17 fevereiro, 2017

A LIDERANÇA NO HORIZONTE.


FC PORTO-TONDELA, 4-0

A liderança azul e branca no horizonte está a causar bastantes efeitos em muita gente: calafrios, tremuras e medo. O regresso do velho discurso, pedidos de reunião de emergência, campanhas na (e da) comunicação social e desvio de atenções para outras notícias que nada têm que ver com o futebol para que não se fale do que realmente interessa são as estratégias mais recentes do mundo vermelhão.

Mas não se vão ficar por aqui. Até ao jogo da Luz vai haver intensas campanhas para que o FC Porto não vença este campeonato. Como é bonito vê-los a saltar como coelhos. Estavam tão calados e tão quietos. E agora? O alarme soou?


Pois agora, vou usar a frase que esses apregoadores da tão famosa verdade desportiva usaram durante as três últimas épocas e meia: “joguem à bola”.

O medo, o pânico, os nervos e as alucinações começam a fazer-se sentir terrivelmente num clube que durante os últimos anos nunca teve vergonha na cara. Fizeram, inclusive, chacota com a comercialização de cachecóis “a culpa é do benfica” e “colinho”. Movimentaram-se nos bastidores e dentro das quatro linhas com um descaramento total.

Durante a primeira volta, nunca se queixaram. Mas agora que sentem o bafo do Dragão bem intenso a rebentar-lhes com as narinas e os benefícios descarados já não são suficientes para lhes servir na perfeição, ficam desesperados.

É uma grande notícia! É mesmo uma grande notícia. É um claro sinal de que o Dragão está vivo e bem vivo. Aquele Dragão que espalha o terror sempre que joga no salão de festas e que acorda os fantasmas das perseguições às lideranças e dos minutos 92; aquele Dragão que causa o pânico pelo facto deles terem que lidar com a raça que o FC Porto mostrou ao longo de mais de três décadas. Isto tudo assusta-os de morte!

Tenham calma! O jogo da Luz ainda não é para já. Têm quase dois meses pela frente. Até lá, não se preocupem! Estão preocupados com o quê? Com a vossa filial do Minho? Essa estende-vos a passadeira bem vermelha já neste Domingo. Não mordem. Não valem um tostão. Fazem o jogo da época apenas contra o Dragão.


Missão cumprida pelo FC Porto, antes da recepção à Juventus. Vitória sem espinhas por mais que a comunicação social e os abutres que gravitam à volta dela pretendam passar uma ideia completamente contrária. Dezasseis oportunidades claras contra uma durante os 90 minutos são factos, não são balelas.

Venham lá com esses discursos de polémica, dificuldades para derrubar o último classificado, penalty inexistente ou expulsão mal assinalada para justificar a vitória azul e branca. Aceitaria entrar por aí caso fossem sérios a analisar o que foram os últimos três anos e meio. Mas como seriedade é o que não há, e quando não se tem, não se pode comprar nas farmácias como por exemplo Rennie ou Kompensan, vou falar apenas no que é factual.

E o que é factual neste encontro?

Para começar, o onze escalonado do FC Porto. Nuno Espírito Santo poupou alguns jogadores a pensar no jogo de Quarta-feira e também atendeu aos muitos minutos que outros levam nas pernas esta época.

Foi um risco mas, provavelmente, um risco calculado. Perante o último classificado, o FC Porto tem obrigatoriamente que vencer em casa, seja com que onze for. Mesmo que do outro lado estejam uma equipa e um clube orientados por mandatários do clube da 2ª circular.


O FC Porto teve que esperar 40 minutos para chegar ao primeiro golo mas, ao contrário do que se vai ver e ler nas crónicas de muitos jornais, os portistas só não chegaram ao golo mais cedo por falta de pontaria dos seus jogadores e por inspiração da defesa tondelense.

Ao intervalo, o resultado registava 1-0 a favor dos azuis e brancos na conversão de uma grande penalidade apontada por André Silva. Mas o resultado era lisonjeiro para o Tondela, pelo que se viu no primeiro tempo.

