26 dezembro, 2010

Capítulo 3: 1921 a 1930 – Primeiro clube a conquistar títulos de âmbito nacional (Parte VI)

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FCPorto – Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto


Capítulo 3: 1921 a 1930 – Primeiro clube a conquistar títulos de âmbito nacional (Parte VI)

Campeões Regionais apurados para o Campeonato de Portugal:

Sport Clube Vianense (VIANA DO CASTELO)
Sporting Clube de Braga (BRAGA)
Futebol Clube do Porto (PORTO)
Associação Académica de Coimbra (COIMBRA)
Sporting Club de Tomar (LIGA TOMARENSE)
União F.C. Portalegrense (PORTALEGRE)
Vitória Futebol Clube (LISBOA) *
Sporting Club Olhanense (ALGARVE)Club Sport Marítimo (FUNCHAL)

* O Vitória Futebol Clube (Vitória de Setúbal) estava inscrito na Associação de Futebol de Lisboa.

1.ª Eliminatória

FC PORTO – ACADÉMICA, 3-2
18-5-1924, Porto (Campo da Constituição)
Árbitro: Cândido de Oliveira (Lisboa)
Marcadores: 1-0 Hall, 1-1 Guedes, 1-2 Mota (pb), 2-2 Simplício, 3-2 Simplício
FC Porto – Treinador: Akos Teszler (húngaro)
Peixoto; José Mota e Tavares Bastos; Coelho da Costa, Velez Carneiro e Floriano Pereira; João Nunes, Augusto Ferreira “Simplício”, Norman Hall cap., Augusto Freire e Alexandre Cal.
Académica –
João Ferreira; Júlio da Costa e Francisco Prudêncio; Joaquim Miguel, Teófilo Esquível e António Galante; Tendeiro, Guedes Pinto, Augusto Paes, Juvenal e Gil Vicente.

Meia-Final

VIANENSE – FC PORTO, 1-3
25-5-1924, Viana do Castelo (Campo de Monserrate)
Árbitro: Cândido de Oliveira (Lisboa)
Marcadores: 1-0 Barbosa, 1-1 Freire, 1-2 Freire, 1-3 Hall.
Vianense – Treinador: António Penafiel
Ramiro Pinto Correia; Jorge Costa e Manuel da Rocha Vasconcelos; Alfredo de Oliveira, Constantino da Encarnação e Leandro Trindade; Carvalho Montez, José Hugo, Gama Lobo, José Barbosa e António Costa. FC Porto – Treinador: Akos Teszler (húngaro)
Peixoto; Álvaro Coelho e Tavares Bastos; Coelho da Costa, Velez Carneiro e Floreano Pereira; Alexandre Cal, Augusto Freire, Norman Hall cap., Augusto Ferreira “Simplício” e João Nunes.

Final

O FC Porto voltou à final do Campeonato de Portugal, comandado pelo técnico Akos Teszler. Com o então Presidente da República, Teixeira Gomes, na tribuna, o FC Porto perdeu para o Olhanense o título de 1923/1924. Raul Figueiredo era a estrela da companhia algarvia. Foi esse excelente jogador, o «Tamanqueiro», quem deixou adiado o sonho de Tezsler e seus pares em repetir a façanha dos portistas em 1922.

Essa seria a última final de Velez Carneiro, médio do FC Porto, assassinado em tarde negra de Maio de 1925 numa rua da baixa do Porto.

OLHANENSE – FC PORTO, 4-2
8-6-1924, Lisboa (Campo Grande)
Árbitro: Germano Vasconcelos (Braga)
Marcadores: 1-0 Delfino (3’), 1-1 Hall (15’), 1-2 Bastos (17’ gp), 2-2 Figueiredo (40’ gp), 3-2 Gralho (67’), 4-2 Belo (85’).
Olhanense – Treinador: Júlio Costa
Carlos Martins; Américo Martins e Falcate; Fausto Peres, Raul Figueiredo “Tamanqueiro” e Francisco Montenegro; Cassiano, Belo, José Gralho, Delfino Graça e Júlio Costa cap.
FC Porto – Treinador: Akos Teszler (húngaro)
Borges Avelar; Álvaro Coelho e Tavares Bastos; Coelho da Costa, Velez Carneiro e Floriano Pereira cap; Alexandre Cal, Augusto Freire, Norman Hall cap., Augusto Ferreira “Simplício” e João Nunes.

