THE END… mal refeito do diluir da esperança, vejo desfeito o sonho da Champions. Contrastante com a frustração milionária, reina nas hostes azul-e-brancas, o Orgulho de quem sabe ter atingido um patamar de dignidade, competência e qualidade futebolística, capaz de fazer tremer o Campeão Europeu de clubes.
A exigência natural da competição, não deixa espaço para lamechices, lamúrias ou entretenimento com vitórias morais. Se o objectivo Liga dos Campeões já era, a caminhada para o TETRA, tem a Académica de Coimbra como próximo teste.
Sem tempo para lamber as feridas ou carpir mágoas, da ressaca uefeira, sobra um Dragão que tem na sua génese e tempera competitiva, a força para retornar às vitórias e aos triunfos que nos conduzam ao encurtar de distâncias com o título.
Antever a contenda no Municipal de Coimbra, é olhar um pouco para os números do anfitrião. O colectivo comandado por Domingos é a par de FC Porto e Sporting, uma das equipas com melhor índice de aproveitamento do factor casa. Os 25 pontos intramuros, contrastam positivamente com o que era a inocuidade caseira da época passada.
Num reduto onde os Dragões contam 38 anos sem conhecer o travo amargo da derrota, é de bom lembrar que na época em curso, o anfitrião deste Domingo, apenas saiu derrotado frente aos encornados, tendo apenas permitido a divisão de pontos aos seus adversários em quatro ocasiões.
Se a Briosa se apresenta forte por força do bom momento que atravessa, até por terem devolvido nova derrota às gayvotas, a consistência dos academistas, resultam em muito da evolução conseguida pelo técnico Academista.
Muito longe da equipa macia de outrora, a tranquilidade alvitra o alcançar e o ambicionar de subir mais uns lugares na tabela classificativa. A evolução do seu futebol traduz-se analiticamente na capacidade de perceber e traduzir no relvado, o equilíbrio entre as fases de transição sobretudo meio campo/defesa.
Com um ataque sempre ameaçador, onde pontificam algumas unidades de cariz veloz, com um sentido de baliza apurado quando em transições rápidas, ainda que o miolo entenda mal essa característica, alicerçados num sistema táctico 4x3x3, com um avançado centro que funciona como referência e suporte, Saleiro, consegue unir sectores, dando à equipa um equilíbrio entre linhas, por forma a estarem menos sujeitos a desequilíbrios posicionais, capazes de os tornar mais fortes nos momentos ofensivos, mas sobretudo menos sujeitos a dissabores em momento defensivo.
Peskovic tem sido useiro no brilhar frente às equipas grandes, com um quarteto defensivo que pelo exposto atrás, vive períodos de menor perturbação, as peças do miolo, Tiero, Miguel Pedro, Nuno Piloto, Lito e Cris, encaixam quem nem um puzzle nas novas dinâmicas desta Briosa.
Complementam-se nas acções de jogo, tornando o bloco médio-baixo dos jogos em que o opositor é mais forte, num osso duro de roer, onde a consistência e equilíbrio das competências sectoriais lhes permite um jogo mais interior com saídas pelas laterais, sem que a equipa se ressinta na sua organização e onde se nota o crescimento colectivo até no controlo mais efectivo dos ritmos da partida.
Pensar no actual Porto, é não esquecer a lesão de Lucho, é reflectir nos dilemas tácticos que a dinâmica de meio campo se vê obrigada a repensar. Até à passada 4ª feira, eram três peças onde todas as outras da equipa encaixavam sem que essa equação fosse um quebra-cabeças. Um triangulo intermédio, onde nem a inferioridade numérica com que se via confrontado era sinónimo de deficit nos reequilíbrios e luta pelos espaços.
Soluções?!?!... Tommy é visto como ideia conservadora, mas também a mais utilizada quando em situações análogas, não mexendo com as rotinas da identidade azul. No entanto, a polivalência de Mariano Gonzalez, marca pontos e inclina o Dragão para uma maior versatilidade táctica, conjugando apetência pelo jogo flanqueado e de ala do argentino, com a variância do futebol como médio interior, obrigando a que muito possivelmente se verifique nova incursão de Licha por terrenos mais dados à procura de bola.
Com seis jornadas e quatro pontos [neste momento, 1 ponto, fruto da vitória dos calimeros no Minha a noite passada] como números que habitam esta recta final do campeonato dos Dragões, a partida de Domingo encerra desconfiança face à valia do adversário, bem como o normal risco afecto a cada jogo de futebol.
A fase crucial da época não pactua com escorregadelas, pelo que é legitimo esperar pelo alcançar da nona vitória fora de portas. Jesualdo confia na atitude colectiva como expressão máxima, capaz de superar a ausência de “el comandante”.
Por muito que a desilusão pese ainda sobre os ombros dos azul-e-brancos, a contenda frente à Briosa terá que versar na indómita vontade de vencer do Dragão, por força da sua importância, preconizar no jogo uma entrada forte, pressionante, encostando o anfitrião à sua defesa, multiplicando a qualidade técnico/táctica pelo relvado de forma a exponenciar transições rápidas quer em posse, quer com passes longos para os espaços vazios.
