http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Mais uma temporada, mais um jogo na mouraria, mais uma verdadeira invasão dos ultras do bicampeão!! É assim cada vez que jogamos, seja onde fôr, os ultras vão atrás da equipa, mas claro que, nestes jogos com o eterno rival, ainda para mais sendo no estádio sem luz, a procura é sempre maior que a oferta, o dia é longo e bem preenchido e a loucura é total de parte a parte, tanto da nossa que damos festival por onde passamos, como dos lampiões que assistem mais uma vez a uma humilhação no que ao “jogo de claques” diz respeito.
Tal como referi aqui na última crónica, estamos à frente, mas muito à frente em termos de adeptos, sócios, ultras, etc. Foi a minha nona deslocação à cesta do pão e ainda estou para descobrir o que é o tão badalado “inferno da luz”. Deixam muito a desejar! Em terrirório inimigo, no estádio do maior rival, mais uma vez passeámos, não nos calámos, bem, demos mais uma lição de como se apoia a equipa. E isto fora de portas!
À semelhança dos últimos anos o sector visitante foi pequeno para nos receber, a mancha azul e branca foi mais uma vez espantosa! Cá no Porto não me lembro de alguma vez terem trazido 3000, nós lá abaixo, ano após ano, tirando o jogo em que apagámos a luz, parace que cada vez conseguimos levar mais gente à lixeira! É um orgulho ser deste clube.
Sábado foi dia de “estágio”. Hóquei e andebol no Dragão Caixa, o hóquei a meio da tarde contou com forte presença dos Super Dragões. Lá estivemos, como sempre.
Finalmente chegou o dia 13 de Janeiro. Levantar cedo e terminar os preparativos para a longa viagem. Concentração no Dragão por volta da hora de almoço! Com é hábito neste tipo de jogos, enchemos totalmente uma camioneta de dois andares. Partida em direcção à capital. Camioneta lotada, grande ambiente entre o pessoal, conversas cruzadas, cerveja a aparecer de todos os lados e os primeiros cânticos a sair.
A primeira paragem tencionámos fazê-la em Pombal mas este ano os nossos queridos amigos polícias decidiram inovar: por e simplesmente não há paragens para ninguém, nas áreas de serviço! Como sou um cidadão que usa um cachecol ao pescoço, não posso parar, é sempre a andar. Pode parecer estranho mas é uma inovação. Nas viagens de regresso ao Porto já aconteceu algumas vezes não deixarem parar, mas nas viagens de ida nunca me tinha acontecido. Todos os anos faço esta deslocação e paro sempre na viagem de ida.
Continua a repressão. Parámos então nos arredores de Santarém numa área de repouso. Ali já estavam várias camionetas que também interromperam por um bocado o percurso e depois outras se juntaram a nós. Começava a ver contornos de mais uma invasão estrondosa, nada mais nada menos, que 27 autocarros carregados de adeptos portistas!!! Nem todos da cidade do Porto, este tipo de jogos “chama” gente de todo o país, que a nós se junta para apoiar o Porto. Inclusivé núcleos do estrangeiro, tanto dos Super Dragões como do Colectivo.
Já o Sol estava a pousar quando continuamos o caminho. Passámos as portagens de Alverca entre as 17h30 e as 18h. E como tradição é tradição (todos os anos escrevo aqui isto!), saimos para urinar no “monte” que ladeia a auto-estrada. É como se de um “baptismo” se tratasse, passar a portagem de Alverca, encostar à direita na berma e subir o monte já é mesmo tradição. A partir dali o clima é de terceira guerra mundial. Carros e carrinhas da PSP, GNR e Spotter’s. Estes agora também estão na moda. Os ultras do FCP são transportados até à Pontinha sob forte aparato policial e tons intimidatórios da autoridade.
Chegámos a Carnide. Este ano o local de concentração na mouraria foi diferente daquele onde temos “estacionado” nos últimos anos. Por mim tanto faz, desde que seja para apoiar o FC Porto naquele antro até posso ir a pé desde Almada se assim preferirem. É uma questão de hábito também, o outro caminho já o fazia de olhos fechados, este também não me parece difícil e é mais recto.
Começa o cortejo! Desfile azul e branco pelas ruas de Lisboa, nada mais bonito! O cortejo é claramente um dos grandes momentos do dia, a nossa superioridade é desvalorizada por alguns, mas aplaudida por muitos que vêm à janela! Mais uma vez vimos vários portistas (menos do que pelo outro caminho) que fizeram questão de nos saudar. Os cânticos já eram uma constante e a pirotecnia não faltou. Alguns petardos avisavam da nossa chegada e tochas também se viram ao longo do percurso. Avisámos o salão de festas, um sentimento de nostalogia como não podia deixar de ser. Temos sido verdadeiramente felizes naquele local.
