Uma lapalissada

Pois, a constatação não é brilhante e pode até ser mesmo uma lapalissada.
O FC Porto (nome originário não de um bairro mas sim de uma cidade) é, actualmente e sem qualquer tipo de discussão possível, a melhor equipa.
Demorou entre 1/5 e 1/4 de século (curiosamente, ou talvez não, próximo da idade da revolução dos cravos), para que o pendão, que ostenta o escudo da cidade, seja desfraldado e reconhecido nos relvados deste mundo.
Aparte as fitas de cinema que teimam em não atingir as tão badaladas metas, os apitos cada vez mais roucos, as cegas tendinites clubistas dos me(r)dia, reis nos próprios quintais e tendo em conta um certo rigor com uns pós de isenção para o tempero, até nem sequer chega a surpreender quando se lê que 'as equipas do FC Porto são as Caravelas Portuguesas deste novo Mundo global'.

E que se desenganem aqueles que ousam pensar que esta afirmação de superioridade termina no desporto rei. Estende-se no hóquei (sem rival à altura), no basquete (a par do grande rival Ovarense), andebol (idem aspas o ABC), no bilhar, etc., faltando apenas o assalto ao futebol de salão e porque não até ao ciclismo.
Mas como diz o ditado 'Roma e Pavia não se fizeram num dia' e haverá assim que se esperar, sentado se necessário, para que estas últimas modalidades deixem de ser apenas de secretaria e sejam adicionadas, através de uma forte aposta, ao grande projecto em curso.

Qual o segredo de tão estrondoso êxito?
Trabalho? Claro, a força do Norte.
Humildade? Sim, que nunca se perca a mesma e que se escape a ideia de sermos os 'mais grandes', síndrome dos 'velhos ricos'.
Organização? Sim, é necessário ser exímio na gestão dos recursos humanos.
Estabilidade? De que serve a organização sem uma gestão de activos próxima da perfeição?
Visão do futuro? O futuro já não é o que era. Projecto 611 e afins.
E claro, o homem do leme que num misto de coragem, ironia, inteligência, astúcia, competência e que não durma em serviço, dedique a sua vida ao clube.

Mais comentários para quê?
Embrulhe-se, de preferência em papel azul com fita de cor branca, e leve-se para casa.
Que fique para memória, seja esta passada, presente ou futura.

Saudações Azuis e Brancas,
Estilhaço.