http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Quem gosta de “futebol arte”, não poderá esquecer a passagem do romeno que chegou ao FC Porto no Verão de 1991.
Ion Timofte, dono de um pé esquerdo fascinante, encantou plateias e espalhou classe pelos relvados que tiveram a sorte de serem pisados por este predestinado!
Tinha ainda a capacidade de aliar eficácia à magia natural que saía das suas botas. Golos (melhor marcador do FC Porto Campeão Nacional em 92/93), assistências, marcação de livres… Um fora de série!
Nas 3 épocas em que vestiu a camisola azul e branca, sagrou-se Campeão Nacional por 2 vezes, tendo ainda conquistado 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças.
Entretanto, deixo-vos a entrevista com Ion Timofte, onde serão recordados alguns momentos inesquecíveis da sua passagem pelo nosso clube, agradecendo toda a sua disponibilidade e simpatia, bem como a preciosa ajuda da Mafaldinha, que me facultou o seu contacto, tornando assim possível a elaboração desta entrevista.
Ion Timofte, dono de um pé esquerdo fascinante, encantou plateias e espalhou classe pelos relvados que tiveram a sorte de serem pisados por este predestinado!
Tinha ainda a capacidade de aliar eficácia à magia natural que saía das suas botas. Golos (melhor marcador do FC Porto Campeão Nacional em 92/93), assistências, marcação de livres… Um fora de série!
Nas 3 épocas em que vestiu a camisola azul e branca, sagrou-se Campeão Nacional por 2 vezes, tendo ainda conquistado 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças.
Entretanto, deixo-vos a entrevista com Ion Timofte, onde serão recordados alguns momentos inesquecíveis da sua passagem pelo nosso clube, agradecendo toda a sua disponibilidade e simpatia, bem como a preciosa ajuda da Mafaldinha, que me facultou o seu contacto, tornando assim possível a elaboração desta entrevista.
- ENTREVISTA EXCLUSIVA com Ion Timofte
1 - Ainda se recorda do dia em chegou ao FC Porto vindo do Politehnica Timişoara?
A minha chegada ao Porto aconteceu num belo dia de Julho de 1991, à minha espera estava um funcionário do Porto chamado Manuel, que trabalhou durante muitos anos no departamento de futebol com Sr. Luís César.
2 - Que memórias guarda da sua passagem pelo FC Porto?
Guardo boas memórias dos 3 anos no FC Porto, e gostei tanto de passar estes 3 anos lá, que até as más memórias passam a ser boas! :)
3 - Concorda que saiu demasiado cedo do clube?
Do Porto saí por decisão exclusiva do então treinador do Porto, Sir Bobby Robson, já que a minha situação era um pouco estranha, estando eu na condição de emprestado por 3 anos. O Porto na altura achou que não valia a pena comprar o meu passe em definitivo, e eu não fiquei chatedo com ninguém, que fique bem claro. Fico grato por ter tido oportunidade de ficar ligado a algumas conquistas bonitas na história do FC Porto!
4 - Qual o treinador que mais o marcou no período em que vestiu de azul e branco (Carlos Alberto Silva, Ivic ou Robson)?
Se tiver que escolher um dos 3, fico com Bobby Robson. Grande homem, grande carácter, grande treinador! Sempre com um sorriso nos lábios. Que saudades do Bobby!
5 - Quais os melhores e piores momentos que viveu com a camisola do FC Porto?
São tantos os melhores momentos, que é difícil escolher só alguns! E os piores também foram bons! :)
6 - Recorda-se do dia 22 de Março de 1992 em que a poucos minutos do final de um jogo no antigo estádio da Luz fez o 2-3 e praticamente sentenciou o campeonato?
Grande passe do Domingos, eu apareci de trás e na cara do Neno, rematei com o pé direito e fui festejar. :)
7 - E de um jogo em Bremen em que marcou 1 golo na vitória por 5-0 frente ao Werder e que ainda hoje representa a nossa maior vitória desde que a Taça dos Clubes Campeões Europeus passou a Liga dos Campeões?
Em Bremen fizemos um grande jogo, mas tivemos muita sorte! Lembro-me do grande golo do Rui Filipe (ai que saudade do Sapo), do grande jogo do Vítor Baía, Fernando Couto e Secretário!