Chegámos ao destino. Lampiões estéricos davam-nos as “boas vindas”. Compreendo que seja uma excitação ver uma “coluna” daquele tamanho, azul e branca, a percorrer as ruas da cidade deles. Espero que tenham aprendido mais qualquer coisa desta vez!
Revistas minuciosas e propositadamente demoradas. Isto é mais uma forma de nos provocarem, pois ao minimo protesto por tanto tempo de espera já estamos a levar uma bastonada. Pelo menos, à semelhança do ano passado, entrámos ainda no aquecimento. Eu concretamente entrei às 19h30. Apalpado da cabeça aos pés, devido à multidão que rapidamente queria entrar, quase nem conseguia ter o bilhete do bolso. Lá subimos a escadaria para o arranha-céus e chegámos à “jaula”. Mais uma vez os animais ficaram fora dela.
Bem, no Piso 3 da bancada Coca-Cola, sinto-me bem. Para além das recentes vitórias, históricas, que lá festejei, a Curva Portista é tão grande que se só olhasse para aquele espaço parece que estamos a jogar em casa. Faixas colocadas, bandeiras e estandartes montados, tudo pronto para o clássico.
Corpo de Intervenção permanentemente na bancada (porque se chama de Intervenção?!?) e Spotter’s constantemente de olhos em todos nós. De repente veio-me à cabeça a deslocação a Paris, onde as provocações com os adeptos da casa aumentavam de grau minuto após minuto, estavámos separados por uma rede como no estádio sem luz, mas lá a polícia não se importa e só nos chamou a atenção quando os parisienses começaram a tentar espetar paus de bandeiras na rede para nos acertar. Aqui em Portugal, ao mínimo dedo no ar já estamos a comer dos robocops.
Tal como referi aqui na última crónica, estamos à frente, mas muito à frente em termos de adeptos, sócios, ultras, etc. Foi a minha nona deslocação à cesta do pão e ainda estou para descobrir o que é o tão badalado “inferno da luz”. Deixam muito a desejar! Em terrirório inimigo, no estádio do maior rival, mais uma vez passeámos, não nos calámos, bem, demos mais uma lição de como se apoia a equipa. E isto fora de portas!
À semelhança dos últimos anos o sector visitante foi pequeno para nos receber, a mancha azul e branca foi mais uma vez espantosa! Cá no Porto não me lembro de alguma vez terem trazido 3000, nós lá abaixo, ano após ano, tirando o jogo em que apagámos a luz, parace que cada vez conseguimos levar mais gente à lixeira! É um orgulho ser deste clube.
Sábado foi dia de “estágio”. Hóquei e andebol no Dragão Caixa, o hóquei a meio da tarde contou com forte presença dos Super Dragões. Lá estivemos, como sempre.
Finalmente chegou o dia 13 de Janeiro. Levantar cedo e terminar os preparativos para a longa viagem. Concentração no Dragão por volta da hora de almoço! Com é hábito neste tipo de jogos, enchemos totalmente uma camioneta de dois andares. Partida em direcção à capital. Camioneta lotada, grande ambiente entre o pessoal, conversas cruzadas, cerveja a aparecer de todos os lados e os primeiros cânticos a sair.
A primeira paragem tencionámos fazê-la em Pombal mas este ano os nossos queridos amigos polícias decidiram inovar: por e simplesmente não há paragens para ninguém, nas áreas de serviço! Como sou um cidadão que usa um cachecol ao pescoço, não posso parar, é sempre a andar. Pode parecer estranho mas é uma inovação. Nas viagens de regresso ao Porto já aconteceu algumas vezes não deixarem parar, mas nas viagens de ida nunca me tinha acontecido. Todos os anos faço esta deslocação e paro sempre na viagem de ida.
Continua a repressão. Parámos então nos arredores de Santarém numa área de repouso. Ali já estavam várias camionetas que também interromperam por um bocado o percurso e depois outras se juntaram a nós. Começava a ver contornos de mais uma invasão estrondosa, nada mais nada menos, que 27 autocarros carregados de adeptos portistas!!! Nem todos da cidade do Porto, este tipo de jogos “chama” gente de todo o país, que a nós se junta para apoiar o Porto. Inclusivé núcleos do estrangeiro, tanto dos Super Dragões como do Colectivo.
