A história do senhor Valdemar

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É jornalista, relata jogos de futebol na rádio e na TV, é benfiquista primário e grita os golos do clube do coração como se estivesse a ter um orgasmo. Estão a ver quem é? Provavelmente não, até porque são muitos como ele que fedem e enfermam a comunicação social do nosso país. É editor de Desporto na TVI e um dos comentadores dos jogos que a televisão “independente” transmite semanalmente. Falo de Valdemar Duarte, pois claro.

Natural de Santarém, terra moura por tradição, residente em Massamá, o senhor Valdemar foi durante longos anos funcionário da Rádio Renascença, de onde saiu, segundo consta, em rota de colisão com o então editor de Desporto Ribeiro Cristóvão, outro execrável da nossa praça. Hoje, temos que o ouvir ladrar todos os fins-de-semana na TVI ou na TSF, onde não só é incapaz, como tantos, de despir a camisola encarnada, atropelando os mais elementares princípios do Código Deontológico dos Jornalistas, como é dono de um facciosismo abjecto e não menos deplorável enquanto comenta os jogos do nosso clube. Um benfiquista primário, mas também um empedernido anti-portista, portanto.

Como não sou portista de sofá, não contribuo para essas audiências da TSF ou da televisão “independente” – aquela que durante a semana anuncia a transmissão dos jogos do 5LB, com abomináveis adjectivações como a “a super-equipa” ou o “futebol diabólico”. Mas, pelos vistos, a coisa é mesmo feia quando o senhor relata os jogos do nosso clube, conta-me quem o é obrigado a ouvir. Não só não me espanta, as provas estão à vista de todos. Este pequeno VÍDEO, que reporta a inacreditável expulsão de James contra o Feirense, é apenas um exemplo dos muitos que há por aí. Ouçam e pasmem-se: a primeira “preocupação” não é discutir a expulsão, mas anunciar que o jogador estaria de fora do jogo com o 5LB – que alívio, senhor Valdemar! -, porque a (inexistente) “agressão”, como a classifica, é, para ele, “clara”. Ridículo.

Certo é que, no último jogo no Dragão, com o Braga, o senhor Valdemar voltou a disparatar… e, desta vez, teve azar. Depois de ter visto aquilo que não queria – uma vitória mais clara que o resultado faz supor -, caminhava o senhor Valdemar pelos corredores do Dragão em direcção à sala de imprensa quando foi interceptado e interpelado pelo responsável maior do clube que tantos desgostos e frustrações lhe tem provocado. “Você está aqui como jornalista ou como adepto do Benfica?”. O senhor Valdemar ficou sem resposta, mas teve a resposta que merecia ao ficar com a cara marcada por um merecido estalo oferecido por um funcionário do clube. De pronto, os seguranças que entretanto ali acorreram agarraram no miserável e empurram-no dali para fora, impedindo-o de entrar na sala de imprensa. Conta quem assistiu na primeira fila ao episódio que o senhor nem ficou muito esmurrado e, infelizmente, não precisou de ser assistido. Mesmo assim, achou por bem apresentar queixa na Polícia, abrir um conflito com o clube e correr o risco de ser impedido de entrar na nossa casa nos próximos tempos.

Curiosamente, não foi a mesma atitude que o senhor Valdemar teve há exactamente um ano num episódio do género que teve o Municipal de Aveiro como palco, num Beira-Mar-Benfica, numa fase de enorme contestação ao treinador, que não há muito tempo tinha sido goleado e humilhado no Dragão. O jogo ficou célebre por Jesus abandonar, a meio, a “flash interview”, desagradado com as perguntas colocadas pelo jornalista da TVI. Como podem ver no VÍDEO, Hugo Cadete não disse qualquer mentira, disse apenas a verdade que os responsáveis daquele clube de merda não gostaram de ouvir, levando-os a encomendar a um dos seus seguranças uns apertos ao jornalista da TVI, no fim da emissão. Segundo consta, Cadete quis apresentar queixa, mas deixou-se estupidamente demover pelas palavras do senhor Valdemar, esquecendo o cargo de responsabilidade que ocupa: “Isso acontece em qualquer lado. Não vale a pena apresentar queixa…”.

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço, não é senhor Valdemar?