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Num dos últimos programas de Domingo à noite da RTP dedicado ao futebol assisti a uma das cenas mais patéticas, ridículas e lamentáveis de que tenho memória.
O comentador afecto à entidade a quem a Câmara de Lisboa pretende perdoar um número disparatado de milhões de euros teve a seguinte epifania: encontra-se em curso uma cabala contra o referido clube que se traduz na difusão reiterada, via comunicação social e redes sociais, da ideia falsa de que o mesmo vem sendo altamente beneficiado pelas equipas de arbitragem, esquema esse montado para ocultar o facto de ser o FCPorto quem, esse sim, é favorecido pelos árbitros.
Com base nessa premissa, o dito comentador promoveu um apelo - comovido e incendiário - à massa adepta do referido clube no sentido de expor, o mais possível, todos os supostos erros de arbitragem que alegadamente beneficiaram o FCPorto e que a dita cabala pretenderia dissimular.
Meus caros amigos, chega.
Não podemos ficar calados.
Nós, o FCPorto, que tanto deu aos outros clubes portugueses (pontos de acesso às competições europeias) e ao futebol e ao desporto nacional (inúmeros e prestigiados títulos internacionais (não se trata de Taças Teresa Herrera)), merecemos respeito.
Tenho a firme e consolidada ideia de que, em condições normais, no final das contas, isto é, completadas todas as jornadas do campeonato, os erros de arbitragem se anulam e a equipa vencedora acaba por ser um justo campeão.
Mas ainda mal ultrapassamos a metade do campeonato e os erros são tantos e tão ostensivos que começa a ser impossível acreditar que a classificação final mostrará o tal justo campeão.
Tem sido gritante. Tem sido óbvio. Tem sido demasiado. Tem de acabar.
Mas, dir-me-ão, isso são os olhos tendenciosos de um adepto azul e branco.
Certo.
Mas a verdade é que até os canais televisivos de Lisboa e os comentadores afectos às equipas da capital são claros neste ponto: as arbitragens estão a construir um campeão forjado.
Não podemos tolerar isto. Chega.
São vermelhos directos por palavras. São offsides constantemente mal assinalados às equipas adversárias. São reiterados penáltis que não são marcados contra a equipa do regime – mas daqueles lances em que só a cegueira nível Rui Gomes da Silva é que não permite afirmar que os lances são irregulares. São empurrões que depois dão em golo que inacreditavelmente não são assinalados.
Os lances são tantos e tão variados que julgo que, se fossemos a escrever um livro, não teríamos imaginação para tanto.
E no meio disto tudo a postura tinha sido, até há bem pouco tempo, a de um silêncio total. Tirando meia dúzia de mentecaptos estilo Rui Gomes da Silva, os adeptos desse clube, aqueles que conservam alguma vergonha na cara, limitavam-se a um silêncio comprometido, envergonhado.
Percebiam perfeitamente o que se passava, mas faziam de conta que não era com eles. Não queriam ouvir, não queriam ver.
Agora, qual fénix renascida, emergiram das catacumbas, do subsolo mais sombrio, um conjunto de balofas vozes indignadas, invocando a tal cabala contra a equipa do regime, a qual, na sua visão das coisas, visa escamotear as supostamente escandalosas arbitragens que vêm, como está bom de ver, benficiando FCPorto.
Para sustentar essa, perdoe-se-me a adjectivação, idiota tese é invocada a entrada de Jackson Martinez no jogo do Bessa. É de facto uma entrada impetuosa, irreflectida até. Merecedora, sem dúvida, de cartão amarelo.
Mas Jackson Martinez teve intenção de colocar em causa a integridade física do seu colega de profissão? É notório que não. Pretendeu agredir alguém? É óbvio que não. Não se tratou apenas de uma disputa de bola desajustada? Claro que sim. Jackson Martinez não é dos jogadores mais correctos do nosso campeonato? É uma verdade inquestionável.
Se isto é tudo verdade, o que dizer do pontapé de Gaitan a um jogador do Estoril? Só quem nunca jogou futebol é que pode afirmar que aquele pontapé não foi deliberado e intencionalmente desferido para acertar e agredir o adversário. É tão óbvio que não merece qualquer comentário adicional.
E o árbitro? Ai esse viu o lance. E tanto viu que deu amarelo ao jogador da equipa que agora se queixa de manipulação da opinião pública. Mas a pergunta é: como é possível ter visto o lance, ter visto a agressão e não ter exibido cartão vermelho directo?
É caso para concordar com Jesus, não o Cristo, o Jorge, quando o mesmo afirma: «Gaitan? Não gostei do amarelo».
Nós também não.
O silêncio sempre seria um comportamento mais digno.
Merecemos respeito. Está na altura de o exigir.
