Ostentando as orgulhosas insígnias de campeões, pela 2ª vez consecutiva, os pupilos de Artur Jorge preparavam-se para o assalto a um feito inédito: o da conquista, pela 1ª vez na história do clube, do tri.
O defeso, espaço aproveitado pelos clubes para as compras de reforço dos plantéis, teve um sabor especial em Portugal. Foi maioritariamente preenchido pela presença lusitana no longínquo México, na disputa do Mundial de Clubes. A esperança e orgulho dos portugueses rapidamente deram lugar ao repúdio e choque, com as manifestações dos jogadores, em Saltillo, a enlamearem a bandeira pátria, com as reivindicações salariais, em forma de ultimato, a serem manchete um pouco por todo o planeta.
Foi assim, num ambiente de enorme efervescência, que se iniciou a temporada 1986/87, com a tensão agravada pelo braço de ferro existente entre Benfica e Federação, em troca mútua de acusações pelo caso de doping de Veloso.
Artur Jorge, estudioso obsessivo pela táctica, viu os seus desejos de um plantel forte, que permitisse acalentar o sonho europeu, serem realizados. Os filhos pródigos, saídos em fuga traiçoeira anos antes para Sul, regressaram à Invicta. Jaime Pacheco e Sousa, internacionais, voltaram a sentir o peso da camisola azul e branca, atraídos pelo sonho de um Porto forte, pujante, a nível Europeu.
O Campeonato iniciou-se novamente com um clássico. Um Porto-Benfica disputado no Minho, por obras nas Antas, redundou num empate a duas bolas. Gomes e Juary, aríetes temíveis na frente de ataque, prometiam fazer mossa nas defesas contrárias. Se o mísero ponto alcançado deixava um travo amargo a desilusão, o empate na jornada seguinte, novamente no Minho, mas desta feita na condição de visitantes na deslocação a Guimarães, acentuou o início algo titubeante dos campeões em título. Foi novamente Juary, quase no final do encontro, a conseguir resgatar um ponto a uma derrota que parecia certa.
Como não há duas sem três, o Porto manteve-se coerente e obtêm novo empate. Mas este fazendo correr rios de tinta. A revolta instalada entre a comitiva portista encontrou eco na voz do seu presidente, avesso a calar desaforos arbitrais. Francisco Silva, réu desta história, alimentou uma polémica, com remoques e insultos à mistura, procurando justificar aquilo que a imprensa da época apodava de “arbitragem habilidosa”. No cerne da questão, um penalty perdoado ao Rio Ave e um golo não validado aos Dragões.
Naquele tempo, o Porto já possuía a têmpera de fazer o adversário seguinte pagar a factura da injustiça. Para desgraça dos simpáticos malteses, coube em sorte ao Rabat Ajax, modesto emblema proveniente da ilha mediterrânica, ser o opositor do Porto. 9 golos sem resposta, brindando os adeptos com uma goleada histórica, rapidamente desvalorizada pela censura vigente pela modéstia adversária. A visita à tórrida capital de Malta tornou-se assim um mero passeio turístico, permitindo que os Dragões estivessem presentes no sorteio seguinte. Em sorte, o campeão da Checoslováquia, quando esse potentado do leste ainda vivia sob o jugo dos ideais comunistas.
Recuperando no campeonato, onde a concludente vitória no Restelo por 3-0 lhes permitiu subir ao 2º lugar da classificação, os pupilos de Artur Jorge foram surpreendidos na Europa, derrotados por 1-0 por um sólido Vitkovice. A derrota foi amplamente rectificada na recepção ao mesmo contendor, com um claro 3-0 a carimbar a passagem a nova ronda. Permanecia vivo o sonho europeu, acalentado em surdina por muitos…
Envolvidos em várias frentes, os Dragões entraram no chuvoso Novembro com uma vitória arrancada ferros, em Braga, conseguindo de alguma forma atenuar o frustrante empate caseiro frente ao Benfica, na 1ª mão da Supertaça. Gomes repôs a igualdade, perante um adversário que ainda tinha bem vívida a tenebrosa derrota frente ao rival citadino, por concludentes 7-1.
Enganaram-se aqueles que vaticinavam o fracasso a Artur Jorge e seus comandados. Numa memorável noite, marcava o calendário o dia 26 de Novembro, Paulo Futre encheu a Luz de magia, num recital que, não poupando ninguém, atormentou particularmente Neno, o guardião cantor do Benfica. 0 4-2 final premiou um lote de jogadores de qualidade inegável. Gomes e Madjer inscreveram também o seu nome no lote dos marcadores de serviço.
