Existem fins-de-semana assim. Perfeitos. Apesar da intempérie, inclemente, que se abateu sobre os festejos carnavalescos. Apesar do frio, quase glaciar, que continua a fazer tiritar os corpos sedentos de sol e calor. Apesar de tudo… a nível desportivo, o País acordou novamente ressacado, na manhã de Domingo. Com o gosto a azia a exalar da boca de milhões, descobriu-se que Portugal Continental e Ilhas padecem da doença bipolar. Aos picos de exaltação e euforia desmedidos, após a perda de pontos por parte do Porto, segue-se sempre o vale profundo da depressão. Cíclico. Mais uma vez.
Após a derrota, injusta, no reduto leonino, o jogo frente ao Leiria, sem ser transcendente, assumia-se como de enorme importância, no campo psicológico. Pelo menos no meu. A minha ansiedade sobre de forma exponencial, sempre que o Porto perde pontos, aguardando com enorme expectativa o embate seguinte. Contudo, ancorado na exibição personalizada em casa de um dos rivais de sempre e pelo aconchego que dá jogar no palco dos sonhos, com o usual colorido azul e branco preenchendo as bancadas, o jogo frente ao Leiria não me preocupava grandemente. Optimista moderado, sentia que a ironia do calendário, colocando frente a frente os opostos da classificação, iria ser reflectida no relvado do Dragão. E foi. De forma contundente. O Porto fez o que alguns apregoam, teoricamente: "Salir a ganar".
Foi um Porto seguro aquele que, no Sábado à noite, se apresentou no seu anfiteatro, jogando com classe, controlando o ritmo da partida, inibindo o seu opositor de qualquer veleidade, proporcionando ao vasto público uma partida sem sobressaltos, tamanha foi a demonstração de qualidade. Este Porto mandão, avesso a elogios cínicos, vai esmagando os sonhos da concorrência, de forma brutal, cavando um fosso que demonstra a diferença qualitativa desta Superliga. E a prova maior do calendário luso vai decorrendo a ritmo de treino, com Jesualdo trocando peças, afinando estratégias, conferindo minutos, motivando jogadores para o verdadeiro desafio: a CHAMPIONS!
Merece destaque o regresso de Farías, refeito da lesão atormentadora, mostrando qualidade suficiente para se assumir como um goleador insaciável, uma espécie de franco-atirador, capaz de provocar baixas no inimigo de forma compulsiva. Uma exibição a deixar água na boca, gerando a expectativa de que ali pode estar o verdadeiro reforço para a mais elitista das provas de clubes.
É já um lugar-comum dizê-lo, mas nessa exibição quase sem mácula não posso deixar de destacar dois compatriotas de “Tecla” Farías. O futebol portista, agora perfumado por aromas argentinos, movendo-se aos acordes suaves do tango, ganha outra magia com o instinto predatório de Lisandro, qual fera esfaimada na frente de ataque, sempre felino na procura de nova presa. Mas os holofotes da ribalta devem incidir nessa figura franzina, de corpo musculado, fazendo da sobriedade o seu lema, com aberturas espantosas, passes magníficos e uma inteligência quase sobrenatural nas transições. Lucho, o toque de classe extra, continua a deslumbrar-me. Não devo ser o único. Felizes os adeptos que podem contemplar, semanalmente, demonstrações de classe assim. Eu não me canso e só temo a mágoa da despedida, quando ele fizer as malas para outras paragens.
Após a derrota, injusta, no reduto leonino, o jogo frente ao Leiria, sem ser transcendente, assumia-se como de enorme importância, no campo psicológico. Pelo menos no meu. A minha ansiedade sobre de forma exponencial, sempre que o Porto perde pontos, aguardando com enorme expectativa o embate seguinte. Contudo, ancorado na exibição personalizada em casa de um dos rivais de sempre e pelo aconchego que dá jogar no palco dos sonhos, com o usual colorido azul e branco preenchendo as bancadas, o jogo frente ao Leiria não me preocupava grandemente. Optimista moderado, sentia que a ironia do calendário, colocando frente a frente os opostos da classificação, iria ser reflectida no relvado do Dragão. E foi. De forma contundente. O Porto fez o que alguns apregoam, teoricamente: "Salir a ganar".
Foi um Porto seguro aquele que, no Sábado à noite, se apresentou no seu anfiteatro, jogando com classe, controlando o ritmo da partida, inibindo o seu opositor de qualquer veleidade, proporcionando ao vasto público uma partida sem sobressaltos, tamanha foi a demonstração de qualidade. Este Porto mandão, avesso a elogios cínicos, vai esmagando os sonhos da concorrência, de forma brutal, cavando um fosso que demonstra a diferença qualitativa desta Superliga. E a prova maior do calendário luso vai decorrendo a ritmo de treino, com Jesualdo trocando peças, afinando estratégias, conferindo minutos, motivando jogadores para o verdadeiro desafio: a CHAMPIONS!
