Aproveitando que o tempo é de paragem na Liga Sagres, uma vez que as próximas duas semanas são de definições, no que à presença da Selecção Nacional no Mundial 2010 da África do Sul diz respeito, a Calçada resolveu esta semana fazer um ligeiro exercício de avaliação no que concerne ao nosso poderio atacante, versão 2009-2010. Acima de tudo, esta apreciação pretende ter o intuito de promover o debate sobre se, de facto, o FC Porto está ou não mais forte que o ano passado, e se o número de avançados de que dispõe, é suficiente para todas as frentes em que nos encontramos.
Esta pequena análise, irá apenas incidir sobre quatro jogadores (Orlando Sá, Hulk, Farías e Falcao), sendo que foram excluídos os extremos, Mariano, C. Rodriguez e Varela, por ocuparem as faixas, não entrando, como facilmente se percebe, na discussão do avançado/ponta de lança que aqui se pretende realçar.
Após a saída de Lisandro Lopéz para o Lyon, tornou-se imprescindível que o Futebol Clube do Porto, voltasse a andar no mercado à procura de um novo guerreiro incansável, atacante raçudo e concretizante nato, que começasse nova era no clube, tal como fizera Licha em todos os anos que vestiu de Dragão. Um verdadeiro quebra-cabeças que volte a deixar os nossos rivais… como direi, Licha(dos)!
Começando por um português, Orlando Sá, é até ao momento o único avançado do Futebol Clube do Porto, que ainda não jogou, na presente época, por força de estar ainda em processo de recuperação, devido a uma operação ao joelho provocada por uma rotura de ligamentos. Contratado ao Braga no final da época transacta, o jovem português de 21 anos, chegou mesmo a ser anunciado como reforço portista para esta época, pelo, imagine-se, agora treinador do Benfica, Jorge Jesus, ex-treinador do SC Braga. Orlando, vem referenciado como sendo um jovem avançado centro de 21 anos. Teve como momento alto na sua carreira, um hat-trick ao serviço da selecção nacional de sub-21, num jogo amigável, frente à selecção de nuestros hermanos. Com 1,88m de envergadura, assemelha-se muito a Hugo Almeida, não sendo tão possante fisicamente, mas ocupando melhor os espaços, sendo por isso, mais móvel. Será uma pedra importante para a segunda metade do campeonato? Logo veremos se será mais uma boa surpresa, a par de Varela, ou algum Flop!
Passando agora para um dos avançados já conhecidos da casa, Hulk é aquele que, à partida, mais desperta todas as atenções. O super-herói, saído de uma qualquer banda desenhada japonesa, deixando a Marvel (criadora das BD’s de muitos super-herois) de olhos, completamente, em bico, ocupa já um cantinho especial no coração de cada adepto portista. De um lado, a ingenuidade emocional, característica da sua idade, e a descontrolo que por vezes emana em querer ser só ele a resolver o jogo, não se apercebendo que o afunila e dificulta mais; do outro lado, uma força abrupta da natureza, um fenómeno que alia força, técnica, explosividade e um poder de remate, do seu pé esquerdo-canhão, fora do normal, tornam Hulk numa das nossas pedras mais fundamentais de arremesso à baliza adversária. Givanildo Vieira de Souza, como é conhecido no B.I. assume-se actualmente, e de jogo para jogo, como um jogador mais colectivo, mais frio e com melhor poder de decisão na hora de passar ou rematar, o que o torna não só como a estrela da equipa, como também uma das figuras do campeonato e um caso sério no futebol. A sua cláusula de rescisão representa bem a importância que Hulk tem para o FC Porto, bem como da importância que o FC Porto tem para Hulk. O seu processo evolutivo, quer emocional, quer técnico-táctico, fazem-nos encarar o jogo com qualquer adversário sem medos, pois “quem tem medo compra um cão, o FC Porto comprou Hulk!”. Pedra influente para qualquer jogo.
