De volta à Curva!

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Estou de volta! Que saudades da Curva, de estar de pé em cima da cadeira, dos cânticos à equipa e aos jogadores (e do seu reconhecimento!), de saltar e gritar bem alto para dentro das quatro linhas, das bandeiras, das faixas, dos estandartes e dos bombos, que saudades de usar a voz como arma para a conquista da vitória do clube que amamos e de toda aquela adrenalina que me consome e orgulha semana após semana.

Se é verdade que a pausa não foi muito grande – sim, pois para nós o FC Porto não é só futebol – também é verdade que não conseguia viver o clube de outra forma e qualquer pausa é um suplício.

Cá estou eu para vos dar a conhecer um pouco mais do Movimento Ultra em geral, e dos Ultras do FC Porto em particular. Para vos falar daqueles que abdicam de muita coisa em prol do seu clube. Os verdadeiros adeptos.

Não me lembro da primeira vez que entrei no estádio das Antas. Desde muito novo que acompanho o FC Porto. Mas tenho de deixar aqui bem explícito que nunca vivi momentos tão bonitos como no ano passado, altura em que formámos um verdadeiro grupo de amigos, todos com a mesma paixão, que apoia o FC Porto onde quer que seja (futebol, hóquei em patins, andebol e basquetebol). O meu desejo é que este ano, no mínimo, seja igual. Que continuemos com esta dinâmica.

Depois do estágio na Alemanha, onde efectuámos dois jogos de preparação e onde tivemos muitos emigrantes e alguns núcleos das nossas claques presentes, Domingo recebemos a histórica equipa do Ajax de Amesterdão, no estádio do Dragão. O que inicialmente estava previsto como jogo de apresentação aos sócios, passou a ser um simples jogo amigável.

A sensação de voltar a casa é sempre boa. Da Holanda não há registos de quaisquer adeptos.

Estádio do Dragão com cerca de 40000 pessoas. Bonito de se ver. Portistas na ânsia de ver este novo Porto no relvado. Muito boa casa para primeiro jogo, a superar a média de assistências do ano passado. Espero que este ano seja superior. Todos temos de remar para o mesmo lado. Como estava escrito numa tarja, erguida num protesto a época passada na recepção aos bracarenses, este ano tem de ser “Todos pelo Porto!!”.

Sectores dos nossos Ultras praticamente cheios. Que não quebrem ao longo do ano. Faça sol ou faça chuva.

Na Curva Sul - o meu habitat natural - os "Super Dragões" apresentaram-se neste novo ano com as suas bandeiras gigantes, que dão um grande efeito visual à bancada, e também alguns estandartes. Entre eles, um dedicado ao reforço James Rodriguez. Igual ao do Falcao (uma bandeira colombiana) e com o nome estampado.

Na Curva Norte, o "Colectivo" apresentou uma nova bandeira, dedicada aos 15 anos que o grupo comemorou recentemente.

Em relação ao apoio, considero razoável. Alguns picos de maior intensidade, outros de menor. Notei um regime de pré-época também nas bancadas.

Neste primeiro jogo, praticamente todos os jogadores tiveram direito a ouvir o seu nome entoado pelos Ultras, mas sem dúvida que o momento da tarde foi o lançamento do cântico dedicado ao João Moutinho. É o “hit” do momento. Agora ele é um dos nossos e como tal que respeite, honre e lute pelo emblema que agora ostenta. Terá o nosso apoio em qualquer circunstância. Enquanto, mais ou menos à mesma hora, uns calimeros parolos regozijavam com a maior transferência de sempre do futebol português, os Ultras do FC Porto davam as boas vindas a João Moutinho.

Mas nem tudo é destaque positivo. Continua a haver “Portistas” que não merecem entrar no estádio, pois ao mínimo erro de um jogador, o assobio entra em acção. Rua com eles. Não fazem falta.

Deixo aqui um vídeo do ambiente nas bancadas, que demonstra o grupo de “pipoqueiros” onde eu me incluo...



Ultras Tito no Dragão?

O jogo de apresentação aos sócios será no próximo Domingo e a equipa convidada para a cerimónia é a Sampdória de Itália, aquilo que encaro como uma prenda para todos os Ultras do FC Porto.

Itália é o modelo de todo o movimento e para os apaixonados desse fenómeno das bancadas, nada melhor que ser visitados por um grande Grupo Ultra, reconhecido internacionalmente.

Pena é, que seja um jogo amigável, pois obviamente afasta a presença em massa de italianos. Tal como há dois anos, quando cá veio a Lazio e poucos eram os “Irriducibili” presentes. De qualquer forma, é sempre bom aprender com eles, e conviver com os que eventualmente marcarão presença.

Um abraço Ultra.