10 fevereiro, 2009

Palmas para quem?!?

    Acham normal um presidente de uma autarquia defender uma ilegalidade? É com estes discursos que incentiva os jovens de Sintra para os princípios do desporto? E a mentira? Como pode dar eco televisivo a algo que lhe sopraram ao ouvido com intenções manipuladoras? O Labaredas deitou-se tarde para escutar mais um debate futebolístico, mas valeu a pena.

    «Aplaudo as claques do Benfica, comportaram-se exemplarmente». Importa-se de repetir, Dr. Fernando Seara? Onde estava quando foram lançadas várias tochas no sector visitante? Como pode bater palmas a algo que não existe? Como jurista e presidente de câmara devia saber que, ao contrário do FC Porto, o seu clube não tem associações de adeptos oficiais. Não quiseram legalizar-se, lembra-se? Como pode defender publicamente uma ilegalidade?

    O desplante já se arrasta desde a semana passada. «Aquela explosão nos No Name e na bancada central (…) da claque do Benfica e da sua adesão permanente, mesmo nos momentos difíceis e nos locais difíceis (…)». Como na Trofa, quando lançaram uma tocha ao guarda-redes da equipa da casa? Os jovens de Sintra estão orgulhosos dos gostos pirotécnicos do seu presidente. O futebol com chama fica muito mais interessante, mas não é este fogo que o dinamiza.

    Gostos não se discutem, mas mentiras não podem passar em claro. Para defender as claques ilegais do seu clube, o Dr. Fernando Seara referiu que estavam apenas cinco stewards no momento da revista aos adeptos. Na realidade eram 18, número considerado suficiente face à experiência do FC Porto decorrente da organização de eventos internacionais, entre os quais meias-finais da UEFA Champions League, merecedores de rasgados elogios por parte da UEFA.

    Claro que o seu clube não sabe o que isso é. E, por isso, fica mal lançar um papagaio verde de bico encarnado para dar lições de uma moral que não conhece. Mas ao louro perdoa-se a ignorância. A um homem das leis é mais complicado.
fonte: fcporto.pt

6 comentários:

  1. Pra esse metro e quinze do «mãozinhas», é tudo normal... um lirico de primeira água é o que esse «mãozinhas» é.

    É tudo tão normal, quanto o défice de QI dessa personagem sinistra... lá em casa, ao que consta, só mesma a mulher e os filhos é que se safam pela 'inteligência', porque o «mãozinhas», santa paciência, taba bom era pra concorrer ao casting do novo elenco dos Batanetes.

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  2. "E, por isso, fica mal lançar um papagaio verde de bico encarnado para dar lições de uma moral que não conhece. Mas ao louro perdoa-se a ignorância. A um homem das leis é mais complicado."....fantástica afirmação!Bravo
    blue_heart

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  3. Grande Labaredas... Vou fazer a colecção destes textos... lol

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  4. só quem andar distraído é que não lhe percebe a "postura". Desde que começou CDS em Viseu, que não tenho deixado de apreciar a "peça". Portanto estas posturas só admiram a quem estiver pouco atento

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  5. 10-02-2009 FUTEBOL
    Comunicado do F.C. Porto

    No seguimento do último jogo da Liga 2008/09 no Estádio do Dragão e da sequência de declarações infelizes que este motivou, vem o F.C. Porto esclarecer o seguinte:

    1 – Tendo em conta o jogo do passado domingo, o F.C. Porto concebeu o esquema de segurança habitual para desafios considerados de alto risco e para a previsão de 2500 adeptos visitantes;

    2 – O planeamento da segurança para este jogo foi feito em consonância com a PSP. Na reunião de preparação para o encontro, o F.C. Porto alertou que, tendo em conta a expectativa de dois comboios com adeptos visitantes, o ideal seria separá-los em dois grupos de 750 cada, o que facilitaria o processo de revista no acesso ao Estádio do Dragão. A PSP decidiu juntá-los numa única coluna;

    3 – O F.C. Porto comunicou à PSP que, face às ocorrências recentes em compromissos da equipa visitante, a revista dos adeptos seria forçosamente minuciosa. Como se comprovou com a apreensão de diverso material pirotécnico e de material passível de ser arremessado, como esferas de aço, esta medida foi acertada. Alguns desses objectos proibidos, como petardos, apenas foram detectados após a vistoria ao calçado de alguns adeptos;

    4 – O F.C. Porto estranha que, apesar de dizer que ainda se encontra «a analisar» os factos, o Director Nacional da PSP já apresente conclusões. No entender de Oliveira Pereira, «o problema surgiu no estádio, com o número de entradas da fiscalização da segurança privada, dos ARD’s [assistentes de recintos desportivos], que eram só dois e tivemos de solicitar o reforço do número de agentes, para que fosse mais acelerada a entrada dos apoiantes do Benfica»;

    5 – Na realidade, e como pode ser comprovado com a consulta às gravações das câmaras do estádio, os ARD’s destacados para este processo começaram por ser 18, número que subiria para 25, ainda antes da hora do jogo, com o intuito de agilizar os procedimentos de revista. Não eram cinco, como foi anunciado por um comentador desportivo, nem dez, como relatou um adepto visitante a um programa de rádio. Muito menos dois, de acordo com as palavras do Director Nacional da PSP;

    6 – Perante tamanha incerteza, as palavras do Director Nacional da PSP não podem deixar de provocar alguma perplexidade. O F.C. Porto tem larga experiência na organização de esquemas de segurança para jogos de alto risco. Como se comprovou com o aparecimento de algumas tochas no sector visitante, não há planos infalíveis, mas estas excepções apenas vêm confirmar o acerto das medidas assumidas;

    7 – O F.C. Porto costuma proceder à análise dos factos antes de avançar com conclusões e está sempre disponível para discutir com todas as entidades no sentido de melhorar os procedimentos de segurança. Não é hábito do clube dirigir responsabilidades próprias para terceiros. Muito menos em eventos que envolvem o bem-estar de 50 mil pessoas e extravasam em muito lógicas meramente clubísticas.

    Porto, 10 de Fevereiro de 2009

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  6. Excessos e zelo

    Parece-me estranho que se questione o zelo das autoridades, policiais e não só, no sentido de garantir a segurança de um espectáculo desportivo. Afinal, mesmo que possa existir algum excesso nesse zelo, não será esse um mal menor e um preço justo a pagar pela segurança de todos os espectadores? Não seria, por exemplo, mais alarmante o eventual laxismo e ineficácia das autoridades policiais perante um jogo de alto risco? Faça-se um esforço e imagine-se um cenário improvável em que os adeptos de determinado clube se deslocam a casa de um rival para assistirem a um jogo e vêem o autocarro que os transportou ser incendiado, felizmente sem vítimas. Ou, num esforço de ficção, admita-se como possível a entrada de um very-light num estádio de futebol perante a complacência das autoridades policiais, nesse caso com consequências inimagináveis. Claro que estes são cenários rebuscados, fruto de uma imaginação fértil, mas talvez o zelo das autoridades sirva justamente para prevenir que tais cenários se tornem realidade. Talvez.

    JORGE MAIA
    (no jogo)

    FALTOU SÓ ACRESCENTAR A CENA DE UM AUTOCARRO DE ADEPTOS DO PORTO COM BILHETE PARA O JOGO DE HÓQUEI SLB-FCP TER SIDO IMPEDIDO DE ENTRAR EM LISBOA PELA POLÍCIA!!!

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