Continuando nos avançados sul-americanos, o destino agora é outro, veio da Argentina e também está por cá há algum tempo, falo pois de Farías. El Tecla como é conhecido, é talvez daqueles casos do futebol que merece reflexão, com um índice de aproveitamento fora do normal, este rato de área tem mais importância do que pode fazer parecer. Entrando quase sempre como substituto de Lisandro, o ano passado, Farias nos pouco minutos que entrava em campo, resumia o seu jogo, a farejar uma oportunidade de golo na sua primeira jogada para a concretizar na segunda, muitas vezes nem precisando da primeira premissa, mantendo a toada esta época. Este ano, continua a ver o seu caminho tapado, desta feita por Falcao, podendo mesmo ver o seu destino passar novamente pela sua terra natal já em Dezembro, uma vez que os Estudiantes têm insistido para que El Tecla os ajude na sua caminhada pelo Mundial de Clubes, nem que seja por empréstimo. Penso que pela importância que Farías já adquiriu no grupo, a sua possível saída em Dezembro iria obrigar o FC Porto a ir ao mercado e encontrar um avançado que seja, pelo menos, tão produtivo quanto ele. Farías torna-se pelos golos que já marcou, num óptimo substituto a Falcao, embora reconheça que seja um pouco menos móvel que este e com menos mentalidade táctica. A admitir-se a sua saída, penso que só no final do ano e se possível com encaixe financeiro. É um substituto tremendamente profissional, e o natural de Falcao, e que pode ser importante quer em jogos de rotatividade (assegurando produtividade e qualidade), quer em eventuais lesões.
Por fim, temos aquele que é por estes dias uma, senão, a maior surpresa do campeonato deste ano, as honras vão, claro está, para Radamel Falcao García Zárate. Mais conhecido e somente por Falcao, este colombiano de 23 anos, descoberto pelos olheiros dos encornados, se estava na disposição de vir jogar para a Europa mas persuadido pela, excelente, prospecção portista para alinhar no Campeão Nacional, revela-se a cada jogo que faz, numa máquina de marcar golos. Com estilo rasteiro, muito parecido com Farias, o internacional colombiano mostra ser um concretizador nato e que faz da pequena área ser o seu brinquedo favorito. Inteligente na procura de espaços, incessante em vir buscar jogo atrás, exímio na antecipação e frio na hora do remate, Falcao mostra ter todos os predicados para ser o novo número nove do FC Porto para as próximas temporadas, fazendo esquecer Lisandro. Os sete golos na liga e o tento de calcanhar frente aos espanhóis do Atlético, são mais que prova de que a contratação foi acertada e calou aqueles que diziam que não precisávamos de outro avançado igual a um que já tínhamos (onde me incluo). Não só temos novo artilheiro de serviço, como temos um avançado que nos faz recordar um Madjer, como um Gomes, como um Jardel, sendo o colombiano, até, mais dotado tacticamente que estes.
Em jeito de repto, e feita que está uma breve análise aos nossos atacantes de serviço, as perguntas que de impõem são:
Esta pequena análise, irá apenas incidir sobre quatro jogadores (Orlando Sá, Hulk, Farías e Falcao), sendo que foram excluídos os extremos, Mariano, C. Rodriguez e Varela, por ocuparem as faixas, não entrando, como facilmente se percebe, na discussão do avançado/ponta de lança que aqui se pretende realçar.
Após a saída de Lisandro Lopéz para o Lyon, tornou-se imprescindível que o Futebol Clube do Porto, voltasse a andar no mercado à procura de um novo guerreiro incansável, atacante raçudo e concretizante nato, que começasse nova era no clube, tal como fizera Licha em todos os anos que vestiu de Dragão. Um verdadeiro quebra-cabeças que volte a deixar os nossos rivais… como direi, Licha(dos)!
Começando por um português, Orlando Sá, é até ao momento o único avançado do Futebol Clube do Porto, que ainda não jogou, na presente época, por força de estar ainda em processo de recuperação, devido a uma operação ao joelho provocada por uma rotura de ligamentos. Contratado ao Braga no final da época transacta, o jovem português de 21 anos, chegou mesmo a ser anunciado como reforço portista para esta época, pelo, imagine-se, agora treinador do Benfica, Jorge Jesus, ex-treinador do SC Braga. Orlando, vem referenciado como sendo um jovem avançado centro de 21 anos. Teve como momento alto na sua carreira, um hat-trick ao serviço da selecção nacional de sub-21, num jogo amigável, frente à selecção de nuestros hermanos. Com 1,88m de envergadura, assemelha-se muito a Hugo Almeida, não sendo tão possante fisicamente, mas ocupando melhor os espaços, sendo por isso, mais móvel. Será uma pedra importante para a segunda metade do campeonato? Logo veremos se será mais uma boa surpresa, a par de Varela, ou algum Flop!
