assistência: 17.611 espectadores.
árbitros: João Ferreira (Setúbal), Luís Ramos e Rodrigo Pereira; Nuno Campos.
FC PORTO: Nuno; Fucile, Stepanov, Bruno Alves e Benítez; Lucho «cap», Raul Meireles e Guarin; Mariano, Hulk e Lisandro.
Substituições: Hulk por Rodríguez (62m), Mariano por Tomás Costa (74m).
Não utilizados: Ventura, Pedro Emanuel, Rolando, Bolatti e Farías.
Treinador: Jesualdo Ferreira.
LEIXÕES: Beto; Laranjeiro, Nuno Silva, Élvis e Angulo; Roberto Sousa, Bruno China «cap» e Hugo Morais; Zé Manel, Chumbinho e Diogo Valente.
Substituições: Angulo por Nwoko (65m) e Diogo Valente por Sandro (80m).
Não utilizados: Berger, Ruben, Diogo Luís, Castanheira e Paulo Tavares.
Treinador: José Mota.
disciplina: cartão amarelo a Roberto Sousa (34m), Raul Meireles (87m), Bruno China (88m) e Sandro (90m).
golos: Mariano (5m).
De fazer corar muita gente. De querer tapar o sol com a peneira.
É o que me apetece e parece sensato concluir e dizer agora lendo "As Gordas" das Crónicas ressabiadas do costume, online, pós este jogo dos ¼ de final da taça de Portugal.
Não sei se viram o mesmo jogo que eu, mas o que eu vi foi um Jogo como se vêm poucos, que justificaram o bilhete, provavelmente. Apenas pecou por falta de golos, do FC Porto, claro!
Metade do que se viu ontem em campo, feito por certas equipas que agora só vêm jogar, e as primeiras páginas de imprensa hoje iriam ao rubro, quais Soraia Chaves em capas da Playboy.
Sobre o jogo.
O FC Porto apresenta-se praticamente num meio por meio, alguns titulares habituais mais "oficiais", outros que não deixam de ter o estatuto de titulares, mas para estas provas de segunda linha, salvaguardando que dentro das tais de segunda linha, esta Taça de Portugal é a mais importante. Pelo que sim senhor, pareceu-me bem, não seria por aqui que questionaria a legitimidade de Jesualdo na rotatividade de que se impunha.
Apresentados os onzes, soa o apito, rola a bola, sai o Leixões a jogar. As equipas apalpam terreno a ver o chão que pisam, num ritmo calmo e descontraído, molengão mesmo, pareciam embalados pelas ondas do mar, começava a enjoar, estávamos no minuto zero, seria assim até praticamente o minuto cinco...
Aos 4' - Lucho descortina Mariano à direita, que põe em Lisandro no centro da área Leixonense com a baliza extremamente tapada por vários defesas e guarda-redes, o tento de Lisandro ressalta nos defesas, sobra novamente para Mariano, e eu, que já antevia a minha vida a andar para trás, com a típica bola no poste, na barra ou desperdiçada, como tem sido mau agoiro desta época no início dos jogos, vixe Maria olhe que não! Vá-se lá saber porquê, desta vez Mariano - que tem vindo crescendo - resolve! Golo, aos cinco minutos. Nem esperei pela repetição, rebobinei a gravação para trás para ver bem se aquilo era verdade...
Há que reconhecer a frontalidade da equipa de José Mota. É ao que nos tem habituado este Leixões 2008/2009 renascido, jogo pelo jogo, olhos nos olhos, abomina "estratégias de autocarro" e assim eliminou o Benfica desta prova, assim nos roubou pontos para o campeonato, assim fez a campanha que fez em inicio de temporada, e não desaprendeu. Não obstante, é para jogos assim, abertos de parte a parte que este FC Porto renovado me parece melhor formatado. Contra os autocarros é que é o caraças! Pelo que se nos primeiros cinco minutos José Mota não havia entendido em retrair-se ao seu meio campo, não seria agora que passaria a faze-lo. Tinhamos jogo e espectáculo anunciado.
