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O tema desta semana será o Fair-Play Financeiro. Porquê este tema nesta altura? Esta escolha resulta do processo de investigação formal instaurado pela UEFA a alguns clubes onde se inclui o desportivo do campo grande também conhecido como sporting de lisboa.
Em primeiro lugar, importa perceber o que significa o Fair-Play Financeiro. O Fair-Play Financeiro é um mecanismo que visa a melhoria do enquadramento financeiro do futebol europeu. Este mecanismo, permite que por cada período de 3 anos, as entidades apresentem resultados acumulados de -5M€. No entanto, este limite pode ser ultrapassado se for coberto pelos donos dos clubes. Os limites são de 45M€ para esta época e 30M€ para as próximas 3 épocas. As sanções para quem ultrapassar estes limites são progressivas indo desde apenas a advertência até à exclusão das competições ou a retirada de títulos.
Qual o impacto para o nosso clube e para os nossos rivais destes limites? À partida para esta época, o FC Porto apresentava resultados consolidados dos últimos 3 exercícios económicos de -15M€ enquanto os do campo grande apresentavam resultados agregados de -133M€. Os vizinhos do campo grande apresentavam resultados agregados de -29M€. Na sequência destes dados, não poderá surpreender ninguém a notícia da instauração da investigação formal aos do campo grande, apenas não tendo sido instaurado antes, uma vez que no ano anterior, resolveram afastar-se de livre vontade das competições europeias.
O que podemos esperar para a edição 2015/2016 das competições da UEFA? No nosso caso, qualquer prejuízo a rondar os 14M€ afastam qualquer cenário de investigação formal. Os nossos “amigos” do colégio militar podem apresentar um prejuízo de 8M€ para não serem alvo de qualquer investigação, prejuízo da SAD (entidade gestora do futebol e que interessa para estes temas) e não consolidado do clube fifica como a notícia abaixo nos pretende enganar.
Já as osgas do campo grande ou apresentam um lucro superior a 60M€ ou no próximo ano serão alvo de nova investigação pela UEFA isto, se não optarem por fazer como em 2013/2014 e ver as competições da UEFA em qualquer poltrona.
Apesar de parecer haver para nós uma folga, a ausência das grandes e habituais mais-valias de transferências entre 01/07/2013 e 30/03/2014 aliada aos resultados consolidados do 3º T (-38M€) podem colocar-nos perante um sinal de alerta.
Esta ausência de grandes vendas de passes de atletas derivada de uma época desportiva negativa é a ilustração perfeita dos problemas que já tinha enunciado do nosso actual modelo económico nos textos anteriores e onde defendia a mudança de paradigma para um cenário de equilíbrio antes das transacções com passes de atletas. Sendo isto a base do Fair-Play Financeiro, e como não pretendemos estar junto de clubes menores da lista dos “criminosos” para com as regras da UEFA, urge alterar o paradigma económico-financeiro.
Até Breve,
Delindro
Em primeiro lugar, importa perceber o que significa o Fair-Play Financeiro. O Fair-Play Financeiro é um mecanismo que visa a melhoria do enquadramento financeiro do futebol europeu. Este mecanismo, permite que por cada período de 3 anos, as entidades apresentem resultados acumulados de -5M€. No entanto, este limite pode ser ultrapassado se for coberto pelos donos dos clubes. Os limites são de 45M€ para esta época e 30M€ para as próximas 3 épocas. As sanções para quem ultrapassar estes limites são progressivas indo desde apenas a advertência até à exclusão das competições ou a retirada de títulos.
Qual o impacto para o nosso clube e para os nossos rivais destes limites? À partida para esta época, o FC Porto apresentava resultados consolidados dos últimos 3 exercícios económicos de -15M€ enquanto os do campo grande apresentavam resultados agregados de -133M€. Os vizinhos do campo grande apresentavam resultados agregados de -29M€. Na sequência destes dados, não poderá surpreender ninguém a notícia da instauração da investigação formal aos do campo grande, apenas não tendo sido instaurado antes, uma vez que no ano anterior, resolveram afastar-se de livre vontade das competições europeias.