Passando agora para um dos avançados já conhecidos da casa, Hulk é aquele que, à partida, mais desperta todas as atenções. O super-herói, saído de uma qualquer banda desenhada japonesa, deixando a Marvel (criadora das BD’s de muitos super-herois) de olhos, completamente, em bico, ocupa já um cantinho especial no coração de cada adepto portista. De um lado, a ingenuidade emocional, característica da sua idade, e a descontrolo que por vezes emana em querer ser só ele a resolver o jogo, não se apercebendo que o afunila e dificulta mais; do outro lado, uma força abrupta da natureza, um fenómeno que alia força, técnica, explosividade e um poder de remate, do seu pé esquerdo-canhão, fora do normal, tornam Hulk numa das nossas pedras mais fundamentais de arremesso à baliza adversária. Givanildo Vieira de Souza, como é conhecido no B.I. assume-se actualmente, e de jogo para jogo, como um jogador mais colectivo, mais frio e com melhor poder de decisão na hora de passar ou rematar, o que o torna não só como a estrela da equipa, como também uma das figuras do campeonato e um caso sério no futebol. A sua cláusula de rescisão representa bem a importância que Hulk tem para o FC Porto, bem como da importância que o FC Porto tem para Hulk. O seu processo evolutivo, quer emocional, quer técnico-táctico, fazem-nos encarar o jogo com qualquer adversário sem medos, pois “quem tem medo compra um cão, o FC Porto comprou Hulk!”. Pedra influente para qualquer jogo.
Continuando nos avançados sul-americanos, o destino agora é outro, veio da Argentina e também está por cá há algum tempo, falo pois de Farías. El Tecla como é conhecido, é talvez daqueles casos do futebol que merece reflexão, com um índice de aproveitamento fora do normal, este rato de área tem mais importância do que pode fazer parecer. Entrando quase sempre como substituto de Lisandro, o ano passado, Farias nos pouco minutos que entrava em campo, resumia o seu jogo, a farejar uma oportunidade de golo na sua primeira jogada para a concretizar na segunda, muitas vezes nem precisando da primeira premissa, mantendo a toada esta época. Este ano, continua a ver o seu caminho tapado, desta feita por Falcao, podendo mesmo ver o seu destino passar novamente pela sua terra natal já em Dezembro, uma vez que os Estudiantes têm insistido para que El Tecla os ajude na sua caminhada pelo Mundial de Clubes, nem que seja por empréstimo. Penso que pela importância que Farías já adquiriu no grupo, a sua possível saída em Dezembro iria obrigar o FC Porto a ir ao mercado e encontrar um avançado que seja, pelo menos, tão produtivo quanto ele. Farías torna-se pelos golos que já marcou, num óptimo substituto a Falcao, embora reconheça que seja um pouco menos móvel que este e com menos mentalidade táctica. A admitir-se a sua saída, penso que só no final do ano e se possível com encaixe financeiro. É um substituto tremendamente profissional, e o natural de Falcao, e que pode ser importante quer em jogos de rotatividade (assegurando produtividade e qualidade), quer em eventuais lesões.
Por fim, temos aquele que é por estes dias uma, senão, a maior surpresa do campeonato deste ano, as honras vão, claro está, para Radamel Falcao García Zárate. Mais conhecido e somente por Falcao, este colombiano de 23 anos, descoberto pelos olheiros dos encornados, se estava na disposição de vir jogar para a Europa mas persuadido pela, excelente, prospecção portista para alinhar no Campeão Nacional, revela-se a cada jogo que faz, numa máquina de marcar golos. Com estilo rasteiro, muito parecido com Farias, o internacional colombiano mostra ser um concretizador nato e que faz da pequena área ser o seu brinquedo favorito. Inteligente na procura de espaços, incessante em vir buscar jogo atrás, exímio na antecipação e frio na hora do remate, Falcao mostra ter todos os predicados para ser o novo número nove do FC Porto para as próximas temporadas, fazendo esquecer Lisandro. Os sete golos na liga e o tento de calcanhar frente aos espanhóis do Atlético, são mais que prova de que a contratação foi acertada e calou aqueles que diziam que não precisávamos de outro avançado igual a um que já tínhamos (onde me incluo). Não só temos novo artilheiro de serviço, como temos um avançado que nos faz recordar um Madjer, como um Gomes, como um Jardel, sendo o colombiano, até, mais dotado tacticamente que estes.
