Após novo interregno no que ao futebol de clubes diz respeito, a janela competitiva abre-se desta feita pela porta da Taça de Portugal. Fazendo jus ao cada vez mais depauperado universo futebolístico Luso, a competição em causa é vista por muito boa gente, e por muito emblema histórico, como a salvação de uma época.
A mítica competição que se transforma na Festa do Futebol e que tem o seu habitual epílogo na tradicional romaria ao Jamor, ganha este ano ainda mais importância a nível financeiro. Em véspera de estreia das equipas da Liga Sagres na prova, Gilberto Madail anunciou a parceria com o Millennium, que terá como consequência maior o encaixe garantido pelo finalista vencedor, qualquer coisa como meio milhão de euros.
Confesso não compreender como numa altura em que se injectam milhões nas entidades bancárias, quando se procuram planos de reabilitação financeira, apareçam parcerias destas, contudo também se de futebol atiro uns bitaites de economia só percebo mesmo do orçamento caseiro e às vezes mal.
Quis o destino que a 3ª eliminatória da dita Taça Millennium, tivesse o condão de cruzar novamente o emblema da Sertã com o FC Porto. Dizem os entendidos da física que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas a verdade é que os Sertaginenses estão de novo no caminho do Dragão. Depois de na época passada terem sido afastados nos oitavos de final, os comandados de Eduardo Húngaro querem desta feita fazer história e entrarem para a lista de Tomba Gigantes.
Na Sertã mora, para quem não sabe, e é menos dado ao futebol amador, o líder da Serie D da III Divisão, com um registo imaculado e uma folha de serviço onde não constam derrotas, o emblema inscrito na AF de Castelo Branco chega aos 32 avos de final depois de ter deixado pelo caminho o Tocha. Na segunda ronda deslocou-se ao terreno do Mafra, (II Divisão Nacional), onde obteve o passaporte após a lotaria das grandes penalidades, num jogo que até nem começou bem, à meia hora de jogo já perdiam 2-0, no fim o guardião Fábio decidiu tudo ao defender o quinto remate do Mafra.
O Sertanense mexeu pouco na equipa, mantendo a espinha dorsal, registou apenas a entrada de seis caras novas no plantel, com uma média de idades de 23 anos o principal objectivo traçado pelo seu presidente Paulo Farinha bem como pela equipa técnica passa pela ascensão a II Divisão, vendo tão-somente neste embate o corolário e um justo prémio pelo esforço e dedicação ao trabalho prestado por todos os atletas que têm para além do futebol, outros empregos e fazem da humildade e do amor à camisola o seu regozijo maior, olhando para os Dragões como um exemplo a seguir, não descurando nunca a possibilidade da surpresa.
Será pois o segundo capítulo, se numa primeira vez pode até pensar-se num certo deslumbramento por parte dos anfitriões como os quatro a zero desse jogo podem espelhar, a segunda tentativa pode configurar as habituais e profícuas surpresas da Taça.
Sem direito a transmissão televisiva o vespertino Sábado de Taça vai pois chegar-nos via hertziana relembrando tempos antigos, tornando ainda mais difícil perceber qual é a liquidez do banco portista e que fundo de reserva habita no saldo Portistas.
Com a dificuldade de capitalizar a vitória de Alvalade, mercê do hiato competitivo que muitos contextualizam como má altura para os Dragões. Ainda que sendo inteligível que os internacionais se tenham mantido próximos de um registo de treino virado para índices competitivos (ainda que o Portugal, Albânia de competitivo tenha tido pouco), a verdade é que a pausa somada aos dias de folga desintegrou os processos no contexto de cargas físicas, contribuindo apenas para a diminuição do cansaço psíquico. Assim sendo apetece dizer, que equipa está o mister a cozinhar para a Sertã???...
Com a Champions no horizonte, Jesualdo deverá por certo dar minutos às segundas escolhas, deixando por certo meia equipa apeada a espera de apanharem a carruagem do transiberiano para Kiev. Sobram incógnitas até porque se a todos estes factos conhecidos lhe juntarmos a Liga intercalar, uma espécie de programa das novas oportunidades, mas onde alguns dos frequentadores precisam não de um Pc da e-escola, mas de um Gps, pois parecem perdidos com relação ao que significa jogar de Dragão ao peito.
Pior mesmo é quando no banco Azul se senta um técnico que consigo transporta o estigma dos jogos a eliminar e o peso de alguns vexames do que é ser pouco competente quando a margem de erro é diminuta, e se adicionarmos uns pozinhos de pressão e obrigatoriedade que sempre pesam sobre o líder da liga, temos um belo dum caldinho. Como curiosidade última registe-se o facto de dos três grandes os Azuis e brancos serem aqueles que mais caiem as mãos dos Tomba Gigantes, sendo que para cúmulo os últimos factos até se reportam a jogos em casa (Atlético e Torreense).
Nomes como Benitez, Pelé, Tarik, Stepanov, Pedro Emanuel, Bolatti estarão por certo nas cogitações para a visita a Sertã, a verdade é que eu não sou grande apologista da teoria da rotatividade, sobretudo quando este Porto é ainda um Dragão de lume brando, quando o seu futebol apresenta ainda pouco entrosamento colectivo onde ainda não se nota um grande crescimento e o processo de maturação do novo 4x3x3 é ainda fugaz, cortar em demasia com a base genética do onze pode ser altamente prejudicial.