O ano civil terminou com os Dragões instalados no seu lugar de eleição, acompanhados pelo Benfica, ambos com 25 pontos, seguidos a curtíssima distância pelo surpreendente Guimarães de Paulinho Cascavel, com 24 pontos.
Aproveitando a reabertura do mercado, o Porto contrata um dos mais sonantes jogadores brasileiros da altura, Casagrande de seu nome. A viragem do calendário, com o neófito 1987 a começar a sua caminhada, apresentou a pior face do campeão. Derrota pesada na Luz, por 3-1, com um hat-trick de Rui Águas, e empate caseiro, frente a uns vimaranenses descomplexados, com claro sotaque brasileiro emprestado pelo técnico Marinho Peres.
Com os dias a sucederam-se, a uma velocidade vertiginosa, a luta a 3 no topo da classificação continuava ao rubro.
Março, mês marcado em letras garrafais nos calendários caseiros dos adeptos portistas, trouxe de volta a competição da elite. Na recepção ao Brondby, apenas um golo marcava a diferença no final da contenda, obra e graça do artista vindo do Magrebe. Madjer foi o único com a pontaria afinada, capaz de vencer a resistência de um gigante dinamarquês na baliza. Chamava-se Peter Schmeichel e representou uma espécie de Adamastor de luvas calçadas.
Março, mês marcado em letras garrafais nos calendários caseiros dos adeptos portistas, trouxe de volta a competição da elite. Na recepção ao Brondby, apenas um golo marcava a diferença no final da contenda, obra e graça do artista vindo do Magrebe. Madjer foi o único com a pontaria afinada, capaz de vencer a resistência de um gigante dinamarquês na baliza. Chamava-se Peter Schmeichel e representou uma espécie de Adamastor de luvas calçadas.
15 dias de angústia, aguardando pelo veredicto da eliminatória. E, num ambiente onde o calor humano do público quase fazia esquecer o frio glacial, Juary tornou-se o homem da noite, empatando já na 2ª parte o jogo, carimbando com os seus passos de samba o passaporte para as meias-finais. Viveram-se momentos de enorme emoção, na recepção aos heróis da cidade.
O sonho europeu, no entanto, tinha o seu lado negro. Embalados nas asas da ilusão, os azuis e brancos viram o sonho do tri esfumar-se, derrotados em Portimão, na mesma jornada em que o Benfica deu um passo de gigante, vencendo em Guimarães. A estocada final, de permeio com enorme polémica, aconteceu pouco depois, com nova derrota em Alvalade. O comedimento de Pinto da Costa, em nome da união da equipa, foi quebrado. Abespinhando-se contra os favoritismos da Federação, o presidente portista colocou o dedo na ferida:
- “Há dois anos que mantemos um pedido na Federação para que Rosa Santos não apite jogos do Porto. Debalde. Ao invés, o Benfica mantém pedidos idênticos, prontamente atendidos”.
Não se coibindo de colocar os nomes aos bois, a alfinetada final foi dada com a sua arma de eleição. A ironia mordaz.
- “Mas pronto. O Conselho de Arbitragem já pode agora dar descanso a Carlos Valente. O Benfica já é campeão…”
As querelas internas foram esquecidas com novo recital. Nas meias da Taça dos Campeões, com as Antas a abarrotarem de um público ávido de glória, novamente um miúdo franzino, de cabelos compridos revoltos, espalhou o pânico entre os czares russos, que vaidosamente se proclamavam como a melhor equipa europeia. O magro 2-1 final não reflectiu a faustosa exibição portista, pintalgada com primorosos momentos de futebol.
O Porto mantinha bem vivo o sonho. Sempre esse sonho, comandando um punhado de valentes, revezando-se na defesa do ideal do clube. Parecendo imunes a derrotas internas, a lesões traumáticas, colmatando as brechas deixadas por aqueles que caíram, na luta pela fama. Casagrande. Jaime Pacheco. Gomes. Lima Pereira.
Artur Jorge assistia à forma como a sua lista de convocados se reduzia, assustadoramente, de jogo a jogo. Mas nada parecia abalar a moral de um grupo que queria entrar, por direito próprio, no Olimpo apenas reservado às lendas.
Kiev curvou-se à vontade férrea de ganhar. Celso e Gomes, em 10 minutos iniciais trepidantes, calaram mais de 100.000 adeptos que professavam a presença na final como um direito adquirido. Mas foram vergados ao peso da vontade. Da crença. Da mística. Um abalo sísmico, um pequeno tufão pintado com o azul e o branco, flâmula desbravada em terras longínquas. Lá longe, bem longe, o Porto emancipava-se definitivamente. Enquanto a equipa se abraçava, irmamente, no final do jogo, sentindo que aquele momento marcaria gerações futuras, em Portugal chorava-se. De emoção. De comoção. Porque, depois de oito décadas de dissabores mesclados com triunfos, de batalhas perdidas cicatrizadas com vitórias retumbantes, o Porto tinha atingido o seu patamar mais elevado.
