Já Bocage não sou!... Se fosse vivo, o ícone do Arcadismo Lusitano, (movimento literário que serviu de premeio à transição entre o clássico e o estilo romântico), encontraria por certo no actual momento colectivo Sadino, inspiração capaz de reescrever tão celebre passagem poética.
Numa época em que são evidentes os erros de percurso à beira Sado, a figura de Manuel Maria, ver-se-ia obrigado a questionar, Que Vitória sou?
Não faltaria quem o ajudasse a encontrar uma declaração aparentemente verdadeira, digna de um dos emblemas “históricos” do futebol cá do burgo, mas cujo lugar que ocupa na tabela o atira para uma contradição mais ou menos lógica, por justaposição com os seus desempenhos.
Quando mais logo as equipas pisarem a relva do anfiteatro azul e branco, não faltarão vozes bitaiteiras, onde a ideia comum, será a de um jogo onde os extremos se tocam, consubstanciado por deduções de superioridade caseira, fazendo do desporto rei uma ciência exacta.
Não fosse a lógica, vezes sem conta ser atirada as malvas, e a matemática encerrar em si paradoxos lógicos ou coabitar paredes meias com a lógica da batata e eu alinhava sem qualquer receio, na ideia de 3 pontos, tão inteligíveis como limpar o rabo a criancinhas.
Os pupilos de Manuel Fernandes carregam o fardo pesado da lanterna vermelha, asseiam avidamente pela abertura do mercado de Inverno como solução maior ou ideia maquilhadora de permeabilidade e debilidade, adjectivos imagem de um colectivo que se vê cair de forma progressiva e mais ou menos cíclica nas últimas épocas, no desconforto da luta pela permanência.
É indesmentível que depois da chicotada em Azenha, o elan criado em torno do novo técnico sadino, devolveu outra alma ao Vitória, quer em desenhos tácticos, quer na disposição de algumas pedras da equipa, mascarando carências e limitações técnicas de organização e cariz exibicional.
O Setúbal encaixa perfeitamente na ideia basilar de equipa humilde, voluntariosa onde qualquer esquema táctico tem por base bloquear os acessos as suas redes, onde grande parte das unidades do esquema montado tem preocupações defensivas, objectivando ferreamente a ocupação do miolo e zona nevrálgica das decisões.
Alguns dos seus melhores elementos, Sandro, Djikiné, Luís Carlos, Álvaro Fernandez e Alan, procuram dinamizar e organizar as transições, aliando velocidade de execução as competência do esclarecimento técnico/táctico como atributos capazes para chegar a área contrária.
A intenção não sendo a de jogar olhos nos olhos, terá sempre intuitos de consistência e grande organização defensiva, Manuel Fernandes sabe que para ambicionar atacar, terá que ter bola, como tal será uma daquelas contendas em que, diz-me como defendes, dir-te-ei como podes atacar.
Sem matéria-prima capaz de dotar o colectivo de profundidade/ofensividade ou jogar no campo todo, fazendo subir as linhas, os sadinos não se atiram para grandes aventuras, tendo como melhor arma, a incógnita sobre o modelo com que se apresentam a jogo.
Por entre sinais de recuperação, ressurreições tácticas e anímicas dos azuis e brancos, os últimos jogos tem sido sinónimo de vitórias expressivas. Madrid foi mais uma etapa da reconstrução, onde se reactivaram elos e se contextualizaram dinâmicas entre sectores, mas onde o equilíbrio ainda não é tónica dominante.
Se aos do Sado não consigo perspectivar um modelo táctico, seja ele 3X5x2, ou algo ate de maior tracção à retaguarda, já no que concerne ao Dragão, Jesualdo vive enclausurado entre a pureza do 4x3x3 e a robustez do controlo das transições que a dimensão do dissimulado esquema 4x4x2, lhe traduz como evolução maior do plano global de jogo.
A consistência táctica e o equilíbrio do passado parecem querer regressar a identidade do Dragão, Falcao viabiliza nos seus movimentos uma nova forma de jogar nos espaços centrais, ganhando o FC Porto uma nova forma de atacar e de sedução pela baliza adversaria.
Num jogo que se antevê muito fechado, onde a míngua de espaço, sobretudo nas costas da defensiva, pode perfilar-se como um dos vectores mais prejudiciais à explosividade e dinâmica das transições, temo pelo regresso de um conjunto azul e branco espartilhado na objectividade vertical do seu futebol.
É notória a evolução da equipa sobretudo quando em posse de bola, denotando crescimento na lucidez e confiança com que troca a bola, levando-a percorrer toda a largura do terreno, procurando disseminar cinética, ate encontrar espaços vazios.