8 - Também não deve esquecer a finalíssima da Taça de Portugal frente ao Sporting em 1994 nem as pedras arremessadas contra a equipa no momento de receber a taça…
Na finalíssima do Jamor de '94 falhei uma grande oportunidade, sozinho na cara do golo, guarda-redes sem hipótese alguma, mas tenho uma desculpa: falhei de cabeça, que não era o meu forte! :)
9 - O dia 30 de Maio de 1993 também deve figurar como um dia inesquecível na sua carreira… Nesse dia ganhámos ao Beira-Mar com um golo seu e… fomos campeões!
Lembro-me como se fosse hoje, grande passe do Rui Jorge e, na cara do Acácio, remate sem hipótese de defesa! :)
10 – A rivalidade com o Benfica é por demais conhecida. Imagino que o penalty marcado nas Antas debaixo de um nevoeiro gigantesco lhe tenha dado um gozo especial (vitória 1-0)…
Qual Dom Sebastião, qual quê: Ion Timofte sai do banco e resolve no Estádio Das Antas aos 89 minutos do jogo frente ao grande rival! :) Era o meu primeiro jogo após 3 meses de paragem!
11 - Após a saída do clube ainda viveu um momento inesquecível no antigo estádio das Antas, sendo ovacionado por todo o estádio após a marcação de um grande golo com a camisola do Boavista vestida (vitória do Boavista por 2-0). O que se sente num momento desses?
O golo das Antas tem uma história engraçada: Paulinho Santos andava atrás de mim a ameaçar-me para passar a bola, se não levava uma cacetada (nós brincávamos sempre que nos encontrávamos em campo)! :) Eu, com um pouco de receio, lá chutei e fiz um dos mais belos golos da minha carreira. Obrigado, Paulinho! :)
12 - Qual a imagem que se tem do FC Porto na Roménia?
O Porto tem uma boa imagem na Roménia, primeiro pelo Timofte ter jogado aí! :) Segundo, pelo Sapunaru agora, e terceiro, pelas grandes conquistas dos últimos 25 anos!
13 - Qual a sua opinião sobre a cidade do Porto?
Adoro a cidade do Porto, e a prova disso é que vou 4-5 vezes por ano visitar os amigos.
14 - Para finalizar, gostaríamos que deixasse uma mensagem aos nossos leitores.
Aos adeptos, que continuem a apoiar o clube como o têm feito até agora! Bibó ao Porto, carago!
Mas que saudades!!!!
ResponderEliminarÉ difícil exprimir em muitas palavras o que vai na alma ao lembrar imagens que mantenho daqueles tempos....
E Meu Deus, 1992, já lá vão 18 e a mim parece-me, acreditem, que foi ontem.
Saudações Portistas.
MUITOS PARABÉNS! pela brilhante entrevista.
ResponderEliminarcomo vivi as épocas do Penta in loco, recordo-me bem de todos os momentos a que o Timofte se refere. quantas saudades...
bem hajam pela oportunidade que proporcionaram em recuar no Tempo e matá-las todas de uma só vez - com a preciosa ajuda da "Dragões", obviamente! ;)
saudações PENTAcampeãs!
Tomo I
Sevilha, está muito bem esgalhada, nem vale a pena acrescentar mais nada senão estraga, não é Mafaldinha?
ResponderEliminarUm abraço
Vila Pouca, é verdade está super esta entrevista ao Timofte! ;)
ResponderEliminarParabéns ao Sevilha 03, fez um excelente trabalho!
BIBÓ PORTO
Timofte foi um jogador de ENORME qualidade que passou pelo Porto e que dava um grande prazer ver jogar. Lembro-me bem do jogo em Aveiro que nos deu o título (estive lá) em Maio de 93 pois para além da festa no estádio a viagem de regresso ao Porto foi uma festa inacreditável com milhares de pessoas nos viadutos da auto-estrada a saudarem a conquista.
ResponderEliminarNão gostei da saída de Timofte na altura (e depois, do seu regresso vitorioso ao Boavista) mas o romeno também era um jogador que tinha alguns problemas físicos e não gostava propriamente de correr muito atrás da bola. Como o Porto de Sir Bobby Robson corria muito, era natural que Timofte não encaixasse muito bem.
Parabéns Sevilha03!
Porto - Boavista ... Ion Tomofte marca um golo quase de meio campo para os do bessa ... e os portistas aplaudiram. Foi a unica vez que me recordo dos muitos anos que frequentei as Antas que aplaudimos um golo adversario.
ResponderEliminarUm abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
Um grande abraço ao Sevilha por entrevistar um jogador que eu adorava. Tinha uma classe,um pé esquerdo que me fascinava. Grandes alegrias.
