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1. E eis que o nosso clube regressa da América do Sul, aonde se deslocou, numa iniciativa que aplaudo de pé, para reforçar os laços e o prestígio que cada vez mais vimos cultivando por aquelas bandas. Para além dos emigrantes portugueses e Portistas que espalham orgulhosamente a palavra azul e branca, são muitos os sul-americanos sem qualquer relação directa com Portugal que vêem no FC Porto um símbolo de vitória não apenas a nível colectivo mas também no percurso individual de muitos dos seus compatriotas a quem o nosso clube abriu as portas do sucesso.
“O FC Porto é uma equipa que, por razões óbvias, os colombianos têm no coração”, disse o Presidente Juan Manuel Santos quando, em Abril, se apresentou ao seu congénere português de cachecol azul e branco ao pescoço, num momento que se diz ter deixado alguns membros da comitiva portuguesa num estado a que a juventude actual costuma referir-se como butthurt. O que, naturalmente, ainda tornou a situação mais prazerosa e memorável. Nada como a inveja dos nossos rivais para demonstrar que a afirmação do FC Porto como o clube português de maior prestígio internacional é mesmo uma realidade. Esta nossa passagem pela Venezuela e Colômbia serviu certamente para cimentar isso mesmo e para valorizar esta relação privilegiada, criando condições para que continue a dar muitos e saborosos frutos no futuro.
2. A única coisa que me interessa na pré-época é a oportunidade de ver jogar o Porto, numa altura em já começa a bater aquela ressaca. É tempo demais sem ver as nossas camisolas em campo, por isso qualquer amigável com uma equipa da 5ª divisão da Bielorússia já é óptimo. Para lá disso, a qualidade do jogo e os resultados não têm praticamente importância nenhuma: os adversários são de campeonatos e divisões variadas, estão em fases diferentes da preparação ou mesmo da época, nem sempre apresentam a melhor equipa. Todas estas e mais uma série de condicionantes levam a que estes jogos não sejam um indicador propriamente fiável da qualidade da equipa. E além disso, não contam para nada. É claro que não gosto de perder nem a feijões, mas é ainda mais claro que quero ganhar é nas competições a sério.
Dito isto, e por isso guardadas as devidas cautelas, o Porto desta pré-época entusiasma. Se a vontade de voltar à competição já era muita, esta amostra ainda vem fazê-la maior. Parece haver muita qualidade nesta equipa! Já é quase Domingo...
4. À parte do desporto, e até por falar no Moncho López, natural de Ferrol, é impossível não pensar neste momento nas vítimas do terrível acidente de comboio ocorrido na Galiza, terra que sentimos como nossa, pela enorme afinidade - geográfica, histórica, linguística, cultural - que nos une. No Domingo jogamos precisamente com uma equipa galega, e partilharemos em silêncio da dor do nosso povo irmão - provavelmente bem a meio da festa, entre a apresentação dos jogadores e o jogo em si. A vida é mesmo assim, e continua.
Recordo-me do minuto de silêncio mais pesado que já vivi num estádio, quando em 2001 o Liverpool veio jogar às Antas poucos dias depois da tragédia de Entre-os-Rios. Silêncio total, de uma região em choque e em luto. No Domingo, parem lá com a moda idiota das palmas, e façamos novamente silêncio absoluto, em solidariedade com o povo galego e em memória das dezenas de vidas que um acidente estúpido tolheu cedo demais. Os meus sentimentos e votos de muita força a quem chora a sua partida.
Tudo dito enid;)
ResponderEliminarDomingo vou levar falta mas dia 10 lá estarei em Aveiro;)
Para mim é ao contrário: Domingo estive, dia 10 não consigo :( Espero é que o início a valer seja mais entusiasmante do que o início a brincar ;)
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