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No meu último post discorri, de forma um bocado errática, que é como me vão as ideias nesta temporada tão estranha, sobre a necessidade de arrepiarmos caminho de uma vez, ou trocarmos definitivamente de treinador, enquanto vamos a tempo de salvar a época. Desde então, fomos humilhados em Coimbra, fizemos meio jogo decente contra o Braga e coroámos uma participação vergonhosa na Liga dos Campeões com mais uma exibição condizente.
A segunda parte contra o Braga foram os 45 minutos mais curiosos desta época: não se reconhecia em campo a equipa fraca, confusa e desorganizada que se tem apresentado a jogo quase sem excepções desde Agosto. Foram 45 minutos com uma qualidade de jogo não brilhante, mas aceitável. Por comparação com o nível que temos exibido, quase me soube a brilhante. Fui para casa relativamente contente. "Será desta que as coisas começam a virar?"
Não foi. Em Madrid tudo voltou ao mesmo. E não há postes nem penalties falhados que justifiquem mais um jogo insípido, sem sumo, sem alegria, sem nada. É triste ver este Porto jogar.
Muito sinceramente, se eu fosse o presidente, teria despedido o Paulo Fonseca após o jogo com a Académica. Foi a gota d’água. É preciso um murro na mesa, e quanto mais cedo melhor, que continuar a dar com a cabeça na parede não levará a lado nenhum. Mas há muitas e boas razões para que o presidente do FC Porto não seja eu, mas aquele que é possivelmente o melhor dirigente da história do desporto mundial. A sua insistência em manter treinadores até ao limite já nos pode ter custado títulos, mas certamente ter-nos-á valido vários outros também. E se este ano formos campeões, como espero e acredito, não graças ao treinador mas apesar dele, não será a primeira vez. Por isso, vou parar de chover no molhado e dizer apenas uma frase que me habituei a repetir nos momentos mais difíceis: confio no presidente. Para mim o prazo de validade deste treinador já expirou, mas confio que Jorge Nuno Pinto da Costa saiba tomar as decisões certas nas alturas certas e conduzir-nos a mais um final de época vitorioso. Não tenho ilusões: sei que o nosso presidente não é infalível, mas sei também que já nos provou sem margem para dúvidas que é bem menos falível do que o comum dos mortais, e certamente bem menos falível do que eu. Da minha parte, continuarei a fazer o que me cabe e o que sei fazer melhor: apoiar, apoiar, apoiar. Não é por acaso que a música que mais temos ouvido no Dragão esta época reza assim: “Mesmo quando nada sai bem / E sofrendo até ao final / Há sempre uma fé que se tem / E o apoio é incondicional / Mesmo que a baliza tenha rodas / E a bola passe sempre ao lado / E o guarda-redes vá a todas / Ninguém fica calado no estádio / Ninguém se cala no estádio / A puxar pelo campeão”. Não é bem o caso que a baliza tenha rodas, a bola passe sempre ao lado e o guarda-redes vá a todas (antes fosse), mas a máxima continua a aplicar-se: mesmo quando nada sai bem, vamos continuar a puxar pelo TRIcampeão, porque é nessas alturas que ele mais precisa de nós. E colocar a nossa fé nas mãos de quem sabe bem o que faz.
Para terminar, uma palavra sobre as modalidades. Aqueles atletas e demais estrutura não param de nos presentear com manifestações da verdadeira mística do Dragão e exemplos do que é ser e viver o símbolo que envergam - mesmo sem ganharem milhões, conduzirem carros de alta cilindrada e viverem vidas glamorosas de revista cor-de-rosa. Enche-me a alma Portista ir ao Dragão Caixa ver jogar estas equipas. E perceber nos jogadores e técnicos o reconhecimento e o agradecimento aos adeptos pela sua presença e apoio, mesmo que as cadeiras vazias no pavilhão muitas vezes sejam mais do que as ocupadas. Ali nascem e crescem atletas com fibra e dignidade para dar e vender - ou pelo menos para emprestar ao outro lado da rua, que ultimamente, e este ano em particular, bem precisa. Quem ainda não viu o vídeo do Senhor Moncho Lopez a enumerar aquelas que para ele são as estrelas da nossa equipa de basquetebol, por favor veja. Essa atitude, essa humildade, essa entrega são o coração das nossas modalidades amadoras, que por sua vez são, cada vez mais, o coração do clube.
PS: Um Feliz Natal a todos, com alegria, saúde, boa comida e melhor companhia!
A segunda parte contra o Braga foram os 45 minutos mais curiosos desta época: não se reconhecia em campo a equipa fraca, confusa e desorganizada que se tem apresentado a jogo quase sem excepções desde Agosto. Foram 45 minutos com uma qualidade de jogo não brilhante, mas aceitável. Por comparação com o nível que temos exibido, quase me soube a brilhante. Fui para casa relativamente contente. "Será desta que as coisas começam a virar?"