Merece destaque o regresso de Farías, refeito da lesão atormentadora, mostrando qualidade suficiente para se assumir como um goleador insaciável, uma espécie de franco-atirador, capaz de provocar baixas no inimigo de forma compulsiva. Uma exibição a deixar água na boca, gerando a expectativa de que ali pode estar o verdadeiro reforço para a mais elitista das provas de clubes.
É já um lugar-comum dizê-lo, mas nessa exibição quase sem mácula não posso deixar de destacar dois compatriotas de “Tecla” Farías. O futebol portista, agora perfumado por aromas argentinos, movendo-se aos acordes suaves do tango, ganha outra magia com o instinto predatório de Lisandro, qual fera esfaimada na frente de ataque, sempre felino na procura de nova presa. Mas os holofotes da ribalta devem incidir nessa figura franzina, de corpo musculado, fazendo da sobriedade o seu lema, com aberturas espantosas, passes magníficos e uma inteligência quase sobrenatural nas transições. Lucho, o toque de classe extra, continua a deslumbrar-me. Não devo ser o único. Felizes os adeptos que podem contemplar, semanalmente, demonstrações de classe assim. Eu não me canso e só temo a mágoa da despedida, quando ele fizer as malas para outras paragens.
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O autor do "salir a ganar" passa actualmente por uma fase de contestação que só apanha desprevenidos quem se deixa embalar pelos cantos de sereias produzidos pelos jornais. Essa espécie de D. Sebastião, endeusado até à medula por uma imprensa sempre frenética no elogio a quem equipa de vermelho, que o tentou tornar na "next big thing" do futebol europeu. Mas não é. Longe disso. Apenas o sotaque cerrado de nuestros hermanos o separa de Jaime Pacheco, incipiente no banco, lento no raciocínio, continuando a protagonizar a maior farsa do futebol luso: fingir que é um treinador de sucesso. 20 anos de carreira e, apesar dos esforços denodados de José Manuel Delgado, que o eleva sistematicamente a génio da táctica e prolífico inventor de livres, o espanhol adiposo possui, no seu espólio, uma mísera Taça de Portugal. Sim, pode sempre ufanar-se que a venceu ao Porto. De Mourinho. Mas fê-lo quando este rodava a equipa para o jogo ansiado. A final da Champions. O "salir a ganar" é um lema pertencente ao código genético de clubes vencedores. Como o nosso. Na boca de outros soa a estranho e falso...
nota: "Last, but not least", apesar de já dissecado pelo Lucho, na rubrica dele, não podia deixar de louvar a equipa de basquetebol do Porto que, aqui em Vagos, me deu uma alegria tremenda. Num Pavilhão maioritariamente constituido por alguns adeptos da Ovarense e uma imensa maioria de anti-portistas primários, a vitória dramática, no último segundo, provocou uma explosão de alegria nos poucos [mas bons] apaniguados do clube que enverga as cores azul e branca, numa celebração emotiva, pela conquista da Taça da Liga. Sofrida, mas imensamente saborosa. Thanks Gentry, pelo "melão" que provocaste a muitos que por aqui andavam...
nota: "Last, but not least", apesar de já dissecado pelo Lucho, na rubrica dele, não podia deixar de louvar a equipa de basquetebol do Porto que, aqui em Vagos, me deu uma alegria tremenda. Num Pavilhão maioritariamente constituido por alguns adeptos da Ovarense e uma imensa maioria de anti-portistas primários, a vitória dramática, no último segundo, provocou uma explosão de alegria nos poucos [mas bons] apaniguados do clube que enverga as cores azul e branca, numa celebração emotiva, pela conquista da Taça da Liga. Sofrida, mas imensamente saborosa. Thanks Gentry, pelo "melão" que provocaste a muitos que por aqui andavam...
Mais um excepcional post do Paulo.
ResponderEliminarLê-se e volta-se ao início para reler tudo outra vez.
DEliciosa esta escrita com varinha azul e branca cheia de magia e sentimento.
Quanto às palavras elogiosas a Licha, Lucho e Tecla estamos em sintonia. Tb eu estou completamente rendido à classe dos 2 primeiros e com grandes expectativas para o último.
Qt ao «CAMACHO STONE» (BELa imagem) CONFESSO q até simpatizo com o homem... ele parece-me é desenquadrado daquele meio. Aquele Circo não é para ele.
