanço para o 2.º classificado em plena 2.ª volta e não fossemos campeões, perdendo a liderança em casa frente a esse rival? E se no ano seguinte tivéssemos 4 pontos de avanço a 3 jornadas do fim com 2 desses jogos a serem em casa com Estoril e Moreirense, e não fossemos campeões? E se nesse mesmo ano perdêssemos a final da taça de Portugal contra o Guimarães? Bem, se tivéssemos este cenário em 3 anos seguidos, tínhamos esgotado o stock de lenços brancos, o stock de palavrões, insultos e impropérios em direcção a tudo e a todos, além de muros pintados e outro que tais.
Pois... aqueles que muitos dos abutres dizem “Nós com JJ éramos campeões brincar”, esquecem-se que, tal como fazem com todos os treinadores, não teriam paciência para metade daquilo que ele fez no 5lb! Em 4 anos, tinha 1 título conquistado... desgraçado de Lopetegui se fizesse o mesmo.
Até sábado... lá estaremos, esperando que os assobiadores e pipoqueiros fiquem no seu sítio... o sofá!
PS – Obrigado presidente pelos votos de feliz 2016... ai desculpe, desta vez o Senhor não foi à zona mista desejar os votos de Feliz Ano Novo!!!
A sensação de impotência misturada com a frustração, apoderam-se de mim, e o ideal é nem me falarem.
Mas se há coisa que me orgulho de manter é o mínimo de racionalidade e bom senso, tentando sempre perceber aquilo que é, em minha opinião, o melhor para o clube, e vai daí, não desatar a disparar em todas as direcções quando a coisa corre mal.
Como qualquer pessoa, tenho as minhas simpatias e preferências pessoais, há aqueles de quem gosto e aqueles que nem suporto, vá-se lá saber porquê, pois muitas das vezes esse tipo de sensações até surgem sem grande explicação factual.
Há no entanto algo que nunca está à frente das minhas preferências ou dos meus “ódios de estimação”: a enorme vontade de ver o meu Porto ganhar jogo após jogo, título após título.
Serve todo este introito para dizer que, neste momento, parece existir um vasto número de portistas que estão muito mais preocupados em insultar o treinador, em o criticar e o contestar, do que propriamente defender os interesses do FC Porto. E não, mandar o treinador embora agora, jamais poderia ser considerado defender os interesses do clube.
Há um leque demasiado alargado de abutres que neste momento ocupam as cadeiras do Dragão que parece só estarem “à esperinha” da mínima oportunidade para levantar a sua voz contra Lopetegui.
Que fique claro que nada me move em defesa do basco. Quero lá saber se o treinador do meu clube se chama Julen, Júlio ou Juvenal. Quero é o melhor para o meu clube.
Agora, só verdadeiros mentecaptos, só verdadeiros inconscientes, só verdadeiros abutres poderiam fazer aquilo a que assisti na passada terça-feira no Dragão.
Final de tarde de dia de semana, pelos vistos com infelizmente muita gente de férias, seguramente recorde de venda de pipocas do nosso estádio. Da minha parte, tive que chegar já depois da hora pois era dia de trabalho, e tive que fazer um grande esforço para lá estar ás 18:15h... quem faz o esforço que eu fiz, quer é ver o Porto a ganhar e não ir para lá libertar as minhas frustrações diárias... parece que anda aí muito frustrado!
A 4 dias de visitar o 2.º classificado, ocupando o sempre confortável 1.º lugar, perdemos um jogo na menos importante de todas as competições. Sinal de preocupação? Obviamente! Sinal de alerta? Obviamente! Sinal de que nem tudo vai bem? Obviamente... está longe disso! Sinal de que faltam, no mínimo, centrais de qualidade e ponta de lança de maior classe? Pois está claro que sim!
Mas como é possível que a 4 dias do clássico, se crie uma atmosfera de tanta hostilidade e contestação? Quem o fez terá a noção daquilo que criou? Terá noção do quanto pode ter prejudicado o desenrolar do jogo de sábado, e por inerência, todo o resultado desportivo de uma época? E pergunto: com que intenção? Mas cabe na cabeça de alguém despedir um treinador que está em primeiro lugar e que daí a 4 dias vai a casa do 2.º classificado? E já agora, quem seria o nosso treinador em Alvalade? Rui Barros ou Luís Castro? Ou faríamos uma votação on-line para escolher três brilhantes adeptos que tudo saibam de futebol, para fazerem uma comissão técnica de salvação clubística?
Haja sentido de responsabilidade nas atitudes!
Haja dignidade nos comportamentos!
O 25 de Abril já foi em 1974 pelo que todos se podem manifestar livremente... mas tenham juízo e não prejudiquem o clube.
Os abutres, pois é de abutres que estamos a falar, que estão apenas à espera do momento do ataque, tenham noção de que fizeram um excelente trabalho em prol de JJ, Bruno Carvalho, Otávio Machado e restante corja!
Com um jogo da taça da Liga tiveram o condão de voltar a alterar todo o momento psicológico do jogo. Antes, a pressão estava toda do lado deles, pois tinham acabado de perder um jogo e a respectiva liderança. Agora, graças aos abutres, a pressão passou para o nosso lado, com a equipa a abordar o jogo sob brasas e não com a tranquilidade que o poderia fazer.
Sublinho, nada me move em defesa de Lopetegui... no dia em que sair do FC Porto, nunca mais me interessa nada da vida dele. Agora, enquanto aqui estiver ou outro qualquer aqui estiver, jamais colocarei à frente do meu amor pelo clube as minhas preferências por este ou aquele treinador.
Termino apenas com um exercício, que julgo não ser a primeira vez que o faço aqui: o que faríamos nós se levássemos 5 em casa de um rival? E se nesse mesmo ano esse rival fizesse a festa do título em nossa casa? E se nesse mesmo ano fossemos eliminados em casa por esse rival na taça de Portugal? E se no ano seguinte tivéssemos 5 pontos de avanço para o 2.º classificado em plena 2.ª volta e não fossemos campeões, perdendo a liderança em casa frente a esse rival? E se no ano seguinte tivéssemos 4 pontos de avanço a 3 jornadas do fim com 2 desses jogos a serem em casa com Estoril e Moreirense, e não fossemos campeões? E se nesse mesmo ano perdêssemos a final da taça de Portugal contra o Guimarães? Bem, se tivéssemos este cenário em 3 anos seguidos, tínhamos esgotado o stock de lenços brancos, o stock de palavrões, insultos e impropérios em direcção a tudo e a todos, além de muros pintados e outro que tais.
Pois... aqueles que muitos dos abutres dizem “Nós com JJ éramos campeões brincar”, esquecem-se que, tal como fazem com todos os treinadores, não teriam paciência para metade daquilo que ele fez no 5lb! Em 4 anos, tinha 1 título conquistado... desgraçado de Lopetegui se fizesse o mesmo.
Até sábado... lá estaremos, esperando que os assobiadores e pipoqueiros fiquem no seu sítio... o sofá!
PS – Obrigado presidente pelos votos de feliz 2016... ai desculpe, desta vez o Senhor não foi à zona mista desejar os votos de Feliz Ano Novo!!!
30 dezembro, 2015
Pedro Cardona
dezembro 30, 2015
a videoteca do 4lusos, arbitragem, taça da liga, tribunal d'o jogo, videos
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BAILINHO OLÉ!
http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
FC PORTO-MARÍTIMO, 1-3
Taça da Liga, Grupo A, 2ª jornada
ter, 29 Dezembro 2015 • 18:00
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 31.219
Árbitro: Vasco Santos (Porto).
Assistentes: Sérgio Jesus e Bruno Trindade.
4.º Árbitro: Hugo Pacheco.
FC PORTO: Helton (c), Víctor García, Maicon, Marcano, José Ángel, Sérgio Oliveira, André André, Evandro, Varela, André Silva, Tello.
Suplentes: Casillas, Rúben Neves, Aboubakar (76' Varela), Corona (67' Sérgio Oliveira), Layún, Lichnovsky, Imbula (46' André André).
Treinador: Julen Lopetegui.
MARÍTIMO: Salin, Patrick Vieira, Dirceu, Deyvison, Rúben Ferreira, Éber Bessa, Fransérgio (c), Alex Soares, Marega, Dyego Sousa, Edgar Costa.
Suplentes: José Sá, João Diogo (31' Patrick Vieira), Fernando Ferreira, Raul Silva (78' Alex Soares), Xavier, Baba
(85' Dyego Sousa), Lynneeker.
Treinador: Ivo Vieira.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Fransérgio (48'), Alex Soares (70'), Marega (90+4'), Aboubakar (90+5').
Disciplina: cartão amarelo a Éber Bessa (55'), Alex Soares (63'), Maicon (66'), Edgar Costa (90+1').
Regressados do Natal e das rabanadas, os Dragões iniciaram e terminam praticamente a participação na Taça da Liga tal como costumam terminar nos outros anos. A perder e a desperdiçar jogadores, vitórias e tempo. Tempo que não têm, nem para se coçar.
Não é que tenha algum apreço por esta prova, bem pelo contrário. É uma prova que não me merece o mínimo de crédito nem de interesse. Sempre o disse e sempre defendi isto. Mas preocupa-me uma equipa que está a definhar-se ao longo da época e vai acabar mal. Só pode acabar mal. Venham os líricos e moralistas dizer que sou o profeta da desgraça e mandar os bitaites do costume.
Querem o quê? Tapar o sol com a peneira? Meter a cabeça na areia como a avestruz? Fingir que não há problemas? Fingir que está tudo bem e que foi apenas um acidente de percurso? Vêm esses moralistas pedir calma, pedir crenças e reforços de inverno. Para quê? Para queimar mais alguns jogadores? Que evolução tiveram estes jogadores desde o início da época? E já agora os que transitaram da época passada? E os da equipa B? Que aproveitamento estão a ter? Nada de nada! Que modelo de jogo é este do Sr. Lopetegui? Há algum modelo de jogo instaurado? Se há, mudem as lentes aos amantes do futebol porque ninguém vê.
Passe para trás, para o lado, passe para trás, passe para o lado, muda de flanco, volta a passar para trás, lateraliza novamente, passa mais para trás que ainda não é desta, agora chutão para o outro lado. Puxa, a bola foi para a bancada. Vamos lá recuperar a bola novamente. Já está. Volta a repetir o processo. Bis, bis!!! Passe para trás… Desculpem lá, não há pachorra!
Tenha dó Sr. Lopetegui. Ando há um ano e meio a ver o mesmo filme de tragicomédia. Um banho de humildade só lhe faria muito bem, Sr. Lopetegui. Acha-se com o rei na barriga quando não ganhou a ponta de um chifre na sua espécie de carreira de treinadorzeco. Ah! Venceu nas camadas jovens? Fantástico! Vá-se embora e tenha vergonha de uma vez por todas. Coloque o lugar à disposição antes que isto descambe por completo. Há jogadores que já não têm paciência para o aturar e até há jogadores que, V. Exa dispensou, gozam com a situação.
Anda o Sr. Luís Castro a formar talentos para depois o basco além de não os aproveitar, desperdiça-os e estraga o que de bom há no plantel. É impossível render e evoluir com este senhor. Desculpem os consócios mas com este senhor, o clube vai ter novo ano de uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Para iniciar o jogo, Lopetegui tirou do onze, 10 titulares em relação ao último jogo. Com isto, o homem deve pensar que uma equipa se faz com meia dúzia de treinos para preparação de um jogo quando passam meio ano sem jogar ou a jogar uns minutinhos de 2 em 2 meses. Onde está o entrosamento? Onde está a espinha dorsal para manter a identidade da equipa? Em lado nenhum. Limitámo-nos a assistir a ver um conjunto de jogadores a trocar umas bolas e a levar um bailinho em pleno Dragão que só não foi maior a vergonha porque não calhou.
