15 janeiro, 2011

Repovoar as bancadas... mas com o ADN certo!

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Apesar de alguns jogos exibicionalmente menos conseguidos nestas últimas semanas, é indiscutível que este foi o nosso melhor início de época desde há uns anos largos, enfatizado também pelo débil arranque dos nossos adversários directos. A momentos como este costumam corresponder enchentes consecutivas nos jogos em casa, mas desta vez as coisas não têm sido bem assim.

Aqui neste espaço é o Tripeiro quem vai fazendo o diário de bordo do 12º jogador, e quem costuma acompanhar as suas belas crónicas já deve ter reparado que o tema das assistências tem vindo a ser recorrente. No último texto é o próprio Tripeiro quem reconhece: “Não me vou massacrar mais sobre este assunto, apenas digo que me entristece.” Não massacras nada, Tripeiro. Este tema é de extrema importância e é fundamental que reflictamos sobre ele, porque o clube precisa de um estádio cheio. Mas um estádio cheio de adeptos a sério, de adeptos que carregam o clube às costas. É desses que precisamos.

Quando recentemente apresentámos na Assembleia-Geral do nosso clube um documento com sugestões para atrair mais adeptos ao Dragãozinho, mais de metade das nossas propostas tinham que ver com informação, visibilidade, publicidade para os jogos das modalidades. Esse requisito essencial está mais do que cumprido quando falamos de futebol. Definitivamente, aquela que parece ser a lacuna mais grave na atracção de adeptos para as modalidades não faz parte da explicação para a escassez de adeptos nas bancadas do Dragão. Ninguém deixa de ir ao estádio por não saber que há jogo, por não saber a hora certa ou por não ter acesso fácil a informação sobre a equipa e a competição, que o mantenha envolvido e interessado. Aliás, o futebol português vive uma situação verdadeiramente paradoxal, discutida por João Nuno Coelho e Nina Clara Tiesler num excelente artigo cuja leitura recomendo: “A omnipresença do futebol e a ausência de espectadores dos estádios” (cliquem aqui para aceder). É de facto um paradoxo que nos debatamos com a desertificação dos estádios num país onde o futebol goza de uma popularidade e de um peso social sem paralelo a nível europeu (nem mesmo em países famosos pelo seu futebol, como a Inglaterra, a Espanha ou a Itália, ou pelo fanatismo dos seus adeptos, como a Grécia ou os países balcânicos), sendo tema de discussão quotidiana para uma grande parte das pessoas, com três diários desportivos entre os jornais mais vendidos e notícias de futebol a abrir telejornais. Como dizem os autores, em Portugal dizer que não se gosta de futebol ou não se liga a futebol é normalmente “uma expressão de rebeldia, uma fuga à norma”. E ainda assim os estádios estão vazios.

Como explicar que tão pouca gente vá ao estádio - e nomeadamente ao Dragão, que é o que aqui nos interessa (a escassez de adeptos em outros estádios, nomeadamente dos clubes ditos “pequenos”, também deve interessar-nos e preocupar-nos, mas isso são contas de outro rosário)? Todos já partilhámos a nossa visão a este respeito mais do que uma vez, quer na Internet quer na “vida real”, mas sugiro que pensemos novamente sobre o assunto. Vejamos os argumentos mais comuns, ponto por ponto.

Condições meteorológicas

Volto a pedir emprestadas as sensatas palavras do Tripeiro (deste post):

“Quando em Abril, numa tarde ou noite chuvosa e friorenta, jogarmos com o Liverpool no Dragão, uma semana antes aparece a tableta “Lotação esgotada” na bilheteira, temos uma casa com 50 mil espectadores, que tiram a tarde ou o dia todo de férias para não chegarem atrasados, aí já não tem importância nenhuma. Mas como era o Vitória FC, o Juventude de Évora e o CSKA Sófia, estava muito frio.”

Ao frio e à chuva colocá-los-ei no saco das “desculpas”, e não dos “motivos”. Não apenas pelo que refere o Tripeiro (nos jogos grandes não há frio que impeça a lotação de esgotar), mas também por comparação com os outros países. Portugal é um dos países menos frios da Europa e é no mínimo absurdo considerar o frio como argumento para não se ir ao futebol. Até porque as fracas assistências não são apenas um fenómeno invernal.

Motivação

A ferida em que o Tripeiro coloca o dedo é outra: falta de motivação dos adeptos para os jogos “menos importantes”. Neste post o Antas aponta esse mesmo problema, ao referir-se aos poucos adeptos no FCP x Setúbal, acrescentando o seguinte:

“No entanto, para darem 400 euros por um bilhete, faltar 2 dias ao trabalho, gastar mais uns quantos euros em comes e bebes para ir ver uma final, já se vai ao fim do mundo e fazem-se todos os sacrifícios do mundo.”

