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Roberto ainda deu um ar da sua graça, mas não, desta vez não houve desgraça. Nem motivos grandes para festejos. Nós lá continuamos, tranquilos, invictos e imparáveis rumo ao 25.º título. E eles lá longe, agora a 12 pontos – e não a 11, porque nem o mais crente acredita poder retribuir a tareia que lhes demos naquele 7 de Novembro de 2010. A pressão, pelos vistos, não mora no Dragão, mas no mais asqueroso lugar da capital. Jesus, aquele que um dia alguns insanos ousaram dizer que era melhor do que Mourinho, continua a descer brutalmente à terra e, porque anda cada vez mais desorientado depois daqueles cinco no Dragão, e desesperado perante a inevitabilidade de perder o campeonato, agrediu um jogador do Nacional.
Mais um. Na época passada, pelos vistos foi Ruben Micael, então jogador do Nacional, quem experimentou na face a violência de Jesus, qual Judas, com uma valente chapada. Desta vez, não foi no túnel, para tentar esconder, mas bem no centro do relvado, às claras, para toda a gente ver – ou que quer ver com olhos de tal. Diz ele, Jesus, que queria proteger um dos seus que estava num “bate-papo” com um adversário (o senhor queria dizer “bate-boca”, mas todos sabemos que toda a sua massa cinzenta está no cabelo e não dentro do crânio) e que só se tratou de um “chega para lá”. Eu vi, revi e voltei a rever as imagens e até coloquei uns óculos para tentar vislumbrar outra coisa que não um murro. Não consegui. Mas claro, nas televisões, nos jornais e nas rádios houve até quem conseguisse ver uma tentativa de agressão ou, pasme-se, um simples empurrão. Fiquei preocupado: para além dos problemas oftalmológicos terei eu também distúrbios de memória?
Felizmente não. Houve muita gente que, tal como eu, viu o que eu vi. Mais descansado e aliviado, voltei a questionar-me: e se Jesus vestisse de azul? E se fosse o pequeno génio que nos comanda as tropas a prestar-se a tal lamentável e condenável cena? Estou a ver o filme: o País esquecia as Presidenciais e estaria agora a crucificar o “miúdo” que nos comanda o sonho, intoxicado pela ortodoxia mediática nacional empenhada em condenar tal vil atitude do treinador daquele de clube que eles já não podem ver ganhar mais. Parece que estou a ler: “Villas-Boas perde a cabeça”, diria o “Record” em manchete. “Irradiado?”, questionaria “A Bola” em letras garrafais, ou “Agressão de Villas-Boas pode ditar descida de divisão ”, conjecturaria o intragável “Correio da Manhã”, no seu habitual rol de notícias fantasiosas.
Este é o país real, assombrado, incomodado e inconformado com as nossas conquistas, só que com o protagonista errado. Não foi Villas-Boas, foi mesmo Jesus, aquele que para os seis (?) milhões já foi bestial mas que hoje é cada vez mais uma besta endeusada pela comunicação social da capital. Porque, meus caros o que viram, ouviram ou leram nos dias seguintes àquelas cenas de pugilato? Nada ou quase nada, numa estratégia clara de silenciar e tentar fazer cair no esquecimento uma agressão evidente que com uma justiça séria, isenta e imparcial não passaria nem incólume nem impune. Como não é o caso, Judas, perdão, Jesus, leva um ou dois jogos, uma multa pesada e o caso fica resolvido. Eles ficam aliviados por voltar a ter Jesus, à espera de um milagre que não voltará a acontecer, mas continuam mergulhados na depressão de onde raramente têm conseguido sair nos últimos 30 anos, esmagados, por vezes humilhados, pela hegemonia do nosso clube.
Mais um. Na época passada, pelos vistos foi Ruben Micael, então jogador do Nacional, quem experimentou na face a violência de Jesus, qual Judas, com uma valente chapada. Desta vez, não foi no túnel, para tentar esconder, mas bem no centro do relvado, às claras, para toda a gente ver – ou que quer ver com olhos de tal. Diz ele, Jesus, que queria proteger um dos seus que estava num “bate-papo” com um adversário (o senhor queria dizer “bate-boca”, mas todos sabemos que toda a sua massa cinzenta está no cabelo e não dentro do crânio) e que só se tratou de um “chega para lá”. Eu vi, revi e voltei a rever as imagens e até coloquei uns óculos para tentar vislumbrar outra coisa que não um murro. Não consegui. Mas claro, nas televisões, nos jornais e nas rádios houve até quem conseguisse ver uma tentativa de agressão ou, pasme-se, um simples empurrão. Fiquei preocupado: para além dos problemas oftalmológicos terei eu também distúrbios de memória?