Podem dizer que ficou uma ou duas grandes penalidades por assinalar e uma expulsão do jogador do Marítimo por sancionar. E depois? Quer vencer com estas situações sem jogar a ponta de um chavelho? Sem sequer mostrar vontade de vencer? E ver as declarações do treinador no fim da partida quando diz que este não era um jogo que à partida não queríamos vencer, deixa-me completamente boquiaberto. Que o homem anda desorientado, já nós percebemos isso. Agora dizer o que diz, tem que haver alguma intervenção de quem manda. Se ninguém faz nada e se ninguém toma uma posição, então já nada tenho a dizer.
Sobre o jogo pouco ou nada tenho a escrever. Jogo na 1ª parte com ascendente portista mas com iniciativas medianas, sem qualquer tipo de registo. O Marítimo fez um jogo de expectativa e esperando o erro do adversário.
Na 2ª parte, os golos e a vergonha. Aos 48 minutos, livre batido para a grande área e Fransérgio a cabecear à vontade com os centrais portistas a falharem completamente no lance. Um golo sofrido por equipas nas distritais. Falta de concentração e jogadores alheados completamente do jogo.
Mas o segundo golo dos insulares chegaria aos 69 minutos, quando Alex Soares aproveitou mais uma fífia de Marcano, levantou a bola por cima de Helton e ainda foi para dentro da baliza com ela. Aliás diga-se de passagem que o central Marcano bem pode aquecer o banco ou mesmo a bancada no próximo jogo. A cada jogo que passa, caminha a passos largos para o abismo. O homem não satisfeito com os dois primeiros golos, ainda tem a capacidade de oferecer o 3º golo do Marítimo aos 90 minutos quando é autenticamente ultrapassado por Marega, ficando nas covas.
Mas antes disso, o Marítimo poderia ter feito o 3-0, não fosse a falta de pontaria de Edgar Costa. O FC Porto, apesar de tudo, teve duas ou três oportunidades de golo, destacando-se André Silva com remates à figura do guarda-redes Salin e Aboubakar com mais um falhanço na cara do guarda-redes e com um golo aos 95 minutos a minimizar a derrota estrondosa em casa.
O Marítimo tem agora seis pontos e apenas um jogo para disputar. Fica apenas a depender de um empate em casa diante do Famalicão para se apurar para as meias-finais da Taça da Liga. O FC Porto vai cumprir calendário nos dois jogos que se seguem.
Próxima paragem: Alvalade XXI. Muitos já apregoam que os verdes vão entrar com prosápia e que nós vamos lá e venceremos o jogo. E, além disso, que vamos tirar partido disso. Caiam na realidade de uma vez por todas. Esta equipa com este treinador, mesmo com Messi, Ronaldo, Neymar ou quem quiserem, não chegaria a lado nenhum. Chegará mas é ao fim da época com mais um ano a ver navios.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “O resultado é francamente injusto”
O FC Porto perdeu no Estádio do Dragão diante do Marítimo (1-3), na primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga, e Julen Lopetegui considerou que os azuis e brancos foram “ineficazes na finalização”, algo que ajuda a explicar um desfecho “injusto”, no entender do técnico espanhol. Reconhecendo ainda que a situação dos Dragões nesta prova “ficou mais difícil”, Julen Lopetegui garantiu que a equipa vai lutar pela qualificação “enquanto for possível”.
“Não fomos uma equipa eficaz, mas dominámos na primeira parte e tivemos oportunidades claras de golo que não conseguimos concretizar. Eles adiantaram-se no marcador num lance de bola parada e tivemos chances para empatar depois desse golo, mas continuámos a desperdiçar as oportunidades. Fomos ineficazes na finalização e pagámos caro por isso, mas creio que o resultado é francamente injusto, não retirando mérito ao Marítimo”, afirmou o treinador portista após o desafio com os madeirenses, que infligiram ao FC Porto a segunda derrota da temporada em casa.
Sem fugir à situação difícil em que os portistas ficaram depois deste resultado, Julen Lopetegui lembrou os objectivos traçados na antecâmara desta competição. “Sabíamos que tínhamos de ganhar este jogo e a realidade é que a nossa situação ficou mais difícil, mas vamos lutar enquanto for possível. Assumimos a nossa ambição nesta prova, mas já tínhamos previsto dar minutos a jogadores que tinham sido menos utilizados até aqui. Quando o jogo se partiu, notou-se alguma falta de ritmo, mas a equipa que utilizámos tinha capacidade para bater o Marítimo”, prosseguiu.
Abrindo desde já o capítulo Sporting-FC Porto (sábado, 20h45), Julen Lopetegui enalteceu o caminho trilhado pela equipa na Liga portuguesa e sublinhou a ambição de vencer sempre. “Somos líderes do campeonato e no sábado teremos um jogo bonito, importante e difícil, que queremos vencer para reforçar esse estatuto. Se chegámos a este jogo em primeiro lugar foi porque superámos muitas dificuldades para o conseguir e com certeza que continuaremos a superar. Somos uma equipa que joga bem e que entra sempre em campo para ganhar, seja qual for o jogo ou a competição”.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
Taça da Liga, Grupo A, 2ª jornada
ter, 29 Dezembro 2015 • 18:00
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 31.219
Árbitro: Vasco Santos (Porto).
Assistentes: Sérgio Jesus e Bruno Trindade.
4.º Árbitro: Hugo Pacheco.
FC PORTO: Helton (c), Víctor García, Maicon, Marcano, José Ángel, Sérgio Oliveira, André André, Evandro, Varela, André Silva, Tello.
Suplentes: Casillas, Rúben Neves, Aboubakar (76' Varela), Corona (67' Sérgio Oliveira), Layún, Lichnovsky, Imbula (46' André André).
Treinador: Julen Lopetegui.
MARÍTIMO: Salin, Patrick Vieira, Dirceu, Deyvison, Rúben Ferreira, Éber Bessa, Fransérgio (c), Alex Soares, Marega, Dyego Sousa, Edgar Costa.
Suplentes: José Sá, João Diogo (31' Patrick Vieira), Fernando Ferreira, Raul Silva (78' Alex Soares), Xavier, Baba
(85' Dyego Sousa), Lynneeker.
Treinador: Ivo Vieira.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Fransérgio (48'), Alex Soares (70'), Marega (90+4'), Aboubakar (90+5').
Disciplina: cartão amarelo a Éber Bessa (55'), Alex Soares (63'), Maicon (66'), Edgar Costa (90+1').
Regressados do Natal e das rabanadas, os Dragões iniciaram e terminam praticamente a participação na Taça da Liga tal como costumam terminar nos outros anos. A perder e a desperdiçar jogadores, vitórias e tempo. Tempo que não têm, nem para se coçar.
Não é que tenha algum apreço por esta prova, bem pelo contrário. É uma prova que não me merece o mínimo de crédito nem de interesse. Sempre o disse e sempre defendi isto. Mas preocupa-me uma equipa que está a definhar-se ao longo da época e vai acabar mal. Só pode acabar mal. Venham os líricos e moralistas dizer que sou o profeta da desgraça e mandar os bitaites do costume.
Querem o quê? Tapar o sol com a peneira? Meter a cabeça na areia como a avestruz? Fingir que não há problemas? Fingir que está tudo bem e que foi apenas um acidente de percurso? Vêm esses moralistas pedir calma, pedir crenças e reforços de inverno. Para quê? Para queimar mais alguns jogadores? Que evolução tiveram estes jogadores desde o início da época? E já agora os que transitaram da época passada? E os da equipa B? Que aproveitamento estão a ter? Nada de nada! Que modelo de jogo é este do Sr. Lopetegui? Há algum modelo de jogo instaurado? Se há, mudem as lentes aos amantes do futebol porque ninguém vê.
Passe para trás, para o lado, passe para trás, passe para o lado, muda de flanco, volta a passar para trás, lateraliza novamente, passa mais para trás que ainda não é desta, agora chutão para o outro lado. Puxa, a bola foi para a bancada. Vamos lá recuperar a bola novamente. Já está. Volta a repetir o processo. Bis, bis!!! Passe para trás… Desculpem lá, não há pachorra!
Tenha dó Sr. Lopetegui. Ando há um ano e meio a ver o mesmo filme de tragicomédia. Um banho de humildade só lhe faria muito bem, Sr. Lopetegui. Acha-se com o rei na barriga quando não ganhou a ponta de um chifre na sua espécie de carreira de treinadorzeco. Ah! Venceu nas camadas jovens? Fantástico! Vá-se embora e tenha vergonha de uma vez por todas. Coloque o lugar à disposição antes que isto descambe por completo. Há jogadores que já não têm paciência para o aturar e até há jogadores que, V. Exa dispensou, gozam com a situação.
Anda o Sr. Luís Castro a formar talentos para depois o basco além de não os aproveitar, desperdiça-os e estraga o que de bom há no plantel. É impossível render e evoluir com este senhor. Desculpem os consócios mas com este senhor, o clube vai ter novo ano de uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Para iniciar o jogo, Lopetegui tirou do onze, 10 titulares em relação ao último jogo. Com isto, o homem deve pensar que uma equipa se faz com meia dúzia de treinos para preparação de um jogo quando passam meio ano sem jogar ou a jogar uns minutinhos de 2 em 2 meses. Onde está o entrosamento? Onde está a espinha dorsal para manter a identidade da equipa? Em lado nenhum. Limitámo-nos a assistir a ver um conjunto de jogadores a trocar umas bolas e a levar um bailinho em pleno Dragão que só não foi maior a vergonha porque não calhou.
Podem dizer que ficou uma ou duas grandes penalidades por assinalar e uma expulsão do jogador do Marítimo por sancionar. E depois? Quer vencer com estas situações sem jogar a ponta de um chavelho? Sem sequer mostrar vontade de vencer? E ver as declarações do treinador no fim da partida quando diz que este não era um jogo que à partida não queríamos vencer, deixa-me completamente boquiaberto. Que o homem anda desorientado, já nós percebemos isso. Agora dizer o que diz, tem que haver alguma intervenção de quem manda. Se ninguém faz nada e se ninguém toma uma posição, então já nada tenho a dizer.
Sobre o jogo pouco ou nada tenho a escrever. Jogo na 1ª parte com ascendente portista mas com iniciativas medianas, sem qualquer tipo de registo. O Marítimo fez um jogo de expectativa e esperando o erro do adversário.
Na 2ª parte, os golos e a vergonha. Aos 48 minutos, livre batido para a grande área e Fransérgio a cabecear à vontade com os centrais portistas a falharem completamente no lance. Um golo sofrido por equipas nas distritais. Falta de concentração e jogadores alheados completamente do jogo.
Mas o segundo golo dos insulares chegaria aos 69 minutos, quando Alex Soares aproveitou mais uma fífia de Marcano, levantou a bola por cima de Helton e ainda foi para dentro da baliza com ela. Aliás diga-se de passagem que o central Marcano bem pode aquecer o banco ou mesmo a bancada no próximo jogo. A cada jogo que passa, caminha a passos largos para o abismo. O homem não satisfeito com os dois primeiros golos, ainda tem a capacidade de oferecer o 3º golo do Marítimo aos 90 minutos quando é autenticamente ultrapassado por Marega, ficando nas covas.
Mas antes disso, o Marítimo poderia ter feito o 3-0, não fosse a falta de pontaria de Edgar Costa. O FC Porto, apesar de tudo, teve duas ou três oportunidades de golo, destacando-se André Silva com remates à figura do guarda-redes Salin e Aboubakar com mais um falhanço na cara do guarda-redes e com um golo aos 95 minutos a minimizar a derrota estrondosa em casa.
