Manto Azul e Branco - Finais de 1907 - O azul-e-branco e a lendária camisola listada

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José Monteiro da Costa, têmpera de “Dragão”, visionário, imaginoso, arrojado, apesar de republicano convicto decidiu manter, como cores do clube, o azul e branco da bandeira monárquica, as cores do Football Club do Porto de Nicolau d’Almeida. Como já sabemos, houve defensores de outras cores e quem alvitrasse as da bandeira da cidade do Porto (verde e branco) ou até vermelhidões… Prevaleceu a vontade de Monteiro da Costa e a sua tese: “As cores devem ser as da bandeira da Pátria, porque temos esperança de que o nosso clube há-de de ser grande, não se limitando a defender o bom-nome da cidade, mas também o de Portugal em pugnas desportivas contra estrangeiros".

E assim surgiu a lendária camisola azul e branca, listada! Riscas finas, verticais, botões da moda e gola branca. E em duas versões no que toca aos calções: brancos ou azuis, meias azuis em ambos os casos.

As camisolas do FC Porto, listadas de azul e branco, numa fotografia de conjunto com os atletas do Real Clube Fortuna de Vigo (actual Celta de Vigo) primeiro clube estrangeiro a exibir-se em Portugal. Do jogo, realizado no campo relvado da Rua da Rainha em 15 Dez.1907, os únicos registos são fotográficos nem se sabendo o “score” final.

Rui Saraiva – Design e edição
Fernando Moreira – Pesquisa e textos