A sequência programática do Dragão, atira-o para a positividade, sem que contudo me esqueça das dificuldades que a equipa revela, quando se estende pelas 4 linhas como um colectivo onde o ultimo reduto se encosta muito a sua área, deixando as despesas do jogo entregues a circunstâncias que pouco têm a ver com ideias denominadoras de autoritarismo, hipotecando conceitos tácticos de pressing, ficando a mercê de concepções de bloco baixo e grande espaço entre linhas, não podendo capitalizar recuperações nas zonas altas.
O crescente leque de opções ao nível da disponibilidade física do plantel, garante que este Porto, mudando jogadores, traduz alterações no sistema, e por conseguinte cada onze revela realidades de crescimento diferentes nos processos.
Existirão por certo mil e uma maneiras diferentes de ganhar este ou um outro qualquer jogo, para mim este tem na questão dos espaços, ou falta deles, ponto fulcral, como tal, mudanças de velocidade, transições rápidas, reforçar as zonas de pressão como caminho para o que existe antes dos golos, criatividade, atitude, dinâmica e futebol.
Por entre discurso puramente futebolístico, os eleitos deixam nas entrelinhas a Luz como linha de um horizonte próximo, Álvaro Pereira é poupado, Maicon e Valeri, sucumbe fisicamente depois da aparição na Champions, o que deixa entre outras perspectivas, Bellushi como artificie de último passe e Fucile como dono do flanco esquerdo.
O Setúbal, é ou deveria ser no horizonte dos Dragões a contenda que se segue, e apesar de parecer uma frase feita, o jogo mais importante, como tal a única preocupação portista, neste regresso a casa, será somar 3 pontos tendo a vitoria como desígnio máximo, confirmando crescimento e melhorias nas promessas de bom futebol.
LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Beto.
Defesas: Bruno Alves, Rolando, Fucile, Nuno André Coelho, Sapunaru e Miguel Lopes.
Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Mariano e Fernando.
Avançados: Falcão, Rodríguez, Hulk, Varela e Farias.
Numa época em que são evidentes os erros de percurso à beira Sado, a figura de Manuel Maria, ver-se-ia obrigado a questionar, Que Vitória sou?
Não faltaria quem o ajudasse a encontrar uma declaração aparentemente verdadeira, digna de um dos emblemas “históricos” do futebol cá do burgo, mas cujo lugar que ocupa na tabela o atira para uma contradição mais ou menos lógica, por justaposição com os seus desempenhos.
Quando mais logo as equipas pisarem a relva do anfiteatro azul e branco, não faltarão vozes bitaiteiras, onde a ideia comum, será a de um jogo onde os extremos se tocam, consubstanciado por deduções de superioridade caseira, fazendo do desporto rei uma ciência exacta.
Não fosse a lógica, vezes sem conta ser atirada as malvas, e a matemática encerrar em si paradoxos lógicos ou coabitar paredes meias com a lógica da batata e eu alinhava sem qualquer receio, na ideia de 3 pontos, tão inteligíveis como limpar o rabo a criancinhas.
Os pupilos de Manuel Fernandes carregam o fardo pesado da lanterna vermelha, asseiam avidamente pela abertura do mercado de Inverno como solução maior ou ideia maquilhadora de permeabilidade e debilidade, adjectivos imagem de um colectivo que se vê cair de forma progressiva e mais ou menos cíclica nas últimas épocas, no desconforto da luta pela permanência.
É indesmentível que depois da chicotada em Azenha, o elan criado em torno do novo técnico sadino, devolveu outra alma ao Vitória, quer em desenhos tácticos, quer na disposição de algumas pedras da equipa, mascarando carências e limitações técnicas de organização e cariz exibicional.
O Setúbal encaixa perfeitamente na ideia basilar de equipa humilde, voluntariosa onde qualquer esquema táctico tem por base bloquear os acessos as suas redes, onde grande parte das unidades do esquema montado tem preocupações defensivas, objectivando ferreamente a ocupação do miolo e zona nevrálgica das decisões.
Alguns dos seus melhores elementos, Sandro, Djikiné, Luís Carlos, Álvaro Fernandez e Alan, procuram dinamizar e organizar as transições, aliando velocidade de execução as competência do esclarecimento técnico/táctico como atributos capazes para chegar a área contrária.
A intenção não sendo a de jogar olhos nos olhos, terá sempre intuitos de consistência e grande organização defensiva, Manuel Fernandes sabe que para ambicionar atacar, terá que ter bola, como tal será uma daquelas contendas em que, diz-me como defendes, dir-te-ei como podes atacar.