A final da Taça dos Campeões Europeus. Um mês, um longo mês, separava aquele momento debruado a ouro em Kiev, da final desejada e sonhada do Prater. Um mês feito de preces. De desejos. De sonhos. De ansiedade. Um mês irrepetível. E que merece, claro, um capítulo só seu…
Grandes tempos, tempos inolvidáveis mas, como provamos em 2003 e 2004, não eram irrepetíveis.
ResponderEliminarFoi dessa forma lutando, acreditando que se eramos grandes, podiamos ser cada vez maiores, que chegamos ao topo da montanha.
Coitados daqueles que não souberem honrar este legado fantástico.
Um abraço
«Lá longe, bem longe, o Porto emancipava-se definitivamente. Enquanto a equipa se abraçava, irmamente, no final do jogo, sentindo que aquele momento marcaria gerações futuras, em Portugal chorava-se. De emoção. De comoção. Porque, depois de oito décadas de dissabores mesclados com triunfos, de batalhas perdidas cicatrizadas com vitórias retumbantes, o Porto tinha atingido o seu patamar mais elevado».
ResponderEliminarSem dúvida, Paulo. Mais um capítulo delicioso desse período fabuloso da nossa história.
Vivi esta caminhada Europeia do Porto ao segundo! Era um adolescente completamente possuído pela magia do Dragão.
Tempos lindos, tempos em q se honrava a camisola.
E como diz o Vila Pouca com as suas sábias palavras:
«Coitados daqueles que não souberem honrar este legado fantástico».
Uma nota final, revi há dias o tal Porto-Kiev de 87 nas Antas onde o Porto merecia mais q o 2-1 mas depois na URSS ajustamos contas:)
E venha de lá o capítulo de Viena...
ResponderEliminarE estás tramado, Paulo... A seguir vem a era do «finito» mas «vencedor» Ivic. Depois Quinito na época negra, da renovação. Depois Artur Jorge, depois o CAS, Robson... :))
Evitar acabar pendurados na Figueira
ResponderEliminarJORGE MAIA (ojogo)
Quem diria há um par de meses, quando o sorteio do campeonato reservou logo para as primeiras jornadas jogos tão complicados para o FC Porto como sempre são as deslocações à Luz e a Alvalade, quem diria nessa altura, insisto, que o jogo com a Naval seria decisivo para o FC Porto? Mas é. Depois da derrota caseira com o Leixões, o desfecho da deslocação à Figueira da Foz pode ser determinante para o futuro imediato dos tricampeões nacionais e para a motivação com que vão abordar as "finais" com o Dínamo de Kiev, na Liga dos Campeões, e o Sporting, na Taça de Portugal. E assim, de repente, é obrigatório para o FC Porto ganhar à Naval. Uma urgência que a equipa da Figueira da Foz pode explorar, até porque, como se viu contra o Benfica, tem argumentos suficientes para isso. Mas ganhar é só uma parte do problema. Convém também, por exemplo, que o FC Porto não perca nenhum dos poucos jogadores que, apesar de tudo, estão em boa forma. Um exercício de equilibrismo delicado entre a urgência de uma postura agressiva e a necessidade de preservação dos melhores. Para Jesualdo resolver.
Que exagero, sr. Jorge Maia!
ResponderEliminarContinuo a acreditar que não são os outros que estão melhores, somos NÓS que não estamos ao nosso nível.
Jesualdo resolver ?
eheheh
Que exagero, sr. Jorge Maia!
ResponderEliminarContinuo a acreditar que não são os outros que estão melhores, somos NÓS que não estamos ao nosso nível.
Jesualdo resolver ?
eheheh
Paulo,
ResponderEliminarImpecavel!!
Gloriosas memórias.
Agora para as cenas do teu próximo episódio,mais vale preparar um pacotinho de lenços... mas pronto, venha ele, a história de um dos dias mais gloriosos de tantos de nós!
Triabraços, à Campeão!
Caros amigos!
ResponderEliminarO ponto fulcral nestas coisas do futebol foi sempre e continua a ser a competência ou falta dela das equipas técnicas que orientam os Planteis.
Vejamos, técnicos marcantes:
Yustrich - Campeão Nacional
JMPedroto,técnico competentíssimo,o qual logrou alcançar os resultados por todos conhecidos.Provocando uma autêntica revolução Norte/Sul.