Que os jogos mais importantes têm mais gente nas bancadas, é um facto. Mas onde está toda essa gente nos jogos mais pequenos? O que os leva a ficar em casa? É por o jogo ser menos emocionante? Por a qualidade do futebol jogado ser previsivelmente inferior? Por se tratar de um jogo “banal”, por oposição a “grandes jogos” em que o adepto se orgulha, anos mais tarde, de dizer “eu estive lá”? Quanto às duas primeiras hipóteses falarei mais abaixo. Já neste último caso, estamos a falar de um tipo de adepto “por estatuto”, que gosta de exibir os seus “feitos” enquanto adepto mas desaparece na maioria dos outros jogos, nos altos e baixos que estão por trás das vitórias a que depois se orgulha de assistir. Um tipo de adepto que não faz falta, portanto.

Dinheiro

Na resposta ao post do Tripeiro, um leitor cujo nickname é Goleador chama a atenção para o argumento económico, abordado também por João Nuno Coelho e Nina Clara Tiesler no seu artigo. Os autores estabelecem uma comparação com aquilo a que chamam os “bons velhos tempos” dos estádios portugueses, os anos 70 e 80, concluindo que o preço médio dos bilhetes aumentou cerca de 1600% entre 1984 e 2006. Não é brincadeira.

Faço no entanto uma ressalva: não acho o futebol caro quando comparado com outras formas de entretenimento, como cinema (que é mais barato, mas a meu ver “oferece” menos), teatro, concertos – sobretudo estes últimos, que hoje em dia custam os olhos da cara. Mas quando considerado em termos absolutos, ir ao futebol não é barato. Até mesmo o lugar anual, que até tem um preço acessível, implica pagar cotas e tem a desvantagem de obrigar a dispor do valor total no início da época. E se é verdade que, para muita gente, é uma questão de prioridades (eu, para conseguir ir ao Dragão e ao Dragãozinho, se calhar vou menos vezes ao cinema ou a concertos ou faço férias mais baratas, etc., e tenho a certeza que muitos dos nossos leitores fazem sacrifícios semelhantes), não é menos verdade que há pessoas para quem o preço do bilhete faz muita diferença. O pai e a mãe irem ao futebol por 8 euros cada e as crianças entrarem gratuitamente é muito diferente de terem os quatro que pagar 15 euros cada um. E há gente que nem sequer se pode dar ao luxo de cortar cinemas, concertos ou férias da lista de despesas, porque já não constam.

Eu própria manifestei a minha opinião neste sentido nos comentários ao referido post do Antas, onde escrevi o seguinte:

“Muita gente feita da massa que sustenta o clube fica do lado de fora do estádio e só faz a festa depois nos Aliados, por falta de possibilidades financeiras. Entendo que o clube tenha a necessidade de se orientar para um público-alvo com capacidade para comprar lugares anuais nas bancadas centrais que depois não usam, camisolas principais e alternativas todas as épocas e tudo o mais, mas isso tem efeitos a longo prazo que têm que ser considerados.”

E está à vista de todos que tem também efeitos imediatos, com uma equipa que tem feito uma época brilhante a jogar perante um estádio semi-vazio.

Poder-se-á argumentar que, se fosse esse o problema, a resposta das pessoas seria inequívoca em jogos com bilhetes a preços muito convidativos, e de facto não tem sido. Se contra o Limianos foi uma festa, com mais de 40.000 nas bancadas, contra o Juventude de Évora a história foi outra e contra o Pinhalnovense ainda pior. Porém, não considero que se possa olhar para as coisas assim. A única maneira de testar uma política de preços mais acessíveis seria fazê-lo de forma continuada, em jogos do campeonato, despertando o interesse das pessoas para uma frequência mais assídua do estádio – envolvendo-as e cativando-as. “Chamar” as pessoas para jogos sem importância com bilhetes a 1 ou 2 euros e depois voltar a fechar-lhes as portas nos jogos que interessam está muito longe de ser uma estratégia coerente para atrair adeptos ao estádio a longo prazo.

Televisão

“É inegável que a grande quebra no número de espectadores dos jogos ao vivo no início/meados dos anos 1990 coincidiu com a generalização das transmissões televisivas dos jogos da 1ª Divisão”, dizem os autores do artigo a que venho fazendo referência. Efectivamente, é inegável. Citam inclusivamente um adepto do Porto que quando vai ao estádio sente falta das repetições, dos close-ups e tal. E, diz ele, ficando em casa ainda evita ouvir palavrões, abdica de fumar passivamente e foge aos famigerados frio e chuva.

Este não é um problema exclusivo do futebol. Em muitos domínios da sociedade as pessoas têm vindo a trocar o real pelo virtual – até para socialização. Lembro-me de um slogan muito bem pensado do Teatro Nacional D. Maria II quando começou a febre do 3D, provavelmente na altura do Avatar: “Quer ver a 3D? Venha ao teatro.” Dá vontade de dizer o mesmo sobre o futebol.