Nomes como Benitez, Pelé, Tarik, Stepanov, Pedro Emanuel, Bolatti estarão por certo nas cogitações para a visita a Sertã, a verdade é que eu não sou grande apologista da teoria da rotatividade, sobretudo quando este Porto é ainda um Dragão de lume brando, quando o seu futebol apresenta ainda pouco entrosamento colectivo onde ainda não se nota um grande crescimento e o processo de maturação do novo 4x3x3 é ainda fugaz, cortar em demasia com a base genética do onze pode ser altamente prejudicial.
Bem sei que o prato principal do menu competitivo que se avizinha é o de 3ª feira no anfiteatro azul mas sou totalmente objector de ideias como o deixar a marinar ou em banho-maria grande parte dos habituais titulares. Será por certo uma boa oportunidade para ver Hulk a tempo inteiro e não só em fogachos, Farias também está apontado ao onze, (bisou na época passada), as dúvidas se bem que existam em todos os sectores, as maiores residem nas laterais, à esquerda, Benitez passou de titular no Emirates a proscrito frente aos leões, Fucile estará por força da lesão numa redoma, no cardápio sobra Lino e a certeza que Sapunaru a ter de ser resguardado para o confronto da Champions poderá da lugar a algum devaneio de gestão e potenciar, Tengarrinha, Mariano ou até Tomas Costa como elementos polivalentes capazes de ocupar a faixa direita da defesa, consubstanciando contudo a perda de rotinas que os Azuis e brancos precisam ganhar nos referidos corredores.
Com os ingredientes, (leia-se jogadores) disponíveis, não faltam receitas culinárias capazes de serem confeccionados na Sertã. Se as escolhas recaírem sob Tarik e Candeias, podemos voltar ao convencional 4x3x3 da época transacta com extremos bem abertos e capazes de levar a bola a linha de fundo e centrar, com isso levanta-se o problema das laterais um dos pontos fracos deste Porto na época em curso, que têm sido resolvidas com a inclusão de um médio interior direito capaz de mesclar a ocupação do espaço defensivo com o aparecimento em zona de ataque pela direita, oferecendo ainda a possibilidade a Lucho de se incorporar na manobra ofensiva por esse mesmo lado, derivando em fase defensiva para uma zona mais central capaz de pensar então o jogo portista. Se for esta a opção então Mariano estará por certo nos eleitos para sábado, visto que Tommy ficaria guardado para o jogo da Champions.
No meio campo pode ver-se na ementa, um ou dois pivots na cabeça de área, com Guarin afastado das escolhas, (só chega ao Porto na 6ª feira, proveniente da Selecção), temos Pelé, Bolatti , Fernando e Meireles, o argentino não faz parte da lista da UEFA pelo que pode bem dar o litro, a moeda de troca na operação Quaresma já passou pelo banco em Alvalade e rolou no derby intercalar, podendo por isso ser visto como credível opção, sobram Meireles que esteve na Selecção e Fernando que estou certo seria um dos poupados, não fora os 180 minutos que o primeiro trouxe nas pernas. Nas costas destes não teria dúvidas, a voz do capitão em conjunto com Stepanov, guardados pelo Espírito Santo.
Em suma acertar no armar do Dragão para o embate é quase missão tão impossível como alinhavar os cinco números e as duas estrelas do concurso milionário das sextas feiras, ainda assim fica o meu palpite para um esquema táctico de 4x3x3 - Nuno, Sapunaru, Pedro Emanuel, Stepanov, Lino, Pelé, Mariano Gonzalez, Tommy, Tarik, Hulk e Farias; com estes ou com outros espero mesmo é que Jesualdo e seus pares sejam conscientes e cumpram com as intenções de registos sérios, competentes e profissionais para que se escreva um final feliz, pois caso não se lembrem ainda sinto o travo amargo deixado pela última Taça…
Bruno:
ResponderEliminarO Sapunaru não foi convocado.
Logo, é jogar com seriedade e com orgulho por vestirem a camisola adorada. E ganhar, claramente, mais nada.
Nos portistas só admitimos vitorias espero que logo os jogadores tenham atitude. Nomes não ganham jogos desde que tenham aquela camisola ,É PARA GANHAR. Já agora não da na televisão, no radio é melhor.
ResponderEliminarAbraço
Escrevem-se no fórum:
ResponderEliminarhttp://campeoesfcporto.2forum.biz/forum.htm
Quem não se inscreve é porque não é portista.
E só se inscreve no fórum quem é portista.
Espera-se melhor prestação dos azuis-e-brancos para a época da Intercalar que agora se inicia.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarUm jogo que permitirá aferir quem é quem no plantel portista. 90 minutos para ver quem, mesmo fora das cogitações actuais do técnico, luta para merecer melhor sorte, e aqueles que vivem acomodados...
ResponderEliminarSinceramente, espero que dos segundos, dos acomodados, não existam exemplos no plantel.