10' - Atrevida como já a conhecemos, a equipa do mar aproveita bem as bolas ganhas, joga-se pela lateral direita de Matosinhos, Nuno de forma fácil, saí da área na altura certa e anula a tentativa bem desenhada pelo leixões, começava o nosso o GR da Taça a mostrar serviço.
O FC Porto permite – e há quem chame a isto humildade (vide o início de jogo em Braga), há quem lhe reconheça posição estratégica de defesa - mas o que é certo é que Matosinhos povoa o meio campo do Porto e consegue 5/6 cruzamentos praticamente durante os próximos sete minutos.
17' - Como consequência da pressão alta imposta/admitida, o Leixões ganha mais um canto, Nuno mais uma vez bem, a sair e afastar de punhos em riste, espantando fantasmas para fora de sua área, mas o leixões cada vez mais acredita, continua na carga, e habilidoso, Diogo Valente saca, com boa matreirice, uma falta à Lucho, que lhe fez "duas festas" na camisola no limite da entrada da área. Valdemar Duarte, esse mestre-mor-do-bitaite-e-notas-de-rodapé, ocupação também designada em Portugal por «narrador/relator de jogos de futebol», via confirmados motivos para elogiar o critério do árbitro, apenas com muita pena, imagino eu, que a criteriosa falta não tivesse sido dentro de área. «Faltou um bocadinho assim» Terá comungado o homem com os seus botões... Azar, o livre nem sequer dá em nada, segue pra bingo. Rola a bola!
20' - O FC Porto lá começa a espalhar o jogo para o campo do vizinho, a defesa azul e branca sobe no terreno, e sim, eu também achava que os do Mar já haviam “abarcado” tempo demais por terras alheias, era a vez do FC Porto se fazer ao mar.
21' - Excelente jogada colectiva pela esquerda Portista, arrancada de Benítez, a cruzar para Lisandro no centro do terreno que atabalhoadamente, não consegue concretizar.
22' - O leixões, que até tinha o saldo a favor, com menos faltas cometidas , mais cruzamentos e remates a baliza, via-se agora obrigado a recorrer à falta grosseira, quais “traineiras” autênticas, para os do FC Porto parar. João Ferreira lá começa a avisar os do mar. E é esta a diferença que encontro no tal modo de defender, que chame-se o que quiser. O FC Porto soube-o fazer no devido tempo organizado, com recurso a falta cirúrgica se necessário, quando os papeis se invertem um Porto rápido nas transições, a trocar bem a bola, pode-se considerar que o Leixões não tinha outros meios nem argumentos para os parar, pelo que...
33' – Primeiro cartão amarelo da partida a Roberto Sousa, por entrada dura sobre Mariano.
34´- O jogo continuava a dar espectáculo, uma bola perdida por Bruno Alves na saída da nossa área que tentava virar para a direita do meio campo, é interceptada por Diogo Valente, que num rápido e curto contra-ataque, cruza pela esquerda na área, bola cabeceada, o leixões vê a jogada por Nuno negada. Bom ataque dos do mar, soberba defesa a ganhar!
37´ - A lateral esquerda do porto vai não volta a dar nas vistas, o Leixões continua a ir a jogo.
42´- Jogo dividido, FC Porto a praticar um futebol apoiado, troca a bola, jogo vivo, o Leixões responde com algumas outras vezes de oportunidades criadas ou “sobradas”. Partida imprevisível, equilibrada, jogo empatado em remates, «seis – seis» diz Valdemar-que-nunca-sabe-estar-calado, mas o empate que ele queria sei eu... tás cá com uma sorte...
44'- falta tirada a Hulk, duvidosa, muito duvidosa, penso eu, mas sem repetições, até porque entretanto ia-se para intervalo, que conveniente.
E foi mais ou menos isto, em traços gerais, o cronómetro da primeira parte e o que vi. Duas equipas que deram um bom espectáculo.
O melhor e algo mais desequilibrado estaria guardado para a segunda parte.