Época 1924-1925

1924 - Constituição da secção de Basquetebol

O FC Porto constitui a secção de Basquetebol, cerca de uma década após a introdução da modalidade em Portugal. António Sanches, Agostinho Manta e Daniel Barbosa foram os motores da ideia e a eles se juntaram Gabriel Baptista e A. Cabral. O segundo lugar na “Taça António Cardoso”, garantido logo na primeira época, entusiasmou o grupo que constituiu, de imediato, mais quatro equipas da modalidade. Os basquetebolistas portistas treinavam num campo, ao ar livre, incluído no complexo da Constituição.

O FC Porto foi um dos grandes impulsionadores da modalidade em Portugal, contribuindo, a par do Académico e do Fluvial, para que a capital do basquetebol português fosse o Porto. E é na Invicta que se funda a Federação Portuguesa de Basquetebol (em 1927) e que se disputa o primeiro jogo internacional da modalidade – Portugal x França, em 1931, no Estádio do Lima.

28 Ago.1924 – A chegada de um ídolo

O FC Porto precisava de um guarda-redes que sucedesse a Lino Moreira. Num golpe de sorte, surgiria a hipótese de contratação de um húngaro, a troco de um... emprego no Porto. Mihaly Siska se chamava e, não muito tempo depois, naturalizar-se-ia português. Chegou pela mão do compatriota e treinador Akos Teszler. Mas, antes sequer de chegar à cidade, os sacrossantos defensores do amadorismo sem mácula, tentaram boicotar o seu ingresso no clube, numa muito polémica Assembleia-geral realizada a 28 de Agosto de 1924. Não vingou a tese dos "puristas" e Siska ingressou no FC Porto. [In "Glória e Vida de Três Gigantes", 1995]
No dia 23 de Novembro do mesmo ano, Siska disputou o seu primeiro jogo pelo FC Porto, contra o Progresso, no Bessa. O Porto venceu por 6-1. Mihaly (Miguel) Siska haveria de ser uma das maiores glórias de sempre do FC Porto!
  • No próximo post.: Capítulo 3 (Continuação) – Tragédia e luto; Velez Carneiro; Campeonato de Portugal 1924-25.

7 comentários:

  1. Mais uma página de uma história riquíssima e muitas mais se sguirão pois o F.C.P. não pára.

    Abraço

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  2. O que lhe posso dizer é que continue pois os seus posts enobrecem este espaço e, porque não dizer, honram e engrandecem este nosso mágico clube. Abraço, viva o FC Porto!

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  3. Mais uma vez os meus parabéns! Ler os seus escritos sobre o Porto desta época é delicioso.

    E sim, é importante sublinhar que a FPB nasceu no Porto, tendo sido vergonhosamente roubada pela capital do império durante o Estado Novo. Um vício nacional que ainda hoje perdura...

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  4. O Campeonato de Portugal é confundido por muita gente (em que me incluo) com o Campeonato Nacional versus Liga Profissional. Parece-me adequado que faças um post enumerando e descrevendo todas as competições nacionais (de 1.ª categoria, claro) que se realizaram ou estão em curso. Dava jeito ;)

    Beijo

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  5. aMIGO, estes pedacinhos de história, são «ouro em bruto»... de um valor incalculável.

    As coisas que eu tenho aprendido nestes bocadinhos semanais de suas publicações, em contraponto com os mamarrachos de kilo e meio que pelo baú se armazenavam... e ali pernoitavam até ao dia de (quase) são nunca.

    e porque nunca é demais dizê-lo... aguardo já pelo próximo desta semana que agora se inicia.

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  6. Azul Forte peço desculpa pela demora no comentário mas já sabe que com as festas tudo é colocado em 2º plano.

    Mais um pedaço da nossa história, está aqui aos bocados um Wikipédia Azulforte.

    Gostava de ver era mais comentários, mas com o tempo isto começa a chegar mais gente.

    AzulForte umas boas entradas para si e para os seus.

    Um grande abraço e mais uma vez obrigado pelo excelente trabalho.

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  7. Azul Forte, mais um post, onde eu consigo saber mais do nosso clube, e como me delicio a ler!;)


    BIBÓ PORTO

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