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Havia, algures, uma linda floresta de pinheiros, num país chamado de Portugal. Alguns conversavam entre si e eis que por entre os sussurros, um pinheiro dizia ao outro:
-Estou cansado da floresta. Gostaria que alguém me cortasse e me levasse para ser mais um, ou o tal majestoso pinheiro de Alvalade. Como adoro ser mais um! Como queria conhecer esse lugar, habitado por terceiros de natureza. Deve ser contagiante!
Outro pinheiro já pensava assim:
Ai eu não! Eu gostaria de ser levado para o outro lado da circular. Ser transformado, a partir da minha madeira, num bonito e indetectável obstáculo. Uma armadilha por exemplo…onde um artista sensível se fizesse cair sobre mim e com suavidade ver sua manha e mestria ser aplaudida e atendida...
Havia ainda, um lindo e pequenino pinheiro que suspirando dizia: Ah! Quem me dera ser uma árvore de Natal, em uma residência com grandes salas, de grandes façanhas e histórias, onde brotam homens de carácter e ambição e a glória ecoa pelos corredores. Finos cristais de festa todas as semanas. Muitas crianças, adultos, velhos e novos, pobres e ricos, todos a minha volta. E entre meus ramos, ricos presentinhos de aroma a Janeiro, bolas coloridas e atitudes renovadas. Que alegria, que felicidade! Nada poderia ser igual.
No entanto na floresta a estranha beleza da natureza não apreciava este último pinheiro. A corja e a passarada ciumenta todas as manhãs vinha bicar-lhe o tronco, rígido e forte e de raízes seguras, que não quebrava nem por nada. Todos zumbiam de falsidade.
Um dia, um lenhador, cortou-os e foram levados separadamente. O destino dos dois primeiros era sabido à partida, o lugar que lhes estava destinado era para os mercenários de ocasião. Porém acompanhamos o mais pequenino que desejava ser árvore de Natal duma verdadeira Família. Fomos encontra-lo, engalanado de enfeites e guloseimas, assim mesmo como houvera sonhado. Estava radiante! Que alegria, como estava bonito! Todos estavam ao seu redor. Tantos presentes em caixas estavam colocados aos seus pés. A festa foi maravilhosa: porém o contentamento não durou muito. Lá pela meia-noite todos só queriam saber de si próprios e os “meninos”, arrancaram-lhe todas as bolas e uma vela acesa caiu; começou a queimar-lhe um galho - ai, ai, ai, gemeu o pobre pinheiro.
No outro dia, puseram-no em um porão junto a outras coisas velhas, e ali ficou, esquecido de todos. Seus ramos e folhas antes tão vivos e viçosos estavam agora amarelecidos e murchos. Estava triste e infeliz, arrependido de seu sonho. Sentia saudades da floresta agora. O seu inimigo agora, era os seus…Estava só, perdido mas sabia do que era capaz…
Passou o tempo, foi-se o Verão, o Outono, novos meninos tinham chegado e já vinha o inverno e o nosso pinheiro estava velho e seco.
Um dia o “dono” da casa resolveu fazer uma limpeza no porão e tirou o pobre pinheiro para o quintal, mandando o jardineiro cortá-lo para o fogo. Feito em pedaços foi aproveitado para uma fogueira, e de seu tronco e poucas ramagens, restou apenas um punhado de cinzas e uma semente, prontamente plantada.
As crianças estiveram ao seu redor e aproveitaram o calor das chamas para o se aquecerem, estava, porém, ali a alma do pinheiro presente.
O pinheiro era matéria que, agora, se transformava em energia. Ensinava o menino maior que já conhecia a ciência. Assim era de ano para ano, de geração em geração. Naquela casa, os mais “novos” aprendiam com ao mais “velhos” e lá iam percebendo que quando tudo parece perdido e acabado isso é a força para novas aventuras e onde espírito é sempre o mesmo.
Nos anos seguintes, a semente plantada, crescia e dava lugar a um imponente pinheiro, sempre mais alto que tudo e todos, o único que via sempre melhor que os outros os títulos, as taças e as festas do São João!
Assim era cada Natal.
Moral: Na Família FCP, casa de valores e de História, nada se perde, tudo se transforma é por isso que todos os anos provamos porque ganhamos mais… muito mais que os outros…
FIM
Abraço e fiquem por ai…que eu fico!
-Estou cansado da floresta. Gostaria que alguém me cortasse e me levasse para ser mais um, ou o tal majestoso pinheiro de Alvalade. Como adoro ser mais um! Como queria conhecer esse lugar, habitado por terceiros de natureza. Deve ser contagiante!