Pedro Ferreira de Sousa
O comentador afecto à entidade a quem a Câmara de Lisboa pretende perdoar um número disparatado de milhões de euros teve a seguinte epifania: encontra-se em curso uma cabala contra o referido clube que se traduz na difusão reiterada, via comunicação social e redes sociais, da ideia falsa de que o mesmo vem sendo altamente beneficiado pelas equipas de arbitragem, esquema esse montado para ocultar o facto de ser o FCPorto quem, esse sim, é favorecido pelos árbitros.
Com base nessa premissa, o dito comentador promoveu um apelo - comovido e incendiário - à massa adepta do referido clube no sentido de expor, o mais possível, todos os supostos erros de arbitragem que alegadamente beneficiaram o FCPorto e que a dita cabala pretenderia dissimular.
Meus caros amigos, chega.
Não podemos ficar calados.
Nós, o FCPorto, que tanto deu aos outros clubes portugueses (pontos de acesso às competições europeias) e ao futebol e ao desporto nacional (inúmeros e prestigiados títulos internacionais (não se trata de Taças Teresa Herrera)), merecemos respeito.
Tenho a firme e consolidada ideia de que, em condições normais, no final das contas, isto é, completadas todas as jornadas do campeonato, os erros de arbitragem se anulam e a equipa vencedora acaba por ser um justo campeão.
Mas ainda mal ultrapassamos a metade do campeonato e os erros são tantos e tão ostensivos que começa a ser impossível acreditar que a classificação final mostrará o tal justo campeão.
Tem sido gritante. Tem sido óbvio. Tem sido demasiado. Tem de acabar.
Mas, dir-me-ão, isso são os olhos tendenciosos de um adepto azul e branco.
Certo.
Mas a verdade é que até os canais televisivos de Lisboa e os comentadores afectos às equipas da capital são claros neste ponto: as arbitragens estão a construir um campeão forjado.
Não podemos tolerar isto. Chega.
São vermelhos directos por palavras. São offsides constantemente mal assinalados às equipas adversárias. São reiterados penáltis que não são marcados contra a equipa do regime – mas daqueles lances em que só a cegueira nível Rui Gomes da Silva é que não permite afirmar que os lances são irregulares. São empurrões que depois dão em golo que inacreditavelmente não são assinalados.
Os lances são tantos e tão variados que julgo que, se fossemos a escrever um livro, não teríamos imaginação para tanto.
E no meio disto tudo a postura tinha sido, até há bem pouco tempo, a de um silêncio total. Tirando meia dúzia de mentecaptos estilo Rui Gomes da Silva, os adeptos desse clube, aqueles que conservam alguma vergonha na cara, limitavam-se a um silêncio comprometido, envergonhado.
Percebiam perfeitamente o que se passava, mas faziam de conta que não era com eles. Não queriam ouvir, não queriam ver.
Agora, qual fénix renascida, emergiram das catacumbas, do subsolo mais sombrio, um conjunto de balofas vozes indignadas, invocando a tal cabala contra a equipa do regime, a qual, na sua visão das coisas, visa escamotear as supostamente escandalosas arbitragens que vêm, como está bom de ver, benficiando FCPorto.
Para sustentar essa, perdoe-se-me a adjectivação, idiota tese é invocada a entrada de Jackson Martinez no jogo do Bessa. É de facto uma entrada impetuosa, irreflectida até. Merecedora, sem dúvida, de cartão amarelo.
Mas Jackson Martinez teve intenção de colocar em causa a integridade física do seu colega de profissão? É notório que não. Pretendeu agredir alguém? É óbvio que não. Não se tratou apenas de uma disputa de bola desajustada? Claro que sim. Jackson Martinez não é dos jogadores mais correctos do nosso campeonato? É uma verdade inquestionável.
Se isto é tudo verdade, o que dizer do pontapé de Gaitan a um jogador do Estoril? Só quem nunca jogou futebol é que pode afirmar que aquele pontapé não foi deliberado e intencionalmente desferido para acertar e agredir o adversário. É tão óbvio que não merece qualquer comentário adicional.
E o árbitro? Ai esse viu o lance. E tanto viu que deu amarelo ao jogador da equipa que agora se queixa de manipulação da opinião pública. Mas a pergunta é: como é possível ter visto o lance, ter visto a agressão e não ter exibido cartão vermelho directo?
É caso para concordar com Jesus, não o Cristo, o Jorge, quando o mesmo afirma: «Gaitan? Não gostei do amarelo».
Nós também não.
O silêncio sempre seria um comportamento mais digno.
Merecemos respeito. Está na altura de o exigir.
Pedro Ferreira de Sousa
ResponderEliminaro desespero é tanto que já sentem necessidade de pagar para publicarem artigos de opinião em jornais espanhóis com a propaganda do costume. se o ridículo pagasse imposto estou certo que não necessitariam que o Costa os ajudasse com a isenção das taxas municipais...
abr@ço
Miguel | Tomo III
Eles pagaram esse artigo porque dias antes um jornalista do AS tinha escrito que era o benfica que estava a ser beneficiado pelas arbitragens.
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