Entretanto,passaram pelo Clube alguns jeitosos até se chegar ao inimitável JMourinho!
A partir daqui,servindo-me do JMourinho como termo de comparação,ninguém me agradou 100%.
Eis a razão porque considero que os resultados obtidos pela equipa de futebol tem a ver com os métodos adoptados,processos de treinamento,estratégias concebidas pelo treinador,e até o tipo de discurso utilizado para motivar os jogadores...
Assim sendo:
Espírito crítico construtivo
Quando as coisas correm mal, ou se alteram os métodos utilizados por ineficazes, ou se substituiem inclusivamente os responsáveis técnicos pelos métodos que funcionam mal.
Abraço
Amigo Paulo Pereira:
ResponderEliminarQue mais haverá para dizer, senão que OBRIGADO por nos trazeres a toda a hora, momentos hard-core que nos enchem de orgulho imenso por esta paixão azul-e-branca que a todos nós alimenta a alma?
Tal como aqui já foi dito, que venha de lá então essa parte IV, pa nos acabar de alimentar o ego, nesta altura (teoricamente) mais critica das nossas cores.
Fico à espera...
Monteiro, alguns jeitosos?!
ResponderEliminarEntão o A.Jorge e o Robsom eram só, jeitosos?!...Quem me dera que o actual técnico fosse tão jeitoso, como esses dois que citei.
Um abraço
Dragão Atento:
ResponderEliminarDe facto, tb alinho pelo mesmo diapasão do Amigo Vila Pouca... Bobby Robson, a mim, marcou-me muito mais que qualquer Mourinho, apesar de não haver sequer comparação com os troféus que este último connosco conquistou... e porque aqui tb se fala dele, mas admito, nunca fui um seu «seguidor fanático», Artur Jorge nunca me seduziu por ai além, mas que méritos os teve, ninguém duvide (apenas e só porque sempre o achei demasiado defensivo pó meu gosto).
Em certa medida, e atendendo ao meu histórico de FC Porto, fora um ou outro caso mais critico, sempre estivemos mto bem servidos de treinadores, cada qual com os seus méritos e reconhecidos conhecimentos.
Posso até dizer que aquele que a mim mais me desiludiu/surpreendeu pela negativa, não deixando de pensar que foi demasiado extemporanea a sua decisão em sair, foi a de Quinito, no auge da sua carreira, a quem depositava ene expectativas para fazer um brilharete no FC Porto... assim ele não quis pq se sentiu amedrontado pela pressão... o que para mim, como disse, foi uma meia-desilusão.
Blue, em sintonia quanto a Bobby Robson, uma treinador fantástico, comungo também a opinião sobre Quinito, uma personalidade desassombrada e interessante que tive pena não ter tido sucesso cá.
ResponderEliminarO Rei Artur realmente a dado passo tornou-se num treinador muito defensivo jogando para o 1-0. Mas no início tivemos do melhor futebol que por cá passou.
OBS: Também tenho um bilhetinho igual ao do post...
A dada altura diz o P.Pereira:
ResponderEliminar«A viragem do calendário, com o neófito 1987 a começar a sua caminhada, apresentou a pior face do campeão (...) empate caseiro, frente a uns vimaranenses descomplexados, com claro sotaque brasileiro emprestado pelo técnico Marinho Peres»
Exactamente a 13 janeiro de 87 jogou-se essa partida porto-vitória (2-2)com 90 mil nas bancadas e esse foi o 1º jogo ao vivo q vi do FC PORTO. Um jogo especial, para mim, como compreendem.
A dada altura nesse jogo quando o Vitória se adiantou no marcador o amigo do meu pai q estava ao nosso lado na bancada disse-lhe:
ResponderEliminar«É pá, não tragas mais o miúdo à bola, olha para ele, branco como a cal, ainda lhe dá alguma coisa».
Era a pior coisa q o meu pai me poderia fazer. E não fez:)
Lucho,
ResponderEliminarSe não me engano, Paulinho Cascavel marcou um dos golos dos vimaranenses e o Casagrande um dos nossos. Ou estarei enganado?
Paulinho cascavel 1-2, Casagrande 2-2 com o F.C.Porto a atacar para a baliza Norte, ao contrario do que era costume.
ResponderEliminarMas para a taça, passados uns meses, levaram 5-0, com o Gomes a bater com a boca, na cabeça do Miguel e a deixar-lhe lá espetedo um bocado de dente.
Recordar é viver.
Um abraço
Viva !
ResponderEliminarMuitos Parabéns Paulo Pereira.