Sistematizando o colectivo, é fulcral saber o que fazer com a bola depois de a recuperar, não esgotando em si mesmo a pressão pela recuperação da mesma, aliar elasticidade de movimentos as dinâmicas da procura do golo.
É certo que Lucho transmite uma hierarquia táctica, é verdade que a lesão carrega um adensar de problemas nas transições, no entanto, acredito que Coimbra será também um bom exame ao crescimento e maturação dos que viram a Europa como afirmação das suas capacidades.
Com excepção à ausência de vulto, não devem os azul-e-brancos apresentar alterações ao onze, até por isso, espero um jogo assente nos moldes habituais de intensidade e sapiência de conceitos, onde se ressuscitem do ocaso pontual, Rodriguez e Hulk, para que Fernando seja ancoradouro do nosso bom futebol, e Meireles possa na sua complementaridade, ser artificie das mais variadas missões de construção, assegurando eficácia na transição, mas também o altruísmo nas recuperações na zona de tamponamento do futebol rival.
Adeptos e confiança caminham lado a lado, os 4 mil confirmados nas bancadas do Municipal Conimbricense são o aferir de que a nossa massa adepta não regateará esforços, ajudando com a sua presença a blindar o objectivo central e primordial… rumar ao TETRA, ser Campeão!!!
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno
Defesas: Pedro Emanuel, Rolando, Sapunaru, Stepanov, Bruno Alves e Cissokho
Médios: Raul Meireles, Andrés Madrid, Fernando, Guarín e Tomás Costa
Avançados: Hulk, Mariano, Rodríguez, Tarik, Lisandro e Farías.
A exigência natural da competição, não deixa espaço para lamechices, lamúrias ou entretenimento com vitórias morais. Se o objectivo Liga dos Campeões já era, a caminhada para o TETRA, tem a Académica de Coimbra como próximo teste.
Sem tempo para lamber as feridas ou carpir mágoas, da ressaca uefeira, sobra um Dragão que tem na sua génese e tempera competitiva, a força para retornar às vitórias e aos triunfos que nos conduzam ao encurtar de distâncias com o título.
Antever a contenda no Municipal de Coimbra, é olhar um pouco para os números do anfitrião. O colectivo comandado por Domingos é a par de FC Porto e Sporting, uma das equipas com melhor índice de aproveitamento do factor casa. Os 25 pontos intramuros, contrastam positivamente com o que era a inocuidade caseira da época passada.
Num reduto onde os Dragões contam 38 anos sem conhecer o travo amargo da derrota, é de bom lembrar que na época em curso, o anfitrião deste Domingo, apenas saiu derrotado frente aos encornados, tendo apenas permitido a divisão de pontos aos seus adversários em quatro ocasiões.
Se a Briosa se apresenta forte por força do bom momento que atravessa, até por terem devolvido nova derrota às gayvotas, a consistência dos academistas, resultam em muito da evolução conseguida pelo técnico Academista.
Muito longe da equipa macia de outrora, a tranquilidade alvitra o alcançar e o ambicionar de subir mais uns lugares na tabela classificativa. A evolução do seu futebol traduz-se analiticamente na capacidade de perceber e traduzir no relvado, o equilíbrio entre as fases de transição sobretudo meio campo/defesa.
Com um ataque sempre ameaçador, onde pontificam algumas unidades de cariz veloz, com um sentido de baliza apurado quando em transições rápidas, ainda que o miolo entenda mal essa característica, alicerçados num sistema táctico 4x3x3, com um avançado centro que funciona como referência e suporte, Saleiro, consegue unir sectores, dando à equipa um equilíbrio entre linhas, por forma a estarem menos sujeitos a desequilíbrios posicionais, capazes de os tornar mais fortes nos momentos ofensivos, mas sobretudo menos sujeitos a dissabores em momento defensivo.
Peskovic tem sido useiro no brilhar frente às equipas grandes, com um quarteto defensivo que pelo exposto atrás, vive períodos de menor perturbação, as peças do miolo, Tiero, Miguel Pedro, Nuno Piloto, Lito e Cris, encaixam quem nem um puzzle nas novas dinâmicas desta Briosa.
Complementam-se nas acções de jogo, tornando o bloco médio-baixo dos jogos em que o opositor é mais forte, num osso duro de roer, onde a consistência e equilíbrio das competências sectoriais lhes permite um jogo mais interior com saídas pelas laterais, sem que a equipa se ressinta na sua organização e onde se nota o crescimento colectivo até no controlo mais efectivo dos ritmos da partida.