Horários

O outro problema da televisão é que o peso que atingiu no orçamento dos clubes conferiu-lhe um estatuto tal que a escolha dos horários dos jogos passou a ser quase da sua exclusiva responsabilidade. Acabaram os jogos à tarde, de que todos falamos com saudade, começaram os jogos às 21h30 de Segunda-feira, como se no dia seguinte não tivéssemos que ir trabalhar ou estudar.

Nas últimas épocas os jogos até têm tido lugar em horários aceitáveis – entre as 19h30 e as 21h, aos fins-de-semana –, mas podia ser melhor. Nunca devíamos jogar depois das 20h30, e voltar a jogar à tarde tornaria as partidas muito mais convidativas para pessoas que moram mais longe e para famílias com crianças. Este pode ser um ponto a trabalhar, se viermos a conseguir alguma independência em relação às televisões (quem sabe, transmitindo os jogos num canal próprio ;)).

Qualidade do jogo

Outra possibilidade aventada por JNC e NCT é a falta de emotividade e de qualidade do futebol praticado, que poderia justificar a maior afluência dos adeptos aos jogos mais importantes. Esta é uma questão bastante complexa, uma vez que, como os próprios referem, não é fácil definir “um bom espectáculo de futebol: será um 'jogo bonito' em termos estéticos? Um encontro emotivo? Uma profusão de golos? Uma 'batalha táctica' apreciável? Ou, pura e simplesmente, a nossa equipa ganhar?”

A conclusão dos autores, com a qual concordo, é que, regra geral, o comum adepto quer, acima de tudo, ver a sua equipa ganhar. Se jogar bonito, melhor, mas o importante é ganhar. É certo que, quando o clube está em maré de vitórias, tende a ter mais adeptos no estádio, mas estamos precisamente perante a situação oposta, com os adeptos a não corresponderem a um grande início de época da nossa equipa. Na minha opinião, contudo, não vale a pena sequer reflectir sobre isto. Mais uma vez estamos a falar de um tipo de adepto que desaparece do mapa quando a equipa mais precisa dele, ou seja, um tipo de adepto que não interessa a clube nenhum.

Já o adepto que vai ao estádio quando a equipa está a jogar “bonito” e fica em casa quando não está, é adepto de futebol antes de ser adepto do Porto. Não tenho qualquer problema com a sua existência, mas não são eles os tijolos que constroem um grande clube, nem a sua presença nas bancadas que faz a diferença.

Má gestão

Segundo JNC e NCT, “as estruturas e os agentes responsáveis pela organização do futebol em Portugal — incluindo os clubes — são vistos pela generalidade dos adeptos e especialistas como grandes culpados pela situação de despovoamento generalizado dos estádios”. Dizem que estes são acusados de não valorizarem devidamente os adeptos leais, de não os terem em conta.

No Porto isso também acontece. Quem não se revolta ao ver boa parte dos bilhetes das finais a voar para os “parceiros”, enquanto nós, os indefectíveis, temos que passar noites na fila por um papelinho mágico? Quem não se indigna ao ver os preços absurdos das camisolas e demais merchandising do FCP, praticamente inacessíveis ao comum adepto, que já canaliza tanto dinheiro para cotas e bilhetes? Que isso tenha afastado alguns adeptos do estádio, admito. E adeptos válidos, verdadeiros, que eu respeito. Mas respeito mais quem insiste em ficar apesar disso. Quem coloca o clube acima das pessoas e dos seus actos. E no Porto, com um Presidente que é um dos nossos, até nem temos grande razão de queixa. Tendo em conta que no estrangeiro vemos clubes comprados e vendidos como quilos de batatas ao sabor de caprichos de milionários exóticos, e que mesmo isso não lhes esvazia os estádios, não creio que estejamos perante um factor estatisticamente significativo das fracas assistências no Dragão.

Cada adepto lá saberá as razões que o levam a optar pelo sofá em detrimento da bancada. As questões aqui analisadas terão o seu peso, bem como as mais diversas combinações entre todos estes factores. Mas uma coisa é certa. A meu ver, adepto que se deixe intimidar pelo frio ou pela chuva, que só apareça nos jogos grandes para depois exibir as fotos no Facebook, que prive a equipa do seu apoio quando esta mais precisa ou que se abstenha de apoiar para ficar a ver repetições e close-ups, não faz cá falta nenhuma.

Este post é o meu modesto contributo para uma reflexão séria e profunda, acima de tudo por parte do clube, para trazer de volta os outros. Os que valem a pena.

18 comentários:

  1. Post com muito conteúdo, parabéns!

    Deixo apenas uma ideia: está o clube virado para os sócios?
    Para mim, somos muito mais tratados como clientes do que como pessoas apaixonadas.

    Parece-me que, de entre os muitos pontos referidos, este é um dos principais.

    Abraços!

    PS - Por falar no documento apresentado na AG, após tão grande elogio do presidente, que é feito da aplicação das medidas??