O Marítimo tem agora seis pontos e apenas um jogo para disputar. Fica apenas a depender de um empate em casa diante do Famalicão para se apurar para as meias-finais da Taça da Liga. O FC Porto vai cumprir calendário nos dois jogos que se seguem.
Próxima paragem: Alvalade XXI. Muitos já apregoam que os verdes vão entrar com prosápia e que nós vamos lá e venceremos o jogo. E, além disso, que vamos tirar partido disso. Caiam na realidade de uma vez por todas. Esta equipa com este treinador, mesmo com Messi, Ronaldo, Neymar ou quem quiserem, não chegaria a lado nenhum. Chegará mas é ao fim da época com mais um ano a ver navios.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “O resultado é francamente injusto”
O FC Porto perdeu no Estádio do Dragão diante do Marítimo (1-3), na primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga, e Julen Lopetegui considerou que os azuis e brancos foram “ineficazes na finalização”, algo que ajuda a explicar um desfecho “injusto”, no entender do técnico espanhol. Reconhecendo ainda que a situação dos Dragões nesta prova “ficou mais difícil”, Julen Lopetegui garantiu que a equipa vai lutar pela qualificação “enquanto for possível”.
“Não fomos uma equipa eficaz, mas dominámos na primeira parte e tivemos oportunidades claras de golo que não conseguimos concretizar. Eles adiantaram-se no marcador num lance de bola parada e tivemos chances para empatar depois desse golo, mas continuámos a desperdiçar as oportunidades. Fomos ineficazes na finalização e pagámos caro por isso, mas creio que o resultado é francamente injusto, não retirando mérito ao Marítimo”, afirmou o treinador portista após o desafio com os madeirenses, que infligiram ao FC Porto a segunda derrota da temporada em casa.
Sem fugir à situação difícil em que os portistas ficaram depois deste resultado, Julen Lopetegui lembrou os objectivos traçados na antecâmara desta competição. “Sabíamos que tínhamos de ganhar este jogo e a realidade é que a nossa situação ficou mais difícil, mas vamos lutar enquanto for possível. Assumimos a nossa ambição nesta prova, mas já tínhamos previsto dar minutos a jogadores que tinham sido menos utilizados até aqui. Quando o jogo se partiu, notou-se alguma falta de ritmo, mas a equipa que utilizámos tinha capacidade para bater o Marítimo”, prosseguiu.
Abrindo desde já o capítulo Sporting-FC Porto (sábado, 20h45), Julen Lopetegui enalteceu o caminho trilhado pela equipa na Liga portuguesa e sublinhou a ambição de vencer sempre. “Somos líderes do campeonato e no sábado teremos um jogo bonito, importante e difícil, que queremos vencer para reforçar esse estatuto. Se chegámos a este jogo em primeiro lugar foi porque superámos muitas dificuldades para o conseguir e com certeza que continuaremos a superar. Somos uma equipa que joga bem e que entra sempre em campo para ganhar, seja qual for o jogo ou a competição”.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
29 dezembro, 2015
457.500.000€? COMO CLASSIFICAR ESTE NEGÓCIO?
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Segundo o presidente de uns, consta que há um clube em Portugal com 6 milhões de adeptos, segundo o presidente de outros, consta que há outro clube em Portugal que tem 3,5 milhões de adeptos. Não sei quantos adeptos terá o FC Porto, não sei qual a verdadeira implementação do FC Porto no país todo, bem como nos restantes países do mundo. Apenas se sabe algo de factual: o FC Porto assinou o maior contrato da história do desporto português.
Há obviamente muito a dizer relativamente a este negócio, não só nas consequências ao nível da clara inflação que o mercado de direitos televisivos assistiu nos últimos tempos, mas também na queda de alguns mitos sustentados por anti-Portistas primários, que para além de tudo o mais, se comprova agora que mais do que anti-Portistas primários eram BURROS que nem uma porta, não percebendo patavina das chamadas movimentações de mercado no negócio futebol português.
Desde logo parece cai um mito alimentado durante anos por “guerras”, “gomes da silvas” e outros palermas cujo cérebro tem ligação direta com o intestino grosso, ou seja, aquela teoria de que a amizade Pinto da Costa e Joaquim Oliveira era mais forte que qualquer logica económica na compra/venda de direitos televisivos e que parte do grande domínio do FC Porto no tao famigerado “sistema” do futebol português baseava-se também na “teia” montada por Joaquim Oliveira, cujo grande suporte era o FC Porto personalizado por Pinto da Costa, o “grande demónio responsável por todos os males à face da terra”.
Pois bem, o acordo com a PT Portugal SGPS, detida maioritariamente pela Altice, uma multinacional líder no fornecimento de serviços de telecomunicações com presença em diversos países, revela bem aquilo que pesa na altura da assinatura de grandes contratos: mais do que conversas da treta, de quem tem 6, 9 ou 25 milhões de adeptos no mundo todo, aquilo que realmente interessa a uma grande multinacional é apenas e só a verdadeira grandeza, competência e sustentabilidade das instituições com quem assina acordos de parceria. E este acordo, em primeiro lugar, revela que o FC Porto é um enorme clube em termos mundiais, que tem sabido aliar bem o sucesso desportivo com um crescimento a muitos outros níveis, nomeadamente pelo que se vê agora na vertente da venda dos seus direitos desportivos, receita fundamental no orçamento de um clube que habitualmente disputa a Champions League e luta pela vitória em todas as competições nacionais.
No fundo, longe das teorias parvas de mentes pequeninas o FC Porto assinou um grande acordo com uma empresa portuguesa detida a 100% por uma grande multinacional estrangeira, verdade indesmentível e que com certeza provoca enorme azia em tanta gente que odeia o nosso clube.
Apesar de na comunicação oficial do acordo não estar descriminado o montante relativo às 3 dimensões do negócio, direitos de transmissão dos jogos caseiros do FC Porto, direitos de transmissão do Porto Canal e estatuto de principal patrocinador, existem obviamente algumas ideias que resultam do acordo agora assinado.
Considerando que cada uma das 3 dimensões do negócio tem períodos de duração também eles diferentes, para se compreender o quão bom é este negócio há que comparar com aquilo que anualmente o FC Porto recebe em direitos de TV e patrocinador principal. Também não deixa de ser interessante fazer uma comparação anual (porque os períodos de duração dos contratos são diferentes) com o nosso rival que assinou há poucas semanas um acordo com a NOS, não porque tenha especial interesse naquilo que se passa na casa dos outros, mas sim porque durante anos se difundiu a ideia de que a marca slb seria estratosfericamente superior à marca FC Porto, um clube regional sem grande impacto nos mercados internacionais e bem mais exíguo no mercado nacional. A realidade por vezes demonstra que há crenças que não passam disso mesmo, no fundo crenças sem qualquer fundamento consistente e que nada têm a ver com os factos que efetivamente vão ocorrendo.
Indo então aos números, as ideias que neste momento se podem retirar são:
Há obviamente muito a dizer relativamente a este negócio, não só nas consequências ao nível da clara inflação que o mercado de direitos televisivos assistiu nos últimos tempos, mas também na queda de alguns mitos sustentados por anti-Portistas primários, que para além de tudo o mais, se comprova agora que mais do que anti-Portistas primários eram BURROS que nem uma porta, não percebendo patavina das chamadas movimentações de mercado no negócio futebol português.
Desde logo parece cai um mito alimentado durante anos por “guerras”, “gomes da silvas” e outros palermas cujo cérebro tem ligação direta com o intestino grosso, ou seja, aquela teoria de que a amizade Pinto da Costa e Joaquim Oliveira era mais forte que qualquer logica económica na compra/venda de direitos televisivos e que parte do grande domínio do FC Porto no tao famigerado “sistema” do futebol português baseava-se também na “teia” montada por Joaquim Oliveira, cujo grande suporte era o FC Porto personalizado por Pinto da Costa, o “grande demónio responsável por todos os males à face da terra”.
Pois bem, o acordo com a PT Portugal SGPS, detida maioritariamente pela Altice, uma multinacional líder no fornecimento de serviços de telecomunicações com presença em diversos países, revela bem aquilo que pesa na altura da assinatura de grandes contratos: mais do que conversas da treta, de quem tem 6, 9 ou 25 milhões de adeptos no mundo todo, aquilo que realmente interessa a uma grande multinacional é apenas e só a verdadeira grandeza, competência e sustentabilidade das instituições com quem assina acordos de parceria. E este acordo, em primeiro lugar, revela que o FC Porto é um enorme clube em termos mundiais, que tem sabido aliar bem o sucesso desportivo com um crescimento a muitos outros níveis, nomeadamente pelo que se vê agora na vertente da venda dos seus direitos desportivos, receita fundamental no orçamento de um clube que habitualmente disputa a Champions League e luta pela vitória em todas as competições nacionais.
No fundo, longe das teorias parvas de mentes pequeninas o FC Porto assinou um grande acordo com uma empresa portuguesa detida a 100% por uma grande multinacional estrangeira, verdade indesmentível e que com certeza provoca enorme azia em tanta gente que odeia o nosso clube.
Apesar de na comunicação oficial do acordo não estar descriminado o montante relativo às 3 dimensões do negócio, direitos de transmissão dos jogos caseiros do FC Porto, direitos de transmissão do Porto Canal e estatuto de principal patrocinador, existem obviamente algumas ideias que resultam do acordo agora assinado.
Considerando que cada uma das 3 dimensões do negócio tem períodos de duração também eles diferentes, para se compreender o quão bom é este negócio há que comparar com aquilo que anualmente o FC Porto recebe em direitos de TV e patrocinador principal. Também não deixa de ser interessante fazer uma comparação anual (porque os períodos de duração dos contratos são diferentes) com o nosso rival que assinou há poucas semanas um acordo com a NOS, não porque tenha especial interesse naquilo que se passa na casa dos outros, mas sim porque durante anos se difundiu a ideia de que a marca slb seria estratosfericamente superior à marca FC Porto, um clube regional sem grande impacto nos mercados internacionais e bem mais exíguo no mercado nacional. A realidade por vezes demonstra que há crenças que não passam disso mesmo, no fundo crenças sem qualquer fundamento consistente e que nada têm a ver com os factos que efetivamente vão ocorrendo.
Indo então aos números, as ideias que neste momento se podem retirar são:
- Direitos de Transmissão de Jogos caseiros (incluindo exploração comercial do estádio do Dragão) pelo período de 10 épocas desportivas, Direitos de Transmissão do Porto Canal por 12 épocas e meia e Estatuto de patrocinador principal pelo período de 7 épocas e meia, tudo isto vendido por 457,5M€;
- Não havendo divulgação oficial da repartição do valor julgo que não será descabido estimar que os direitos de transmissão dos jogos caseiros deverão ter um peso maioritário (mais de 70% seguramente) no bolo total, que o estatuto de patrocinador principal terá um valor superior ao que anteriormente a PT pagava ao FC Porto (3,6M€/ano) e que o restante será a aquisição dos direitos de transmissão do Porto Canal.
- Utilizando referenciais de acordo com os valores de anteriores contratos e tendo em conta aquilo que tem vindo a público relativamente a esta temática, julgo que não estarei longe de uma realidade em que pelos direitos de transmissão dos jogos receberemos 35M€/ano (350 M€ do total do negócio), pelo estatuto de patrocínio principal receberemos 5M€/ano (37,5M€ do total do negócio) e os restantes 70€ pelas 12 épocas e meia de transmissão do Porto Canal. Fazendo uma média anual de 35M€ pelos direitos de tv mais 5M€ pelo patrocínio principal da PT, teremos com este novo contrato uma receita anual média próxima de 40M€ nestas 2 rubricas, o que compara com os atuais 24,1M€ que recebíamos (20,5M€ pelos direitos de TV + 3,6M€ pelo patrocínio PT).