E entra um FC Porto diferente de atitude na segunda parte, não para defender mas para atacar, logo com uma boa jogada que acaba em remate perigoso. Ao contrário do Leixões na primeira parte, é só agora aos 48 minutos de jogo decorridos, que o FC Porto ganha o primeiro canto. Entretanto, mais dois minutos decorridos e temos tempo para ver Lisandro executar um grande remate de fora de área para defesa muito apertada de Beto - «Mais uma» - diz o Valdemar!
O FC Porto continua a insistir no ataque, Lisandro e companhia vai dando que fazer à defesa do Mar, aos 55' mais uma “traineirada” violenta e em força que deixou o nosso Lixa “lixado”. Faltou o cartão amarelo, até porque além da violência, impediu um promissor ataque. Mais um minuto, e aqui vai disto, desta vez o contemplado com a “traineirada” foi Hulk. Volta a faltar o amarelo. E como não há duas sem três, no minuto seguinte, mais uma falta por marcar, com Meireles estendido no chão, Na TVI ninguém viu nada nestes 4 minutos de traineiras atracadas... tudo bem o critério do apito era algo lato, deixava-se jogar.
Sessenta minutos de jogo, e às duas por três, Valdemar começa-se a entusiasmar (ainda mais) com o jogo, ou, perdão, com a possibilidade do FC Porto sofrer golo, mas Stepanov faz-lhe a desfeita de desviar o remate tenso de Diogo Valente, outra vez Diogo Valente, para canto.
62' – E o Professor troca Hulk por Rodriguez, e comenta o “adjunto” de microfone de Valdemar que «hulk não esteve bem na partida», não resistiu ao bitaite! Os mesmos que na quarta jornada desta Taça de Portugal passaram tempos infinitos a vomitar alarvices sobre o rapaz, até que ele os calou - comentadores, estádio, e país - naquele tal golo que eliminou o Sporting da prova. Portanto, expliquem lá ao senhor adjunto dos microfones, que há jogadores que NÃO sabem jogar mal. Têm é jogos menos conseguidos, vá!
Substituição portanto feita, e, não tem nada a ver, mas o jogo assume uma posição novamente mais repartida.
Aos 70´ Lisandro lembra-se de inventar com passe de calcanhar, bola perdida, equipa Portista aflita, acaba a jogada travada em falta, com um livre perigoso para a nossa baliza. Valeu-nos a falta também, de eficácia do marcador, bola contra a barreira.
74' – Mariano sai, Tomás Costa entra, e este último elemento mostra-se significativo para voltar a por as coisas no sentido certo, o FC Porto volta a “fazer-se ao mar”, com uma sofreguidão tal, que impressiona, e sem exageros, Guarin em área atacante, finta tudo e todos, até ele mesmo, volta para aqui, volta para ali, e - «esqueceu-se que o futebol tem baliza» - mais uma bela tirada de Valdemar, apesar de que esta até eu lhe perdoei, e acrescentei, «e mais 9 jogadores a quem passar. Espera-se mais um bocadinho naquelas voltas, que até o décimo elemento (Nuno) ia lá ajudar».
Mas a saga continua, há tempo para mais uma grande jogada de insistência à baliza de Matosinhos , Lucho põe a bola em Bruno Alves (vejam bem onde andava naquela altura o N.º2) que cruza a bola em jeito a fazer arco, Beto saí da baliza do Mar, há embrulhada na área, sobra outra vez para Lucho e aqui vai disto... olhó petardo, bola na trave... sai por cima.
O Leixões volta e meia neste quarto de hora final “desafogava-se”, ganha uma bola a meio campo saída de pontapé de baliza, mostra mais uma vez boa coordenação de ataque, ala esquerda a trabalhar, bola cruzada, cabeceada, e mais uma vez Nuno a cumprir, defesa soberba.
Mais dez minutos de Porto, Porto, Porto, mas marcar que é bom e eu gosto, nada. Tudo bem, ganhamos a partida, mas ainda teria de ouvir os bitateiros do microfone: «Não foi um jogo bem conseguido». Referiam-se como é lógico, ao desempenho do FC Porto.
Prontos! Eu dou-lhes o desconto. Para eles um jogo bem conseguido será deixar ganhar quem interessa em campo. De preferência de forma escandalosa e descarada. Temos pena que as equipas predilectas destes comentadores já não disputem a única prova (graças a Deus) que lhes cabe comentar (TVI).