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  2. Enid, o teu post está excelente, não há mais nada a dizer, tocas-te nas feridas todas, obrigado!;)

    BIBÓ PORTO

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  3. Eu, que vou ver quase todos os jogos, queixo-me do mesmo, mas lá está: não sou ninguém para criticar quem não tem dinheiro para ir. E também não sou ninguém para criticar quem não vai por causa dos horários, que é o que mais me limita. É que das duas uma: Ou ia ver o Pinhalnovense, ou no dia seguinte ia a morrer de sono para a escola. E ou vou ver o sevilha, ou vou às aulas. (E aqui está a diferença. Não fui ao pinhalnovense porque, calculo, que o jogo não terá sido tão bom como será o porto contra o sevilha. E privar-me de coisas por privar, que seja para ver um jogo com maior potencial).

    Mas é um grande post, parabéns!

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  4. Excelente análise, parabéns.
    A mim o que também me parece é que há um certo aburguesamento da sociedade, apesar das melhorias consideráveis das instalações.
    Fica~se em casa a ver na TV com a maior das facilidades só porque não se quer apanhar chuva no trajecto ou está frio!!! (conheço alguns assim...).
    Depois só se apoia quando tudo corre bem - o que me irrita profundamente!!!
    Há uma certa perda de militância apaixonada e a política do Clube tambem não ajuda na medida em que somos tratados como clientes, como diz o Norte, às vezes de segunda.
    É necessaria uma grande modernização a nível da prestacção de serviços pois apesar de uma melhor "encadernação" ainda funcionamos de "lápis atrás da orelha".

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  5. João Salvador Rocha15 janeiro, 2011

    Boas;

    Á partida todos os jogos no Dragão deveriam ter cerca de 35mil pessoas..pelos menos foram os numeros de lugares anuais vendidos, e aqueles que sempre nos sao comunicados que nao devemos contar aquando a compra dum bilhete de não sócio. ou seja dos 50mil, 70% ja está vendido, dos restantes, 10% sao a preço exurbitante para a média da populaçao portuguesa e nao se tente dizer que não sao (isto para não socio) e dos 20% que sobra a preço "acessível", esgotam e menos de um dia ou em poucas horas para quem se pode descolar rapidamente ao Dragao, á ultima da hora, que é quando os bilhetes de nao socios estao sempre disponiveis. Ora por tudo isto devo dizer, que o clibe tem muito a culpa de que quer no estadio..

    A importancia que os adeptos dão aos jogos é a mesma que o clube lhe dá primeiramente, senao nao ofereciam bilhetes so para encher bancada e enganar os tolos nos jogos contra os pinhalnovenses, mas tambem os davam nos jogos contra os SLB's e Sevilhas...é proporcional a importancia que uns e outros dao.

    Como portista afecto ao meu clube e nao preciso de provar isso a ninguem..vejo-me maltratado enquanto adepto, relativamente a facto de ate poder querer ver um jogo de quando em vez no estadio (e acreditem que o clube nada faz para quem quer ser socio e está a mais de 90km do raio de acçao da cidade), em detrimento de outros adeptos que ate sao socios e compraram lugar anual e desnudam o estadio, apenas por n terem interesse no jogo. Pois, mas eles pagam antes e têm a possibilidade de faltar e contribuir para a desnudez do estadio..e eu nao. Para quem chama a uns de capitalistas isto nao lhe favorece nada..sao politicas a rever.

    Enquanto o clube tratar todos os que o apoiam por hierarquias ridiculas, continuaremos a ter esse problema.

    Abraço amigos, foi um desabafo..

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  6. Enid, o post é excelente, toca em pontos muito importantes, mas para mim, que já abordei por várias vezes este assunto e hoje volto a fazê-lo, sem paternalismos, quero dizer o seguinte: antigamente, os jogos eram à tarde e não haviam grandes alternativas ao futebol. No caso do F.C.Porto, para além disso, falo da minha experiência, como alguém que vai ao estádio há muitos anos... quando não se ganha nada e se quer ganhar alguma coisa, a prioridade vai para as vitórias e o espectáculo fica em segundo plano. Mesmo assim, já se contestava, assobiava e Pedroto, seguramente há mais de 30 anos, dizia: "Querem Ópera por 25 tostões? Vão ao D.Maria".

    Agora é diferente: os jogos são muitas vezes a horas impróprias; as televisões e em particular a Sportv dá futebol a toda a hora; há a internet e os jogos de computador; a televisão por cabo; os Shppings, etc. Assim e no caso do F.C.Porto, porque ganhamos muita coisa, os adeptos ficaram muito mais exigentes e para além de ganharem querem mais qualquer coisa. Se não lho dão reclamam com assobios. Está mal, os assobios a acontecerem só deviam aparecer no fim do jogo, mas a realidade era esta, é esta e vai ser esta no futuro...