- Ou seja, de direitos de tv + publicidade principal passaremos a receber uma média anual de 40M€, quando recebíamos 24,1M€/ano, um aumento de 15,9M€ (+66%).
Rui Saraiva
dezembro 29, 2015
dragões de azul forte, equipamentos, história, minha camisola azul de rui saraiva
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Manto Azul e Branco - 1984-1985 a 1986-1987 – 3.º e vistoso alternativo da época 84-85.
http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Equipamento ADIDAS; camisola branca com listas horizontais azuis, largas, na parte superior; para baixo, finas riscas também azuis dando um toque de distinção e elegância ao equipamento. Mangas com três riscas azuis, colarinho (em V) e gola subida na cor da camisola (branca). Logótipo Adidas e publicidade “reviGrés (“G” maiúsculo) na cor azul.
Calção azul-escuro sem o logótipo da Adidas e com três riscas laterais brancas na vertical. Meias brancas com 3 listas azuis no topo do cano.
Este bonito equipamento foi usado ao longo de três épocas mas nas de 85-86 e 86-87 ostentando, na manga, o escudo nacional de Campeão. Na época 1987-1988 a equipa utilizou um alternativo idêntico, todavia com nuances susceptíveis de o considerarmos distinto do que agora se ilustra.
Vermelhinho (Carlos Manuel Oliveiros da Silva), ingressou no FC Porto a meio da época 1982-83. Avançado que, sem ser um primor de recursos técnicos, se destacava pela velocidade no jogo. Deu o seu contributo para a participação do FC Porto em duas finais europeias (Taça das Taças e Taça dos Campeões). Celebrizou-se por um fantástico golo de "chapéu" ao guarda-redes do Aberdeen, na Escócia, e cujas imagens televisivas correram mundo.
Rui Saraiva – Design e edição
Fernando Moreira – Pesquisa, fotos e textos
Desde 7 Julho 2011 divulga-se “MANTO AZUL-E-BRANCO” em que, através de ilustrações exclusivas, são revelados todos os uniformes do FC Porto ao longo da sua existência. A totalidade dos post publicados fica reunida neste índice que proporciona seleção fácil e acesso célere; OU
CLIQUE no banner localizado na parte superior direita do blogue e identificado com “MANTO AZUL-E-BRANCO”; o ÍNDICE abre; CLIQUE na hiperligação que escolher e ei-lo no POST pretendido.
Calção azul-escuro sem o logótipo da Adidas e com três riscas laterais brancas na vertical. Meias brancas com 3 listas azuis no topo do cano.
Este bonito equipamento foi usado ao longo de três épocas mas nas de 85-86 e 86-87 ostentando, na manga, o escudo nacional de Campeão. Na época 1987-1988 a equipa utilizou um alternativo idêntico, todavia com nuances susceptíveis de o considerarmos distinto do que agora se ilustra.
Fernando Gomes após um dos três golos que marcou no jogo do título (1984-85) frente ao Belenenses, nas Antas. Mais à direita, Futre. |
Vermelhinho, Inácio, Gomes, Eurico e Jaime Magalhães festejando! |
Equipa com o alternativo ora ilustrado. Em cima, da esquerda para a direita: Eurico, Lima Pereira, Inácio, Gomes, João Pinto e Zé Beto. Em baixo: Quinito, Frasco, Quim, Jacques, Futre e Vermelhinho. |
Fernando Moreira – Pesquisa, fotos e textos
Desde 7 Julho 2011 divulga-se “MANTO AZUL-E-BRANCO” em que, através de ilustrações exclusivas, são revelados todos os uniformes do FC Porto ao longo da sua existência. A totalidade dos post publicados fica reunida neste índice que proporciona seleção fácil e acesso célere; OU
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28 dezembro, 2015
PARABÉNS, PRESIDENTE JORGE NUNO!
http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Parabéns a você
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos de vida
Hoje é dia de festa
cantam as nossas almas
para o Jorge Nuno Pinto da Costa
uma salva de palmas
E é assim que começo mais um artigo, cantando os parabéns (merecidos!) ao Grande Homem do futebol, JORGE NUNO PINTO DA COSTA.
São 78 anos de vida... 33 deles à frente dos destinos do Maior Clube do Mundo; o Futebol Clube do Porto.
Parece que Dezembro é um mês de grandes feitos: nasceu Jorge Nuno Pinto da Costa, mas foi também em igual mês do ano de 1981 que foi convencido pelos Amigos a candidatar-se à presidência do Futebol Clube do Porto.
Invejado por uns, idolatrado por outros, Pinto da Costa, é sem dúvida um dos maiores Presidentes de futebol de todo o mundo. Nos seus 33 anos de mandato, Pinto da Costa consta com um palmarés... imbatível!!! São 33 anos da sua vida fartos de feitos históricos, num total de 117 títulos no comando dos Dragões, com especial destaque para uma Taça dos Campeões Europeus, uma Liga dos Campeões Europeus, uma Taça UEFA, uma Liga Europa e duas Taças Intercontinentais.
Esperemos que continue muito mais tempo à frente dos destinos do FC Porto e que continue a ser como sempre foi até hoje. Por fim, o meu desejo que os invejosos e os prevaricadores que o tentam prejudicar, o façam ainda crescer mais como pessoa e como líder.
Presidente, Parabéns por mais um ano de vida!
nota: fotografia "roubada" ao Pedro Blue.
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos de vida
Hoje é dia de festa
cantam as nossas almas
para o Jorge Nuno Pinto da Costa
uma salva de palmas
E é assim que começo mais um artigo, cantando os parabéns (merecidos!) ao Grande Homem do futebol, JORGE NUNO PINTO DA COSTA.
São 78 anos de vida... 33 deles à frente dos destinos do Maior Clube do Mundo; o Futebol Clube do Porto.
Parece que Dezembro é um mês de grandes feitos: nasceu Jorge Nuno Pinto da Costa, mas foi também em igual mês do ano de 1981 que foi convencido pelos Amigos a candidatar-se à presidência do Futebol Clube do Porto.
Invejado por uns, idolatrado por outros, Pinto da Costa, é sem dúvida um dos maiores Presidentes de futebol de todo o mundo. Nos seus 33 anos de mandato, Pinto da Costa consta com um palmarés... imbatível!!! São 33 anos da sua vida fartos de feitos históricos, num total de 117 títulos no comando dos Dragões, com especial destaque para uma Taça dos Campeões Europeus, uma Liga dos Campeões Europeus, uma Taça UEFA, uma Liga Europa e duas Taças Intercontinentais.
Esperemos que continue muito mais tempo à frente dos destinos do FC Porto e que continue a ser como sempre foi até hoje. Por fim, o meu desejo que os invejosos e os prevaricadores que o tentam prejudicar, o façam ainda crescer mais como pessoa e como líder.
Presidente, Parabéns por mais um ano de vida!
nota: fotografia "roubada" ao Pedro Blue.
UMA VEZ MAIS, AS “FÉRIAS”...
http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Já aqui escrevi sobre o assunto, mais infelizmente não consigo deixar de voltar a fazê-lo...
Como é da praxe, aconteceu neste Natal a habitual debandada de jogadores do FC Porto, rumo às “férias” de Natal, mesmo num cenário de termos jogo na próxima terça-feira e, mais importante ainda, estar já ao virar da esquina um dos jogos da época. Provavelmente o jogo que marcará o tom para os próximos tempos, ou seja, o jogo do ano até agora.
Sendo esta uma data importante do ponto de vista civilizacional e atendendo a que o Natal é uma festa que ultrapassa cada vez mais a própria origem religiosa da celebração, significando para muitos a data de reunião familiar por excelência, acho perfeitamente natural que todos pretendam celebrá-la junto dos seus familiares mais próximos.
Os jogadores e treinadores são, portanto, “pessoas normais” e querem estar com as famílias? Claro que sim, legitimamente. No entanto outros também o querem e não o podem fazer por força das responsabilidades profissionais e nem se tratam de casos em que auferem largos milhares de euros por mês. Daí que não entenda como se opta por permitir estas situações, ao invés de manter um programa de trabalho regular, mais ainda quando se tratam de profissionais que têm disponibilidade financeira para assegurar que as suas famílias os possam visitar nesta quadra.
Focando no FC Porto, confesso a minha estranheza com que isto continue a acontecer desta maneira, mesmo com um jogo importantíssimo para a estabilidade colectiva de jogadores e treinador no próximo dia…2! Sim, não é a 7, nem a 8, nem a 15… É já no próximo sábado! Se tivéssemos um calendário como o inglês como faríamos? Não mudaríamos nada e pediríamos o adiamento dos jogos para manter a tradição das “férias”?
Não treinar, em alguns casos viajar para países com diferentes fusos horários, viver uns dias sem amarras, não terá efeitos sobre a capacidade física? Se assim é porque se treina? Se não temos nada a trabalhar durante tantos dias porque é que por vezes existem desculpas do género “temos tido sobrecarga de jogos e falta de tempo para treinar e melhorar”?
Já pratiquei desporto de alta competição (noutra modalidade, aquela que o treinador do benfica acha simples…) e lembro-me bem da exigência que tínhamos nesta época, mesmo sem sermos profissionais. Desde tenra idade estes dias eram aproveitados para treinar ainda mais, uma vez que não tínhamos outros afazeres. Esta quadra era assim recheada de treinos bidiários, com treinos inclusivamente na manhã de 24! E quando tínhamos provas importantes no inicio do novo ano chegamos a ter de treinar no dia 1 de manhã. Tudo em nome da evolução e da concentração em torno dos objectivos desportivos, única forma de estarmos mais próximos do sucesso. Mas se calhar era tudo um erro, ou então provavelmente no desporto profissional não é necessário ter o mesmo cuidado...
Resta-nos desejar que pelo menos regressem concentrados e com a motivação em alta e que tenham tido algum cuidado nestes dias...
Continuação de boas festas!
Como é da praxe, aconteceu neste Natal a habitual debandada de jogadores do FC Porto, rumo às “férias” de Natal, mesmo num cenário de termos jogo na próxima terça-feira e, mais importante ainda, estar já ao virar da esquina um dos jogos da época. Provavelmente o jogo que marcará o tom para os próximos tempos, ou seja, o jogo do ano até agora.
Sendo esta uma data importante do ponto de vista civilizacional e atendendo a que o Natal é uma festa que ultrapassa cada vez mais a própria origem religiosa da celebração, significando para muitos a data de reunião familiar por excelência, acho perfeitamente natural que todos pretendam celebrá-la junto dos seus familiares mais próximos.
Os jogadores e treinadores são, portanto, “pessoas normais” e querem estar com as famílias? Claro que sim, legitimamente. No entanto outros também o querem e não o podem fazer por força das responsabilidades profissionais e nem se tratam de casos em que auferem largos milhares de euros por mês. Daí que não entenda como se opta por permitir estas situações, ao invés de manter um programa de trabalho regular, mais ainda quando se tratam de profissionais que têm disponibilidade financeira para assegurar que as suas famílias os possam visitar nesta quadra.
Focando no FC Porto, confesso a minha estranheza com que isto continue a acontecer desta maneira, mesmo com um jogo importantíssimo para a estabilidade colectiva de jogadores e treinador no próximo dia…2! Sim, não é a 7, nem a 8, nem a 15… É já no próximo sábado! Se tivéssemos um calendário como o inglês como faríamos? Não mudaríamos nada e pediríamos o adiamento dos jogos para manter a tradição das “férias”?