Regressados do intervalo, os portistas continuaram o seu caudal ofensivo. A trinta metros da baliza, Rúben Neves, que substituiu Danilo, fez um golo extraordinário. Uma bomba que só parou dentro da baliza do Tondela. Estavam decorridos 54 minutos.

Mas antes disso Soares e André Silva de baliza aberta tinham falhado golos escandalosos. Começava a ser surreal tantos golos falhados de uma forma deveras infantil.

O jogo continuava em sentido único. O Tondela depois da boa primeira parte realizada, ficou reduzido a dez unidades. Nesse período, fez o único remate em toda a partida. No resto, ficou-se pela boa organização defensiva, por uma ou outra ameaça à baliza de Casillas e pela intervenção surreal do seu técnico na conferência de imprensa. Muito pouco para justificar benesses da 2ª circular, que ainda viu o árbitro perdoar um penalty sobre André André.

Esforcem-se mais. O prémio era chorudo, eu percebo, Pepa! Temos pena!


Soares marcou o quarto golo em três jogos ao serviço do Dragão, num lance muito bonito que resultou num golo de belo efeito. 3-0 aos 63 minutos. Soares, a contratação cirúrgica de inverno, revela-se cada vez mais um excelente reforço apesar desta noite ter estado um pouco desastrado com três golos escandalosamente falhados.

Nuno Espírito Santo fez a partir daqui a gestão do plantel. Retirou, de uma assentada, Otávio e Soares para as entradas de Óliver e Diogo Jota e, pouco depois, Maxi cedeu o lugar a Layún.

O 4-0 surgiu ao cair do pano por Diogo Jota, num belo lance de futebol. Cruzamento de Layún para a grande área, assistência de Oliver para André Silva. Este de costas para a baliza atrasou para Diogo Jota que, à entrada da área, rematou fulminantemente para a baliza.

O FC Porto fez um bom ensaio para Quarta-feira. No entanto, o jogo da Champions League frente à Juventus será um jogo completamente diferente. Será um jogo de exigência máxima e em que o FC Porto vai precisar de ter os níveis máximos de concentração durante os 90 minutos para poder almejar um resultado positivo. Expectativa para ver o Dragão frente a um adversário com quem tem contas antigas para ajustar.

Lembram-se do Sr. Prokop? Eu jamais esquecerei esse dia.




DECLARAÇÕES

Nuno: “Estou satisfeito porque conseguimos o que queríamos”

Vitória justa que deveria ter sido mais ampla
“No futebol nada é fácil, não há nenhum jogo fácil. Nunca menosprezamos ninguém e preparamo-nos para todos os adversários. Competimos, competimos bem e vencemos com justiça. O fundamental era o jogo de hoje, fazer o nosso trabalho e não pensar no rival. Foi uma vitória trabalhada. Fomos competitivos durante todo o jogo. O Dragão festejou connosco e viu grandes golos. Estou satisfeito porque conseguimos o que queríamos, os três pontos. Fizemos quatro golos e poderíamos ter feito mais. É surreal falhar tantos golos de baliza aberta.”

Alterações no onze inicial
“O que houve foi um onze preparado para este jogo. O importante era o jogo de hoje. Todos os jogadores sabem que têm de estar preparados e que, quando forem chamados, o rendimento tem de ser imediato. Aqui não há onzes definidos e todos têm de estar preparados. Somos sempre justos com os jogadores, como eles são connosco no trabalho diário.”

Lances bem ajuizados pelo árbitro
“Creio que o árbitro, que estava bem posicionado, decidiu bem, tanto no lance da grande penalidade como no lance da expulsão do jogador do Tondela.”

A ausência de Danilo Pereira
“Foi apenas uma decisão. Ele tem tido rendimento, mas há colegas de posição que também o têm, como hoje ficou provado.”

A liderança à condição
“Neste momento estamos onde queremos estar, mas vamos esperar para ver o que acontece.”

A importância de continuar a crescer
“Não damos grande valor aos resultados que temos feito. Queremos é continuar a crescer. Quanto mais e melhor treinarmos, mais e melhor iremos jogar. Neste momento, o nosso foco passa completamente para o jogo de quarta-feira.



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Por vezes este jogos chamava uma melhor eficácia para dar uma lição a que gosta de ser o pior cego.

    Abraços.

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