    Mesmo assim eu prefiro um estádio cheio, mesmo com assobiadores, que vazio com apoiadores. E depois, que diabo, os assobios criam instabilidade, ansiedade, não ajudam, mas um jogador do F.C.Porto, que joga ao mais alto nível, tem de estar preparado.

    Só mais uma nota: ao contrário do que acontecia no passado, agora há claques que apoiam de princípio ao fim.

    Beijinhos e parabéns pelo post

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  7. Mais um post muito bem elaborado e bem documentado sobre uma matéria complexa.

    Muito se diz, muito se argumenta, mas tudo resulta na conclusão q tiras:

    "Cada adepto lá saberá as razões que o levam a optar pelo sofá em detrimento da bancada. As questões aqui analisadas terão o seu peso, bem como as mais diversas combinações entre todos estes factores. Mas uma coisa é certa. A meu ver, adepto que se deixe intimidar pelo frio ou pela chuva, que só apareça nos jogos grandes para depois exibir as fotos no Facebook, que prive a equipa do seu apoio quando esta mais precisa ou que se abstenha de apoiar para ficar a ver repetições e close-ups, não faz cá falta nenhuma."

    POis não fazem falta. Que fiquem no sofá q fazem bem, antes assim q a comer pipocasm o jogo todo ou a assobiar. O mal é q mts destes nas alturas decisivas, nos jogos + importantes até convites arranjam...


    Parabéns pelo post, uma vez mais.

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  8. Obrigada pelos vossos comentários!

    Vila Pouca, entre um estádio cheio de assobiadores e um estádio vazio de adeptos a sério, a opção é dura (mas sinceramente acho que alinho com o Lucho... é melhor uma cadeira vazia do que certo tipo de adepto sentado nela). Mas o que eu quero - e o que todos nós queremos - é um estádio cheio de adeptos a sério! É por isso que temos que pensar bem nos motivos que estão a afastar esses adeptos dos estádios. Não a chuva nem o frio nem as repetições e os close-ups, que como disse são desculpas de quem na realidade prefere ficar no sofá (e contra as quais o clube nem sequer pode fazer nada - antes dizia-se que era por os estádios não terem condições, agora têm e o panorama é o mesmo). Temos que pensar é nos motivos reais que estão a afastar adeptos reais, como vários de vocês que deixaram os vossos testemunhos aqui nos comentários.

    Não vale a pena sequer pensar nos "outros", excepto numa situação que o João Salvador Rocha aponta e com razão: vale a pena vender lugares anuais a gente que os vai deixar vazios? Como poderá o clube endereçar essa questão? Com mais vantagens para os que aparecem sempre, por exemplo?

    Quanto às alternativas ao futebol, que sem dúvida há cada vez mais, os autores do artigo falam nisso, mas nem sequer peguei na ideia porque sinceramente tenho alguma dificuldade em aceitar esse argumento. Se no Porto há uma razoável oferta cultural e de entretenimento para competir com o futebol, o que dizer de outras cidades europeias onde os estádios estão sempre cheios (para comparar áreas urbanas com população semelhante à nossa, podemos falar em Glasgow ou Valencia, por exemplo)?

    Norte, a história sócio/adepto vs cliente tem muito a ver com este tema, mas reflecte-se também em muitos outros "detalhes" da relação do clube connosco. Dá pano para mangas, e qualquer dia destes sai um post sobre isso - meu, ou de quem se lembrar de o escrever primeiro ;)

    Abraços a todos e até logo no Dragãozinho!

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  9. È um texto muito interessante onde se aborda muito bem um tema que marca o Presente e o Futuro do nosso FC Porto. Parabéns á sua autora.

    Na minha perspectiva o que sucede no Dragão tem muito a ver com a mentalidade Portuguesa.

    Somos todos muito pobrezinhos mas temos capacidade financeira para comprar um Lugar Anual que nem sempre utilizamos e desta forma barramos a entrada a quem não tem capacidade para comprar e sustentar um Lugar Anual (não esquecer que mesmo com o Lugar adquirido temos de pagar as Quotas).

    A este problema chama-se falta de bom senso, mas isto de pedir ao pessoal que seja sensato é o mesmo que pedir a um Benfiquista que seja inteligente no que diz respeito á "Verdade Desportiva" e "demais manobras pelo outro lado".

    Outro aspecto que na minha opinião tem vindo a retirar pessoas dos Estádio tem a ver com os horários e datas dos jogos.

    Os Jogos á semana são muito complicados para quem trabalha ou estuda. Eu por exemplo optei por comprar o Lugar Anual somente para os Jogos da nossa Liga porque sei que á semana é totalmente impossível eu marcar presença no Estádio. E como eu muitos pensarão assim... E o cenário piora quando o Jogo é contra uma equipa da 2 º Divisão B.