Não treinar, em alguns casos viajar para países com diferentes fusos horários, viver uns dias sem amarras, não terá efeitos sobre a capacidade física? Se assim é porque se treina? Se não temos nada a trabalhar durante tantos dias porque é que por vezes existem desculpas do género “temos tido sobrecarga de jogos e falta de tempo para treinar e melhorar”?
Já pratiquei desporto de alta competição (noutra modalidade, aquela que o treinador do benfica acha simples…) e lembro-me bem da exigência que tínhamos nesta época, mesmo sem sermos profissionais. Desde tenra idade estes dias eram aproveitados para treinar ainda mais, uma vez que não tínhamos outros afazeres. Esta quadra era assim recheada de treinos bidiários, com treinos inclusivamente na manhã de 24! E quando tínhamos provas importantes no inicio do novo ano chegamos a ter de treinar no dia 1 de manhã. Tudo em nome da evolução e da concentração em torno dos objectivos desportivos, única forma de estarmos mais próximos do sucesso. Mas se calhar era tudo um erro, ou então provavelmente no desporto profissional não é necessário ter o mesmo cuidado...
Resta-nos desejar que pelo menos regressem concentrados e com a motivação em alta e que tenham tido algum cuidado nestes dias...
Continuação de boas festas!
27 dezembro, 2015
FC PORTO ASSINA MAIOR CONTRATO DA HISTÓRIA DO DESPORTO PORTUGUÊS.
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27/12/2015
Dragões cederam à PT o direito de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional a partir de 2018
O FC Porto cedeu à PT o direito de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional durante dez épocas, a partir da época 2018, por 457,5 milhões de euros, no que é o maior contrato da história do desporto em Portugal.
Paralelamente, o contrato prevê a cedência da publicidade nas camisolas já a partir de Janeiro, ao mesmo tempo que garante à PT durante 12 épocas e meia, com início a 1 de Janeiro próximo, do direito de transmissão do Porto Canal.
Até ao Verão de 2018 mantém-se em vigor o contrato de cedência dos direitos de transmissão dos jogos em casa do campeonato, anteriormente assinado.
Pode consultar o comunicado na íntegra AQUI.
fonte: fcporto.pt
Dragões cederam à PT o direito de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional a partir de 2018
O FC Porto cedeu à PT o direito de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional durante dez épocas, a partir da época 2018, por 457,5 milhões de euros, no que é o maior contrato da história do desporto em Portugal.
Paralelamente, o contrato prevê a cedência da publicidade nas camisolas já a partir de Janeiro, ao mesmo tempo que garante à PT durante 12 épocas e meia, com início a 1 de Janeiro próximo, do direito de transmissão do Porto Canal.
Até ao Verão de 2018 mantém-se em vigor o contrato de cedência dos direitos de transmissão dos jogos em casa do campeonato, anteriormente assinado.
Pode consultar o comunicado na íntegra AQUI.
fonte: fcporto.pt
Pedro Ferreira de Sousa
dezembro 27, 2015
o azul e franco do pedro ferreira de sousa
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CONTO DE NATAL.
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Natal é tempo de amor, família, carinho, demonstrações de afeto, abraços e beijos.
Natal é, ainda, tempo de recolha, introspeção e reflexão.
As famílias reúnem-se, relembram Natais passados e as vezes que repetiram o bacalhau e as rabanadas da Tia Teresa. Como se perspetiva a chegada de novos membros à família, discute-se quem fará de Pai Natal em futuros Natais. O Natal volta a fazer sentido outra vez.
Chega à meia-noite e há sempre alguém encarregado de distribuir os presentes, alguém que adora fazer o suspense, criar aquela tensão de “para quem será?! O que será?!”. E abana o presente. E leva o embrulho às orelhas para tentar ouvir algum som.
A noite passa e para o ano há mais.
Isto nas famílias normais.
Na dele não. A família dele nunca foi, também neste contexto, normal.
A ceia de Natal passa-a com a mãe num hotel, nesses jantares pré-pagos de menus fartos e, por isso, muito pouco católicos. O dia de Natal passa-o, normalmente, na cama. Ou perto dela.
Este ano não foi diferente. Mas houve algo diferente.
Revisitou um hotel que já tinha frequentado, também num jantar de Natal, há cerca de quinze anos.
Quando se sentou na sala de jantar, lembrou-se que, há cerca de quinze anos, também ali tinha estado.
A carpete era a mesma. Os mesmos símbolos marítimos.
Lembrou-se, concretamente, que, naquela mesma sala, há cerca de quinze anos, encontrou Benni McCarthy a passar o Natal com a sua família.
Deixou que o jantar terminasse e, tímido, porque a situação era pessoalíssima e reservada, abordou Benni McCarthy para lhe pedir um autógrafo.
O sul-africano foi de tal forma amigável que ele acabou por comer a sobremesa na sua mesa.
Recebeu o autógrafo, um sorriso e um abraço e foi, de longe, a melhor prenda de Natal que poderia ter tido.
Tempo em que o Natal era especial.
Natal é, ainda, tempo de recolha, introspeção e reflexão.
As famílias reúnem-se, relembram Natais passados e as vezes que repetiram o bacalhau e as rabanadas da Tia Teresa. Como se perspetiva a chegada de novos membros à família, discute-se quem fará de Pai Natal em futuros Natais. O Natal volta a fazer sentido outra vez.
Chega à meia-noite e há sempre alguém encarregado de distribuir os presentes, alguém que adora fazer o suspense, criar aquela tensão de “para quem será?! O que será?!”. E abana o presente. E leva o embrulho às orelhas para tentar ouvir algum som.
A noite passa e para o ano há mais.
Isto nas famílias normais.
Na dele não. A família dele nunca foi, também neste contexto, normal.
A ceia de Natal passa-a com a mãe num hotel, nesses jantares pré-pagos de menus fartos e, por isso, muito pouco católicos. O dia de Natal passa-o, normalmente, na cama. Ou perto dela.
Este ano não foi diferente. Mas houve algo diferente.
Revisitou um hotel que já tinha frequentado, também num jantar de Natal, há cerca de quinze anos.
Quando se sentou na sala de jantar, lembrou-se que, há cerca de quinze anos, também ali tinha estado.
A carpete era a mesma. Os mesmos símbolos marítimos.
Lembrou-se, concretamente, que, naquela mesma sala, há cerca de quinze anos, encontrou Benni McCarthy a passar o Natal com a sua família.
Deixou que o jantar terminasse e, tímido, porque a situação era pessoalíssima e reservada, abordou Benni McCarthy para lhe pedir um autógrafo.
O sul-africano foi de tal forma amigável que ele acabou por comer a sobremesa na sua mesa.
Recebeu o autógrafo, um sorriso e um abraço e foi, de longe, a melhor prenda de Natal que poderia ter tido.
Tempo em que o Natal era especial.
26 dezembro, 2015
“NÃO SOU EÇA DE QUEIROZ”.
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Abre um olho para mais um dia. Não compreende a razão de continuar a ver tudo escuro. Talvez abrindo o outro, se faça luz. Nada. Lembra-se da máscara de olhos que tem colocada e onde se lê “O Melhor Entre Todos, Bicampeão Nacional e da Taça da Liga 2013/2015”. Sente-se preso a ela e não se consegue desfazer de algo que representa tanto para si: por ter sido o Luís Filipe a oferecer numa hora de enlevo, por todo o simbolismo contido na coisa. É um sentimentalão, sabe. Não acha saudável a ciumeira do novo Presidente que já lhe fez saber que já mandou bordar uma em verde, com os mesmos – OU MAIS – dizeres e números. E em cetim puro.
Suspira. Espreguiça-se, estirando os membros que, sendo seus, sente serem privilegiados por terem nascido no corpinho certo. No dele, Jorge Fernando. Levanta-se da cama situada junto à grande janela do quarto do condomínio de luxo onde habita. O dia está bonito e ele vai sair para dar cabo dele. Arrasar. Como sempre o fez, vida fora, afinal. Ele, filho do pai Virgolino e filho da mãe. A casa está silenciosa e ainda bem. Hoje o novo Presidente não lhe veio fazer companhia enquanto toma o banho matinal. Há que aproveitar a sorte e o ocasional remanso e há coisas que um homem tem de fazer sozinho. Entra no quarto de banho esvoaçante, sacode a melena gloriosa que Deus lhe deu. Um poderoso shake. Hino do spordém a bombar na aparelhagem e começa a preparar o banho que será de imersão e terá direito a pétalas perfumadas. Velas. Há que se apaparicar.
No banho, imerso, sonha acordado. Com o que era, jogador muito fino, de técnica extraordinária, com o que é, portento da táctica, com taças andantes e com os Bryan Ruiz e os Tanakas desta vida. Lhe dessem Messis e Ronaldos ou o Abramovich do PariSanJermã. O contratassem Barças e Reales, Chelses, Baiernes e Manchtanaitedes. A época fantástica que está a fazer este ano no seu spordém, as duas épocas fantásticas de boas que fez nos outros… sabe que lhe servirão de trampolim para mais altos voos. Sente saudades do Talisca que nunca mais lhe ligou ou enviou uma SMS que fosse. Suspira. Sai de corpinho já cor-de-rosa da banheira de hidromassagem, e volta a dar um shake de baixo para cima ao cabelo. Pára em frente ao espelho. Contempla toda a sua estampa. Sorri o seu sorriso mais secreto que só ele conhece, sorri como só ele sabe. Pisca o olho, de malandro.
Do outro lado da porta, a mulher pergunta se demora muito a arranjar-se. “Saio já mor!!” Tem um esgar rápido, muito rápido, de dor. Lembra-se da eliminação recente às mãos do Braga. São coisas que escapam ao seu entendimento. Por muito que se esforce nas mais diversas frentes, realidades paralelas, por muito que tente chegar a todas as bolas e todas as vertentes de um jogo de futebol, não consegue (AINDA!) controlar tudo, todos os cenários, nomeadamente alguns golos dos adversários. Isso faz-lhe doer a alma, mas rapidamente tudo melhora com o seu creme com óleo de sementes de uva e um complexo com alfa, beta e poli-hidroxiácidos e com o escovar dos seus fios loiróplatinados. Sabe que tem de marcar nova ida ao salão, para cor e unhas.
Beijoca na sua Ivone, sai de casa em direcção à Academia, onde passa mais tempo do que no seu próprio condo. Este é o seu mundo perfeito. Que criou só para si. Tipo Deus só que sendo o mesmo Jorge Fernando de sempre, Cruyff da Reboleira. Tem já saudades dos seus meninos, dos cromos só seus, dos esquemas em campo e dos novos bloqueios que pretende implementar ainda hoje. Não chegou ainda ao portão e já vê ao longe a figura do seu Presidente aos saltinhos quando o avista. Já sabe o que o espera. Suspira e liga o piloto em modo automático quando sai do automóvel.
- Bom dia, Senhor Presidente de todos os Sportinguistas e também meu, como está o Senhor nesta bela manhã de solinho?
- Estou muito bem, obrigado, apesar das tentativas torpes de me empurrarem para a lama. Não conseguirão. Venham árbitros, reles bafientos, boquinhas ou Doyens. O raio do velhote no meu lugar já estaria na lama, não acha? Estendido ao comprido? Hein?
- Acho que ainda não, Presidente, acardito que não, mas quase. A propósito, estive com ele ontem. Somos amigos de abraço, como sabe. Consegui-lhe mais um autógrafo. Como bónus, trouxe-lhe um da Nandinha, boa rapariga.