Já o Sol estava a pousar quando continuamos o caminho. Passámos as portagens de Alverca entre as 17h30 e as 18h. E como tradição é tradição (todos os anos escrevo aqui isto!), saimos para urinar no “monte” que ladeia a auto-estrada. É como se de um “baptismo” se tratasse, passar a portagem de Alverca, encostar à direita na berma e subir o monte já é mesmo tradição. A partir dali o clima é de terceira guerra mundial. Carros e carrinhas da PSP, GNR e Spotter’s. Estes agora também estão na moda. Os ultras do FCP são transportados até à Pontinha sob forte aparato policial e tons intimidatórios da autoridade.
Chegámos a Carnide. Este ano o local de concentração na mouraria foi diferente daquele onde temos “estacionado” nos últimos anos. Por mim tanto faz, desde que seja para apoiar o FC Porto naquele antro até posso ir a pé desde Almada se assim preferirem. É uma questão de hábito também, o outro caminho já o fazia de olhos fechados, este também não me parece difícil e é mais recto.
Começa o cortejo! Desfile azul e branco pelas ruas de Lisboa, nada mais bonito! O cortejo é claramente um dos grandes momentos do dia, a nossa superioridade é desvalorizada por alguns, mas aplaudida por muitos que vêm à janela! Mais uma vez vimos vários portistas (menos do que pelo outro caminho) que fizeram questão de nos saudar. Os cânticos já eram uma constante e a pirotecnia não faltou. Alguns petardos avisavam da nossa chegada e tochas também se viram ao longo do percurso. Avisámos o salão de festas, um sentimento de nostalogia como não podia deixar de ser. Temos sido verdadeiramente felizes naquele local.
Chegámos ao destino. Lampiões estéricos davam-nos as “boas vindas”. Compreendo que seja uma excitação ver uma “coluna” daquele tamanho, azul e branca, a percorrer as ruas da cidade deles. Espero que tenham aprendido mais qualquer coisa desta vez!
Revistas minuciosas e propositadamente demoradas. Isto é mais uma forma de nos provocarem, pois ao minimo protesto por tanto tempo de espera já estamos a levar uma bastonada. Pelo menos, à semelhança do ano passado, entrámos ainda no aquecimento. Eu concretamente entrei às 19h30. Apalpado da cabeça aos pés, devido à multidão que rapidamente queria entrar, quase nem conseguia ter o bilhete do bolso. Lá subimos a escadaria para o arranha-céus e chegámos à “jaula”. Mais uma vez os animais ficaram fora dela.
Bem, no Piso 3 da bancada Coca-Cola, sinto-me bem. Para além das recentes vitórias, históricas, que lá festejei, a Curva Portista é tão grande que se só olhasse para aquele espaço parece que estamos a jogar em casa. Faixas colocadas, bandeiras e estandartes montados, tudo pronto para o clássico.
Corpo de Intervenção permanentemente na bancada (porque se chama de Intervenção?!?) e Spotter’s constantemente de olhos em todos nós. De repente veio-me à cabeça a deslocação a Paris, onde as provocações com os adeptos da casa aumentavam de grau minuto após minuto, estavámos separados por uma rede como no estádio sem luz, mas lá a polícia não se importa e só nos chamou a atenção quando os parisienses começaram a tentar espetar paus de bandeiras na rede para nos acertar. Aqui em Portugal, ao mínimo dedo no ar já estamos a comer dos robocops.
60 mil no salão de festas. Entrada das equipas. Os mentruados levantam cartolinas, é a segunda ou terceira vez que fazem aquela coreografia contra nós. No Name Boys com o sector lotado como seria de esperar. Diabos Vermelhos cada vez menos. Tochas nos NN, potes de fumo nos DV, que ficam logo por baixo de nós.
A nível vocal demos um festival. O inferno ficou na gaveta, mais uma vez. Os da casa cantam quando marcam um golo ou quando há um lance perigoso do regime. Os ultras do FC Porto deram mais um show naquele terceiro piso. Os NN ainda vão tentando fazer frente, agora os DV, coitadinhos, a escola deve estar mesmo para fechar. Infelizmente retiraram do youtube um vídeo que por aí andava a circular, filmado no meio deles e onde só se ouviam as claques portistas.
João “pode ser” Ferreira ajudou ao 2-2, empatar em casa dos lampiões à partida seria bom resultado, vendo agora as circunstâncias de jogo acaba por saber a pouco. A ganhar duas vezes fica-se sempre com aquele amargo na boca. Foi um bom clássico, uma grande transferta e os jogadores souberam agradecer, logo à entrada para o aquecimento mas também, e mais efusivamente, após o apito final.