Sem matéria-prima capaz de dotar o colectivo de profundidade/ofensividade ou jogar no campo todo, fazendo subir as linhas, os sadinos não se atiram para grandes aventuras, tendo como melhor arma, a incógnita sobre o modelo com que se apresentam a jogo.
Por entre sinais de recuperação, ressurreições tácticas e anímicas dos azuis e brancos, os últimos jogos tem sido sinónimo de vitórias expressivas. Madrid foi mais uma etapa da reconstrução, onde se reactivaram elos e se contextualizaram dinâmicas entre sectores, mas onde o equilíbrio ainda não é tónica dominante.
Se aos do Sado não consigo perspectivar um modelo táctico, seja ele 3X5x2, ou algo ate de maior tracção à retaguarda, já no que concerne ao Dragão, Jesualdo vive enclausurado entre a pureza do 4x3x3 e a robustez do controlo das transições que a dimensão do dissimulado esquema 4x4x2, lhe traduz como evolução maior do plano global de jogo.
A consistência táctica e o equilíbrio do passado parecem querer regressar a identidade do Dragão, Falcao viabiliza nos seus movimentos uma nova forma de jogar nos espaços centrais, ganhando o FC Porto uma nova forma de atacar e de sedução pela baliza adversaria.
Num jogo que se antevê muito fechado, onde a míngua de espaço, sobretudo nas costas da defensiva, pode perfilar-se como um dos vectores mais prejudiciais à explosividade e dinâmica das transições, temo pelo regresso de um conjunto azul e branco espartilhado na objectividade vertical do seu futebol.
É notória a evolução da equipa sobretudo quando em posse de bola, denotando crescimento na lucidez e confiança com que troca a bola, levando-a percorrer toda a largura do terreno, procurando disseminar cinética, ate encontrar espaços vazios.
A sequência programática do Dragão, atira-o para a positividade, sem que contudo me esqueça das dificuldades que a equipa revela, quando se estende pelas 4 linhas como um colectivo onde o ultimo reduto se encosta muito a sua área, deixando as despesas do jogo entregues a circunstâncias que pouco têm a ver com ideias denominadoras de autoritarismo, hipotecando conceitos tácticos de pressing, ficando a mercê de concepções de bloco baixo e grande espaço entre linhas, não podendo capitalizar recuperações nas zonas altas.
O crescente leque de opções ao nível da disponibilidade física do plantel, garante que este Porto, mudando jogadores, traduz alterações no sistema, e por conseguinte cada onze revela realidades de crescimento diferentes nos processos.
Existirão por certo mil e uma maneiras diferentes de ganhar este ou um outro qualquer jogo, para mim este tem na questão dos espaços, ou falta deles, ponto fulcral, como tal, mudanças de velocidade, transições rápidas, reforçar as zonas de pressão como caminho para o que existe antes dos golos, criatividade, atitude, dinâmica e futebol.
Por entre discurso puramente futebolístico, os eleitos deixam nas entrelinhas a Luz como linha de um horizonte próximo, Álvaro Pereira é poupado, Maicon e Valeri, sucumbe fisicamente depois da aparição na Champions, o que deixa entre outras perspectivas, Bellushi como artificie de último passe e Fucile como dono do flanco esquerdo.
O Setúbal, é ou deveria ser no horizonte dos Dragões a contenda que se segue, e apesar de parecer uma frase feita, o jogo mais importante, como tal a única preocupação portista, neste regresso a casa, será somar 3 pontos tendo a vitoria como desígnio máximo, confirmando crescimento e melhorias nas promessas de bom futebol.
LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Beto.
Defesas: Bruno Alves, Rolando, Fucile, Nuno André Coelho, Sapunaru e Miguel Lopes.
Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Mariano e Fernando.
Avançados: Falcão, Rodríguez, Hulk, Varela e Farias.
Domingo que vem somos o novo (apesar de habitual) líder do campeonato. Vai uma aposta?!
ResponderEliminarPorto, Porto, Porto, hoje todos a uma só voz, carago! Vamos a eles dragões!
ResponderEliminarPois é MrCosmos! E para isso temos de ganhar hoje, é mesmo muito importante. Respeitar sempre o adversário, mas mostrar toda a raça de um TETRA Campeão logo desde o início!
ResponderEliminarGanhar e mais nada, para ir ao galinheiro com oportunidade de sairmos de lá dois pontos à frente da escumalha!
