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A grande dúvida que me percorre neste momento é a seguinte: será a nossa competência suficiente para, pelo menos, podermos lutar pelos nossos objetivos até final de época?
Já me faltam palavras para descrever o que se está a passar na presente época, a vários níveis, em vários momentos, mas com um denominador comum: sempre o mesmo beneficiado, seja pelos benefícios próprios, seja pelos malefícios dos seus concorrentes diretos.
Relativamente ao que se passou no Dragão no último fim-de-semana, mais do que dissecar lances obviamente discutíveis, é arrepiante (mas não surpreendente!) perceber a inacreditável dualidade de critérios dos árbitros portugueses, um fenómeno que se intensificou fortemente nos últimos anos suportado na mentira mil vezes repetida do “apito”.
É verdade que Fabiano derruba um jogador que seguia para a baliza do FC Porto em boa posição para marcar, mas também é verdade que Ricardo já estava no encalço do avançado arouquense. Mais importante do que discutir a justeza ou não da expulsão, é relevante refletir sobre como é possível a mesma equipa de arbitragem ser rapidíssima e num segundo apenas decidir a expulsão de Fabiano, mas depois não ver um pontapé na cara do Quaresma em plena área (penaltie? livre indireto? nem falta marcou!!!), nem ver um jogador deslocado quase 2 metros na jogada de maior perigo do Arouca que culminou numa estratosférica defesa de Helton.
É espantoso também verificar a contínua facilidade como que os árbitros expulsam jogadores do FC Porto, quando durante anos e anos todos somos presenteados com agressões quase todas as jornadas de maxis pereiras, enzos perez e javis garcias que raramente são expulsos. Quando se fala dos efeitos do “apito” é disto que estamos a falar, do medo terrível em expulsar uns e da facilidade tremenda em sacar do vermelho para colocar outros na rua.
Nesse sentido, é impossível acreditar na seriedade de um campeonato onde já aconteceram tantas coisas. Mesmo que daqui até ao fim da competição os erros dos árbitros como que por graça divina desapareçam, a competição está mais viciada do que na nojenta época de Trapatoni, época em que eles não eram campeões há mais de 10 anos e o “desígnio” apontava para o fim do jejum.
Infelizmente é este o cenário atual: uma significativa desvantagem para a liderança dada a mediocridade da maioria dos adversários deste campeonato e a subida de forma do nosso rival direto, que jogando um pouco melhor agora até dispensa o colinho das arbitragens que tanto jeito lhe deram na fase em que não jogavam a “ponto de um corno”.
Devo dizer no entanto que a reação da equipa a todas as adversidades que se lhe têm deparado tem sido excelente. Após a derrota nos barreiros, a equipa tem superado com distinção e classe todos os obstáculos, a diferença para a liderança reduziu-se de 6 para 4 pontos, os quartos-final da CL foram atingidos com classe, adversários difíceis como braga, sporting ou Guimarães foram despachados com categoria e autoridade.
Só uma ponta final de época ao mais alto nível é que ainda pode permitir sucesso em alguma das competições onde estamos inseridos. Mesmo considerando todos os fatores externos que poderão ocorrer, temos de ser mais fortes do que tudo o que nos poderá aparecer pela frente, respeitando religiosamente a génese deste clube: deixar tudo em campo, lutar contra tudo e todos e ser mais forte do que todos os obstáculos!
Off-topic:
ResponderEliminarMais uma vez, o FC Porto nos quartos-final da competição de clubes mais importante a nível mundial.
Mais uma vez, o FC Porto entre os tubarões europeus como único representante de um país que maioritariamente o detesta.
Quanto ao sorteio, é comum dizer-se nestas alturas que venha quem vier, o grau de dificuldade é mais ou menos o mesmo, não havendo grandes diferenças. O importante nestas alturas é sobretudo preocuparmo-nos com nós próprios, com a nossa qualidade e as nossas possibilidades. Em 1987 e 2004 estávamos muito longe de ser favoritos e fomos CAMPEÕES EUROPEUS. Ainda assim, umas notas pessoais para o sorteio de amanhã:
- Bayern Munique? Sorteio “agarramo-nos aos 3% de possibilidade de passarmos, seja o que Deus quiser!”;
- Barcelona ou Real Madrid? Sorteio “eles são completamente favoritos mas já fizemos coisas mais improváveis na nossa história de grande clube europeu nos últimos 30 anos do que eliminar um desses clubes no momento atual”;
- PSG? Sorteio “a qualidade individual deles é melhor, mas coletivamente não vejo grandes diferenças entre eles e nós”;
- Juventus ou Atlético Madrid? Sorteio “50/50 puro e duro, se fizermos bem o nosso trabalho e não tivermos contra todos aqueles fatores importantes no futebol (sorte, erros arbitrais, etc)” passamos a eliminatória”;
- Mónaco? Sorteio “somos favoritos, como o Arsenal era, como em 2004 o Real Madrid e o Chelsea também eram”;