- Oh!! Sabia que podia contar consigo! Vou emoldurá-los e vão juntar-se ao meu espólio pessoal, bem ao lado do poster em tamanho gigante que tenho do velhote lá em casa.
- Quem não o conhecer até diria que tem um fetiche pelo homem, o’ Presidente. Veja lá.
- Eu?! Eu detesto o velho caquético!!! Por quem me toma? Abomino-o. Gosto é de o manter debaixo de olho, sob a minha vigilância, burro velho, apito dourado, rufia que anda no bafiento futebol português, nem a idade lhe dá vergonha. Quero é que se retire dos estádios, ele mais os seus capangas. Vivo para esse dia. Reinarei sobre todos.
“E eu vivo para o dia em que vou trabalhar com ele”, pensa Jorge Fernando. “Depois de honrar a memória de cinco-violinista do meu paizinho, é o que tenciono fazer. Amo este clube, sou leão, tenho juba e tudo mas quero deitar labaredas de Dragão pela boca, tipo o Quaresma, outro grande amigo meu. Quero trabalhar naquela Casa, ganhar títalos, ter estátua no museu. Fazer o que o Lote… Lotapegui não vai conseguir nos dias desta vida”. LOLES!!
- Diga?
- Nada, nada. Esta a pensar alto. A divagar nas tácticas.
- Divague mas não se perca. Não fiquei contente com os últimos resultados e vem aí o jogo com os parolos lá de cima e só quero ver a cara do velho no fim dos 90 minutos. Vamos ter champanhe a rolar. E em Maio quero ter reservado o Marquês. Vai ver o nível dos nossos festejos, nada que compare à baixeza do clube de onde veio, por muito gourmets que sejam. Hahahaha!
- Não se preocupe, o’ Presidente. Os do Porto regressam ao Dragão de saco cheio. Muda aos cinco e acaba aos dez.
- Isso! Em boa hora o contratei. Bom, depois deixe-me os autógrafos em cima da secretária ou com a Maria Francisca de Sacadura-Valverde. Vou emitir um comunicado e actualizar o meu mural no Face – sim porque eu tenho Face!!! E o velhote nem sabe o que o Face é! – mandar umas bocas aos árbitros e coisas que tal. Almoçamos juntos, sim? Temos de convencer o asno do jumento do Carrillo a ficar. Ele que não me lixe.
Jorge Fernando fica a vê-lo a afastar-se, Presidente saltitante, contente, delirante da vida, mesmo que tenha perdido o primeiro lugar. Sabe como o manter assim. Ocupado. Basta manter a proverbial cenoura à sua frente. Logo fica absorto nas questões de forno interno do clube. Enche o peito de ar. Não sendo o Eça de Queiroz, longe disso, é o treinador do “triplete”, o GQ Man Of the Year 2015, das finais europeias, o melhor do mundo da bola. Só lhe falta mesmo a Champions. Sabe que a vai ganhar, não sabe em que dia ou em que ano, mas sabe que a vai ter, dê lá por onde der. Sabe como trabalha. E sabe também que vai ser campeão nacional uma vez mais este ano. Sabe que vê diferente. Que vê largo e mais que os outros todos juntos. Uma visão catedrática, pioneira do futebol, uma mestria a toda a prova. Qual José Maria Pedroto, qual Mourinho, qual Inácio, qual Dumas, qual quê? Quer ficar na História do futebol português, internacional e mundial, como o treinador recordista de títalos, como o gajo que um dia rejeitou uma proposta do AC Milan. Limpinho, limpinho.
Já no campo de treinos, espera pelos seus homens. É o primeiro a chegar. Dispõe os pinos efervescentes no esquema que quer treinar no relvado. Aparecem os primeiros jogadores. Logo o plantel inteiro está às suas ordens:
- “Oh, Adrien, Gelson, oh tu aí! Vocês os quatro formem aí um triângulo!”
Suspira. Espreguiça-se, estirando os membros que, sendo seus, sente serem privilegiados por terem nascido no corpinho certo. No dele, Jorge Fernando. Levanta-se da cama situada junto à grande janela do quarto do condomínio de luxo onde habita. O dia está bonito e ele vai sair para dar cabo dele. Arrasar. Como sempre o fez, vida fora, afinal. Ele, filho do pai Virgolino e filho da mãe. A casa está silenciosa e ainda bem. Hoje o novo Presidente não lhe veio fazer companhia enquanto toma o banho matinal. Há que aproveitar a sorte e o ocasional remanso e há coisas que um homem tem de fazer sozinho. Entra no quarto de banho esvoaçante, sacode a melena gloriosa que Deus lhe deu. Um poderoso shake. Hino do spordém a bombar na aparelhagem e começa a preparar o banho que será de imersão e terá direito a pétalas perfumadas. Velas. Há que se apaparicar.
No banho, imerso, sonha acordado. Com o que era, jogador muito fino, de técnica extraordinária, com o que é, portento da táctica, com taças andantes e com os Bryan Ruiz e os Tanakas desta vida. Lhe dessem Messis e Ronaldos ou o Abramovich do PariSanJermã. O contratassem Barças e Reales, Chelses, Baiernes e Manchtanaitedes. A época fantástica que está a fazer este ano no seu spordém, as duas épocas fantásticas de boas que fez nos outros… sabe que lhe servirão de trampolim para mais altos voos. Sente saudades do Talisca que nunca mais lhe ligou ou enviou uma SMS que fosse. Suspira. Sai de corpinho já cor-de-rosa da banheira de hidromassagem, e volta a dar um shake de baixo para cima ao cabelo. Pára em frente ao espelho. Contempla toda a sua estampa. Sorri o seu sorriso mais secreto que só ele conhece, sorri como só ele sabe. Pisca o olho, de malandro.
Do outro lado da porta, a mulher pergunta se demora muito a arranjar-se. “Saio já mor!!” Tem um esgar rápido, muito rápido, de dor. Lembra-se da eliminação recente às mãos do Braga. São coisas que escapam ao seu entendimento. Por muito que se esforce nas mais diversas frentes, realidades paralelas, por muito que tente chegar a todas as bolas e todas as vertentes de um jogo de futebol, não consegue (AINDA!) controlar tudo, todos os cenários, nomeadamente alguns golos dos adversários. Isso faz-lhe doer a alma, mas rapidamente tudo melhora com o seu creme com óleo de sementes de uva e um complexo com alfa, beta e poli-hidroxiácidos e com o escovar dos seus fios loiróplatinados. Sabe que tem de marcar nova ida ao salão, para cor e unhas.
Beijoca na sua Ivone, sai de casa em direcção à Academia, onde passa mais tempo do que no seu próprio condo. Este é o seu mundo perfeito. Que criou só para si. Tipo Deus só que sendo o mesmo Jorge Fernando de sempre, Cruyff da Reboleira. Tem já saudades dos seus meninos, dos cromos só seus, dos esquemas em campo e dos novos bloqueios que pretende implementar ainda hoje. Não chegou ainda ao portão e já vê ao longe a figura do seu Presidente aos saltinhos quando o avista. Já sabe o que o espera. Suspira e liga o piloto em modo automático quando sai do automóvel.
- Bom dia, Senhor Presidente de todos os Sportinguistas e também meu, como está o Senhor nesta bela manhã de solinho?
- Estou muito bem, obrigado, apesar das tentativas torpes de me empurrarem para a lama. Não conseguirão. Venham árbitros, reles bafientos, boquinhas ou Doyens. O raio do velhote no meu lugar já estaria na lama, não acha? Estendido ao comprido? Hein?
- Acho que ainda não, Presidente, acardito que não, mas quase. A propósito, estive com ele ontem. Somos amigos de abraço, como sabe. Consegui-lhe mais um autógrafo. Como bónus, trouxe-lhe um da Nandinha, boa rapariga.
- Oh!! Sabia que podia contar consigo! Vou emoldurá-los e vão juntar-se ao meu espólio pessoal, bem ao lado do poster em tamanho gigante que tenho do velhote lá em casa.
- Quem não o conhecer até diria que tem um fetiche pelo homem, o’ Presidente. Veja lá.
- Eu?! Eu detesto o velho caquético!!! Por quem me toma? Abomino-o. Gosto é de o manter debaixo de olho, sob a minha vigilância, burro velho, apito dourado, rufia que anda no bafiento futebol português, nem a idade lhe dá vergonha. Quero é que se retire dos estádios, ele mais os seus capangas. Vivo para esse dia. Reinarei sobre todos.
“E eu vivo para o dia em que vou trabalhar com ele”, pensa Jorge Fernando. “Depois de honrar a memória de cinco-violinista do meu paizinho, é o que tenciono fazer. Amo este clube, sou leão, tenho juba e tudo mas quero deitar labaredas de Dragão pela boca, tipo o Quaresma, outro grande amigo meu. Quero trabalhar naquela Casa, ganhar títalos, ter estátua no museu. Fazer o que o Lote… Lotapegui não vai conseguir nos dias desta vida”. LOLES!!
- Diga?
- Nada, nada. Esta a pensar alto. A divagar nas tácticas.
- Divague mas não se perca. Não fiquei contente com os últimos resultados e vem aí o jogo com os parolos lá de cima e só quero ver a cara do velho no fim dos 90 minutos. Vamos ter champanhe a rolar. E em Maio quero ter reservado o Marquês. Vai ver o nível dos nossos festejos, nada que compare à baixeza do clube de onde veio, por muito gourmets que sejam. Hahahaha!
- Não se preocupe, o’ Presidente. Os do Porto regressam ao Dragão de saco cheio. Muda aos cinco e acaba aos dez.
- Isso! Em boa hora o contratei. Bom, depois deixe-me os autógrafos em cima da secretária ou com a Maria Francisca de Sacadura-Valverde. Vou emitir um comunicado e actualizar o meu mural no Face – sim porque eu tenho Face!!! E o velhote nem sabe o que o Face é! – mandar umas bocas aos árbitros e coisas que tal. Almoçamos juntos, sim? Temos de convencer o asno do jumento do Carrillo a ficar. Ele que não me lixe.
Jorge Fernando fica a vê-lo a afastar-se, Presidente saltitante, contente, delirante da vida, mesmo que tenha perdido o primeiro lugar. Sabe como o manter assim. Ocupado. Basta manter a proverbial cenoura à sua frente. Logo fica absorto nas questões de forno interno do clube. Enche o peito de ar. Não sendo o Eça de Queiroz, longe disso, é o treinador do “triplete”, o GQ Man Of the Year 2015, das finais europeias, o melhor do mundo da bola. Só lhe falta mesmo a Champions. Sabe que a vai ganhar, não sabe em que dia ou em que ano, mas sabe que a vai ter, dê lá por onde der. Sabe como trabalha. E sabe também que vai ser campeão nacional uma vez mais este ano. Sabe que vê diferente. Que vê largo e mais que os outros todos juntos. Uma visão catedrática, pioneira do futebol, uma mestria a toda a prova. Qual José Maria Pedroto, qual Mourinho, qual Inácio, qual Dumas, qual quê? Quer ficar na História do futebol português, internacional e mundial, como o treinador recordista de títalos, como o gajo que um dia rejeitou uma proposta do AC Milan. Limpinho, limpinho.
Já no campo de treinos, espera pelos seus homens. É o primeiro a chegar. Dispõe os pinos efervescentes no esquema que quer treinar no relvado. Aparecem os primeiros jogadores. Logo o plantel inteiro está às suas ordens:
- “Oh, Adrien, Gelson, oh tu aí! Vocês os quatro formem aí um triângulo!”
24 dezembro, 2015
FELIZ NATAL.
