http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
FCPorto – Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto
Capítulo 3: 1921 a 1930 – Primeiro clube a conquistar títulos de âmbito nacional (Parte IV)
O emblema do FC Porto
“O Clube tem como símbolo uma bola de futebol de cor azul com as iniciais FCP a branco, encimadas, em primeiro plano, pelo brasão da cidade, mercê concedida pela Exma. Câmara Municipal do Porto” – art.º 6.º do Capítulo II dos Estatutos – a definição básica da insígnia, emblema ou distintivo do FC Porto, símbolo de uma ligação assente em pilares cimentados dia a dia. O novo emblema havia de ser aprovado na Assembleia-geral do FC Porto, em 26 de Outubro de 1922. Na mesma reunião magna se fizeram Gago Coutinho e Sacadura Cabral, “por tão alto erguerem o nome de Portugal”, sócios honorários do FC Porto.
História de um símbolo
O emblema original do Futebol Clube do Porto era uma bola de futebol antiga azul com as letras FCP a branco. Assim foi até 1922, quando Augusto Baptista Ferreira (Simplício), jogador do FC Porto, num rasgo de criatividade daqueles só concedidos aos génios, resolveu unir o símbolo do FC Porto ao brasão da cidade do Porto. Simplício, como era conhecido, criou assim um emblema magnífico e bem representativo da simbiose entre o clube e a cidade. E fê-lo espontaneamente. O seu amor e a sua dedicação ao clube, bem como a sua genialidade, ficaram eternizados naquele que será, provavelmente, um dos poucos símbolos de clubes desenhados por um atleta.
O emblema do Futebol Clube do Porto passou então a ser: sobre a bola de futebol antiga azul estão as armas que D. Maria II atribuiu ao Porto por Carta Régia em Janeiro de 1837. Estão são compostas por um escudo esquartejado que possui as armas reais (sete castelos e cinco quinas, tendo cada uma cinco besantes no interior) no primeiro e quarto quartéis e as antigas armas da cidade do Porto (a Virgem segurando o Menino, ladeados por duas torres) no segundo e terceiro quartéis, tendo no centro, sobre o ponto onde se unem os quatro quartéis, um coração, que representa o precioso legado que D. Pedro IV (pai de D. Maria II) deixou à cidade – segundo a sua vontade, o seu coração encontra-se guardado numa urna de prata na Igreja da Lapa. A orlar o escudo encontra-se o Colar e Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respectiva medalha (em que estão escritas essas mesmas palavras: valor, lealdade e mérito). Sobre o escudo está a Coroa Ducal e o Dragão negro do poder, pertencente às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, título que D. Maria II atribuiu ao Porto, acrescentando-o aos que a cidade já possuía – Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal. [In Blog "Os Portistas", com uma vénia à autora]
O emblema do FC Porto no velhinho Campo da Constituição
O Dragão: força, poder, vitalidade
-- Clicar na imagem acima para ampliar --
Simplício – Augusto Baptista Ferreira (m. 31 Dez.1940), artista gráfico profissional renomado, era jogador da equipa de honra do FC Porto, tendo participado, como reservista/suplente, na conquista do título de Campeão de Portugal, em 1921/1922. Em 1924-25, época em que a equipa azul-e-branca voltou a ser campeã, estava no SC Espinho. Depois regressou ao seu clube de coração onde ainda jogava em 1928.
Espontaneamente, Simplício criou o emblema definitivo do FC Porto, magnífico e bem representativo da simbiose entre o clube e a cidade. O amor e a dedicação ao clube fizeram dele um símbolo do FC Porto, corporizado no emblema obra genial.
Faleceu a 31 de Dezembro de 1940 mas ficou indelevelmente ligado à história do FC Porto.
O hino do FC Porto
Foi composto em 1922 e é entoado pelos adeptos antes dos jogos do FC Porto. Sobretudo nos encontros disputados em “casa”, sente-se a vibração fantástica que os acordes e letra do hino suscitam. De pé e com os cachecóis erguidos, o público, as claques ("Super Dragões" e "Colectivo 95"), cantam a plenos pulmões com emoção e um estremecimento indisfarçável.
A letra é da autoria do escritor e dramaturgo Heitor Campos Monteiro e a música composta pelo maestro António Figueiredo e Melo (foto), primo de António Augusto Figueiredo e Melo que viria a ser presidente do Clube em 1931. Posteriormente, na década de cinquenta, o hino do FC Porto foi interpretado e gravado pela cantora Maria Amélia Canossa.
Um dos momentos altos da inauguração do Estádio do Dragão, em 2004, foi a interpretação do hino do FC Porto pela cantora beirã Isabel Silvestre. Em 2006 foi lançado o CD Tanto Porto, resultado de uma parceria entre Luís Jardim e Carlos Tê, que inclui três versões do hino do clube: a de Isabel Silvestre, uma com arranjo rock interpretada por Nuno Norte e uma regravação da versão clássica, tocada pela Orquestra Sinfónica de Londres e novamente com a voz de Maria Amélia Canossa.