Agora um Jogo, com duas boas equipas, a praticar um excelente futebol, onde há quem tenha que gerir muito bem o calendário face às várias frentes que disputa, que dá para acabar em festa de “olés” na bancada, e ganha a equipa que bem feito o balanço foi a que mereceu ganhar, «Não foi um jogo bem conseguido». Fazer-lhes o quê?
E foi uma espécie de tentativa de crónica do jogo. Agora deixo a caixa de comentários para os verdadeiros entendidos de bancada. Façam favor!
Melhor em Campo – Nuno. Parte-se do princípio que eleger o guarda-redes como melhor em campo significa um jogo encostado às redes da respectiva equipa. Ou que foi salvo, ou minorada a derrota de um jogo pela intervenção do GR. Não vou por aí, apenas de salientar, que das poucas vezes que Nuno foi chamado a intervir sempre defendeu, nunca comprometeu. Fossem os restantes elementos da equipa de tal eficácia a cumprir as suas missões nas respectivas posições, e teríamos 7 ou 8 golos marcados, meia dúzia de excelentes passes de ruptura, grandes “trincadelas”, bailados pelos flancos, etc... Portanto, mérito desta vez ao Nuno.
Pior em Campo - o relator/comentador do jogo, vale?
jogou de caralho o mariano
ResponderEliminarBom jogo, nem sempre bem jogado, mas decorreu com muito coração e sofrimento. Parecia um jogo do princípio do século XX, luta, muita luta e mais luta! O Prof exagerou na contenção mas, mais uma vez, esteve bem estrategicamente.
ResponderEliminarFoi à Premiere League. Intenso, combativo, jogado nos limites, como se cada palmo de terreno, cada disputa de bola, fosse a última.
ResponderEliminarUm grande Leixões, colocando dificuldades inesperadas a um Porto que apenas nos últimos 15 minutos, após a entrada de Tomas Costa, e já com Cebola na equipa, foi capaz de criar oportunidades em série.
Uma vitória merecida, suada, imensamente difícil, que nos coloca na luta por mais outra competição. E aqueles assobiadores profissionais deveriam lembrar-se disto: meias da Taça da Liga e Portuga, 1º lugar no Campeonato, oitavos da Champions. Não chega?
Vitória merecida embora difícil. Um bom Porto e um valoroso opositor. E 17 mil heróis nas bancadas. E uns 500 assobiadores que não percebem nada de futebol.
ResponderEliminarBom jogo, competitivo, um excelente Leixões, um excelente Beto a ver com atenção...
ResponderEliminarSaliento dos nossos Stepanov, uma exibição muito boa, que cresça e se torne no bom jogador que pode ser...
Nuno também em evidência.
Guarim malzinho, Mariano bom e menos bom mas sempre empenhado e Benitez com inumeros passes falhados mas com vontade também.
O 2-1 seria um resultado justo.
Também evitamos um indesejável prolongamento o que foi muito importante.
Venha o próximo.
Desculpem lá, mas eu não vi um bom Porto.
ResponderEliminarSinceramente, já começo a ficar cansado de ver o F.C.Porto jogar abaixo dos mínimos exígiveis.
Ontem, com um dia de cão, bom para ficar em casa a ver no sofá, muitos portistas desafiaram a intempéride para irem ver ao vivo. E que viram, viram mais uma vez um mau jogo da sua equipa e, quando, estavam reunidas as condições - um golo logo aos 5 minutos -, para jogar bem, ganhar tranquilamente e sem estarmos o tempo todo, com o credo na boca.
Já é tempo para Jesualdo de deixar de desculpas com a falta deste ou daquele ou com cansaço para a frente e poupanças para trás. O Leixões ontem, em relação à equipa que ganhou para a liga, jogou sem os dois melhores jogadores - Wesley e Braga - e continuou a jogar bem e a ser uma equipa que sabe jogar, ao contrário do F.C.Porto, que joga aos repelões, não pressiona, erra passes atrás de passes, coloca-se a jeito e ontem, só não teve de enfrentar um prolongamento, que seria muito mau, porque Nuno foi o seu melhor jogador.