FORÇA MÁGICO PORTO
Ah'... e muita bonita a "intro" do site do FCP. Nada de tv... tudo ao estádio apoiar!! :)
ResponderEliminarAté mais logo!
http://www.youtube.com/watch?v=gtW9D8VtdhU
ResponderEliminarEsta é a nossa voz. FC Porto sempre, pela glória pela honra, somos campeões.
Agora, mais que nunca, só podemos conjugar o verbo ganhar.
ResponderEliminarSerá impressão minha, ou os vermelhos quando sentem o bafo do Dragão ficam loucos?
Um abraço e até logo. Primeiro no Hóquei e depois no futebol.
Amigo Vila Pouca, curiosamente ou talvez nao ontem aqueles que eram ou foram Dragoes e podiam ter chamuscado o Benfas, pouco ajudaram, ou seja quando muito se fala na situaçao dos jogadores emprestado ou com ligaçoes aos azuis e brancos, ontem ventura comprometeu e muito, e tengarrinha no fim podia ter-nos ajudado ainda mais!!!!
ResponderEliminarMas melhor assim, prefiro depender de mim nos objectivos traçados que esperar pelas ajudas de 3ºs....Ganhar e confirmar a subida de patamares!!!!
ps: nao abordei na antevisao porque nao gosto das sobreposioces quie fazem do tema, mas os 3 jogadores com ligaçoes azuis ao setubal tb nao defrontam o tetracampeao, curiosidades!!!!
Bruno, agora imagina que o Ventura e o Tengarrinha davam aquelas barracadas frente ao F.C.Porto. O que achas que iam dizer?
ResponderEliminarUm abraço
Oque se passou com o "rolo compressor"?!?!?!
ResponderEliminarPS: Agressão de um animal chamado David Luiz e nem um cartão amarelo...Golo da bailrina Gomes em fora-de-jogo, mas ninguem fala nisso... Duas expulsoes da tal "armada portista"...
Ponto 1. Hoje é para ganhar, aumentando a pressão sobre o benfas;
ResponderEliminarPonto 2. Mais uma bela dissertação técnico-táctica do Bruno "Makinho" Rocha;
Ponto 3. O link que aparece nos comentários, nada tendo a ver com a realidade interna, é uma boa forma de motivação. Mais uma vez revivi a emoção daqueles minutos finais em Manchester, com o golo de Costinha a ser a cereja no topo do bolo. Deveria ser mostrado, no balneário, antes de qualquer jogo;
Ponto 4. Plenamente de acordo com o RCBC. David Luiz vive uma caricata situação de branqueamento, a todos os níveis. Para quem diabolizava Bruno Alves, a resposta é dada todas as semanas. Penaltys cometidos, sem o necessário e correcto juízo dos árbitros. E clara impunidade nas agresões, como a que ontem foi perpetrada contra Miguel Garcia. Inenarrável!
Ponto 5. Tal como o Vila Pouca diz, parece que a pressão faz mal à máquina benfiquista, ao auto-proclamado dream-team. Não fosse uma dose industrial de sorte, com 5 pontos obtidos nos descontos (Guimarães, Naval e Olhanense), este Porto já levava vários pontos de avanço.
Ponto 6. Tal como o Bruno afirma, com "amigos" como Tengarrinha, estamos feitos. Que falhanço incrível!
Daqui a nada, tá na hora de «atropelar» autenticamente o autocarro do Sado e cumprir a nossa missão que é nem mais, nem menos, ganhar!
ResponderEliminarQuanto ao resto, tenho-me divertido a bom divertir com as tuas volatibilidades... tanto tempo andaram emprenhados com o «mestre da táctica», com o «rolo-compressor», com os «magnificos», para agora, com este tal plantel que mais uma vez, por muitos, por muitos sim, foi apelidado de não valer um chavo, o treinador que estava finito, velho e caduco, isto e mais aquilo, afinal, tamos lá e mais que tamos... para muito em breve, regressarmos ao nosso lugar natural... liderança e a caminho do Bi-Penta.
Eu, por mim, tou plenamente satisfeito, sem qualquer ponta de satisfação adicional, porque tão só, nunca me deixei emprenhar por nada de nada... aposto, como sempre apostei, nos meus heróis... eles, nunca me deixaram mal!!!
E porque nunca deixei de acreditar, há muito que ansiava pela tal dia 20... e nem precisei de esperar pelas últimas «novidades»... tal como sempre fui, mais uma vez, lá iria, fossem quais fossem as condições... e já com os bilhetes prós 6 magnificos na nossa guarda, é verdade, que deste modo, saberá sempre melhor ir a Marrocos para lhes desejar, mais uma vez, um «Bom Natal»!!!