O que podemos esperar para a edição 2015/2016 das competições da UEFA? No nosso caso, qualquer prejuízo a rondar os 14M€ afastam qualquer cenário de investigação formal. Os nossos “amigos” do colégio militar podem apresentar um prejuízo de 8M€ para não serem alvo de qualquer investigação, prejuízo da SAD (entidade gestora do futebol e que interessa para estes temas) e não consolidado do clube fifica como a notícia abaixo nos pretende enganar.
Já as osgas do campo grande ou apresentam um lucro superior a 60M€ ou no próximo ano serão alvo de nova investigação pela UEFA isto, se não optarem por fazer como em 2013/2014 e ver as competições da UEFA em qualquer poltrona.
Apesar de parecer haver para nós uma folga, a ausência das grandes e habituais mais-valias de transferências entre 01/07/2013 e 30/03/2014 aliada aos resultados consolidados do 3º T (-38M€) podem colocar-nos perante um sinal de alerta.
Esta ausência de grandes vendas de passes de atletas derivada de uma época desportiva negativa é a ilustração perfeita dos problemas que já tinha enunciado do nosso actual modelo económico nos textos anteriores e onde defendia a mudança de paradigma para um cenário de equilíbrio antes das transacções com passes de atletas. Sendo isto a base do Fair-Play Financeiro, e como não pretendemos estar junto de clubes menores da lista dos “criminosos” para com as regras da UEFA, urge alterar o paradigma económico-financeiro.
Até Breve,
Delindro
Parabéns, Mestre. Análise perfeita!
ResponderEliminarAbraço AZUL muito FORTE!
Caro Fernando Delindro
ResponderEliminarEsclarecedor artigo e de fácil interpretação para os menos habituados a estas minudências uefeiras. Felizmente, como o meu amigo muito bem refere, só a partir desta época é que as coisas vão começar a apertar.
Só uma pequena achega. Se sobre as Contas dos Calimeros nem é bom falar, no clube das águias depenadas, confirma-se que esta época tiveram lucro, sim senhor… mas, nas 5 (CINCO) anteriores, apresentaram Resultados Líquidos acumulados com prejuízos de mais de 83 milhões de euros. Precisamente o contrário do anunciado nos pasquins da capital.
Por exemplo lamento que o nosso consócio Dr. Guilherme Aguiar, pessoa que muito considero, e sem dúvida o maior conhecedor de todos os meandros do futebol desde o advento das SAD, de entre aqueles analfabetos que proliferam nos ditos “programas desportivos”, não tenha o engenho, a lábia ou a arte para fazer o papagaio/aldrabão do Dia Seguinte engolir as mentiras com que, semanalmente engana os seus apaniguados. Conseguiram multiplicar 7 ou 8 vezes o Passivo consolidado que existia quando tomaram de assalto o clube há 10 anos. As previsões mais optimistas apontam para mais de 600 milhões de euros.
Bastará simplesmente olhar para o Passivo Financeiro versus Proveitos Operacionais para qualquer leigo entender que aquela agremiação está completamente falida. Por alturas da Final da Euro League que decorreu no galinheiro os responsáveis da UEFA fizeram um sério aviso à navegação. Por isso, os representantes da “instituição” começaram a habitual época de Saldos mais cedo com as hipotecas antecipadas de Rodrigo e André Gomes, bem como a venda inacreditável de Garay e o despachar/emprestar a qualquer de preço de dezenas de jogadores adormecidos nas prateleiras.
Voltando às Contas da Sad do nosso Clube referente à época 2013/2014, elas vão ser muito más. Por isso está em marcha uma operação, um pouco difícil de entender, com trocas de participações sociais, aumentos de capital etc. numa AG da SAD e do Clube a realizar no próximo dia 2 de Outubro em sessões contínuas. Pena é que a Sad e /ou o Clube não nos tenham elucidado conveniente. Afinal vamos fazer aquilo que sempre criticámos aos outros.
Grande abraço
Caro amigo,
ResponderEliminarObrigado pelo post. Esclarecedor e animado! Clap clap clap