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23 dezembro, 2015
“BÊS” PERDEM FRENTE AO TOTTENHAM.
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TOTTENHAM-FC PORTO B, 4-0
Premier League International Cup, Grupo B, 3.ª jornada
23 de Dezembro de 2015
Broadhall Way, em Stevenage, Inglaterra
Árbitro: Josh Smith (Inglaterra).
Assistentes: Andrew Humphries e Stuart Franklin (Inglaterra).
Quarto árbitro: Joel Mannix (Inglaterra).
TOTTENHAM: Tom Glover; Kyle Walker, Filip Lesniak, Milos Veljkovic (cap.) e Luke Amos; Cameron Carter-Vickers, Andros Townsend e Harry Winks; Anton Walkes, Shaquile Coulthirst e Josh Onomah.
Substituições: Josh Onomah por Will Miller (46m), Shaquile Coulthirst por Shayon Harrison (72m) e Anton Walkes por Emmanuel Sonupe (78m).
Não utilizados: Tom McDermott e Anthony Giorgiu.
Treinador: Ugo Ehiogu.
FC PORTO B: André Caio (cap.); Rodrigo, Verdasca, Maurício e Pité; Rui Moreira, Fede Varela e Sérgio Ribeiro; Cláudio, Gleison e Leonardo.
Substituições: Sérgio Ribeiro por Moreto Cassamá (58m), Fede Varela por Enrick Santos (58m) e Gleison por Rui Pedro (74m).
Não utilizados: João Costa, Jorge, Fernando e Luís Mata.
Treinador: Luís Castro.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Shaquile Coulthrist (31m e 34m), Anton Walkes (77m) e Emmanuel Sonupe (89m).
Disciplina: cartão amarelo a Emmanuel Sonupe (86m).
O FC Porto B perdeu esta quarta-feira diante do Tottenham (0-4), em Stevenage, Inglaterra, em jogo a contar para a terceira e última jornada do Grupo B da Premier League International Cup. Já com o apuramento garantido para os quartos-de-final da competição, nos quais irá defrontar o Benfica B, os azuis e brancos terminaram o agrupamento na segunda posição, precisamente atrás do Tottenham. Ambas as equipas somaram seis pontos, mas os londrinos ficaram com vantagem no confronto directo.
Mesmo com várias alterações promovidas por Luís Castro na equipa inicial, o FC Porto B entrou melhor e pertenceu aos Dragões o primeiro lance digno de registo, mas o remate de longe de Pité passou escassos centímetros por cima da baliza à guarda de Tom Glover (4m). O jogo foi-se equilibrando com o passar do tempo, mas a sorte sorriu duplamente aos londrinos num espaço de poucos minutos, durante o qual fizeram dois golos, ambos de Shaquile Coulthrist e ambos em recargas a remates defendidos por André Caio (31m e 34m). Foram os dois momentos decisivos da primeira parte.
Na etapa complementar, voltou a ser a eficácia do Tottenham a fazer toda a diferença. Mesmo perante o maior ascendente portista, no intuito de reduzir a desvantagem no marcador, foram os londrinos a voltar a balançar as redes, desta feita por intermédio de Anton Walkes, que finalizou facilmente uma jogada de contra-ataque conduzida por Andros Townsend (77m). Emmanuel Sonupe ainda fez o 0-4 já perto do final (89m), establencendo um resultado demasiado pesado para os portistas. Depois das vitórias sobre Schalke 04 e Everton, os Dragões perderam ao terceiro jogo, mas o objectivo de chegar aos quartos-de-final desta Premier League International Cup já estava cumprido.
fonte: fcporto.pt
RESUMO DO JOGO
Premier League International Cup, Grupo B, 3.ª jornada
23 de Dezembro de 2015
Broadhall Way, em Stevenage, Inglaterra
Árbitro: Josh Smith (Inglaterra).
Assistentes: Andrew Humphries e Stuart Franklin (Inglaterra).
Quarto árbitro: Joel Mannix (Inglaterra).
TOTTENHAM: Tom Glover; Kyle Walker, Filip Lesniak, Milos Veljkovic (cap.) e Luke Amos; Cameron Carter-Vickers, Andros Townsend e Harry Winks; Anton Walkes, Shaquile Coulthirst e Josh Onomah.
Substituições: Josh Onomah por Will Miller (46m), Shaquile Coulthirst por Shayon Harrison (72m) e Anton Walkes por Emmanuel Sonupe (78m).
Não utilizados: Tom McDermott e Anthony Giorgiu.
Treinador: Ugo Ehiogu.
FC PORTO B: André Caio (cap.); Rodrigo, Verdasca, Maurício e Pité; Rui Moreira, Fede Varela e Sérgio Ribeiro; Cláudio, Gleison e Leonardo.
Substituições: Sérgio Ribeiro por Moreto Cassamá (58m), Fede Varela por Enrick Santos (58m) e Gleison por Rui Pedro (74m).
Não utilizados: João Costa, Jorge, Fernando e Luís Mata.
Treinador: Luís Castro.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Shaquile Coulthrist (31m e 34m), Anton Walkes (77m) e Emmanuel Sonupe (89m).
Disciplina: cartão amarelo a Emmanuel Sonupe (86m).
O FC Porto B perdeu esta quarta-feira diante do Tottenham (0-4), em Stevenage, Inglaterra, em jogo a contar para a terceira e última jornada do Grupo B da Premier League International Cup. Já com o apuramento garantido para os quartos-de-final da competição, nos quais irá defrontar o Benfica B, os azuis e brancos terminaram o agrupamento na segunda posição, precisamente atrás do Tottenham. Ambas as equipas somaram seis pontos, mas os londrinos ficaram com vantagem no confronto directo.
Mesmo com várias alterações promovidas por Luís Castro na equipa inicial, o FC Porto B entrou melhor e pertenceu aos Dragões o primeiro lance digno de registo, mas o remate de longe de Pité passou escassos centímetros por cima da baliza à guarda de Tom Glover (4m). O jogo foi-se equilibrando com o passar do tempo, mas a sorte sorriu duplamente aos londrinos num espaço de poucos minutos, durante o qual fizeram dois golos, ambos de Shaquile Coulthrist e ambos em recargas a remates defendidos por André Caio (31m e 34m). Foram os dois momentos decisivos da primeira parte.
Na etapa complementar, voltou a ser a eficácia do Tottenham a fazer toda a diferença. Mesmo perante o maior ascendente portista, no intuito de reduzir a desvantagem no marcador, foram os londrinos a voltar a balançar as redes, desta feita por intermédio de Anton Walkes, que finalizou facilmente uma jogada de contra-ataque conduzida por Andros Townsend (77m). Emmanuel Sonupe ainda fez o 0-4 já perto do final (89m), establencendo um resultado demasiado pesado para os portistas. Depois das vitórias sobre Schalke 04 e Everton, os Dragões perderam ao terceiro jogo, mas o objectivo de chegar aos quartos-de-final desta Premier League International Cup já estava cumprido.
fonte: fcporto.pt
RESUMO DO JOGO
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CASTELO DE CARTAS.
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- "A estratégia passava por colocar os sócios do FC Porto contra a equipa, enervar o adversário, mas não foi possível..."
E diga-se de passagem, até poderia ter resultado.
Num jogo, porventura o mais bem conseguido no campeonato este ano, em que acabávamos de atingir o topo da classificação isolados, não faltou uma vaia monumental porque entrou o jogador A em detrimento de B, como se o futebol fosse subitamente transformado numa qualquer "Casa dos Segredos" onde o espectador pode votar no seu preferido, fazendo birra se o seu desejo não for concedido.
Mas o que é isto?
Em que é que o Dragão se transformou?
Não deveria ser o nosso Estádio uma fortaleza inexpugnável?
Um local em que os nossos adversários tremessem ao entrar em campo?
Parece que não.
O Dragão aos olhos de treinadores de equipas manhosas é barro moldável.
Um qualquer treinador de distrital saberá a estratégia acertada a passar aos seus jogadores:
- - Vamos lá rapazes! A estratégia é o habitual 4-4-2. Dois avançados à frente da nossa meia lua, 4 médios na marca de penalty e os defesas fecham a linha de pequena área. O Xico Gato está lá para apanhar as bolas que passarem.
- Mas, Ó Mister, eles vão-nos fazer picadinho.
- É nada, Zé Meco. Vamos lá ver. Vocês têm que aguentar os primeiros 25/30 minutos. Corram, matem-se, atirem-se para o chão, mas não os deixem chutar à baliza. O gajo que falhar vai a pé para casa. Depois, quero um a marcar o Herrera. Mal o tipo receber a bola, estão 30.000 de assobio armado. Ele vai falhar o passe. Não apertem muito com o Aboubakar. Quanto mais fácil for o golo, mais perto está ele de atirar ao lado. Caiam antes em cima daqueles extremos. Esses são lixados. Se o Imbula jogar, vai a ele o nosso camisa 20, o Milhões. Põe-no logo atarantado.
- Mas, Ó Mister, eles vão variar o jogo de um lado para o outro, e nós vamos ficar todos rotos. Vamos abrir buracos na defesa.
- És mesmo morcão, Nel Tosco! Não percebes que se eles fizerem isso, tens os gajos todos na bancada a assobiar. A bola até lhes vai queimar nos pés. Na 2ª parte, meto o Fuínha Turbo, vocês mandam chutão para a frente, e pimba! Uma arrancada e golo.
O Estádio vem abaixo.
Olhem para os Ultras! Aquilo sim, são o nosso orgulho.
Podem odiar o treinador, este ou aquele jogador, a forma sofrível como por vezes jogámos, mas estão lá, SEMPRE!
De gargantas afinadas a apoiar incondicionalmente a equipa. Isso é Amor!
Ponham os olhos neles.
E façam do Dragão um lugar temível com mais de 40.000 ultras.
Um Feliz Natal para todos.
22 dezembro, 2015
ANDEBOL CONTINUA A FAZER HISTÓRIA.
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ANDEBOL
- FC PORTO 35-30 sporting
Ao intervalo, o FC Porto já vencia por 19-13 com Areia e Gustavo em grande forma a colocarem ao rubro o inferno do dragão! Zupo inchava cada vez mais e não conseguia de maneira alguma travar o heptacampeão. Na segunda parte, chegamos aos 9 golos de diferença (23-14), mas depois, com a gestão do plantel, foi natural um certo encurtamento da diferença (35-30).
E já lá vão mais de 15 anos sem um só rugido do leão na casa do dragão no andebol (desde Fevereiro de 2000 que cá não ganham). Já lá vão 17 vitórias consecutivas neste campeonato (anterior recorde era já do Porto, o de Obradovic, mas de apenas 15 vitórias). A fase regular está praticamente ganha!
Neste jogo, Gustavo marcou 9 golos, Areia 8, Gilberto 5 e Daymaro 4.
- abc 27-30 FC PORTO
Esta, foi a 16ª vitória em 16 jogos. Gilberto marcou 6, Areia 5 e Morales 4.
- PRÓXIMOS JOGOS
BASQUETEBOL
- ovarense 75-49 FC PORTO
- PRÓXIMOS JOGOS
HÓQUEI EM PATINS
- benfica 6-4 FC PORTO
Nicolia empata nesse livre direto e a moral de um Porto que estava por cima do jogo, a calar a luz e a ganhar com todo o mérito, veio toda abaixo. A equipa jovem sentiu a injustiça do 4-4 e logo a seguir um golo do meio da rua dá a vitória aos da casa, ampliada ainda já sem guarda redes na nossa baliza.