A espera foi de cerca de 45 minutos, e enquanto o tempo passava ainda deu para ver portistas a abandonarem as bancadas... centrais! Cortejo de volta mais tranquilo mas ainda assim ninguém se calou. Só à meia-noite estavámos na camioneta, mais o tempo de espera para arrancar e depois o caminho até chegarmos à auto-estrada eram 00h30 quando saimos de Lisboa em direcção ao Porto.
A viagem para cima correu tranquilamente, isto até tentarmos parar! Até para meter combustível é complicado, fomos recebidos em Pombal por um GNR equipado desde as unhas dos pés até aos dentes, de “shoutgun” em punho. Isto é autêntico!! O motorista foi o único com autorização para sair e mesmo depois de explicar ao GNR que ninguém consumiria nada, era apenas uma paragem para necessidades fisiológicas, nunca nos foi dada a autorização para sairmos da camioneta!
Passando mais este atentado aos adeptos de futebol, andamos mais uns quantos quilómetros, até encostar em plena auto-estrada!! Assim fomos “obrigados”, por quem lá está para nos “proteger”.
Chegámos ao Porto às 4h manhã, três ou quatro horas antes da maioria ter de se levantar para trabalhar. É esta a vida de um ultra.
Até à próxima, lampiões!
Um abraço ultra.
A nível vocal demos um festival. O inferno ficou na gaveta, mais uma vez. Os da casa cantam quando marcam um golo ou quando há um lance perigoso do regime. Os ultras do FC Porto deram mais um show naquele terceiro piso. Os NN ainda vão tentando fazer frente, agora os DV, coitadinhos, a escola deve estar mesmo para fechar. Infelizmente retiraram do youtube um vídeo que por aí andava a circular, filmado no meio deles e onde só se ouviam as claques portistas.
João “pode ser” Ferreira ajudou ao 2-2, empatar em casa dos lampiões à partida seria bom resultado, vendo agora as circunstâncias de jogo acaba por saber a pouco. A ganhar duas vezes fica-se sempre com aquele amargo na boca. Foi um bom clássico, uma grande transferta e os jogadores souberam agradecer, logo à entrada para o aquecimento mas também, e mais efusivamente, após o apito final.
A espera foi de cerca de 45 minutos, e enquanto o tempo passava ainda deu para ver portistas a abandonarem as bancadas... centrais! Cortejo de volta mais tranquilo mas ainda assim ninguém se calou. Só à meia-noite estavámos na camioneta, mais o tempo de espera para arrancar e depois o caminho até chegarmos à auto-estrada eram 00h30 quando saimos de Lisboa em direcção ao Porto.
A viagem para cima correu tranquilamente, isto até tentarmos parar! Até para meter combustível é complicado, fomos recebidos em Pombal por um GNR equipado desde as unhas dos pés até aos dentes, de “shoutgun” em punho. Isto é autêntico!! O motorista foi o único com autorização para sair e mesmo depois de explicar ao GNR que ninguém consumiria nada, era apenas uma paragem para necessidades fisiológicas, nunca nos foi dada a autorização para sairmos da camioneta!
Passando mais este atentado aos adeptos de futebol, andamos mais uns quantos quilómetros, até encostar em plena auto-estrada!! Assim fomos “obrigados”, por quem lá está para nos “proteger”.
Chegámos ao Porto às 4h manhã, três ou quatro horas antes da maioria ter de se levantar para trabalhar. É esta a vida de um ultra.
Até à próxima, lampiões!
Um abraço ultra.
acho que era este video que falavas no post..!
ResponderEliminargrande festival como de costume
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=NMl16f8sew0
Costa, muito obrigado!
ResponderEliminarO vídeo é esse exactamente, embora o autor o tenha retirado da net, como eu disse.
Felizmente alguém conseguiu "sacá-lo" anteriormente, e pô-lo na sua conta.
O vídeo é bem representativo do que se passou ao longo dos 90 min!
Um abraço
Boas Caro Tripeiro,
ResponderEliminarMais do mesmo do ULtras dos Campeões, o vídeo é a prova disso mesmo, temos os melhores adeptos do mundo.
Para quem tanto critica as claques, imaginem o FCP a jogar sem o apoio delas.
Já que estamos a falar em apoio a malta do BIBO PORTO é especialista nisso, os meus sinceros parabéns pelo apoio e dedicação que dão a todas a modalidades do clube, deve ser um orgulho pertencer a um grupo assim.
Abraço e ate sábado, no sitio do costume
Pedro