Os pragmáticos dirão que o que é preciso é ganhar, eu, talvez por estar mal habituado, digo que para mim é perfeitamente possível ganhar e jogar bem melhor.
Um abraço
Olá a todos!
ResponderEliminarAlguém me sabe dizer quando é que os bilhetes para o Atlético de Madrid-Porto vão estar à venda? Desde já obrigado!
Concordo com o Vila Pouca e digo mais.
ResponderEliminarLevamos um banho de bola mais uma vez do Leixões. Meus amigos não estamos a jogar contra o Barcelona. O Cristian Rodriguez ganha mais que toda a equipe do Leixões. Mau de mais e não adianta colocar a cabeça debaixo da areia.
Aproveito o momento para informar os meus vizinhos da fila 29 nº 12/13/14, que participaram no jantar do blog, já vi as fotos e reparei que participaram ;-) que está tudo bem comigo. Já não vou ao Dragão faz mais de 3 meses mas penso que contra os lampiões direi presente: :-)
cumprimentos
Viva !
ResponderEliminarMais uma Vitória mais uma Alegria.
Acabei por ceder à tentação : Vi o jogo apesar do trabalho que me esperava e esperou.
Vi o jogo aqui. Parabéns e obrigado.
Fiquei maravilhado pela equipa do Leixões por momentos. Que bonito futebol.
Este jogo mostrou que a Taça de Portugal é uma cpmpetição diferente. Pena que se tenha acabado com a taça das taças.
17 000 espectadores parece-me um bom número de espectadores para um dia de semana à noite.
Acho que o Porto continua a não ter meio campo. Não sei. Acho que não há um real entroncamento entre as linhas ( mas eu não percebo nada de futebol ).
O importante foi ganhar !
E Viva o Porto !
Eu compreendo certa medida de frustração de alguns parceiros portistas. houve de facto passes a mais falhados, e a cultura é que os jogos e as competições todas, são para ganhar. Mas desculpem lá,Do outro lado estavam o que? 11 Pinos/ cones laranjinhas estáticos e prontos a se fazerem um "slalon"? O Leixões era uma equipa super acessivel? acham que este era o jogo (e perdoem-me), a competição para um tudo por tudo, correr, até cair, por a carne toda no assador? Não foi um bom jogo, de parte a parte?
ResponderEliminarA monotomia das favas contadas no ano passado foi melhor, certo, 20 pontos de distancia, mas as tantas perdeu a pica...
E depois de ontem, não jogamos este fim de semana? não está aí breve a champions?, Não há outra tacita da cerveja parar ganhar? ou querem alguns sprinst de 90 minutos, e depois perde-se o folego para a maratona, a boa maneira do Sporting, P. EX.?
GANHAMOS, CARAGO! Estamos nas meias finais...
Foi um bom jogo, muito disputado marcamos cedo, uma coisa que esta época é rara, o único erro foi não termo depois do 1-0 tentado o 2-0, quisemos gerir e vala não sofremos o golo do empate de resto Mariano, Stepanov e Nuno foram os que mais quiseram vencer.
ResponderEliminarUm abraço, http://varanda-do-dragao.blogs.sapo.pt
IN O JOGO
ResponderEliminarDirecto ao assunto: o primeiro ataque a sério do FC Porto deu golo, terapia quase perfeita para uma equipa com dificuldades em marcar em casa. Mas o melhor mesmo é insistir nessa ideia do "quase perfeita", porque o que se viu a seguir, sobretudo na primeira parte, foi o outro significado da palavra "embalar": o FC Porto começou embalado, já se disse, aos pés do improvável Mariano, mas depois deixou-se embalar num ritmo sonolento espevitando a reacção de um Leixões que se aproximou, de carrossel, da área portista. E foi esta reacção enérgica, misturada com um provável puxão de orelhas de Jesualdo ao intervalo, que recolocou o FC Porto em campo para uma segunda parte sem golos, é verdade, mas com todos os outros ingredientes indispensáveis ao entretenimento e à emoção. Aplausos, aplausos.