A 7 minutos do fim ganhávamos 2-4, a 1 minuto 3-4, e a 15 segundos do fim estava 4-4. Foi muito injusto e esta bela equipa do Porto mostrou a todos que tem futuro, que tem potencial e tem treinador.
- PRÓXIMOS JOGOS
Bom Natal, boas entradas e até dia 5.
Um abraço do Lucho.
A ENORME "CRISE" DO FCPORTO.
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Das muitas coisas que tenho lido nos últimos tempos sobre a enorme “crise” pela qual o FC Porto passa, segundo aquilo que já foi convencionado pela inefável comunicação social lisboeta e aceite como verdade indesmentível por tantos Portistas, confesso que o artigo escrito num dos espaços anti-Portistas de referência (dirigido por um recente convidado da gala Dragões de Ouro) por Pedro Marques Lopes está repleto de ideias com as quais concordo.
Sobre os problemas de Lopetegui, as insuficiências do seu modelo de jogo, as opções duvidosas na escolha de jogadores e a evolução (ou falta dela) exibicional que se verificou de um ano para o outro já foi praticamente tudo dito e escrito, porque relativamente ao FC Porto todos os aspetos negativos são exponenciados e esmiuçados por toda a gente. Tudo o que é negativo é exponenciado, comentado, esmiuçado e refletido ao mais ínfimo pormenor. Falo sobretudo de espaços opinião de adeptos do FC Porto.
Como PML dizia a páginas tantas no seu artigo de opinião, “pode-se acusar o basco de muita coisa, mas não se lhe pode negar o empenho e a coragem com que nos defende, e, demasiadas vezes sozinho”.
Não está em questão o desencanto que todos nós tivemos com a eliminação da Champions League, o nosso habitat natural, não está em causa o desencanto com várias exibições fracas, vários equívocos táticos e opções de jogadores. Nenhum Portista está satisfeito com a evolução da equipa, nenhum Portista está satisfeito com muitas das coisas que se têm visto dentro de campo em muitos jogos.
Agora, considero que se estão a passar todas as marcas do nível de exigência, estupidez ou o que o queiram chamar. Como ponto prévio devo dizer que também eu considero que seria lógica a entrada de André Silva dado o resultado dilatado e pela forma agradável como finalmente um jogo tinha decorrido no Dragão. Mas, caramba, desatar numa assobiadela monumental devido a uma opção do treinador num jogo que estava ganho, com uma exibição até positiva num jogo que deu liderança isolada no campeonato é algo que não me entra na cabeça. Para muitos adeptos do FC Porto as suas crenças pessoais, os seus gostos, opiniões e feelings acabam por ser mais importantes que o sucesso do clube como um coletivo. Tudo serve para malhar, até uma substituição a poucos minutos do fim num momento positivo da equipa.
Fazendo uma resenha do que têm sido os últimos anos no Dragão, sinteticamente lembro-me que Jesualdo foi criticado e muitas vezes apelidado de medroso… acabou por ser tricampeão nacional, passando sempre a fase de grupos da Champions. Adriaanse teve imensos problemas, era apelidado de “louco”, tinha imensos Portistas a odiá-lo e conquistou a dobradinha. De Vítor Pereira nem vale a pena falar muito, apenas relembrar o mesmo de sempre, treinador bicampeão com todo o mérito, uma derrota em 60 jogos às mãos da paixão de Bruno.
Independentemente de tudo o que se possa dizer, penso que seria a altura de TODOS colocarmos a mão na consciência sobre o que se está a passar não este ano, mas há já uma boa dezena de anos. Nenhum treinador serve, são todos burros, os jogadores é que são sempre o máximo, quando se ganha é apenas o Presidente, quando se perde é o burro do treinador ou o incompetente do Antero Henrique.
O cenário de catástrofe, do apocalipse e das trevas em relação ao FC Porto é algo que a nojenta comunicação social anti-Portista procura exponenciar ao máximo, sendo uma “música” que entra perfeitamente nos ouvidos de muitos Portistas que não distinguem crítica construtiva de crítica apenas com o objetivo de achincalhar e criar mais instabilidade.
Com toda esta conversa, estou muito longe de estar convencido com o futebol que a equipa tem demonstrado e ainda me falta muito para acreditar que estamos perto de vencer o que quer que seja. A pior coisa em que podemos entrar agora é numa euforia desmedida depois de atingir a liderança, porque na próxima jornada temos jogo de alto risco, em que a liderança será testada num terreno habitualmente muito difícil. Pensar que já não temos problemas só porque fizemos um bom jogo com a Académica é um erro crasso em que também ninguém deve entrar.
Volto a bater na mesma tecla que bato desde o início da época. Temos excelentes condições para ter sucesso mas para isso todos têm que remar para o mesmo lado, inclusivamente os adeptos. É tempo de todos pensarmos o que nós podemos fazer pelo clube e não aquilo que o clube nos pode dar. Seguramente não é uma assobiadela no final de um bom jogo por causa de uma opção do treinador discutível (com a qual eu também não concordei) que ajudará a equipa. Temos de estar todos unidos. Neste momento a palavra de ordem é UNIÃO entre todos. Aliás, temos que aproveitar a União que este fim-de-semana nos deu uma ajuda para prosseguir um caminho de sucesso, ultrapassando todos os problemas.
NOTA FINAL: Às vezes esquecemo-nos TODOS de alguns dados curiosos e interessantes, no meio do nosso ímpeto tremendo em falar, debater e refletir sobre a enorme “crise” do FC Porto. Os números do ano passado, crus e nus, foram um campeonato perdido por 3 pontos (com dezenas de pontos ganhos indevidamente pelo clube que venceu a competição) e os quartos-de-final da Champions League com uma derrota agregada de 3 golos de diferença perante uma das duas melhores equipas mundiais. Os números deste ano são 11 vitórias em 14 jogos no campeonato, 3 vitórias na taça de Portugal e 4 resultados positivos na Champions. A verdade é que não são números tão horríveis como isso.
PS: Voltaram as capas nojentas a exaltar um acontecimento tão raro que quando acontece tem honras de primeira página em tudo o que é jornal desportivo ou generalista, ou seja, um jogo em que o FC Porto é beneficiado é motivo para grandes parangonas com imagens do lance em causa e tudo. Para o próximo ano, convidem também o diretor do CM e do Record para a 1ª fila na gala dos Dragões de Ouro.
Sobre os problemas de Lopetegui, as insuficiências do seu modelo de jogo, as opções duvidosas na escolha de jogadores e a evolução (ou falta dela) exibicional que se verificou de um ano para o outro já foi praticamente tudo dito e escrito, porque relativamente ao FC Porto todos os aspetos negativos são exponenciados e esmiuçados por toda a gente. Tudo o que é negativo é exponenciado, comentado, esmiuçado e refletido ao mais ínfimo pormenor. Falo sobretudo de espaços opinião de adeptos do FC Porto.
Como PML dizia a páginas tantas no seu artigo de opinião, “pode-se acusar o basco de muita coisa, mas não se lhe pode negar o empenho e a coragem com que nos defende, e, demasiadas vezes sozinho”.
Não está em questão o desencanto que todos nós tivemos com a eliminação da Champions League, o nosso habitat natural, não está em causa o desencanto com várias exibições fracas, vários equívocos táticos e opções de jogadores. Nenhum Portista está satisfeito com a evolução da equipa, nenhum Portista está satisfeito com muitas das coisas que se têm visto dentro de campo em muitos jogos.
Agora, considero que se estão a passar todas as marcas do nível de exigência, estupidez ou o que o queiram chamar. Como ponto prévio devo dizer que também eu considero que seria lógica a entrada de André Silva dado o resultado dilatado e pela forma agradável como finalmente um jogo tinha decorrido no Dragão. Mas, caramba, desatar numa assobiadela monumental devido a uma opção do treinador num jogo que estava ganho, com uma exibição até positiva num jogo que deu liderança isolada no campeonato é algo que não me entra na cabeça. Para muitos adeptos do FC Porto as suas crenças pessoais, os seus gostos, opiniões e feelings acabam por ser mais importantes que o sucesso do clube como um coletivo. Tudo serve para malhar, até uma substituição a poucos minutos do fim num momento positivo da equipa.
Fazendo uma resenha do que têm sido os últimos anos no Dragão, sinteticamente lembro-me que Jesualdo foi criticado e muitas vezes apelidado de medroso… acabou por ser tricampeão nacional, passando sempre a fase de grupos da Champions. Adriaanse teve imensos problemas, era apelidado de “louco”, tinha imensos Portistas a odiá-lo e conquistou a dobradinha. De Vítor Pereira nem vale a pena falar muito, apenas relembrar o mesmo de sempre, treinador bicampeão com todo o mérito, uma derrota em 60 jogos às mãos da paixão de Bruno.
Independentemente de tudo o que se possa dizer, penso que seria a altura de TODOS colocarmos a mão na consciência sobre o que se está a passar não este ano, mas há já uma boa dezena de anos. Nenhum treinador serve, são todos burros, os jogadores é que são sempre o máximo, quando se ganha é apenas o Presidente, quando se perde é o burro do treinador ou o incompetente do Antero Henrique.
O cenário de catástrofe, do apocalipse e das trevas em relação ao FC Porto é algo que a nojenta comunicação social anti-Portista procura exponenciar ao máximo, sendo uma “música” que entra perfeitamente nos ouvidos de muitos Portistas que não distinguem crítica construtiva de crítica apenas com o objetivo de achincalhar e criar mais instabilidade.
Com toda esta conversa, estou muito longe de estar convencido com o futebol que a equipa tem demonstrado e ainda me falta muito para acreditar que estamos perto de vencer o que quer que seja. A pior coisa em que podemos entrar agora é numa euforia desmedida depois de atingir a liderança, porque na próxima jornada temos jogo de alto risco, em que a liderança será testada num terreno habitualmente muito difícil. Pensar que já não temos problemas só porque fizemos um bom jogo com a Académica é um erro crasso em que também ninguém deve entrar.
Volto a bater na mesma tecla que bato desde o início da época. Temos excelentes condições para ter sucesso mas para isso todos têm que remar para o mesmo lado, inclusivamente os adeptos. É tempo de todos pensarmos o que nós podemos fazer pelo clube e não aquilo que o clube nos pode dar. Seguramente não é uma assobiadela no final de um bom jogo por causa de uma opção do treinador discutível (com a qual eu também não concordei) que ajudará a equipa. Temos de estar todos unidos. Neste momento a palavra de ordem é UNIÃO entre todos. Aliás, temos que aproveitar a União que este fim-de-semana nos deu uma ajuda para prosseguir um caminho de sucesso, ultrapassando todos os problemas.
NOTA FINAL: Às vezes esquecemo-nos TODOS de alguns dados curiosos e interessantes, no meio do nosso ímpeto tremendo em falar, debater e refletir sobre a enorme “crise” do FC Porto. Os números do ano passado, crus e nus, foram um campeonato perdido por 3 pontos (com dezenas de pontos ganhos indevidamente pelo clube que venceu a competição) e os quartos-de-final da Champions League com uma derrota agregada de 3 golos de diferença perante uma das duas melhores equipas mundiais. Os números deste ano são 11 vitórias em 14 jogos no campeonato, 3 vitórias na taça de Portugal e 4 resultados positivos na Champions. A verdade é que não são números tão horríveis como isso.
PS: Voltaram as capas nojentas a exaltar um acontecimento tão raro que quando acontece tem honras de primeira página em tudo o que é jornal desportivo ou generalista, ou seja, um jogo em que o FC Porto é beneficiado é motivo para grandes parangonas com imagens do lance em causa e tudo. Para o próximo ano, convidem também o diretor do CM e do Record para a 1ª fila na gala dos Dragões de Ouro.