ResponderEliminarE que triste q fiquei qd saiu do Porto. Fiquei arrasado.
TImofteeeeeeeeeeeeeeee;)
Eras grande Timofte!!!
abraço, boas recordações.... como o tempo passa...
Primeiro é de destacar o grande jogador que era, estilo molenga mas com uma classe e um primor tecnico fora do normal.
ResponderEliminarDepois mesmo depois de ter sido dispensado pelo Sir. Robson o que ele diz dele não deixa de ser de rigistar e admirar, na altura era um jovem ter sido dispensado nao lhe deve ter feito muito bem ao ego e mesmo assim os elogios e o reconhecimento ficam-lhe bem
Por ultimo e como não ha bela sem senão o Timofte hoje em dia diz-se boavisteiro convicto inclusive o Hotel dele na roménia creio que no nome faz uma alusão qualquer às panteras.
Somatório de tudo, foi um gosto ve-lo jogar e ve-lo marcar nas antas um golo em slalom que nunca mais me esquecerei.
Mokiev.
Meu caro Sevilha
ResponderEliminarOs meus parabéns pela excelente entrevista que fizeste ao Timofte.
Eu sempre tive grande consideração por este jogador, os seus livres eram de uma execução fenomenal.
Que orgulho era para mim tê-lo como convidado num jogo no Dragão Caixa. E uma excelente ideia, para mim era um enorme prazer.
Abraço para todos
Venha lá, Lucho, a notícia de MAIS UMA VITÓRIA, MAIS UMA ALEGRIA (no antro da passarada...)...
ResponderEliminar7 tiros certeiros... Vamos abatê-los em toda a linha.
Abraço.
Grande vitória meus amigos.
ResponderEliminarSe amanhã não tivesse que ir levar o meu irmão ao jogo bem gostava de ir esperar os jogadores.
Foram heróis!
Uma nota para a equipa do benfica, que tendo que ser justo, tem uma equipa muito boa e o final foi muito sofrido.
Porém nós somos SEMPRE superiores.
Abraço
Muitos parabéns ao Sevilha, Blue Boy, Mafaldinha e todos os responsáveis por esta pérola!
ResponderEliminarSempre gostei muito do Timofte e tive muita pena de o ver sair e mais ainda de o ver jogar de xadrez. Mas guardo grandes recordações dele e fico contente por ele também guardar boas recordações nossas.
sEVILHA03... e Mafaldinha... mas ca ganda «furo» este com «o Ion» :)
ResponderEliminarTimofte foi um dos «Senhores» que passou pelo futebol português. Quem via «o Ion» no campo, sabia que via um homem tranquilo. Não tinha dupla personalidade, jogava como vivia... com tranquilidade.
Dono de um pé esquerdo de causar inveja aos demais, Ion Timofte era um descanso para os avançados das suas equipas. Kostadinov e Domingos que o digam!
Passes sublimes, inteligência no jogo, exímio nas bolas paradas, Timofte não era no entanto um jogador completo. Ao romeno faltava uma componente fundamental no futebol europeu: «defender».
Timofte defendia pouco. Preocupava-se mais em servir os companheiros (e que bem que ele o fazia...)
Fisicamente frágil, possuía uma capacidade técnica muito acima da média do campeonato português, destacando-se pela precisão do passe e remate a média e longa distância. Era o chamado "playmaker" e deixou saudades pelos campos onde passeou a sua classe futebolística de fino recorte.
Ainda hoje resiste na história, uma situação muita caricata e vivida pela próprio... quando chegou ao nosso país, Timofte, num costume usado durante uns tempos no futebol português, «casou» com uma portuguesa, com o objectivo de não contar como estrangeiro nas competições nacionais. Na memória ficou um sorriso tímido e comprometido quando foi confrontado com a situação, no momento em que chegava ao Estádio das Antas para um FC Porto - Benfica. A pergunta, do curioso jornalista, foi: «Boa noite, Timofte. Como está a sua esposa? Veio ver o jogo?» ;) ;) ;)
Zé-Bilha só para te dizer que quando este ajeitava a bola em frente à área eu já estava pronto para saltar 3 degraus a festejar golo.
ResponderEliminarEstá fantástica este entrevista.
Meu amigo amanhã falamos melhor.
Um abraço e biba o Hóquei para já. :)
Um jogador com uma classe e um pé esquerdo como pouco. Boa visão de jogo e um batedor de livre temível.
ResponderEliminarPena que o Robson não tenha gostado dele por entender que era lento.