Deixem-no «SALIR».
Grande golo de Quaresma e grande FRANGO de Ricardo. Tudo Normal.
Acho que o FCP vai limitar-se a cumprir o calendario que falta até se sagrar Tri-Campeão mas agora com os olhos mais voltados para a Liga dos Campeões que se aproxima a passos largos.
ResponderEliminarTambém eu, tal como tu, temo o dia da despedida do Lucho, que é um jogador com uma classe e uma visão de jogo impressionante.
Quanto ao "salir a ganar", até acho que não é assim tão mau, simplesmente está onde não devia estar.
E como disse o lucho no comentario anterior, ontem tivemos mais do mesmo, ou seja, mais um grande golo do Quaresma e mais um frango daquele nabo.
Abraço
http://estrelas-do-fcp.blogspot.com/
Sim, mais vale ficarem em casa mesmo...
ResponderEliminarE eu toda contentinha que ah e tal a bailarina gomes lesionou.se, o Hugo tem oportunidade de jogar de inicio. Qual que que senhor Cocolari surpreende.me sempre! Mete.me aquele preto nojento metido a besta que diz que "8 pontos? Ah isso nao é nada!" não faz um cu todo o tempo que jogou epa eu fiquei pior que ursa!
Depois o Ricardo brinda.nos sempre com essas defesas que nao dao em defesas dao em golos do adversario, epa ja estou habituada, agora, com tanto guarda redes que ai ha, porque raio olho eu para o banco e vejo la sentado o Patricinho??? Senhores nao tenho pachorra.
So vi a primeira parte, so vi o nosso Zé a correr pa frente e pa tras, o Bruno a defender, o Quaresma a tentar jogar com o Ronaldo mas este deve ter ficado a contar libras no sofa em manchester.(!)
Outra piada sao os comentadores. Quaresma isola.se faz um passe para Ronaldo que corre ate ao fim da linha e... passa para as maos do guarda.redes. A quem atribuem a culpa os comentadores? A Ricardo Quaresma que fez um passe (!) apertado para Ronaldo. Ronaldo canonizado a santo e eu nao sabia!
Enfim, o me vale é que tinha toda a serie 3 do dr House para ver (ressaca do Natal)... Assim meus senhores nao vamos a lugar nenhum em europeu algum.
Se no principio chocolari dizia "temos de mudar o facto de so termos 4 vitorias à italia nos ultimos 30 anos" no fim ja ele dizia "falta.nos a experiencia dos outros" TAO?!? Mas nos nao eramos os vice campeoes da europa?
-.- Triste é a palavra que melhor descreve!
Valha.me o meu PORTO que isso sim da alegrias ao nosso PORTOgal.
ps. Adorei o texto :)
Paulo, é tal e qual como aqui te expressas... do nosso lado, basta um leve sopro nas «contabilidades» para logo todos ficarmos alerta com o nosso clube... do outro lado, basta-lhes aparecer um charlatão qq, ou um D. Sebastião qq, para que fiquem «reis e senhores»... de nada!!!
ResponderEliminarNada diferente das últimas décadas... tudo normal em PORTOgal.
Quanto ao grupo de amigos do (Soco)lari, mais uma vez, pq será que me deliciei a assistir a tão recital de (des)bunda que levaram?... é um vicio que não me larga, desculpem lá :D
Vi bem? Devo acreditar que O NOSSO PORTO anda atrás do não sei quantos Rodriguez que joga no Benfica????? Ele tá la emprestado ou é mesmo dos lampioneiros? -.-
ResponderEliminarQuaresma hoje é capa do jornal das letras garrafais "A bola" , vá se lá saber porque... e eis a minha apreciação ao assunto em capa...
ResponderEliminarhttp://geracaorasca.blogs.sapo.pt/14730.html
MrCosmos in gERAÇÃO rASCA.
Um Blog Muita Raco, mas Portista também.
No reino do Dragão tudo na mesma, sempre com aquele vicio de ganhar... bom post... os argentinos estão na moda.
ResponderEliminar"Bosingwa, com uma mialgia no adutor esquerdo, e Bruno Alves, com um traumatismo na coxa direita, regressaram lesionados da Selecção Portuguesa, pelo que apenas fizeram tratamento no treino desta quinta-feira do F.C. Porto."
ResponderEliminarEu não digo??? Deixem de convocar os jogadores do PORTO para ir àquela selecção de cepos onde so eles fazem algo de jeito! Escarrolari, ha tanto cepo no sportem e nos lampioneiros, va la buscar mais alguns se faz favor!