Felizmente não. Houve muita gente que, tal como eu, viu o que eu vi. Mais descansado e aliviado, voltei a questionar-me: e se Jesus vestisse de azul? E se fosse o pequeno génio que nos comanda as tropas a prestar-se a tal lamentável e condenável cena? Estou a ver o filme: o País esquecia as Presidenciais e estaria agora a crucificar o “miúdo” que nos comanda o sonho, intoxicado pela ortodoxia mediática nacional empenhada em condenar tal vil atitude do treinador daquele de clube que eles já não podem ver ganhar mais. Parece que estou a ler: “Villas-Boas perde a cabeça”, diria o “Record” em manchete. “Irradiado?”, questionaria “A Bola” em letras garrafais, ou “Agressão de Villas-Boas pode ditar descida de divisão ”, conjecturaria o intragável “Correio da Manhã”, no seu habitual rol de notícias fantasiosas.
Este é o país real, assombrado, incomodado e inconformado com as nossas conquistas, só que com o protagonista errado. Não foi Villas-Boas, foi mesmo Jesus, aquele que para os seis (?) milhões já foi bestial mas que hoje é cada vez mais uma besta endeusada pela comunicação social da capital. Porque, meus caros o que viram, ouviram ou leram nos dias seguintes àquelas cenas de pugilato? Nada ou quase nada, numa estratégia clara de silenciar e tentar fazer cair no esquecimento uma agressão evidente que com uma justiça séria, isenta e imparcial não passaria nem incólume nem impune. Como não é o caso, Judas, perdão, Jesus, leva um ou dois jogos, uma multa pesada e o caso fica resolvido. Eles ficam aliviados por voltar a ter Jesus, à espera de um milagre que não voltará a acontecer, mas continuam mergulhados na depressão de onde raramente têm conseguido sair nos últimos 30 anos, esmagados, por vezes humilhados, pela hegemonia do nosso clube.
Farpas, ou melhor, facadas muito bem lançadas em direcção aos que persistem em esquecer a vergonha, mantendo uma postura de servos do regime.
ResponderEliminarMas discordo relativamente á eventual punição. Não acredito que leve multa pesada e um ou dois jogos.
Isto porque a polícia nada viu!
O árbitro nada escreveu!
O delegado da Liga de nada se apercebeu!
Logo, palpita-me que este vai ser mais um caso "pró saco" menstruado que persiste nestas manobras.
QUEREM MAIS???
E se eu vos disser que o delegado da Liga que na passada 4.ª feira esteve no FCP-Nacional, foi o mesmo que no sábado anterior esteve no 5lb-Nacional que nada viu desta agressão????
Pois é...ainda acreditam em vergonha??
Ainda acreditam em bom senso?
Ainda acreditam em castigo?
Mas tudo bem, continuem a assobiar quando se canta o "5lb" no dragão, pois eles merecem o nosso respeito...
Se fosse Villas-Boas estaríamos agora a lamentar uns meses sem ele no banco. Mas é verdade, e como muito bem diz, o Farpas, é que é o Judas endeusado por este país triste e deprimido.
ResponderEliminarExcelente artigo. Parabéns.
Eu estou com o Norte:
ResponderEliminarEsse porco não vai apanhar castigo nenhum, a bem do interesse público...
Carrega Farpas, sempre em cima deles, carago!!
ResponderEliminarUm abraço
Eu estou de acordo com o Norte, quem assobia quando cantam o 5lb são os mesmos que assobiam a equipa em vez de apoiar, talvez se vissem os jogos do FCP num qualquer café do centro-sul, mudassem de opinião, é lindo de ver, o Porto marca um golo, os Ultras começam a cantar o 5lb e é ver os vermelhos a espumarem-se e a sair do café...
ResponderEliminarPost mais que oportuno numa altura que já todos esqueceram e poucos querem fazer lembrar o que se passou no final do jogo com o Nacional.
ResponderEliminarMas como já vi de tudo não deixar de dar razão ao Norte, não só pelos factos que ele aponta e também pela Liga que nós temos que apenas serve para castigar o FC Porto.
Não sei onde está a dúvida, pois eu também não vi absolutamente nada, até por não ver os jogos do clube da dona vitória. Ora bem pensando, bem ate já vi alguns, tais como aquele da abada a moda de vigo no dragão e um outro que tinha um caneco em disputa e que lhes fizemos a desfeita de ganhar.
ResponderEliminarForça miúdo. O graúdo já tem os poucos neurónios em conflito.
Para mim parece-me óbvio que estão à espera do jogo do FCP contra os vermelhos, para tomarem qualquer decisão. Qualquer decisão que tomassem agora iriam dizer que foi para beneficiar o FCP. É um escândalo mas é verdade. Acreditam mesmo que na segunda ou na terça feira vão castigar o Arruaceiro Jesus!?!?Lá para a próxima sexta feira sairá a decisão com uma multa e meia dúzia de dias. Só espero que se faça justiça no campo na quarta feira, é a nossa maior alegria.
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