    Outra coisa que a meu ver também retira pessoas do Estádio/Dragãozinho tem a ver com os Horários dos Jogos de Futebol e das Modalidades. Muitas vezes acontece termos de optar entre ir ao Futebol ou ir ver o Andebol/Basquetebol/Hóquei. Mas isto tem a ver com o poderio da SPORTV que impõe as horas que quer e quando quer.

    A solução que a autora do artigo aponta de criar um Canal de TV do FC Porto é complicada e dispendiosa, pois terá de se combater a força da SPORTV (que é algo de muito difícil dado que a Olivedesportos é o FMI do nosso Futebol como disse António Oliveira.

    Para se criar um canal de televisão próprio primeiro têm-se de se ponderar muito bem o Deve e só depois pensar no Haver. E Pinto da Costa pode ter feito muitas asneiras, mas colocar as Contas do nosso Clube em risco isto ele nunca fez e nunca fará.

    Um ultimo aspecto que merece alguma analise e debate:
    O facto de as Claques terem acesso a Bilhetes muito mais baratas para os Jogos de Futebol e das Modalidades ao contrário dos Sócios/Adeptos do FC Porto também poderá explicar a razão de muitas vezes haverem clareiras no Dragão/Dragãozinho.

    Se o nosso Porto estendesse esta regalia a mais Sócios/Adeptos (aos que moram longe do Dragão e aos que moram fora da Cidade Invicta por exemplo) acredito que viria muito mais gente ao Estádio do Dragão e ao seu irmãozinho mais novo que é o Dragãozinho.

    E também existe a questão da modernização da Comunicação entre os Sócios e o Clube. Nos anos 80 o Clube realizava Assembleias Gerais extraordinárias e algumas até entraram para a História.

    Hoje em dia o Clube parece estar muito distante dos Sócios... Uma forma que me parecia eficaz para resolver este problema prende-se com a utilização dos Novos Meios Tecnológicos para que o Clube se aproxime dos Sócios/Adeptos.

    Mas isto é outro tema que será com toda certeza muito bem abordado noutra altura e debatido por este espaço ou por outro.

    Cumprimentos a todos.

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  10. Viva !

    Excelente artigo. Artigos como estes são necessários.

    O futebol em França está a morrer. Dei os dados no http://cosmeticas.org

    Todavia, a França é o país que mais títulos internacionais tem nas camadas jovens.

    Nos itens que são citados creio que faltam dois, para explicar as bancadas vazias. É que ter uma média de 26 mil espectadores num país de 9 milhões de habitantes, não é a mesma coisa que ter a mesma média num país de 70 milhões.

    Como, diga-se o que se quiser, Portugal,infelizmente, exceptuando Lisboa, não tem qualquer oferta cultural, salvo algumas excepções.

    Regressando ao rectângulo :

    O que coloca ainda mais o dedo na ferida. Porque é os Portugueses vão cada vez menos ao futebol ?

    1 / A violência, o racismo e a homofobia... em redor dos estádios afugenta a juventude. Penso que é um fenómeno recurrente a Portugal.

    Como tem mostrado o presidente do PSG, tranformando as curvas em espaços familiais, este problema é fácil de resolver quando existe vontade de salvar um clube e o futebol.

    2 / A noção do tempo e do espaço no futebol

    Quanto a mim esta é,sem dúvida,o maior desafio que se apresenta num presente muito próximo ou imediato.

    Qualquer criança que vai ao futebol,acha o tempo longo. Os golos não chegam. Ou se chegam é ao conta-gotas.É uma espécie de bocejo !

    Já no andebol a bola vai e vem duma baliza a outra. Não há tempos mortos. O espaço conjuga-se com o tempo.

    O andebol expressa a imediatidade tal como facebook. O Futebol pede leitura e reflexão.

    Só que a leitura, hoje em dia, passou de moda.

    Existe uma excepção : O rugby.

    Um jogo de rugby embora tenha, grosso modo, as mesmas carecterísticas (espaço/ tempo)que um jogo de futebol, escapa, quanto a mim, por agora ( veremos o que dará a profissionalização), por causa ou graças à terceira parte.

    O convívio entre adeptos adversos, após um jogo é algo nunca visto.

    E por vezes fico a pensar se não vai ver rugby por causa da terceira parte...

    Le Stade de France está sempre lotado ( 90 mil ).

    Curioso que um estádio construído para um campeonato de mundo de futebol seja só destinado e em exclusividade aos jogos do top 14 !

    Viva o Futebol,

    E Viva o Porto !

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  11. Boa noite,

    Amanhã vamos ter um adversário motivado depois da excelente vitória em Guimarães. Esta Naval andou à deriva neste campeonato, não se coadunando a qualidade do seu plantel com a posição que ocupa na tabela classificativa.
    É uma equipa com jogadores bons tecnicamente, capazes de segurar bola e de a circular com qualidade. Godemeche, Alex Hauw, Marinho e Fábio Júnior são jogadores de qualidade. Na defesa têm um central que aprecio, João Real, e contam ainda com os experientes Orestes e Daniel Cruz.
    Já vão no 3º. treinador da época, mas Mozer trouxe motivação a esta equipa.
    O Porto tem por isso de entrar com mais rapidez na circulação, da que tem tido nos últimos jogos, e tentar resolver a contenda cedo. Vai ser um jogo de paciência, e por isso os adeptos têm de apoiar a equipa.