Pensar no actual Porto, é não esquecer a lesão de Lucho, é reflectir nos dilemas tácticos que a dinâmica de meio campo se vê obrigada a repensar. Até à passada 4ª feira, eram três peças onde todas as outras da equipa encaixavam sem que essa equação fosse um quebra-cabeças. Um triangulo intermédio, onde nem a inferioridade numérica com que se via confrontado era sinónimo de deficit nos reequilíbrios e luta pelos espaços.
Soluções?!?!... Tommy é visto como ideia conservadora, mas também a mais utilizada quando em situações análogas, não mexendo com as rotinas da identidade azul. No entanto, a polivalência de Mariano Gonzalez, marca pontos e inclina o Dragão para uma maior versatilidade táctica, conjugando apetência pelo jogo flanqueado e de ala do argentino, com a variância do futebol como médio interior, obrigando a que muito possivelmente se verifique nova incursão de Licha por terrenos mais dados à procura de bola.
Com seis jornadas e quatro pontos [neste momento, 1 ponto, fruto da vitória dos calimeros no Minha a noite passada] como números que habitam esta recta final do campeonato dos Dragões, a partida de Domingo encerra desconfiança face à valia do adversário, bem como o normal risco afecto a cada jogo de futebol.
A fase crucial da época não pactua com escorregadelas, pelo que é legitimo esperar pelo alcançar da nona vitória fora de portas. Jesualdo confia na atitude colectiva como expressão máxima, capaz de superar a ausência de “el comandante”.
Por muito que a desilusão pese ainda sobre os ombros dos azul-e-brancos, a contenda frente à Briosa terá que versar na indómita vontade de vencer do Dragão, por força da sua importância, preconizar no jogo uma entrada forte, pressionante, encostando o anfitrião à sua defesa, multiplicando a qualidade técnico/táctica pelo relvado de forma a exponenciar transições rápidas quer em posse, quer com passes longos para os espaços vazios.
Sistematizando o colectivo, é fulcral saber o que fazer com a bola depois de a recuperar, não esgotando em si mesmo a pressão pela recuperação da mesma, aliar elasticidade de movimentos as dinâmicas da procura do golo.
É certo que Lucho transmite uma hierarquia táctica, é verdade que a lesão carrega um adensar de problemas nas transições, no entanto, acredito que Coimbra será também um bom exame ao crescimento e maturação dos que viram a Europa como afirmação das suas capacidades.
Com excepção à ausência de vulto, não devem os azul-e-brancos apresentar alterações ao onze, até por isso, espero um jogo assente nos moldes habituais de intensidade e sapiência de conceitos, onde se ressuscitem do ocaso pontual, Rodriguez e Hulk, para que Fernando seja ancoradouro do nosso bom futebol, e Meireles possa na sua complementaridade, ser artificie das mais variadas missões de construção, assegurando eficácia na transição, mas também o altruísmo nas recuperações na zona de tamponamento do futebol rival.
Adeptos e confiança caminham lado a lado, os 4 mil confirmados nas bancadas do Municipal Conimbricense são o aferir de que a nossa massa adepta não regateará esforços, ajudando com a sua presença a blindar o objectivo central e primordial… rumar ao TETRA, ser Campeão!!!
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno
Defesas: Pedro Emanuel, Rolando, Sapunaru, Stepanov, Bruno Alves e Cissokho
Médios: Raul Meireles, Andrés Madrid, Fernando, Guarín e Tomás Costa
Avançados: Hulk, Mariano, Rodríguez, Tarik, Lisandro e Farías.
Dê por onde der, hoje terá mesmo que se vencer. A vitória suada ontem do Sporting coloca-nos pressão em cima, mas estamos habituados a isso, como se viu na nossa passagem em Guimarães.
ResponderEliminarClasse, personalidade e uma fé inquebrantável, é o que se exige para Coimbra.
Vamos a eles!
O dia está maravilhoso, a hora do jogo, 18 horas é boa, a viagem é curta, os bilhetes, 10 euros, são baratos...todos a Coimbra!
ResponderEliminarUm abraço
caros portistas,
ResponderEliminaragora que se fala tanto nos problemas da baliza...
não sei quem acompanha ou não campeonatos estrangeiros, mas o stoijkovic emprestado pelo Sporting ao getafe, fez ontem um exibição de sonho contra o enorme barça, que só ganhou 1-0 e num remate de ressalto...
já que temos boas relações com o Sporting seria um hipótese a considerar.
quanto á sua língua mais afiada, só tenho a dizer que com a estrutura que temos, não haveria sequer hipótese disso acontecer...
Estarei enganado, ou vislumbro um sentimento de receio na crónica de abertura e nos comentários subsequentes?
ResponderEliminarBolas pessoais, não têm de recear nada. Somos “dragões” somos lideres, somos uma equipe que obreia entre as melhores da Europa, portanto logo é mais uma vitória sem espinhas, tenham fé, e deixem as tremedeiras para os tipos do “abutre” encarnado.
Mais uma final, todos os jogos ultimamente são uma final e esta tem que ser vencida.
ResponderEliminarVamos tentar vencer para dedicar esta vitória ao "El Comandante" Lucho González!