Não foi. Em Madrid tudo voltou ao mesmo. E não há postes nem penalties falhados que justifiquem mais um jogo insípido, sem sumo, sem alegria, sem nada. É triste ver este Porto jogar.
Muito sinceramente, se eu fosse o presidente, teria despedido o Paulo Fonseca após o jogo com a Académica. Foi a gota d’água. É preciso um murro na mesa, e quanto mais cedo melhor, que continuar a dar com a cabeça na parede não levará a lado nenhum. Mas há muitas e boas razões para que o presidente do FC Porto não seja eu, mas aquele que é possivelmente o melhor dirigente da história do desporto mundial. A sua insistência em manter treinadores até ao limite já nos pode ter custado títulos, mas certamente ter-nos-á valido vários outros também. E se este ano formos campeões, como espero e acredito, não graças ao treinador mas apesar dele, não será a primeira vez. Por isso, vou parar de chover no molhado e dizer apenas uma frase que me habituei a repetir nos momentos mais difíceis: confio no presidente. Para mim o prazo de validade deste treinador já expirou, mas confio que Jorge Nuno Pinto da Costa saiba tomar as decisões certas nas alturas certas e conduzir-nos a mais um final de época vitorioso. Não tenho ilusões: sei que o nosso presidente não é infalível, mas sei também que já nos provou sem margem para dúvidas que é bem menos falível do que o comum dos mortais, e certamente bem menos falível do que eu. Da minha parte, continuarei a fazer o que me cabe e o que sei fazer melhor: apoiar, apoiar, apoiar. Não é por acaso que a música que mais temos ouvido no Dragão esta época reza assim: “Mesmo quando nada sai bem / E sofrendo até ao final / Há sempre uma fé que se tem / E o apoio é incondicional / Mesmo que a baliza tenha rodas / E a bola passe sempre ao lado / E o guarda-redes vá a todas / Ninguém fica calado no estádio / Ninguém se cala no estádio / A puxar pelo campeão”. Não é bem o caso que a baliza tenha rodas, a bola passe sempre ao lado e o guarda-redes vá a todas (antes fosse), mas a máxima continua a aplicar-se: mesmo quando nada sai bem, vamos continuar a puxar pelo TRIcampeão, porque é nessas alturas que ele mais precisa de nós. E colocar a nossa fé nas mãos de quem sabe bem o que faz.
Para terminar, uma palavra sobre as modalidades. Aqueles atletas e demais estrutura não param de nos presentear com manifestações da verdadeira mística do Dragão e exemplos do que é ser e viver o símbolo que envergam - mesmo sem ganharem milhões, conduzirem carros de alta cilindrada e viverem vidas glamorosas de revista cor-de-rosa. Enche-me a alma Portista ir ao Dragão Caixa ver jogar estas equipas. E perceber nos jogadores e técnicos o reconhecimento e o agradecimento aos adeptos pela sua presença e apoio, mesmo que as cadeiras vazias no pavilhão muitas vezes sejam mais do que as ocupadas. Ali nascem e crescem atletas com fibra e dignidade para dar e vender - ou pelo menos para emprestar ao outro lado da rua, que ultimamente, e este ano em particular, bem precisa. Quem ainda não viu o vídeo do Senhor Moncho Lopez a enumerar aquelas que para ele são as estrelas da nossa equipa de basquetebol, por favor veja. Essa atitude, essa humildade, essa entrega são o coração das nossas modalidades amadoras, que por sua vez são, cada vez mais, o coração do clube.
PS: Um Feliz Natal a todos, com alegria, saúde, boa comida e melhor companhia!
"Muito sinceramente, se eu fosse o presidente, teria despedido o Paulo Fonseca após o jogo com a Académica. Foi a gota d’água. É preciso um murro na mesa, e quanto mais cedo melhor, que continuar a dar com a cabeça na parede não levará a lado nenhum. Mas há muitas e boas razões para que o presidente do FC Porto não seja eu, mas aquele que é possivelmente o melhor dirigente da história do desporto mundial. A sua insistência em manter treinadores até ao limite já nos pode ter custado títulos, mas certamente ter-nos-á valido vários outros também. E se este ano formos campeões, como espero e acredito, não graças ao treinador mas apesar dele, não será a primeira vez. Por isso, vou parar de chover no molhado e dizer apenas uma frase que me habituei a repetir nos momentos mais difíceis: confio no presidente."
ResponderEliminarEstá tudo dito! Exactamente o que penso, tal como expressei num comentário de um post anterior.
MONCHO: SIMPLESMENTE... PORTO!!!