Letra do hino do FC Porto
Ó meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal
Ó campeão o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto!
Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Ó, ó Porto então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós
Ó campeão o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto.
O Hino no YouTube
Fantástico, único, inimitável! E arrebatador! A alma estremece, o coração apressa-se, o corpo arrepia-se. O Amor ao nosso FC Porto espelhado no Hino mais bonito do Mundo.
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto
Capítulo 3: 1921 a 1930 – Primeiro clube a conquistar títulos de âmbito nacional (Parte IV)
O emblema do FC Porto
“O Clube tem como símbolo uma bola de futebol de cor azul com as iniciais FCP a branco, encimadas, em primeiro plano, pelo brasão da cidade, mercê concedida pela Exma. Câmara Municipal do Porto” – art.º 6.º do Capítulo II dos Estatutos – a definição básica da insígnia, emblema ou distintivo do FC Porto, símbolo de uma ligação assente em pilares cimentados dia a dia. O novo emblema havia de ser aprovado na Assembleia-geral do FC Porto, em 26 de Outubro de 1922. Na mesma reunião magna se fizeram Gago Coutinho e Sacadura Cabral, “por tão alto erguerem o nome de Portugal”, sócios honorários do FC Porto.
História de um símbolo
O emblema original do Futebol Clube do Porto era uma bola de futebol antiga azul com as letras FCP a branco. Assim foi até 1922, quando Augusto Baptista Ferreira (Simplício), jogador do FC Porto, num rasgo de criatividade daqueles só concedidos aos génios, resolveu unir o símbolo do FC Porto ao brasão da cidade do Porto. Simplício, como era conhecido, criou assim um emblema magnífico e bem representativo da simbiose entre o clube e a cidade. E fê-lo espontaneamente. O seu amor e a sua dedicação ao clube, bem como a sua genialidade, ficaram eternizados naquele que será, provavelmente, um dos poucos símbolos de clubes desenhados por um atleta.
O emblema do Futebol Clube do Porto passou então a ser: sobre a bola de futebol antiga azul estão as armas que D. Maria II atribuiu ao Porto por Carta Régia em Janeiro de 1837. Estão são compostas por um escudo esquartejado que possui as armas reais (sete castelos e cinco quinas, tendo cada uma cinco besantes no interior) no primeiro e quarto quartéis e as antigas armas da cidade do Porto (a Virgem segurando o Menino, ladeados por duas torres) no segundo e terceiro quartéis, tendo no centro, sobre o ponto onde se unem os quatro quartéis, um coração, que representa o precioso legado que D. Pedro IV (pai de D. Maria II) deixou à cidade – segundo a sua vontade, o seu coração encontra-se guardado numa urna de prata na Igreja da Lapa. A orlar o escudo encontra-se o Colar e Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada de Valor Lealdade e Mérito, do qual pende a respectiva medalha (em que estão escritas essas mesmas palavras: valor, lealdade e mérito). Sobre o escudo está a Coroa Ducal e o Dragão negro do poder, pertencente às antigas armas dos Senhores Reis destes Reinos, em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta, título que D. Maria II atribuiu ao Porto, acrescentando-o aos que a cidade já possuía – Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal. [In Blog "Os Portistas", com uma vénia à autora]
O emblema do FC Porto no velhinho Campo da Constituição
O Dragão: força, poder, vitalidade
-- Clicar na imagem acima para ampliar --
Simplício – Augusto Baptista Ferreira (m. 31 Dez.1940), artista gráfico profissional renomado, era jogador da equipa de honra do FC Porto, tendo participado, como reservista/suplente, na conquista do título de Campeão de Portugal, em 1921/1922. Em 1924-25, época em que a equipa azul-e-branca voltou a ser campeã, estava no SC Espinho. Depois regressou ao seu clube de coração onde ainda jogava em 1928.
Espontaneamente, Simplício criou o emblema definitivo do FC Porto, magnífico e bem representativo da simbiose entre o clube e a cidade. O amor e a dedicação ao clube fizeram dele um símbolo do FC Porto, corporizado no emblema obra genial.
Faleceu a 31 de Dezembro de 1940 mas ficou indelevelmente ligado à história do FC Porto.
O hino do FC Porto
Foi composto em 1922 e é entoado pelos adeptos antes dos jogos do FC Porto. Sobretudo nos encontros disputados em “casa”, sente-se a vibração fantástica que os acordes e letra do hino suscitam. De pé e com os cachecóis erguidos, o público, as claques ("Super Dragões" e "Colectivo 95"), cantam a plenos pulmões com emoção e um estremecimento indisfarçável.
A letra é da autoria do escritor e dramaturgo Heitor Campos Monteiro e a música composta pelo maestro António Figueiredo e Melo (foto), primo de António Augusto Figueiredo e Melo que viria a ser presidente do Clube em 1931. Posteriormente, na década de cinquenta, o hino do FC Porto foi interpretado e gravado pela cantora Maria Amélia Canossa.