Gosto de ler a tua escrita, o teu Português que bem saboroso é!
Eu festejei, estava de férias,( a vida tem coisas ou coincidências assim) a vitória do Porto , em Kiev, na baixa. Grande animação e atmosfera pacata.
O Espumante era destrubuido à vontade. Era ali nos Aliados.
Era o São João !
Ninguém partia os vidros dos carros que queriam passar ! Lol!
Mas havia a esperança de ser campeão e a CEE ! ( depois UE ).
Espero com ânsia o quarto capítulo.
E depois se escreverá sobre Sir Artur !
Cada coisa em seu tempo !
E Viva o Porto !
Grande post, grande recordação... aquela equipa deu muitas alegrias.... como é bom recordar estes momentos.
ResponderEliminarE Viva o Porto !
P.Pereira e V.Pouca:
ResponderEliminarSim, o Casagrande empatou 2-2, mas o 1º golo do porto tinha sido de juary. Os do vitória acho q foram os 2 do cascavel.
Isto é um post!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarSimplesmente OBRIGADO!!!!!!!!!!!!1
Recordo o Cascavel jogar nas reservas do Porto!...O Gomes era o maior e tapava-o, assim como o Madjer. Depois em Guimarães ele mostrou-se completamente...Mas isto só atesta a capacidade de escolha desse tempo. -Juari, Madjer, Elói, Casagrande -o mais consagrado e o de menor rendimento-, Celso, Mlicnarcsik, Frasco, Quim, André...Eles chegavam e assentavam logo de estaca. Eram bem escolhidos.O Rei Artur tinha "olho"...Lembro-me de um defesa direito que veio só por dois ou três jogos para tapar a ausência do João Pinto que teve um problema pulmonar. Eu sei que muita gente não gostava dele, Talvez também porque ele era do MDP/CDE e nesses tempos ainda "queimava" muito o vento do inesquecível Verão Quente. Mas ele entrou e deu vitórias, saiu e quando regressou partiu do nada e vitórias deu!...Não percebo, repito, não percebo porque não o foram buscar nos momentos difíceis que atravessámos...Era tão fácil. E ele aí está à disposição de quem se lembrar dele. Agora está na idade ideal para fazer tudo o que lhe falta ainda. Pois, porque Mourinho é bom, mas para mim Artur Jorge pegou no Porto e fez dele Campeão Europeu, pegou no Matra Racing e fez dele Campeão Francês...Voltou a Portugal e fez novamente uma equipa ganhadora, quase à base de miúdos, Jorge Couto, Secretário, Semedo, Fernando Couto, Vítor Baía...Mesclados com alguma veterania como Branco, Geraldão, Paille...Rui Àguas, Dito...Eram jovens e muitos deles de qualidade mediana. No Benfica ele falhou porque substituiu Toni e o Toni era "vaca sagrada"...E também porque vinha do Porto, isso era ferrete inapagável.
ResponderEliminarTambém tenho comigo o que resta de alguns dos bilhetes dessa temporada da Taça dos Campeões 1987!...
Hoje ouvi Jesualdo Ferreira e senti pena, ele está muito magoado connosco. Vamos dar-lhe uma "forcinha", pode ser que ele desta vez aprenda!
Nos dois jogos com o Benfica desse ano, cá, logo no início Nunes arrumou o Eurico -fracturas da Tíbia e do Perónio- e lá na Luz foi o Jaime Pacheco -rotura de ligamentos cruzados- que sentiu o azar de jogar contra os Gayvotas...Ficou bem marcado esse ano, Eurico, Gomes, Jaime Pacheco, Lima Pereira...Chegou a haver onze ou doze jogadores no Estaleiro...
ResponderEliminaroh Vila Pouca,
ResponderEliminarlembro-me de seres benfiquista, nos anos 70, quando trabalhavamos os dois na repartição.
meirelesportuense disse...
ResponderEliminarHoje ouvi Jesualdo Ferreira e senti pena, ele está muito magoado connosco. Vamos dar-lhe uma "forcinha", pode ser que ele desta vez aprenda!
Connosco ?!! LOL
O que disse o nosso Mestre, quem é que o magoou ?
Ai a vida :P
Heliantia:
ResponderEliminarFoi o tom com que falou, sentia-se a sua tristeza no fundo da voz...A culpa não é nossa, ele tem que compreender, "nós só queremos o Céu!"...
Ainda em relação ao ano 1987 e às lesões, Casagrande -fractura da tíbia e do perónio!...
Ele tem exactamente 22 minutos para dar a volta a este resultado... findo o prazo para mim acabou toda a tolerância para este treinador :(
ResponderEliminarHeliantia.