Para mim, o problema maior não é o treinador; é que a estrutura do futebol está muito assente na versão económico/financeira/comissionista da questão. Ou seja, má foi a escolha. Depois da estrutura ter, e bem, entendido que o modelo de "descobrir, adaptar, publicitar, e, vender" já não dava, e começar a pensar em "descobrir cedo, reformatar , publicitar e vender", dever-se-ia ter encontrado um treinador comunicador por excelência. Que soubesse falar tanto para dentro como para fora. Para vender uma equipe que vai tentar, mas não tem ainda estaleca para conseguir.
ResponderEliminarE, talvez a equipe conseguisse...
Esse é que me parece o grande erro desta época. Ninguém me vai convencer que temos jogadores para a Champions, a Liga, as tacinhas e o Campeonato. Porque não temos.
Mas temos ± bom trabalho na B, razoável nos sub-19 , e alguns gajos interessantes a rodar...
Falta-nos é um gajo inteligente e com basófia para dizer: Não é este ano; mas será para o próximo!
Quanto às modalidades, grande orgulho nos nossos grandes campeões, graças a deus funcionam porque somos pequenos em dólares envolvidos... - Não estou muito bem a ver o Kobe Bryant e o Lebron James a saberem quem é o "Gal Indro"...( digo eu!)
Não temos jogadores para as tacinhas e o Campeonato?
ResponderEliminarSou o primeiro a dizer que temos lacunas graves no plantel… Falta-nos um extremo e um medio. James e Moutinho não foram substituídos à altura… Tudo isto é verdade.
Até sou capaz de compreender que provavelmente não teríamos equipa para os oitavos da Champions ou que se lá estivéssemos poderíamos ser arrumados com meia dúzia de um qualquer Bayern Munique ou Barcelona…
Mas, não posso, não consigo, nem vislumbro possibilidade nenhuma de aceitar que não temos equipa suficiente para fazermos bem mais do que temos feito no campeonato.
Não sou daqueles que considera a vitória do FC Porto uma obrigação decretada por lei. Mas sou daqueles que exijo esforço e dedicação máximos em todo e qualquer jogo, seja com o Arouca ou com o Milan.
E não consigo perceber como é possível o FC Porto ter tantas dificuldades em ganhar a beleneneses, nacional ou aroucas.
Independentemente das lacunas no plantel, temos jogadores de qualidade, muitos deles tricampeões, vencedores de taças europeias, taças e supertaças. Helton, Otamendi, Mangala, Danilo, Alex Sandro, Fernando e por aí fora… Serão maus jogadores?!?! Mas já foram campeões tantas vezes, inclusive ate a Liga Europa já ganharam e agora não prestam sequer para ter um campeonato (que diga-se cada vez esta mais fraco) mais tranquilo?
Temos um plantel mais que suficiente para mostrar muito mais do que temos feito. Disto tenho a certeza!
Só mais uma coisa… Reflitamos só sobre determinada situação… O Sporting tem um orçamento de cerca de 20M€ (nós temos um de perto de 100M€), veio de uma época em que ficou em 7º e olhemos para o que os seus jogadores têm feito dentro de campo.
ResponderEliminarMas alguém duvida de que o plantel do FC Porto é MUITO melhor que o do sporting?
Se calhar tudo isto tem a ver com motivação, com garra, genica e vontade de vencer… E se calhar os jogadores do FC Porto não andam motivados o suficiente. Quem de direito tem a obrigação de tentar resolver este problema de uma forma ou de outra. Não tenho funções de gestão no clube… Mas quem o tem, tem obrigação de tentar resolver as coisas no mais curto período de tempo possível.
Siga a banda...
Caro RCBC,
ResponderEliminarNa mouche. Obviamente que o Porto não tem um plantel de craques, que é normal termos dificuldades na liga dos campeões (mesmo que me custe a perceber como só fizemos 5 pontos...), mas no campeonato dá me vontade de rir ouvir dizer que o plantel do FCP não chega.
Tirando o Benfica, que tem um plantel com um nível semelhante do FCP, quantos jogadores das outras equipas é que entravam nos 18 convocados do FCP??? quantos?
Do SCP: Patrício, William Carvalho, Montero e Capel. Os outro estão ao nível dos suplentes do FCP. Ou vão me dizer que o Cedric, Mauricio, Rojo e Jeferson são melhores que algum dos defesas do FCP?? O Wilson Eduardo agora é bom?? o Adrien é melhor que o Lucho ou que o Defour? o ano passado ficaram em 7º!!!!
Do Braga: Só o Eder e Santos é que tinham lugar no banco do FCP...
Dos restantes clubes, não me façam rir...
Cumprimentos
Tiago Stuve
http://opequeestamaisamao.blogspot.pt