Um dos momentos altos da inauguração do Estádio do Dragão, em 2004, foi a interpretação do hino do FC Porto pela cantora beirã Isabel Silvestre. Em 2006 foi lançado o CD Tanto Porto, resultado de uma parceria entre Luís Jardim e Carlos Tê, que inclui três versões do hino do clube: a de Isabel Silvestre, uma com arranjo rock interpretada por Nuno Norte e uma regravação da versão clássica, tocada pela Orquestra Sinfónica de Londres e novamente com a voz de Maria Amélia Canossa.
Letra do hino do FC Porto
Ó meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal
Ó campeão o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto!
Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Ó, ó Porto então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós
Ó campeão o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto, Porto, Porto!
Porto, Porto.
O Hino no YouTube
Fantástico, único, inimitável! E arrebatador! A alma estremece, o coração apressa-se, o corpo arrepia-se. O Amor ao nosso FC Porto espelhado no Hino mais bonito do Mundo.
- No próximo post.: Capítulo 3 (Continuação) – Construção de bancadas à custa de indemnização; 1.500 sócios; os sete golos de Cândido na digressão do FC Porto; Campeonato de Portugal: FC Porto outra vez finalista; Domingos Almeida Soares, presidente; a primeira “chicotada psicológica”.
Amigo Fernando Moreira: Isto está mais que bem... e dispensa mais palavras.
ResponderEliminarHoje, sábado, vamos ganhar em casa dos leões!
Pelos motivos que sabe... Lá vou ter de (tentar)andar alheado até à hora do fim do jogo... se não houver qualquer coisa que faça saber antes alguma tendência do resultado - como quando há golo do Porto e se ouve um broá...
Também sou dos que nunca gostaram dos jogos com o Sporting, assim como uma vitória sobre os lagartos é das que mais mexe comigo, como me recordo de há dois anos irmos lá a Alvalade vencer, quando o Bruno Alves fez aquele importante golo de livre...
Por isso, como deve ter reparado (sei que leu, porque comentou), é que o artigo que postei no meu blog incide nisso, também...
Abraço.
O Hino na versao original é simplesmente fantastico!!! um bocado mais lento mas com mais sentimento ainda.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=1DRIh9-jxtY&feature=related
Lindo...lindo...lindo... emblema...hino...clube:) Contigo aprende-se sempre mais um pouco sobre o nosso mágico clube.
ResponderEliminarEstas histórias que aqui nos contas têm uma importância enorme, foi nesses anos que o clube deu os 1ºs passos e começou a escrever-se de azul e branco o que de melhor tem o futebol NACIONAL:)
abraço e força Porto!!!
Mais um trabalho exemplar, com a chancela do distinto historiador portista Fernando Moreira.
ResponderEliminarCom gente deste gabarito é um orgulho pertencer a este Grande Clube.
Parabéns e um abraço
Os símbolos sagrados do Clube, os nossos símbolos, o fantástico FC Porto… belo post!
ResponderEliminarUm beijo
Azul Forte Peço desculpa só comentar agora mas acho que ainda vou muito a tempo.
ResponderEliminarGostei muito do post, da explicação sobre o significado do nosso brasão, mais um capítulo importante na nossa história.
A finalizar como é claro com o nosso hino que me deixa muito emocionado.
AzulForte um grande abraço e como é claro continuar com o excelente trabalho.
Dragão Azul Forte, já não existem palavras para descrever a qualidade dos seus posts, uma autêntica delicia!;)
ResponderEliminarEste para mim um pouco especial, consigo ter no mesmo símbolo duas das minhas paixões a minha cidade e o meu clube, uma união perfeita e bela!;)))
BIBÓ PORTO
Mais um fantástico post, Dragão Azul Forte! Mas desta vez espero que não me leve a mal se lhe "roubar" um bocadinho do mérito ;) É que o texto que cita como sendo do "Glória e Vida" foi na realidade escrito por mim, e publicado inicialmente no meu antigo site "Os Portistas" (que já não está online) e depois no meu antigo blog em http://fcporto.blogspot.com/2008/11/pedaos-de-histria-6-o-emblema.html :)
ResponderEliminarO texto está repetido várias vezes pela web fora e normalmente sem crédito, pelo que é normal que lhe tenha perdido o rasto e confundido as fontes. Mas fico contente por o ver tão disseminado :)
Quase aposto que o conjunto dos seus posts dá uma história do FCP mais completa e precisa do que qualquer obra publicada. Um abraço e continuação do excelente trabalho!
Viva Enid:
ResponderEliminarRealmente não sei como identifiquei assim a proveniência/autoria do bloco de texto a que se refere.
Agradeço-lhe muito a chamada de atenção e peço-lhe desculpa pelo lapso. Já fiz a devida rectificação.
Um abraço.
Bibó Porto!