Em jeito de repto, e feita que está uma breve análise aos nossos atacantes de serviço, as perguntas que de impõem são:
- Terá o FC Porto uma frente atacante suficiente em quantidade e qualidade?
- Deve o FC Porto vender/emprestar algum destes e fazer voltar/comprar outro? Se sim, quem?
Abraço e fiquem por aí… que eu fico!
João, desculpe, amanhã comento este post, mas hoje só queria perguntar a quem me saiba responder: porque é que o próximo jogo da Selecção, entre Portugal e a Hungria, se joga dentro duma mesquita de Marrocos?
ResponderEliminarOrlando Sá, ainda recupera de uma lesão e quando regressar, vai rodar na Intercalar, Taça da Liga e quem sabe, Taça de Portugal.
ResponderEliminarFarías, não dá o salto desejado e assim, só temos Falcao e Hulk o que é manifestamente pouco.
Temos de ir ao mercado e oxalá até lá não aconteça nada aos dois melhores avançados.
Um abraço
A equipa necessita de reforçar o meio campo e não só o ataque. Porque já deu para perceber que Valeri não conta para JF. Pq se contasse n jogava aos 2 minutos de cada vez.
ResponderEliminarO ataque são só Hulk e Falcao. Farías não consegue, quando é titular, ter um rendimento aceitável e Orlando Sá, com a lesão que teve, provavelmente só na próxima época.
ResponderEliminarO problema é que só a SAD é que não viu isso pois o ano passado era o mesmo. Continuo a não entender a política de contratações pois não é só o ataque. Também no meio campo se contrataram vários jogadores e ou não são inscritos ou jogam 2 minutos.
Quanto a Falcao, é efectivamente um belíssimo avançado centro (diferente de Lisandro, é certo) mais fixo com um belo domínio de bola mas a precisar de extremos para cruzarem as bolas. É um estilo Jardel com menos 15 centimetros de altura mas grande qualidade de jogo e uma impulsão e tempo de entrada aos lances fantástico. É pena a falta de extremos no Porto pois Varela e Hulk não são verdadeiros extremos e Rodriguez também não. Mariano é o único verdadeiro extremo mas é trapalhão e normalmente inconsequente.
Como disse o Vila Pouca, esperemos que nenhum destes 2 se lesione e ainda para mais com os problemas de Rodriguez e Varela.
Acho que estamos mais necessitados de gente para as alas, do que para o centro, até porque o Mariano não é um jogador regular, o Hulk e o Varela são avançados (que jogam melhor nas alas, mas no caso do Hulk apoia pouco na altura de defender), ficando o Rodriguez como o mais completo, mas que tem tido um arranque aos "soluços".
ResponderEliminarÉ nestas alturas que a aposta na formação pode ser uma mais valia, porque não se pode ir comprar jogadores sempre que alguém se lesiona ou está a jogar mal.
Temos jogadores suficientes, falta a aposta nos jovens portugueses. De certeza que temos juniores melhores do que alguns jogadores que já foram titulares em jogos da equipa principal (ultimo exemplo: Benitez)
Para o ano há jogadores emprestados que podem entrar no plantel para jogarem (Ukra, Castro e Rabiola).
Vamos esperar pela política de contratações.
O Orlando Sá é um belíssimo jogador só é pena a lesão, e também não seria fácil roubar a titularidade ao Falcao, mas não duvidem o Orlando é jogador de futuro!
ResponderEliminarHulk está em evolução como seria de se esperar deste diamante em bruto.
Falcao é um colosso!
El Tecla é um bom substituto, mas... daí não passa.
Saudações
Concordo com o Lucho que no meio campo está a questão embora mais um avançado faça jeito pois se alguma coisa acontece não temos alternativas a não ser que ... um tal ... Yero ... possa vir a ser uma surpresa.
ResponderEliminarOrlando vai penar este ano devido à arreliadora lesão, no próximo deve ser cedido e porque não o regresso do Rabiola?
Saudações Portistas desde Fátima,
ResponderEliminarEm resposta ao post quero dizer que o plantel do F.C.P tem soluções credíveis que conseguem "dar conta do recado"... O Farias é um bom suplente e nunca vai passar disso, o Hulk tem de jogar "obrigatoriamente" nas alas, portanto resta-nos o Falcão que na minha opinião é o "matador" que o Porto precisava para preencher a vaga deixado pelo Lisandro e o Orlando Sá no meu ver, e espero que isso aconteça, vai ser a "arma secreta" para os jogos decisivos...
Grande abraço