Outro pinheiro já pensava assim:
Ai eu não! Eu gostaria de ser levado para o outro lado da circular. Ser transformado, a partir da minha madeira, num bonito e indetectável obstáculo. Uma armadilha por exemplo…onde um artista sensível se fizesse cair sobre mim e com suavidade ver sua manha e mestria ser aplaudida e atendida...
Havia ainda, um lindo e pequenino pinheiro que suspirando dizia: Ah! Quem me dera ser uma árvore de Natal, em uma residência com grandes salas, de grandes façanhas e histórias, onde brotam homens de carácter e ambição e a glória ecoa pelos corredores. Finos cristais de festa todas as semanas. Muitas crianças, adultos, velhos e novos, pobres e ricos, todos a minha volta. E entre meus ramos, ricos presentinhos de aroma a Janeiro, bolas coloridas e atitudes renovadas. Que alegria, que felicidade! Nada poderia ser igual.
No entanto na floresta a estranha beleza da natureza não apreciava este último pinheiro. A corja e a passarada ciumenta todas as manhãs vinha bicar-lhe o tronco, rígido e forte e de raízes seguras, que não quebrava nem por nada. Todos zumbiam de falsidade.
Um dia, um lenhador, cortou-os e foram levados separadamente. O destino dos dois primeiros era sabido à partida, o lugar que lhes estava destinado era para os mercenários de ocasião. Porém acompanhamos o mais pequenino que desejava ser árvore de Natal duma verdadeira Família. Fomos encontra-lo, engalanado de enfeites e guloseimas, assim mesmo como houvera sonhado. Estava radiante! Que alegria, como estava bonito! Todos estavam ao seu redor. Tantos presentes em caixas estavam colocados aos seus pés. A festa foi maravilhosa: porém o contentamento não durou muito. Lá pela meia-noite todos só queriam saber de si próprios e os “meninos”, arrancaram-lhe todas as bolas e uma vela acesa caiu; começou a queimar-lhe um galho - ai, ai, ai, gemeu o pobre pinheiro.
No outro dia, puseram-no em um porão junto a outras coisas velhas, e ali ficou, esquecido de todos. Seus ramos e folhas antes tão vivos e viçosos estavam agora amarelecidos e murchos. Estava triste e infeliz, arrependido de seu sonho. Sentia saudades da floresta agora. O seu inimigo agora, era os seus…Estava só, perdido mas sabia do que era capaz…
Passou o tempo, foi-se o Verão, o Outono, novos meninos tinham chegado e já vinha o inverno e o nosso pinheiro estava velho e seco.
Um dia o “dono” da casa resolveu fazer uma limpeza no porão e tirou o pobre pinheiro para o quintal, mandando o jardineiro cortá-lo para o fogo. Feito em pedaços foi aproveitado para uma fogueira, e de seu tronco e poucas ramagens, restou apenas um punhado de cinzas e uma semente, prontamente plantada.
As crianças estiveram ao seu redor e aproveitaram o calor das chamas para o se aquecerem, estava, porém, ali a alma do pinheiro presente.
O pinheiro era matéria que, agora, se transformava em energia. Ensinava o menino maior que já conhecia a ciência. Assim era de ano para ano, de geração em geração. Naquela casa, os mais “novos” aprendiam com ao mais “velhos” e lá iam percebendo que quando tudo parece perdido e acabado isso é a força para novas aventuras e onde espírito é sempre o mesmo.
Nos anos seguintes, a semente plantada, crescia e dava lugar a um imponente pinheiro, sempre mais alto que tudo e todos, o único que via sempre melhor que os outros os títulos, as taças e as festas do São João!
Assim era cada Natal.
Moral: Na Família FCP, casa de valores e de História, nada se perde, tudo se transforma é por isso que todos os anos provamos porque ganhamos mais… muito mais que os outros…
FIM
Abraço e fiquem por ai…que eu fico!
"...nada se perde, tudo se transforma..."
ResponderEliminarÉ isso, a seiva de Campeão corre nas nossas veias. Os vindouros acolhem a mística, aceitam e revigoram a vontade. Sem a qual nada se faz. Os escolhos são ultrapassados com maior ou menor dificuldade... QUERER PARA CRER num FC PORTO CAMPEÃO! SEMPRE!
Parabéns, João, pelo teu bonito "conto".
Abraço AZUL FORTE.