Puxando a fita atrás, volte-se ao golo de Mariano. Apanhados em desvantagem, contrariedade que atrapalhou uma equipa talhada para contra-atacar, os leixonenses souberam reconfigurar os planos. A bola girou sempre bem, de pé para pé, mas esse domínio não camuflou uma fragilidade que haveria de hipotecar as aspirações - faltaram centímetros na área. Chumbinho foi ligeiro na condução de jogo, mas a ideia de o obrigar a incomodar Meireles e ainda fazer frente aos centrais foi quase sempre ineficaz. E não é difícil perceber porquê: aqui, o tamanho contava, apesar da ajuda de Diogo Valente e Zé Manel.
Asfixiado na rede de passes curtos e certeiros do adversário, o FC Porto chegou a navegar à deriva durante uns bons minutos. As mudanças operadas por Jesualdo Ferreira ajudam a explicar parte do problema. Mariano foi uma aposta certeira, apesar de continuar a ser desconcertante no que faz de bom e mau, mas Benítez e Guarín encravaram mais do que ajudaram. A coisa compôs-se na segunda parte, com Hulk e Lisandro a tirarem Beto do anonimato. Do outro lado, Nuno também travava um duelo particular com Zé Manel; José Mota, esse, tratava de mostrar que queria mais do que a vitória moral trocando o defesa Angulo pelo avançado Nwoko. Importa acrescentar, num ritmo de escrita que se desejava tão frenético quanto o jogo, que, pelo meio, ainda houve uma bola a acariciar a barra - saiu dos pés de Lucho - e outros lances, de parte a parte, que tornaram as duas áreas em locais de presença assídua. E, dito isto, pausa para respirar.
Pausa também no jogo. Falta dizer o óbvio: o FC Porto está nas meias-finais, mas as duas equipas estão de parabéns.
Fico pelo meio termo, isto é... mais um jogo, mais uma vitória, mais uma passagem em frente... e para não variar, mais uma pasmaceira de jogo, passe a expressão.
ResponderEliminarJá começo a ter saudade e que saudades dos tempos em que os adversários vinham cá e borravam-se de medo só de jogar contra nós... hoje, qualquer Leixões com jogadores de refugo... do refugo!!!... chega cá e mostra serviço... e os 90 minutos que na maioria das vezes, demoram e demoram uma eternidade a chegar... sempre com o coração nas mãos.
Digo sem receios... tenho saudades, muita saudades de assistir a um daqueles jogos tranquilinho da silva e onde lá em baixo no relvado, o rolo-compressor azul-e-branco, leva tudo na frente sem sequer os deixar respirar ou levantar.
Hoje em dia e já começam a ser dias demais, é sempre a mesma pasmaceira... engonha-se e engonha-se e um tipo sempre com o coração nas mãos, com medo de cada bola que vai à nossa baliza... essa é que é essa.
No resto, bem, mal ou mais-ou-menos, o que é uma verdade de La Palisse é que os números estão aqui para quem os quiser confirmar:
- 1º lugar na liga Sagres
- nas 1/2 final da taça de Portugal;
- nas 1/2 final da taça da Liga;
- nos 1/8 final da liga dos Campeões.
Tudo o resto, é blábláblá... mas eu, exigo mais, muito mais do que aquilo que tenho visto nos últimos tempos... principalmente, repito, principalmente no Dragão.
Por fim, dizer apenas que ontem, Stepanov e Nuno estiveram 5 estrelas.
No assim-assim, o velhinho e mesmo de sempre... Mariano... é capaz do melhor e do pior... na mesma jogada. Raios que nunca mais aprende!!!
No pior, Guarin e minha nossa, "este" Benitez ainda cá anda? a fazer o quê, carago? vê-lo a jogar é um atentado à saúde d'um tipo, desculpem lá.
Creio que Jesualdo adoptou um sistema de jogo muito cínico, ou então, tudo isto é fruto do acaso: -Esperar pelo adversário e lançar-lhe jogadas rápidas e desconcertantes para criar desequilíbrios impossíveis de reparar...Mas, parece-me que este sistema está apenas agora a ser posto em prática, contrariando até os princípios anteriores, de um jogo muito feito a meio campo e com mais posse de bola.