    Estou convicto que se jogarmos ao nosso nível ganharemos, pois somos superiores.

    Abraço e bom fim de semana

    Paulo

    http://pronunciadodragao.blogspot.com/

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  12. Assunto(s) com muitas e intricadas questões que a Enid, como é seu timbre, coloca com clarividência e competência. Claro que não há unanimidade. Eu também discordo de alguns pontos de vista.
    Cumprimentos.

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  13. Parabéns Enid!

    O post aponta imensas razões para a falta de adeptos no estádio que me parecem muito interessantes. Tenho pensado muitas vezes neste assunto e estou de acordo com a ideia geral que nos passaste.

    Beijinhos e, mais uma vez, parabéns pelo post.

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  14. eNID,

    os meus PARABÉNSSSS por este teu fabulástico post, que ao teu (bom e reconhecido) estilo, mostra a grandeza da tua sabedoria para falar de temas digamos que, mais profundos da vida do nosso clube.

    de facto, o nosso clube, não é só vitórias (mais que muitas!), empates (alguns) ou derrotas (gotas num oceano)... é muito mais que isso e a quem, como tu, vive e respira 24hrs por dia, 365 dias por ano, esta paixão assolapada, este post é um belo exemplo de outras coisas que parecendo laterais, são muito, muito importantes para mantermos a rota dos títulos e das vitórias.

    no fundo, esta é uma problemática que vai muito para além das múltiplas explicações aqui relevadas por ti... essencialmente, na minha opinião, é um pouco de tudo o que aqui elencas, acrescido de uma razão que para mim, é a base de todas as outras... é um problema de sociedade no geral.

    a falta de tratamento dado ao futebol como um «espectáculo», dado por todos no geral, uns mais ou menos que outros, é a razão do afastamento das pessoas do estádios, para além da crise óbvia na carteira de todos nós... é preciso gostar-se muito, mas muito mesmo, do fcPORTO, para se abdicar de outras coisas na nossa vida... eu abdico, o clube, não estando no topo da pirâmide das minhas prioridades, está lá bem no alto, bem no alto, daí que digo sempre «presente», ao frio, à chuva, ao sol, em espaços com todas as modernidades, em espaços do bons velhos tempos de bancada em pedra e sem o minimo de condições, em dias de jogos em dias ou horários impróprios, em dias de jogo com o Cinfões de Cima, tal como em dias de jogo contra os galácticos do resto do mundo, etc etc, mas isso sou eu... outros, muitos, cada vez mais, estabeleceram outras prioridades, preferem o shopping, o aconchego do lar, em vez de ir ao estádio.

    sinais dos tempos... e parece-me, mesmo que com boas ou más politicas por parte dos clubes para alterar este panorama, duvido que essas se alterem, para muito melhor... talvez um pouco melhor, mas pouco mais que isso.

    como disse... é essencialmente um problema de sociedade no seu geral, não do futebol em particular.

    ps - atentem nos últimos exemplos conhecidos por todos nós... últimos jogos no Dragão a 1EUR e nem assim, a malta adere... no Dragãozinho, prái desde Outubro passado que é assim a tabela de preços e aqui, em 90% das vezes, parecemos meia dúzia de gatos pingados lá dentro... como se explica isto? afinal, é o problema do custo do futebol ou desporto, ou é mais que isso??? obviamente é mais que isso!!!

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  15. Portomaravilha, toca num ponto interessante ao falar da violência nos estádios. Em Portugal eu diria que o que afasta os adeptos é muito mais a cobertura sensacionalista que os media fazem da suposta violência nos estádios do que propriamente o fenómeno em si, que em Portugal não é muito significativo. Ir ao futebol em Portugal não é uma actividade perigosa, e curiosamente os jogos em que é mais perigosa - os grandes jogos e os derbies - são aqueles que atraem mais gente. Daí que não veja esse como um factor com grande peso na ausência de espectadores nos estádios.

    Já quando às características do jogo em si, sinceramente não concordo. Sem dúvida que é um jogo lento, o que contrasta com a era do imediatismo em que vivemos, mas se fosse esse o caso porque não estariam os estádios vazios em todos os países da Europa? Porquê apenas em alguns? (A comparação entre as características do futebol e as de outras modalidades e o porquê da imensa popularidade do futebol são outro tema muito, muito interessante e complexo. Sou capaz de ficar horas a falar disto!)

    bLuE bOy, quando dizes que é um problema "da sociedade", referes-te à sociedade portuguesa em particular? É que, tal como disse acima ao Portomaravilha, há muitos países europeus onde o futebol nem sequer tem o peso social que tem cá mas onde este problema não existe. Temos que fazer comparações deste tipo para perceber o que está a falhar aqui e que aparentemente não está a falhar nesses países. Mas deixo uma questão muito importante: quem se poderia/deveria debruçar sobre este problema? Cada clube individualmente? A Liga? A Federação? Uma "taskforce" integrada pelos clubes + estas entidades (possibilidade muito dificultada pela inexistência de relações institucionais entre alguns clubes)? Alguém tem que fazer alguma coisa!

