competição: Liga Campeões 2007/08, grupo A, 1ª jorn
data: 18.09.2007
local: Estádio do Dragão, Porto
espectadores: 41.208
fc porto: Nuno; Bosingwa, Bruno Alves, João Paulo, Jorge Fucile; Paulo Assunção, Raul Meireles (Mariano Gonzalez, 63m), Lucho Gonzalez; Sektioui (Farias, 63m), Lisandro Lopez e Quaresma
golos: Lucho (8m, g.p.), Kuyt (17m)
O final de tarde prometia uma noite em grande para todo os Portistas em geral, mas afinal, FC Porto e Liverpool empataram a uma bola nesta 1ª jornada da fase de grupos (grupo A) da Liga dos Campeões 2007/08. Perante algumas variantes que ocorreram ao longo do jogo, pode-se dizer que este foi um bom resultado para os ingleses… mas, um mau resultado, passe a expressão, para os azuis-e-brancos, porque finalizado o jogo, ficou no ar uma leve sensação de que a vitória esteve ali mesmo ao lado, mas terá faltado claramente uma maior
‘ousadia’ para o assalto final ao autocarro que esteve ali estacionado durante largos minutos até ao final do jogo.
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A aposta do nosso treinador, Prof. Jesualdo Ferreira, para este jogo em relação ao de sábado passado, apenas sofreu uma alteração, com a entrada de Fucile para o lado esquerdo da defesa, em detrimento de Marek Cech, que desta vez, ficou no banco. Em tudo o resto, igual ao esperado.
Pode-se dizer que o FC Porto entrou forte no jogo, empurrando os ingleses para a sua defensiva, não permitindo qualquer assomo de atrevimento atacante por parte destes. O nosso meio-campo, estava por esta altura a controlar totalmente todos os espaços nesta área do terreno.
Estava o jogo neste ritmo, quando Lisandro fica cara-a-cara com o guarda-redes adversário, Reina, e mais não consegue do que rematar contra este, quando o mais fácil, digo eu, teria sido desviar a bola do seu alcance.
Por força deste pressing a meio-campo, cheirava-se que algo poderia surgir a qualquer momento, e eis que aos
8 min, Tarik
(nos últimos tempos, quem mais poderia ter sido?) pelo lado direito do ataque portista, consegue antecipar-se já dentro da área a um defesa adversário e com um pequeno toque, desvia a bola de Reina, obrigando este a derrubá-lo.
Lucho, chamado a converter a grande penalidade, não desperdiçou o remate bem para
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o meio da baliza e colocava o FC Porto em vantagem por
1-0. Os ventos pareciam estar a nosso favor.
O FC Porto continuava a efectuar um forte pressing a meio campo, controlando literalmente o jogo, quando passados 8 minutos, aos
17 min, na conversão de um livre descaído para o lado esquerdo da defensiva azul e branco, a meio do meio campo,
Dirk Kuyt coloca a bola dentro da baliza de Nuno, que nada mais podia fazer do que tentar desviar a bola com os olhos. Estava restabelecido o empate a
1-1.
Sem razão aparente, o FC Porto acusou e de que maneira este golo sofrido e permitiu um equilibrar de forças a meio-campo, originando que o jogo caísse num ritmo lento, morno e sem grandes razões para a
"saudade". O jogo foi-se arrastando até ao intervalo, sem mais oportunidades de golo.
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Na reentrada para os segundos 45 minutos, o FC Porto volta a tentar entrar por cima no jogo, o que conseguiu em certa parte. Os ingleses estavam na expectativa, quando Pennant, aos 58m, recebe o 2º amarelo
(quando já o deveria ter recebido isso sim, aos 26m) e consequentemente a expulsão, colocando os ingleses a jogar com 10 jogadores por mais de 30 minutos.
Esperava-se um assalto por parte dos azuis-e-brancos à defensiva adversária, mas assistiu-se a uma coisa bem cinzenta, muito mais cinzenta, passo a explicar. O Prof. Jesualdo Ferreira resolve mexer na equipa, e mais uma vez
(!), com responsabilidades ou talvez não
(ainda não percebi, admito!), a nossa qualidade de jogo veio por aí abaixo até um nível preocupante, agravada ainda mais pelo facto de os ingleses nesta altura, terem literalmente estacionado o
‘autocarro’ em frente à baliza defendida por Reina.
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Por apenas mais duas vezes, estivemos perto de colocar o resultado a nosso favor, numa delas, tendo faltado a Quaresma um pouco mais de
‘convicção’ no remate para a baliza adversária deserta, com Hyypia a apenas 1 metro da baliza, a conseguir pontapear a bola para bem longe.
Cada vez mais o jogo se tornava mastigado, falho de ideias e sem qualquer oportunidade de golo. Por esta altura, estavam já em campo Mariano González
(que se foi colocar ao meio???) e Farias
(que ou arrepia caminho ou não me parece que venha a ser um dos meninos bonitos da bancada). O final do jogo chegou com a triste realidade de um empate a uma bola, quando do outro lado estavam apenas 10 jogadores e durante mais de 30 minutos. Foi uma pena, mas antes isto, que perder, obviamente!
Este empate, com a divisão de pontos para cada uma das equipas
(1 ponto), deixou os franceses do Marselha na liderança do grupo A, com 3 pontos, decorrida que está a 1ª jornada, após terem vencido em casa os turcos do Besitkas por 2-0.
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Por fim, e apesar da desilusão deste resultado, mormente, pelos tais
‘10 adversários durante mais de 30 minutos’, assaltaram-me algumas dúvidas que dão concerteza por esta altura, que pensar, senão vejamos:
- Leandro Lima
(o único fantasista do plantel) na bancada?
- não sei se um tal de Farias já chegou, pelo menos eu ainda não o vi!
-
(parece-me que) ainda bem que a maioria das contratações vieram com opção, senão…
- e por fim, alguém me consegue explicar porque raio sempre que se mexe na equipa, a qualidade de jogo piora e de que maneira?
azul + : Paulo Assunção (man of the match), Lisandro e Lucho.
azul - : Quaresma (ainda não aprendeu a jogar simples com 2/3 adversários por perto?), Farias e Mariano Gonzalez.
arbitragem: Lubos Michel (Eslováquia), não gostei, nem posso dizer que tenha desgostado. Irritou-me apenas que não tenha colocado Pennant na rua muito mais cedo ainda na 1ª parte, e na 2ª falta do jogo, tenha amarelado Bosingwa
(e o Pennant aos 8m quando ceifou literalmente Quaresma, porque não foi logo ali amarelado? se tivesse sido, como mandam as regras no livro, era aos 26m de jogo que ficaríamos a jogar contra apenas 10 e não apenas aos 58m!). O melhor que se pode dizer da arbitragem é que não foi por ele que empatamos, o que já não é mau, diga-se de passagem.