ResponderEliminarEu concordo com ele -neste momento concordo com o seu ponto de vista-, acho que é um sistema capaz de derrubar as grandes equipas, especialmente apto a utilizar com as grandes equipas e nas Competições Europeias...Precisamente, o que não aconteceu nos anos transactos e nos criou dificuldades tremendas especialmente -a nível interno- com o Sporting que joga há muito tempo em sistema semelhante...Emendou a mão mas, nota-se ainda muita falta de rotina e confusão nas iniciativas...Lançamentos em profundidade disparatados, corridas que não conduzem a lado nenhum e um jogo confuso, amorfo, quase indecifrável. No meio campo defensivo continuo a achar que existe muita passividade. A defesa actua muito à zona e permite a troca fácil de passe dos adversários. Essa passividade tem sido compensada com a grande qualidade e atenção dos nossos centrais, no entanto em jogos com menor percentagem de felicidade - e eles vão suceder certamente-podemos ter dissabores. Neste sistema, Jesualdo deverá -na minha opinião- jogar com dois médios mais defensivos. Um mais próximo dos centrais e o outro a fazer a ligação aos restantes médios e atacantes...Não percebi a dispensa do Pelé, seria bom tê-lo connosco, precisamente agora, que um ciclo infernal se avizinha. Aguardemos...Mas gosto deste tipo de jogo "assassino"...
O nosso FCPORTO venceu a uma excelente equipa,diante da qual
ResponderEliminartinha sido derrotada na Liga Cucas!
Não jogámos por ai além mas foi o
suficiente para passarmos ás meias-
-finais,que serão disputadas em 2
mãos!Ainda Bem!Ainda nos calhava o
Nacional, na Madeira! hehehehe
Agora vem ai o Pacheco dos Pasteis
e ... FORÇA PORTOOOOOOOOOO
parabéns ao MR CoSMOS pela excelente crónica. Abraço.
ResponderEliminarEu alinho com o Blue. É óbvio que era muito importante passar a eliminatória mas já tenho saudades de ver um jogo descansado. E este até começamos a ganhar bem cedo e nem assim foi mais tranquilo.
ResponderEliminarNo entanto, os elogios ao Leixões percebem-se mas não deixam de ser exagerados. O Leixões durante todo o jogo trocou muito bem a bola mas jogadas de perigo forma 2 em 90 minutos sendo que uma é oferecida pelo Bruno Alves e outra quando o Stepanov está fora a receber assistência. Nesses 2 lances Nuno resolveu de forma superior.
Ao contrário, o Porto, sem forçar o andamento até porque já estava a ganhar, deixou o jogo correr e, apesar de muito lento e desorganizado no meio campo criou seguramente 6 oportunidades tão ou mais flagrantes que as do Leixões. Aliás, o Beto foi eleito por muitos comentadores o melhor jogador em campo.
Stepanov foi, para mim, o melhor em campo sem complicar e entendendo-se muito bem com Bruno Alves. Mariano marcou o golo, fez algumas boas jogadas mas errou muitos passes e nessa altura desistia do lance pondo a equipa em perigo. Guarin, o pior, muito trapalhão, a falhar demasiados passes e a perder-se em dribles. Lucho esteve bem melhor apesar de muito lento. Raul Meireles não é um trinco (mandamos o trinco suplente embora!) e a certa altura as pernas já lhe faltavam. Aliás, por alguma razão costuma ser sempre substituído. Tommy e Rodriguez entraram muito bem e acabaram com as hipóteses do Leixões. Benitez jogou melhor do que outras vezes mas falha uma quantidade de passes absolutamente inadmissível para um jogador de alta competição.
Apesar de o Porto não ter feito um jogo brilhante e até em algumas alturas mesmo mauzinho, o resultado é absolutamente justo e só faltou mais um golo para a equipa se soltar.
Agora é importante ganhar no Restelo (fundamental) e ir ganhar ao WC com a equipa de reservas na taça da cerveja.
PORTO SEMPRE!