    Quanto aos jogos a 1 euro, acho que não se pode ir por aí. Como disse no texto, meter um joguito contra uma equipa de escalão inferior a 1 euro e depois voltar aos preços "normais" nos jogos que importam não é um teste real ao peso do factor económico na ausência de adeptos do estádio. Tinha que ser uma estratégia continuada. E as modalidades não podem ser metidas no mesmo saco; são problemas muito diferentes, desde logo pela diferença de popularidade.

    Mais uma vez obrigada a todos. É muito importante que nós, que amamos o clube, dispensemos alguma atenção a problemas deste género. Gostaria especialmente de ouvir testemunhos de pessoas que gostariam de marcar presença mais assiduamente no estádio mas não o conseguem, para perceber os motivos.

    Abraço a todos!

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  16. Viva !

    Não sabia se havia de responder já ou mais tarde. Pareceu-me melhor responder de imediato.

    Enid : Eu penso que o futebol está em perigo de vida. Talvez isso se note menos nos países ditos periféricos.

    Os estádios em França estão vazios. O Toulouse rugbi tem duas vezes mais espectadores que o Toulouse futebol, por exemplo.

    E salvo erro até houve um Saint-Etienne ( esqueci agora o nome do clube adverso )para a taça da liga com menos de mil espectadores.

    Em quatro anos, o Futebol Francês, perdeu cerca de 1,5 milhões de filiados. E,em 2010, 20% de dirigentes e formadores demitiram-se das instâncias amadoras.

    Pode uma modalidade viver sem filiados ?

    Claro que pode : as corridas de cavalos ( cuja imprensa aqui é prolifera, cerca de 5 exemplares diários ) exemplificam-no. Que tal se o futebol ficasse um imenso hipodrómo, vivendo de apostas ?

    Diz-me que a violência no futebol não é significativa em Portugal. Tanto melhor. Aqui é !

    O grande questionamento que podemos levantar é o seguinte : Porque é que o futebol encara o jogo como uma guerra e porque é que o rugbi encara o jogo como um carnaval, uma festa ?

    Como explica o crescimento do rugbi em Itália, por exemplo. O que levou e leva os Italianos a se interessarem cada vez mais pelo rugbi e cada vez menos pelo futebol ?

    Há também que esperar para ver o que dará a profissionalização do rugbi a curto prazo.

    Quanto à imediatidade,tempo e espaço, voltarei mais calmamente sobre este assunto.

    Enid : Obrigado pelo seu post.

    E Viva o Porto !

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  17. E pronto! 3 dias sem Internet e cheguei tarde a um grande post.

    Enid mais uma vez organizas e completas o teu post com analises quer exteriores quer com opiniões tuas fundamentando e de que maneira o teu post.

    Apesar de ter lido a analise do link que colocas, não acho que o Futebol tenha subido 1600%, onde quero chegar.

    Há uma porrada de anos um FC Porto vs Tottenham os bilhetes de 12.000 escudos esgotarem.

    Ou seja já na altura era caro ir ao futebol.

    Com o nível de vida a melhorar e a troca da moeda (cujo os arredondamentos são todos para cima) era de se esperar logo uma aumento em tudo.

    Há que continuar a estudar este fenomeno de desertificação das bancadas de maneira a chegarmos a uma "formula" de trazer de volta adeptos ao futebol.

    Para mim o desporto, as bancadas metem no bolso qualquer outra actividade seja ela cinema 4d ou 6d.

    No futebol consigo juntar os amigos, apoiar o meu clube, descontrair depois de dias de trabalho cansativos.

    Nota só para o que o Norte fala, quando se vende paixões não se pode tratar as pessoas como se fossem um pacote de minutos da TMN.

    Não sou um cliente sou um orgulhoso sócio do meu clube.

    Enid os meus parabéns pelo post e peço desculpa por só agora conseguir passar por aqui.

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  18. Minha amiga Enid, antes de mais parabéns por esta excelente publicação. Escusado será dizer que o tema me agrada.

    Uma crónica muito bem escrita, com bastante conteudo.

    Há falta de adeptos nos estádios do futebol português, isso é indesmentivel. Todos os factores que enumeraste são verdadeiros, mas acima disso tudo deve estar o intuito de apoiar a equipa, aquela vontade de estar presente, seja onde for, e cumprir o seu dever enquanto sócio/adepto do clube.

    É isso que nos move.

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